Capítulo 29 - Antigo amor e nova paixão

https://youtu.be/8-2hUmoaPfU

Oiê Anjinhos, essa música é da Atelina e do Peyton, há uma cena romântica dela com o Daimen no início e essa música não diz respeito a ela. A música tem mais a ver com as cenas do final do capítulo. Obrigada, e boa leitura.

   Por volta da meia-noite me despedi de todos que estavam ali ainda, na manhã seguinte ainda tinha aula e eu aceitei voltar para a casa de Daimen com ele. Não sabia o motivo para que me pedisse isso, mas eu aceitei e estava entrando no carro dele um pouco mais ansiosa do que o normal. O carro deu meia volta e foi para a cidade.

   Daimen deixou o carro no estacionamento do prédio e subimos pelo elevador do subsolo até o andar do seu apartamento. Ele segurou minha mão quando percebeu que eu estava tremendo, eu não sabia o motivo para cada parte do meu corpo estar entrando em sistema de alerta, era como se a intimidade que tivesse com ele desaparecesse. Sim, ele tinha me visto nua e eu tinha visto ele também, mas eu não sabia explicar o sentimento.

     — Ei? — Daimen me chamou, seu tom de voz suave — O que foi?

     — Eu não sei, é como se fosse... diferente — Falei, sem olhar para ele e de cabeça baixa.

     — Mas não é, você só vai passar outra noite no meu apartamento — Ele sussurrou no meu ouvido — Se quiser eu levo você embora, mas eu realmente queria passar essa minha última noite na cidade com você.

   Eu assenti sem conseguir encontrar as palavras certas. Então ele se colocou atrás de mim e me abraçou, encaixando seu queixo no meu ombro. Meu tamanho mesmo não sendo tão grande ajudou para que a posição não ficasse desconfortável, pelo menos até que as portas do elevador se abriram e eu tive que saltar dele.

   Quase sendo arrastada pela sua mão que ainda segurava a minha, sai do elevador e segui ele pelo corredor. Daimen destrancou a porta, mas não a abriu. Ele se encostou na parede ao lado da porta, segurando a maçaneta e abrindo um sorriso fofo.

     — Quero que abra — Ele pediu, apontando a porta com os olhos.

     — Por que? — Perguntei, confusa.

     — Só abra — Sua voz se tornou ainda mais suave.

   Levantei minha mão na direção da maçaneta devagar enquanto dava tempo para que ele afastasse a sua da mesma. O primeiro sinal que o quarto deu pela brecha que eu abri foi que estava completamente escuro, mas assim que a porta estava completamente aberta, eu não conseguir conter o meu espanto.

   O apartamento estava completamente escuro a não ser pelas várias velas acesas no cômodo e em todo espaço que fosse possível. Velas brancas e inteiras. O fogo delas se misturando com o da lareira acessa também debaixo da televisão. E na frente de ambos, um edredom grosso branco com desenhos pretos estava imaculado e coberto por pétalas.

   Não consegui olhar para Daimen que devia estar rindo da minha reação, mas com grande esforço dei passos largos para entrar finalmente no apartamento enfeitado. A porta fechou assim que cheguei a parede do corredor que levava aos quartos, eu não tinha palavras e meu coração batia loucamente. Era tudo tão lindo e o perfume de rosas estava no ar impregnando minhas narinas.

     — Por que? — Murmurei, quase sem ouvir minha própria voz.

     — Eu queria que tivesse uma lembrança boa comigo — Ele responder ao meu lado. Eu não tinha percebido que ele estava ali se na minha frente e um de seus braços me cercava apoiado na parede atrás de nós — Se não falar nada, vou pensar que não gostou.

   Ele riu sem graça, esperando por uma resposta minha que negasse seu pensamento.

   Eu não tinha respostas para aquilo, era lindo e fazia meu cérebro colocar ele em um pedestal. Daimen era perfeito demais para ser real. Fechei meus olhos e toquei sua barriga na minha frente e me certifiquei de que ele era feito de carne e osso. Mas por que fazer tudo isso? E para mim?

     — Daimen? — Chamei e ele grunhiu em resposta — Isso é tão lindo.

     — Mas você não gostou — Sua cabeça caiu no meu ombro mais uma vez e minhas mãos alcançaram seu cabelo macio — Eu vou apagar as velas e podemos ir dormir.

     — Não! — Procurei na minha cabeça o que dizer para não dizer besteira — Eu amei, mas... não precisava fazer isso para mim, minhas lembranças com você são todas boas e com todas eu quero dizer todas mesmo. Incluindo quando você me irritava. — Acrescentei e ele riu — O que você tinha em mente?

   Sua cabeça se levantou, mas não se afastou de mim, seus lábios alcançaram a ponta da minha orelha e ele a mordeu de leve começando a beijar minha bochecha até encontrar a minha boca. Sua língua procurou a minha com ânsia de possui-la e sua mão direita agarrou minha cintura com vigor, enquanto eu tentava retribuir o que sua língua pedia. Sem esforço nenhum Daimen imprensou meu corpo contra a parede com o próprio corpo e me prendeu em seus braços.

   Segurei seu pescoço desejando que sua boca fizesse mais carinho na minha, mas ele entendeu o recado como um incentivo para que fossemos além, e ele foi. Tirando finalmente a mão esquerda da parede ele se abaixou devagar para não separar nossos lábios e me ergueu no seu colo.

   Percorreu toda a distância que eu tinha colocado entre nós e o edredom e me deitou de forma ágil e graciosa no mesmo. Alcancei a barra da camiseta dele e a tirei com sua ajuda. Meu vestido sendo uma peça de roupa mais fácil de tirar não precisou de muitos alardes, em dois tempos ele já não se encontrava no meu corpo e eu insisti na sua calça.

   Sua boca desistiu de brincar com a minha e desceu, sugando e beijando cada perímetro do meu corpo que ansiava por mais de suas caricias. Deixei que ele fizesse tudo. A ideia era dele, não minha, então eu era apenas um personagem coadjuvante no seu espetáculo de despedida.

§ § § § §

   Abri meus olhos contra a minha vontade quando a luz do apartamento ligou, olhei para o lado e Daimen não se encontrava deitado.

     — Daimen? — Chamei, com a voz carregada de sono.

     — Volta a dormir, eu acendi a luz errada, desculpa — Ele disse, um pouco alto, pois estava no seu quarto.

     — Você está indo agora? — Perguntei, tentando me levantar, mas meu corpo ainda estava exausto e um pouco dolorido.

     — Sim, eu ia te dar um beijo ao sair.

   Ele apareceu, caminhando apenas de calças na minha direção.

     — O que você vai fazer?

   Daimen se sentou na minha frente e acariciou meu rosto enquanto eu tentava com muito esforço deixar meus olhos abertos.

     — Eu descobri que tem uma bruxa no véu tentando matar uma pessoa viva — Ele disse, sem hesitar — Tenho que descobrir quem é essa pessoa antes que a coisa fique feia.

     — Mas ela não pode fazer isso.

   Eu sabia pouco sobre o véu, sabia que ele era um tipo de paraíso para as pessoas sobrenaturais como: os anjos falsos, quando decidiam morrer, vampiros, lobisomens e bruxas. Essas eram as principais espécies que eu me lembrava. Minha tia me contava um pouco toda vez que eu perguntava e durante minha vida eu não descobri nada além do que já sabia. E eu sabia que mortos não podiam mexer com os vivos, se uma pessoa do véu matasse uma viva, em menos de 24h essa pessoa estaria viva novamente.

     — Bom, alguma coisa essa bruxa acha que vai ganhar fazendo isso — Ele acrescentou, olhando para o relógio de correia de couro no seu braço que eu não tinha percebido — Eu preciso ir, vai ficar bem?

     — Vou sim — Eu sorri, tentando transmitir certeza — Boa viagem.

     — A cópia das chaves que eu pedi para você do apartamento estão na mesa com o seu celular — Ele disse, beijando-me suavemente nos lábios antes de levantar.

   Voltei a fechar meus olhos e meu corpo agradeceu pelo descanso que ele merecia por todo esforço que ele tinha feito.

§ § § § §

   Acordei depois de algumas horas decidida a não ir ao colégio, eu precisava passar um dia sozinha para ter certeza da partida de Daimen e me conformar, mas o céu que as grandes janelas do apartamento me mostravam estava bonito e apenas o azul dele me fez querer sair.

   Tentei levantar do chão e quando estava de pé senti um peso repentino nas minhas pernas e nos ombros, eu me perguntei o motivo para estar doendo tanto, mas lembrei da cachoeira e da escalada que tinha feito no dia anterior e logo me convenci. Então, encontrei no sofá uma calça e uma blusa, dobrados bonitinhos.

   Tomei banho e me troquei bem rápido, mas a dor nas pernas foi para o joelho e eu não me aguentava em pé. Parei diante do espelho borrado por causa do vapor e respirei fundo, olhei para o reflexo e soltei um grito que arranhou minha garganta.

     — Meu cabelo está branco! — Haviam grandes mechas grisalhas no meu cabelo e não demorei para raciocinar que isso e as dores só podiam ter alguma coisa a ver com a ligação — Peyton, você me paga!

   Encontrei um moletom grande e grosso de Daimen sobre a cadeira da cozinha e vesti, ele tinha um capuz que podia esconder meu cabelo que amarrei em um rabo de cavalo baixo e fiz exatamente isso. Mandei mensagem para que Laura ou Kamila levassem minha bolsa e um par de óculos para esconder as olheiras que estavam fundas.

   Peguei um táxi, sem esquecer de levar comigo as chaves do apartamento de Daimen e meu celular que estavam juntos. Saltei do táxi, deixando várias notas que eu não sabia se eram altas ou baixas demais e marchei até o meu armário. Se o ódio fosse liquido eu estaria transbordando ele por todo o caminho.

     — Oi! — Dabria exclamou ao se aproximar, ela estava de cabelo preso em um coque alto, blusa verde, short cinza e sapatilhas — Como foi a noite dormiu tarde? Ou acordou de mau-humor assim mesmo?

     — A segunda alternativa.

   Ela franziu o cenho, confusa.

     — Por que? Sua noite não foi boa? — Ela se encostou na porta do armário o rosto sério.

     — Minha noite... — Fechei o armário e me lembrei da minha noite, foi tão perfeita que me estressava o fato de quase tê-la esquecido logo quando notei que estava assim — Minha manhã não foi boa.

     — Eu ia perguntar o porquê, mas esquece.

   Sorri para ela, agradecida.

     — Vamos, eu preciso encontrar o Peyton.

   Seguimos para o refeitório conversando sobre tudo que não envolvesse Peyton, sentei na frente de Dabria ainda falando com ela quando uma aluna da nossa sala que eu havia conversado apenas uma vez interrompeu o que estávamos falando.

     — Atelina você está parecida com o Peyton. Vocês por acaso estão juntos e combinaram isso?

     — Não! — Minha resposta soou como um grito.

     — Ok, desculpa.

   Ela se sentiu desconfortável, eu não a culpava. Peyton realmente estava me tirando do sério de todas as maneiras possíveis. Balancei a cabeça sem que o capuz caísse e respirei fundo para me desculpar.

     — Desculpa, Lola — Falei, suavizando minha voz.

     — Tudo bem, não vou brigar com você por não gostar dele, quase ninguém gosta mesmo. E é melhor eu ir, o insuportável está chegando.

   Lola apontou com um aceno de cabeça a entrada do refeitório, onde Peyton estava entrando, ela saiu. Peyton estava de toca, sem o capuz, usava óculos de sol e exibia um sorriso completamente irritante que fazia eu me sentir como uma água fervendo.

   Voltei a olhar para Deb quando percebi que me tornaria vela. Brian o seu namorado estava agarrado a ela. Decidi que era hora de enfrentar Peyton e dizer que não podia fazer o que estava fazendo se isso estava fazendo mal a nós dois ou só a mim. Se me queria mesmo de volta não devia estar me forçando a isso.

     — Oi, Brian — Cumprimentei, querendo parar a agarração.

   Ele se soltou de Dabria, olhando para mim finalmente.

     — Oi, Atelina — Seu tom foi seco, eu não reclamei.

     — Desculpem-me, mas eu tenho contas a acertar com meu ex, podem voltar ao que estava fazendo — Disse, gesticulando para os dois.

     — O que ele fez? — Deb perguntou e afastou Brian, o que me fez sorrir.

   Alcancei o capuz e o tirei o mais rápido que eu pude. Dabria olhou para o meu cabelo espantada, eu sabia o que ela estava sentindo, essa foi a mesma reação que eu tive de frente para o espelho mais cedo.

     — Isso precisa de explicação! — Coloquei o capuz novamente para que ninguém visse — Acho que vai demorar, então não me esperem.

   Eles assentiram, então segui para a batalha pegando meus livros na mesa indo em direção ao lugar onde Peyton estava. Joguei meu corpo contra o seu de propósito e sem me desculpar entrei na primeira porta destrancada que encontrei no corredor um pouco cheio demais.

   Não demorou muito para que entendesse e ele entrou com os passos acelerados na sala vazia, seu rosto estava completamente furioso.

     — O que você quer? — Ele perguntou, a voz carregada de fúria e frieza.

     — O que eu quero? — Rebati, retirando o capuz — Quero que me explique isso!

   Ele riu, uma gargalhada irônica e sem graça se afastando de mim.

     — E você pensa que eu estou bem? Que eu saio ileso disso?

   Concordei sem pensar antes e seu semblante se tornou rígido. Isso me levou a pensar em como ele tinha apanhado no dia anterior quando acordei machucada. Não havia vestígios de que tinha levado uma surra, mas assim que tirou sua toca vi que seu cabelo estava mais grisalho que o meu e que ele estava levemente arrependido.

   Aproximei-me de Peyton e ele recuou não querendo ficar perto de mim, o que não era justo. Ele havia colocado nós dois naquela situação.

     — Peyton, por que não tira essa ligação? — Eu perguntei, calma para que ele não se assustasse.

     — Ela me disse que isso traria você de volta para mim... eu pensei que fosse funcionar... — Ele fez uma pausa não querendo continuar.

     — Peyton não está funcionando, só está me machucando. Machucando nós dois — Eu disse o óbvio e eu olhar se entristeceu, pois sabia que eu estava certa — Eu amei você, Peyton... amei e isso é passado.

     — Eu ainda não acredito em você — Ele encarou meu rosto, seu olhar era assustador — Eu preciso que me prove de alguma maneira que não... que não me ama mais.

   Suas palavras foram sumindo. Era tão difícil falar ou até mesmo pensar que eu não o amava mais? Desviei meus olhos do seu ainda assustador, e relaxei para deixar minhas presas saírem e mordi com vontade a palma da minha mão. Peyton me conhecia, e sabia que eu odiava o que estava prestes a fazer, mas se ajudasse a provar que não o amava mais e dessa forma ele pudesse seguir em frente, eu faria.

   O sangue se aglomerou na palma da minha mão e eu encarei os olhos negros que estavam espantados com que eu tinha feito.

     — Amei você no passado, quando eu pensei que todos ao meu redor me abandonavam de alguma forma. E você apenas me provou que era mais um deles — Comecei, minha voz quase falhando — E depois de sofrer anos, esperando que talvez você voltasse para mim eu tenho a coragem de jurar que...

   Peyton avançou na minha direção e aconchegou minha cabeça nas suas mãos frias, como se estivesse nevando lá fora e ele esquecera as luvas. Seus olhos assustados e a respiração descontrolada, deixara-me hesitante. Eu não pude prever o que vinha em seguida. Seus lábios alcançaram minha boca em um beijo faminto, ele parecia ter esquecido cada canto da minha boca e ávido em reconhecê-la a explorou novamente com um impetuoso desejo.

   Tentei me afastar no começo, mas me deixei levar quando ambos notámos que aquele beijo estivesse eletrizando todas as artérias dos nossos corpos após ter tomado vários barris de algum tipo de energético.

   Ele afastou nossos lábios mais permaneceu com o rosto próximo ao meu de olhos fechados. Eu tinha conhecimento que era errado aquela aproximação e isso me deixava relutante em seguir ali com ele.

     — Nenhum juramento de sangue me provaria que você não me ama. Eu sei que você no fundo ainda me ama, Atelina — Seu hálito esquentava a ponta do meu nariz, enquanto ele falava — Por favor, me dê mais uma chance de ser quem eu fui no passado para você? ... por favor?

   Senti lágrimas quentes escorrerem no meu rosto, mas não eram minhas, as minhas eu estava segurando para não deixá-las cair. Não podia ser fraca. Em qualquer outro momento eu podia chorar por estar a ponto de negar o que eu mais queria antes, mas naquele momento eu não podia deixar cair nenhuma lágrima. Eu estava com Daimen, meu compromisso era com ele.

     — Eu esperei tanto por você... — Vi seu sorriso crescer e senti meu coração se apertar com o que eu estava prestes a dizer — eu quis tanto que você me dissesse isso. Quis viver com você por muitos anos, quis mostrar o quanto de amor podia dar a você e o quanto você significaria para mim. Peyton, era para você ser a pessoa que eu mais amava no mundo...

     — Agora eu posso ser — Ele sussurrou e eu neguei — Por favor, Atelina, me dê mais uma chance de poder apagar o passador e reescrever o que deveria estar escrito?

     — Eu gostaria que você pudesse apagar o passado — Afastei meu rosto do seu e conseguir evitar que as lágrimas caíssem — Mas não pode e eu não te culpo por isso.

   Deixei que ele soltasse meu rosto por vontade própria para poder sair de perto e ir embora. Não podia ficar mais no mesmo lugar que ele, não com meu peito a ponto de explodir.

     — Mas eu me culpo! — Ele gritou assim que alcancei a maçaneta da porta.

   A porta fechou com um ruído estridente que ecoou no corredor junto com os meus passos apressados que me levavam para qualquer lugar que não fosse uma sala de aula, pois eu teria que sentar perto dele. Eu sabia que ele me conhecia o bastante para saber que cada palavra do meu juramento era falsa, eu sentia algo ainda por ele, mas queria esmagar o resto daquele sentimento.

   Todos os anos eu esperava que ele aparecesse e foi dessa maneira que conheci Dhiren e Rebekah. Quando descobri que Peyton ainda queria falar comigo, deixei pistadas pelos lugares que eu passava marcando um novo encontro, era um bom jogo que fazia meu coração palpitar pensando que ele poderia estar na minha frente a qualquer momento. Então recebi uma carta dele pela Rebekah falando que ele não queria mais jogar o jogo e que só queria me encontrar para dizer que não me queria mais. E mesmo assim eu esperei, pensava que a cada rua que virava ou cada empresário que conhecia estaria mais próxima dele.

   Até que perdi as esperanças e não queria mais vê-lo.

   As lágrimas embaçavam minha visão, mas minhas pernas continuavam em movimento constante, eu não sabia para onde ia. Apressei o passo quando ouvi o sinal tocar e atravessei as portas da entrada correndo, tentando não parecer que estava matando aula, porque a maioria dos alunos entravam desesperados para não levarem uma advertência.

   Peguei o caminho para o ginásio, vazio que ecoava com o som dos meus sapatos e me enfiei entre dois armários. Esperei. Minha cabeça martelava na mesma tecla de enter tentando entender as palavras que Peyton disse. Ele me pediu uma chance depois de todo esse tempo. Mas por que agora?

   Se ele tivesse tentado desde o dia que nos vimos na casa da Dabria me conquistar e não me afastar e se eu não tivesse conhecido Daimen, eu diria o mais alto e maravilhoso sim na minha vida.

   Estava em uma encruzilhada onde não sabia que caminho tomar. À direita estava Daimen, ele me entendia, era gentil comigo, me dava a possibilidade de escolher. Enquanto à minha esquerda estava Peyton, ele não me dava escolha, era completamente descuidado com si mesmo, era agressivo quando não conseguia o que queria e ainda me amava depois de tudo isso. Mas amar um, era escolher saber no fundo que deixou o outro desolado e inteiramente perdido...

   Eu não sabia o que fazer, podia me esconder dentro de um buraco à cinquenta palmos do chão que mesmo assim isso me afligiria e meu coração nunca saberia o que era tranquilidade. O peso da tristeza de outras pessoas sobre suas próprias mãos desola até mesmo a alma mais pura...

EU PEÇO QUE ESSA ESTRELA BRILHE!!! 🌟🌟🌟

Oie Anjinhos, como estão? Eu sempre choro muito nesse capítulo, acho que se eu estivesse no lugar da Atelina reagiria como a América de a seleção kkkkk (Se não leu ainda, super indico) Bom, eu não saberia como responder. Foi bem difícil escrever essa cena. Eu já tenho meu shippe, mas tudo que o Peyton fez por ela e todos esses segredos que parecem ter o dedo de alguém no meio... vocês acham que ela deveria ter dado uma chance a ele? Ou fez bem em recusar?

Muito obrigada por chegar até aqui. Estamos prestes a presenciar outro final. Não percam as publicações as SEGUNDAS, QUARTAS E SÁBADOS.

Dia 30/11 último capítulo será postado.

Beijinhos e beijões.

- Atelina.

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