Capítulo 21 - Não posso escolher
Alguns olhares confusos, outros curiosos e prontos para ouvir o que eles iriam dizer antes de a festa realmente começar. Mas o início da festa significava que os anjos falsos ali seriam enviados ao inferno e eu sem dúvida não poderia ajudar no momento. A pessoa que eu mais queria proteger estava lá em cima e a segurança dela só poderia ser mantida se eu ficasse e esperasse que tudo chegasse ao fim.
Mas eu teria falhado como a salvadora e não teria mais direito de ser chamada com esse nome por ninguém. Embora Keilan tivesse dito que eu não devia me envolver com os anjos falsos eu ainda queria ser útil.
— Boa noite a todos — Lauren disse, seu sorriso ia de orelha a orelha — Hoje nos reunimos aqui para comemorar o primeiro nascimento da espécie de Anjos Falsos... ah sinto muito, terrestres. Anjos terrestres.
Todos a olharam como se pudessem matá-la apenas com o olhar.
— Bom, eu tenho uma má e uma boa notícia. Qual vocês querem primeiro? — Ela perguntou, seu sorriso crescendo mais ainda.
Eles levantaram o dedo no ar indicando qual opção preferiam e a maioria escolheu a boa notícia. Eu não poderia imaginar o que essas opções significavam e o que tinha por trás delas, mas pelo sorriso de Lauren estava evidente que não era coisa boa.
— Ah, vocês escolheram a boa? — Ela disse, fingindo uma voz triste — Quem aí quer uma passagem só de ida para o inferno?
Cassandra bateu levemente no braço de Lauren para chamar a sua atenção, pelo menos foi o que pensei, mas Lauren sorriu e olhou mais uma vez para todos os anjos falsos na plateia, seu olhar se tornando serio pela primeira vez.
— Vamos fazer um brinde a todos os anjos terrestres que estão aqui hoje. Hoje a existência de vocês tem um maravilhoso significado — Ela pegou uma taça de um criado que tinha subido ao palco e a levantou no ar — Que suas essências sejam bem usadas.
Eu não queria entender suas palavras, mas entendia. Ela estava praticamente jogando na cara deles que usaria suas essências e os mandaria ao inferno.
Tentei me aproximar do palco, havia tantas pessoas concentradas no que acontecia lá em cima e com taças levantadas que era difícil conseguir, então escolhi ficar em um lugar onde fosse possível ver Luke e todo o resto sem perder nada.
Entretanto, comecei a pensar que mandar tantos anjos ao mesmo tempo seria muito difícil. Embora Cassandra fosse uma bruxa velha e experiente, ainda seria um feitiço grande e complicado, então ela precisaria de algo que ligasse todos os anjos presentes para que o feitiço funcionasse como um fogo que se alastra a partir do primeiro ponto.
O que poderia ligar todos aqui seria... era isso! O champanhe!
Assim que ela brindasse eles iriam beber um gole do liquido e isso seria o comburente para que tudo começasse.
Olhei em volta procurando por Deb ou Peyton e encontrei ambos juntos e Brian ao lado segurando uma taça na mão, fui na direção deles para avisar, mas as pessoas entre nós pareciam ter se multiplicado e eu não conseguia sair de onde eu estava.
— E agora nossa festa finalmente pode começar. Cassandra? — Lauren chamou e se afastou para o lado de Luke e tentando fazê-lo beber.
— Bom, não há mais nada a dizer. Tenham uma boa viagem para o outro lado — Ela disse, levantando as mãos no ar — Todos vocês que entraram no perímetro do jardim, não podem deixá-lo a não ser que deixemos. Acho que ficaram sabendo daquele grupo que mandou os anjos para o inferno, não esperávamos que vocês viessem até nós tão facilmente.
Cassandra começou a proferir o feitiço em um latim perfeito e suas palavras assustaram todos os anjos e eles começaram a se espalhar pelo jardim como se fossem formigas fugindo da chuva, mas eles realmente não podiam deixar o jardim. Havia uma marca no chão feita de areia, esse era o perímetro que ela tinha dito.
Aproveitei o momento para ter certeza de que Deb e Peyton não tinham bebido do champanhe quando ouvi o primeiro grito, mas não era de nenhum anjo. Era de Luke. Olhei para o palco e vi Lauren com uma taça quebrada na mão empurrando Luke de lá de cima.
Não era muito alto, mas ele tinha as mãos amarradas e as pernas machucadas e antes mesmo de chegar ao chão ele já tinha uma enorme mancha de sangue na cabeça. Lauren tinha quebrado a taça nele...
Com a confusão dos anjos correndo para todos os lados, ninguém estaria preocupado com uma pessoa que tinha acabado de cair. Luke seria pisoteado. Empurrei os anjos na minha frente com toda a força que eu poderia usar e chamei seu nome no meio de todos para que ele tentasse ficar em pé, mas os gritos ao redor ficavam mais altos e ele não conseguiria me ouvir.
Fui empurrada com muita força enquanto empurrava de volta, mas não parei e não me importava que depois vários hematomas estariam sobre a minha pele, eu só queria chegar até...
— Atelina! — O grito era feminino e ele vinha do outro lado.
Meus pés congelaram no caminho, eu não sabia para que lado ir. Quando mirei a mesa onde Peyton e Brian estavam eu as vi. Chamas engolirem o corpo de Dabria em um vermelho alaranjado que pareciam queimar de verdade e não apenas superficial a ponto de sugar apenas sua essência.
Eu nunca vi Deb sofrer tanto, ela sempre mostrou seu lado forte para todos e o desespero na sua voz era tanto que ela não podia fingir ser forte agora. O grito dela me doía mesmo à distancia, parecia que me quebraria em pedaços como um espelho frágil e me doía mais ainda ter que escolher entre salvar ela ou Luke.
"Você não sabe como é a dor de ter que abrir mão daquilo que você criou. " As palavras de Cassandra ecoaram na minha cabeça e eu não consegui evitar que meu sangue fervesse de raiva. Eu não abriria mão de nenhum deles.
— Val, consegue fazer um feitiço que possa amenizar o fogo ao redor de Dabria? — Perguntei, continuando na direção de Luke bem mais rápido que antes.
— Posso — Valentine disse e o peso no meu coração foi aliviado um pouco.
— Luke, eu estou chegando!
Fiz um escudo como da vez que me protegi das Banshees e o coloquei na minha frente para afastar as pessoas que vinham correndo em chamas na minha direção sem se importar se machucariam mais alguém. Nesse momento eles só se importavam com a dor que sentiam.
Quando me aproximei de Luke, encontrei ele desacordado e o sangue não parava de sair nem da lateral da testa feito recentemente e nem dos outros cortes que Lauren tinha feito pelo seu corpo. Ele não parecia nada bem.
— Ateh! — Encontrei os olhos azuis de Ren e ele vinha na minha direção pela lateral do jardim onde ficavam as árvores maiores.
— Ren, me ajude a levar Luke para o carro — Chamei, pegando as mãos geladas de Luke e tentando levantar ele mesmo que o peso fosse demais para mim.
Ren pegou ele com cuidado e o carregou pelo mesmo caminho que ele tinha aparecido. Não me demorei parada e dei a volta pelas pessoas, tentando chegar em Dabria agora e o desaparecimento das pessoas ao redor estava abrindo cada vez mais o meu caminho até ela.
Brian estava agachado ao lado dela, seu rosto contraído de raiva e desespero enquanto ela estava dentro de uma bolha imaginaria na qual ele não pudesse entrar. Era o feitiço de Val que permitiu que o fogo que estava ao redor dela abaixasse e agora fosse menor do que estava antes, mas ainda havia fogo e se não sumisse ela também seria mandada ao inferno.
— Val, o que eu faço? — Perguntei antes de chegar perto deles.
— Dabria é uma híbrida, se a parte vampira dela se manifestar mais que a parte anjo ela pode enganar o feitiço de Cassandra, mas vocês precisam sair do perímetro do jardim para que ela realmente fique em segurança.
— Ok!
No caminho alcancei uma taça ainda inteira e corri com ela na mão, pronta para fazer o que fosse preciso para salvar Deb.
Assim que fiquei a poucos passos deles, Brian levantou a cabeça e seus olhos encontraram os meus e eu de verdade pude ver ódio no seu olhar. O ódio dele era tanto que ele levantou do chão e parecia prestes a me bater, eu sabia que ele estava preocupado com Dabria, mas ela era minha amiga, não ela era a melhor amiga que eu já pude ter na minha vida e não deixaria nada acontecer com ela. Eu não correria até Luke com tanta confiança se não tivesse certeza de que poderia salvá-la.
Peyton demorou a perceber que Brian tinha levantado e seu olhar ameaçador não estava sendo dirigido para nenhum inimigo aparente. Pelo menos para Peyton eu não era um inimigo, mas para Brian sua namorava queimava na sua frente por minha causa.
— Você não vai chegar perto dela! — Ele gritou.
— Brian, calma ai — Peyton avisou, levantando-se também e se colocando na minha frente.
Brian lançou um olhar ainda pior para Peyton, como se ele tivesse protegido uma criminosa.
— Brian, eu sei como salvá-la! — Avisei, implorando.
— Ela chamou você primeiro quando sentiu dor e você não veio! — Ele gritou, furioso — Você correu para o outro lado!
— Eu pedi que Val a protegesse até eu voltar, eu não ia deixar nada acontecer com ela — Falei, notando que minha voz estava rouca por causa do choro preso na minha garganta — Por favor, deixe eu salvar ela. Senão ela vai sumir como os outros!
Ele percebeu no momento em que eu disse que os anjos ao nosso redor estavam diminuindo. Brian vacilou e eu podia notar que ele estava ponderando se poderia deixar sua namorada se envolver com uma pessoa como eu e se isso a colocaria em perigo.
— Essa vai ser a última vez que você vai se envolver com ela — Ele avisou, sua voz firme.
Só quando ele conseguiu transmitir sua decisão que ele abriu espaço para que eu me aproximasse e Peyton deixasse de me proteger. Ajoelhei-me na sua frente e a taça na minha mão a quebrei na mesa mais próxima e peguei o maior pedaço de caco de vidro que havia ficado no chão.
— O que você vai fazer? — Peyton perguntou, preocupado.
Sua reação fez Deb levantar o rosto, querendo saber o que eu estava fazendo.
— Deb, por favor não se segura. Deixe sua parte vampira aparecer, ok? — Perguntei, mas todos estavam confusos com minhas palavras — Peyton assim que Dabria vir na minha direção, segure ela e vamos sair corredor, Brian vá até a areia que marca o jardim e segure Val. Quando passarmos por você siga-nos até o carro.
— Não, eu quero ficar aqui! — Ele bateu o pé, recusando — Dabria é minha namorada...
— Eu sei, mas precisa ser você...
— Brian... — Deb murmurou de dentro da bolha, sua voz tão fraca quando sua aparência agora — Vá, por favor.
Entreguei Val em suas mãos e ele finalmente foi.
— Ateh, não faça isso — Dabria falou novamente — Eu sei o que você está pensando.
— Isso é ótimo, então deixe que eu siga com o plano. Essa é a minha vez de salvar você, então por favor venha até mim.
Dabria parecia prestes a recusar mais uma vez, mas não deu tempo porque o vidro já corria pela minha pele e o sangue escorria do rasgo no meu braço e o cheiro de ferrugem subiu. Peyton era mais velho que Brian e eu o conhecia melhor, então poderia confiar que ele não viria na minha direção tentado pelo cheiro do meu sangue, por isso ele teve que se afastar.
Deb também era tão nova quanto ele. A diferença era que a parte anja dela amenizava o efeito que o sangue tinha sobre a outra parte.
Esperei, contudo Dabria resistia abaixando a cabeça e talvez até mesmo prendendo a respiração para não me machucar.
— Dabria! Se você não...
Não consegui terminar minha ameaça, ela tinha tampado os ouvidos e negava desesperada.
— Deb, eu não quero que você desapareça! — Falei, abrindo outro corte no meu corpo, dessa vez na perna.
O feitiço ao redor dela desapareceu e eu levantei, mesmo com o cheiro a centímetros dela, ela resistia.
— Vou abrir mais um se você não levantar.
Não esperei ela responder, os cortes ardiam como um inferno na terra e como ardiam, mas eu era a única aqui com um sangue que poderia tentar sua parte vampira, então abri um terceiro corte dessa vez na palma da minha mão e quando o sangue coube na minha palma eu o joguei na sua direção salpicando-a de sangue e finalmente recebi a resposta que eu queria.
Dabria levantou seus olhos na minha direção, eles estavam vermelhos escuros como um vinho envelhecido e pretos. As veias sob os olhos se revelando junto as presas dela. Ela nunca esteve mais bonita, apesar de eu saber que ela odiava essa parte dela.
— Peyton, agora! — Ela mesma gritou, antes de usar sua velocidade na minha direção e perder toda a consciência.
Peyton fez como eu pedi e a segurou firme, mas sem machucá-la. Em seguida, corremos na direção em que Brian estava segurando Val mesmo que sua atenção ainda estivesse no lugar onde estávamos antes. Ele abriu os olhos espantado com a forma como Peyton segurava Dabria, e sabendo que Brian ia querer parar ele, Peyton acelerou o passo e fingiu que não estava vendo.
Peguei Val das mãos de Brian e segui Peyton para o carro.
Spencer estava no volante da SW4 e o carro estava com o motor ligado, os dois carros estavam. Corri na direção da SW4, mas não tinha como eu ir no mesmo carro com Deb transformada enquanto eu ainda sangrava e Ren não poderia prestar atenção em Luke se ele fosse sozinho no carro.
Mudei a direção para onde corria.
— Peyton, cuida dela! — Falei, correndo para o carro onde Ren estava.
Entrei no carro e Ren não esperou muito para pisar no acelerador e dirigir o mais rápido que podia, não conversamos muito e Ren abriu bem as janelas para que o cheiro do meu sangue não tentasse nem ele nem o inconsciente Luke, mas eu tinha tentado limpar e cobrir meu próprio sangue da melhor forma que consegui.
— Aqui — Ren avisou, antes de jogar uma camisa que estava guardada no porta-luvas — Para onde vamos?
— Para a minha casa — Eu pedi.
Estava me preparando para ouvir a bronca que levaria de Allyson por não ter permitido que ela ajudasse e por estar bem machucada, mas eu preferia que Luke se recuperasse em um lugar onde eu pudesse ver e estar ao seu lado e em casa ele teria todo o cuidado necessário.
O celular de Ren tocou no painel, era Peyton.
— Alô? — Ren respondeu.
— Atelina, você cobriu seus machucados? — Peyton perguntou, nem se importando que o celular não fosse o meu.
— Sim, Peyton. E como Deb está? — Perguntei de volta.
— Ela desmaiou. — Peyton disse, desanimado — Vamos deixar Spencer na cidade e depois levá-la para casa, Brian disse que vai cuidar dela.
— Que bom, fico mais aliviada.
Eu queria ajudar na recuperação de Dabria, mas Brian não me deixaria chegar nem perto da sombra dela enquanto ela estivesse inconsciente e não pudesse decidir por si mesma. Então não discutiria com ele para não atrapalhar.
— Luke vai ficar comigo, então depois você e Ren podem ir descansar — Expliquei — Ah, muito obrigada. Eu serei eternamente grata pelo o que fizeram hoje e diga a Spencer que sinto muito não ter ajudado tanto os anjos.
— Ela disse que se encontrou com Keilan na casa e conseguiu fazer um pequeno grupo de anjos irem embora — Peyton disse, transmitindo as palavras de Spencer que eu conseguia ouvir — Ah, ela também quer ajudar se possível a tirar os anjos do inferno. Então se precisar é só chamar ela.
— Ok, pode deixar.
Logo depois ele desligou e eu pedi o celular de Ren para ligar para Kamila e pedir para arrumar o quarto de hospedes para que Luke ficasse lá. Ela ficou confusa com o pedido e se segurou para não perguntar o motivo de Luke estar indo para casa, ao invés de ir para a que ele morava.
Quando a casa estava próxima, senti como se finalmente pudesse respirar normalmente. Luke estava bem, Deb também e estávamos todos em casa apesar das dores e machucados. Eu não tive que realmente escolher entre eles, talvez no começo, como Brian ressaltou, parecia que eu tinha escolhido Luke, mas eu realmente não escolhi entre eles.
O carro foi estacionado no acostamento e sem que eu pedisse Ren desceu rapidamente, carregando Luke para dentro de casa. Abri a porta para ajudar e apontei para as escadas, indicando o caminho e seguindo logo atrás.
Eu esperava que Ally aparecesse mais tarde para tirar satisfação, mas não pensei que isso fosse ser mais cedo do que eu imaginei. Ela estava saindo do quarto no momento em que subimos as escadas e íamos para a última porta no corredor.
— Luke? O que aconteceu com ele? — Ela perguntou, horrorizada. Embora estivesse preocupada com ele sua atenção mudou no minuto em que viu meus cortes — E o que aconteceu com você? Merda, no que vocês se meteram?
Olhei para o seu rosto incrédulo e contraído, mas as palavras fugiram no momento em que a imagem de Cassandra apareceu na minha cabeça. Ally ainda não sabia de nada que tinha acontecido na nossa infância, não sabia também que Cassandra estava envolvida no que aconteceu comigo antes e nem que ela estava viva agora.
Não havia outra opção, eu precisava contar a verdade. Entretanto, a recuperação de Luke só aconteceria se ele fosse tratado o quanto antes.
— Eu vou contar, mas antes Luke precisa ser tratado e Deb não está em condições de vir ao nosso socorro — Falei, apontando a direção para Ren mais uma vez.
Entramos no quarto, Kamila realmente tinha arrumado ele como eu tinha pedido e Ren o deitou na cama de casal que tinha de frente para a porta. Allyson nos seguiu para dentro e eu ouvi seu grito contido assim que viu o sangue e os cortes bem mais nitidamente.
— Ele vai ficar bem? — Ally perguntou, seus olhos âmbar brilhantes de lágrimas.
Prendi meu cabelo em um coque, me aproximei do corpo deitado e comecei a inspecionar para ter certeza de quantos machucados e ossos quebrados ele tinha. Eu não era muito boa nisso, contudo Val em meu pescoço era mais experiente e sabia melhor que eu então o fato de ela estar comigo era um grande alívio.
Mesmo assim minhas mãos tremiam ao passo que eu sentia o sangue dele em contato com minhas mãos e sentia uma irregularidade sob sua pele. Meu peito doía demais.
— Val? — Perguntei.
— Eu consegui fazer uma análise total, mas preciso que você esfregue o sangue dele na pele de outro vampiro só para eu ter certeza de algo... — Ela disse, sua voz receosa.
Valentine estava com medo do que tinha sugerido, porque todo o sangue que saiu de Luke estava seco o que significava que eu precisava abrir outro corte nele para fazer o que ela estava me pedindo.
— Eu faço isso — A voz vinha da porta.
Peyton tinha chegado, estava ofegante e embora estivesse como todos nós, seus sentimentos de culpas ainda estavam bem nítidos em seu rosto. Eu não o culpava, mas ele estava se auto culpando por não ter protegido Luke.
— Só preciso passar o sangue nele em mim, né Val? — Peyton perguntou, olhando diretamente para Valentine em meu pescoço.
— S-sim, só um pouco de sangue.
Ele avançou na direção da cama, passando por mim mais rápido do que fosse possível para que eu o acompanhasse e com o canivete no chaveiro do seu carro que ele pegou das mãos de Ren, Peyton abriu um pequeno furo no dedo indicador de Luke e esperou o sangue escorrer lentamente até a superfície da sua pele.
A gota do sangue de Luke entrou em contato com a mão de Peyton e queimou a pele dele como se o sangue de Luke fosse um ácido forte contra vampiros. Peyton se afastou, esperando, mas eu não precisei que Valentine explicasse eu tinha entendido o que tinha de errado com o corpo de Luke.
— Luke foi envenenado com uma erva fatal aos vampiros.
CADÊ MINHAS ESTRELAS, CADÊ MINHAS ESTRELAS?? 🌟🌟🌟
Oie serumaninhos, como estão? E essa tensão que não passa, o que mais de ruim tem para acontecer? Deb quase foi enviada ao inferno e Luke foi envenenado! Como Atelina vai sair dessa situação e ainda por cima ir atrás do feitiço para salvar os anjos do inferno??
Por favor comentem, votem e espero você no capítulo seguinte.
❤️❤️❤️
Beijos e beijões.
- Atenas.
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