𝟬𝟬𝟴. BATATINHA FRITA . . . 1, 2, 3

Jogadores, preparem-se, o jogo já vai começar!

A VOZ CALMA E AMIGÁVEL QUE SAIA daquelas caixas de som não demonstrava nada do que Cho Junyu, Hwang Junho, Ko Taemin e Seong Gihun sentiam naquele momento. Eles sabiam exatamente qual era o primeiro jogo e o que aconteceria nele caso um deles se movesse no momento errado. E óbvio, isso os deixava nervosos! Só de pensar que a qualquer momento poderiam levar um tiro na cabeça e acabar com tudo que eles planejaram, em poucos segundos, era desestimulante. Junho estava do seu lado direito, Taemin ao lado esquerdo e Gihun um pouco atrás, junto com seu amigo. A cabeça dos quatro certamente e estava funcionando mais do que o normal, pensando em alternativas mais inteligentes para passar pelo jogo.

─ Eu realmente não acredito que seu irmão vai deixar a gente jogar isso... ─ Junyu comentou baixo, quasse sussurrando, na intenção que apenas seu marido escutasse. ─ Sério, ele ficou mesmo maluco!

Apesar da tamanha decepção que tinha de imaginar Hwang Inho, seu cunhado que também a inspirou, a deixar estar em risco de morte, a Cho não acreditava que ele também deixaria o próprio irmão morrer. In-ho nunca foi assim. Ela tinha uma imagem protetora e acolhedora, sendo o homem aquele que além de seu próprio pai, lhe dava conselhos e se preocupava com ela.

─ É, eu sei. ─ Junho respondeu, decepcionado. Ele queria tanto salvar seu irmão, que acabou preso no próprio jogo que ele comandava. ─ Vamos pensar em vencer isso primeiro, depois falamos sobre isso.

Junyu concordou, sabendo que era uma situação difícil. E de fato, eles precisavam focar no jogo da batatinha frita.

─ E agora, que merda a gente faz? ─ Taemin perguntou, olhando para os lados. Suas mãos estavam suando, como há tempos não acontecia. Faz um tempo que ele havia saído do exército e passado por situações parecidas. ─ Eu não tô afim de morrer só porque essa boneca assombrada me viu!

─ Atenção, todo mundo me escuta! Prestem muita atenção! Isso aqui não é um jogo normal. ─ Gihun gritou para os demais, ficando na frente de todo mundo e os avisando antes do jogo começar. ─ Se eles perceberem que vocês se mexeram, vocês vão morrer!

Os jogadores gargalharam no segundo em que aquelas palavras saíram da boca de Seong Gihun. Cochichando o quão louco ele deveria ser e até  mesmo supondo se ele havia usado algum tipo de álcool ou droga. Junyu olhou para os jogadores, sabendo que quase metade deles poderiam morrer em apenas alguns minutos. O tal jogador 230 que havia lhe parado mais cedo estava há poucos metros. Ele também olhou para o lado enquanto conversava com o jogador que fez amizade e, de longe, conseguiu identificar a Cho. Junyu arqueou a sobrancelha, recebendo um sorriso divertido sair dos lábios de Thanos.

─ É aquele cara que você comentou comigo? ─ Junho sempre escutava as fofocas que Junyu contava, já que ela o atualizava delas no dia a dia, então lembrou de um tal rapper de cabelo roxo na conversa deles. ─ O que esse idiota tá  fazendo?

Choi Su-bong levantou o braço direito e, com um sorriso no rosto, fez um coraçãozinho coreano com as mãos, bem na direção da militar. Junyu devolveu o "afeto", mas de forma diferente... com um dedo do meio levantado e um sorrisinho debochado no rosto. Infelizmente sentindo que teria uma pulga em seu sapato para lidar nos jogos.

─ Eles tem um monte de arma la em cima! Aquela boneca tem um chip no olho que percebe quem se mexeu. ─ Gihun continuou, tentando alertar as pessoas. ─ Aconteça o que acontecer, não entrem em Pânico ou saiam correndo!

As pessoas simplesmente começaram a brigar com ele. O chamando de golpista e dizendo que o jogador 456 só queria fazer aquilo para assustar os outros e tentar eliminar outros jogadores. Até mesmo o tal Park amigo dele fingiu que não conhecia ele, só para não acabar sendo relacionado ao tal "maluco". O silêncio se estabeleceu quando repentinamente a boneca gigante virou se costas para a arena, tapou os olhos e começou a contar. Iniciando o pesadelo.

Então, vamos começar o jogo! Batatinha frita, 1 2 3...

─ Parou! ─ Gihun gritou assim que a boneca se virou. Ele estava de costas para a arena e dava instruções para os outros jogadores, tentando evitar que a maioria deles morresse.

Surpreendentemente aos outros jogos, as pessoas começaram a andar e parar conforme Seong Gihun falava. Sempre gritando "parou" no último segundo da contagem da boneca. Junyu, Junho e Taemin estavam juntos, acompanhando a contagem enquanto observavam o tempo. O sol quente não ajudava muito, já que as roupas de algodão faziam os jogadores transpiram mais do que o normal é criavam uma sensação térmica ainda maior do que já estava.

E bom, tudo estava indo bem, até o momento em que a jogadora de número 196 se moveu ao sentir uma abelha pousar em seu pescoço. Ela gritou espantando o animal, pulando no mesmo lugar enquanto ria exageradamente ao entender que havia sido eliminado. Poxa, eu me mexi, foram as últimas palavras da jovem influencer, antes de um tiro em alta velocidade atingir bem no meio de sua testa.

Jogadora 196, eliminada, falou a voz no som.

Uma mulher olhou para o lado e gritou ao ver o corpo imóvel  da 196 no chão. Sangue escorria sem parar pelo buraco na cabeça da jogadora e manchava parte do chão. Os demais jogadores assustaram-se quando se deram conta do que havia acabado de acontecer e, automaticamente, começaram a correr. Por mais que Gihun e até mesmo Junyu, Junho e Taemin pedissem para que os demais ficassem parados, alguns jogadores não obedeceram e o massacre aconteceu. Tiros por todos os lados avançaram na direção dos jogadores que se mexeram e mataram um por um até que todos os eliminamos estivessem mortos. Os números dos jogadores foram sendo anunciados no meio dos tiros, contabilizando pelo menos uns vinte ao mesmo tempo.

─ Isso é um fuzil semi-automático. ─ Junyu comentou, entendendo bem de armas. Sabia que além de ser de longa distância e raiada, poderia disparar tiros único ou repetitivos. ─ Eles deixaram na primeira trava para que pudessem usar dos dois jeitos.

─ Cobre a boca pra falar, o Gihun pediu. ─ Junho pediu a esposa, suando frio pela testa. Ele agarrou a mão de Cho Junyu desde o primeiro momento e não soltaria até a último segundo. ─ Fica junto de mim, ok?

─ Que droga, esses merdas! ─ Taemin murmurou baixinho, irritado. O som das balas não assustavam o Ko, mas isso não queria dizer que gostava. ─ Junyu, você deveria ficar atrás da gente.

─ Ele tem razão. ─ O Hwang concordou imediatamente. ─ Somos mais altos que você, então fica atrás da gente.

Vou repetir as regras do jogo! Os jogadores vão poder avança durante o tempo em que a boneca estiver dizendo batatinha frita 1 2 3. Caso se mexam fora desse tempo, deram eliminados.

─ Se não cruzarem a linha também morre! ─ Gihun completou.

─ É isso, meninos... vocês são gênios! ─ Junyu olhou para os dois quando a boca se virou, ficando de costas para ela para falar melhor. ─ Podemos deixar os mais altos na frente e os mais baixos atrás. Assim a gente consegue salvar mais pessoas!

Quando a boneca se virou novamente para a árvore para contar, Junyu correu para frente de todos rapidamente e virou para eles antes que a boneca visse. A mulher tapou a boca como Gihun havia pedido, colocando o braço na frente para que o sensor não notasse ela falando.

─ Escutem! ─ Ela gritou, intercalando seu olhar entre eles. ─ O que tá bloqueado, ela não vê! Então quem é mais baixo fica atrás de quem é mais alto, formando assim um trenzinho! ─ Os outros jogadores mexiam seus olhos como se concordassem, tentando seguir uma liderança que aparentemente, para eles, tentava ajudar. ─ Não temos mais tempo, a gente tem que ir agora!

Seguindo o que Cho Junyu havia falado, os jogadores se acumularam em várias filas. Os mais altos na frente, e os mais baixos atrás. Quando a boneca falou batatinha frita 1, 2, 3, Junyu se juntou aos demais e ficou em segundo na fila, já que o jogador 347 havia ficado na frente. Eles seguiram seu caminho, sempre parando na hora em que Gihun gritava parou. Infelizmente, alguns jogadores que estavam na frente acabavam perdendo o equilíbrio e se mexendo, o que resultava em morte.

Por mais que Junyu soubesse que isso poderia acontecer bem na sua frente, o tiro de fuzil que atravessou a cabeça do jogador 347, que estava bem na sua frente, a surpreendeu. O corpo do homem de meia idade caiu bem na sua frente como se a alma do mesmo tivesse saído dela em poucos segundos. O sangue espirrou violentamente no rosto da Cho, manchando todo o rosto da mulher em segundos. Ela fechou os olhos momentaneamente, apenas para voltar com sua cabeça para o local em que estavam. Aquela cena lhe lembrava a mesma de seis anos atrás, quando em um combate real, um dos seus soldados morreu na sua frente e o sangue do mesmo espirrou em sua roupa.

─ Junyu, se acalme e respire. ─ Junho sussurrou na fila do lado. Ele, Taemin, Junyu e Gihun se dividiram para salvar outras pessoas nas outras filas, ficando na frente. O Hwang sabia da história trágica com o soldado de Junyu, já que ela havia lhe contado e que aquela experiência teria sido horrível para a esposa.

Seus olhos abriram-se quando a boca finalmente virou para a parede e começou a contar novamente. A voz de Junho pedindo para que ela tivesse calma e respirasse a ajudou, como sempre. Ele já havia presenciado Junyu ter alguns pesadelos por causa desse momento naquela época, então sabia bem como acalmar sua parceira.

─ Vocês que estão na minha fila, abaixem! ─ Junyu decidiu que ficaria na frente. Ela não era tão baixa, tinha 1,72 de altura, mas haviam outros homens mais altos de que ela na mesma fila. Ela não arriscaria, preferia proteger os demais como fazia diariamente. ─ Pessoal, precisamos ir rápido! O tempo está acabando.

Mais uma pausa aconteceu e a única coisa que as pessoas conseguiram escutar foi o barulho de tiros rolando. Junyu olhou para o lado para ver o que havia acontecido e deu de cara com Thanos sorrindo. Alguns corpos estavam na frente dele e seus braços estavam esticados, dando claramente para entender que o rapper havia empurrado os outros jogadores na sua frente. Uma garota na fila do lado esquerdo, atrás de Taemin, choramingou quando quase caiu no chão ─  era a jogadora 222, a grávida. Junyu olhou para o ex e apenas com o olhar, conseguiu transpassar que havia entendido o que ele queria fazer.

─ Jogadora 222, me escute, está tudo bem? ─ Ko Taemin segurava a mão a jogadora, impedindo que ela tivesse caído na rodada anterior. Ele correu com ela alguns metros quando o jogo voltou e pôs a mão na frente do rosto. ─ Eu posso levar você. Quando a boneca começar a contar novamente, eu vou me agachar para você subir nas minhas costas e eu te levar. Tudo bem?

─ Não, não precisa... ─ A jogadora murmurou, apertando a mão do ex militar com força ao sentir dor. ─ Eu posso me virar soz...

─ 222. ─ Junyu falou, chamando sua atenção. ─ Sei que está com medo... mas pode confiar nele. ─ Preferiu intervir e tentar ajudar, já que ela era mulher. A garota poderia estar com medo do homem, o que seria compreensível. ─ Eu conheço ele e sabe, ele tem duas irmãs e sempre cuidou bem delas. Então... deixa ele te ajudar.

Quando o som nos caixas começou a soar novamente, Taemin agachou no chão e a ajudou a jogadora 222 a subiu em suas costas, segurando nas laterais das suas pernas apenas para ter mais estabilidade. O ex militar levantou tão rápido que nem deu para pensar muito, apenas correr rapidamente na direção da linha. Junyu também checou Junho e depois Gihun, que afirmaram que estava tudo bem. Ela correu rápido e leve, segurando a mão de Hwang Junho e o arrastando junto com ela até a linha de chegada.

A cor vermelha nunca foi tão relaxante por ela quanto foi no momento em que a mesma passou a linha antes da boneca virar. A respiração pesada e o coração descompassado, a única coisa que ela conseguiu fazer antes de qualquer coisa foi abraçar fortemente seu marido. Seus braços circundaram o pescoço de Junho e ela quis sentir completamente que Jun estava ali com ela. O Hwang não foi diferente, já que o mesmo a envolveu em seus braços, agarrando sua cintura como se nunca mais quisesse soltar.

─ Graças a Deus, não acredito que a gente passou por isso. ─ Falou o ex policial, com a voz um pouco cansada. Junho descansou momentaneamente sua cabeça no ombro de Junyu, chegando a ter uma sensação de alívio. ─ Merda, a gente precisa sair daqui!

─ Tem razão... ─ Junyu concordou, também apoiando seu rosto no ombro dele. ─ Precisamos refazer nosso plano e torcer para que o Jaesang e os outros nos achem.

Voltando para a sala, os jogadores restantes se juntaram próximos das camas do fundo, quietos e apavorados. O local tinha as luzes baixas naquele momento e estava silencioso. Junyu e os demais próximos dela estavam sentados em um pequeno corredor entre as camas. Junho encostado no beliche, com Junyu sentada na sua frente, encostada nele. Taemin no começo do corredor, com a cabeça encostada no colchão da cama, com a jogadora 222 próximo dele. Gihun também estava no mesmo corredor, ao lado de Jungbae, calado.

─ Aquela boneca filha da puta estava atirando na gente e... ─ Park Jung-bae começou falando, com raiva.

─ Não foi a boneca que atirou, eles tem atiradores. ─ Retrucou Gihun.

─ Como é que você sabe disso? ─ Indagou o amigo. ─ Você já jogou isso aqui antes?

─ A gente precisa pensar em um novo plano. ─ Junyu comentou com Junho e Taemin, os mais próximos dela . A jogadora 222 também estava escutando, mas ficou calada. ─ Mas temos que pensar se saímos ou ficamos aqui.

─ Você ainda está pensando em ficar? ─ Junho questionou, olhando para a esposa. O homem segurava suas mãos. ─ Junyu, nós perdemos o chip. Se a gente ficar, nós podemos morrer.

─ É, mas ela tem razão, temos que pensar. ─ Taemin concordou com a ex namorada, penando bem no assunto. Ele não queria morrer, mas assim como no exército, estaria lá até o fim com Cho Junyu. ─ Se sairmos, podemos perder a oportunidade de pegar o líder.

─ Pessoal... ─ A jogadora 222 se manifestou, falando com os três. Ela sentou-se na ponta da cama, próxima deles. Junyu, Junho e Taemin viraram para olha-la, esperando a garota falar. ─ Eu... eu agradeço pela ajuda. Muito obrigado por me salvarem.

A garota baixou a cabeça, os agradecendo.

─ Claro, sem problemas! ─ Junyu respondeu com um sorriso no rosto. Não queria transparecer alguma insegurança. ─ Estamos aqui com você se precisar, tudo bem?

─ Verdade, não se preocupe, eu te protejo! ─ Taemin falou com confiança, também sorrindo para a garota. ─ Como é seu nome, 222?

─ Kim Jun-hee. ─ Ela falou baixinho, um pouco tímida. Junhee sorriu brevemente ao olhar para os três, sentindo-se um pouco mais acolhida. ─ E o de vocês?

─ Ko Tae-min. ─ Ele estendeu a mão, esperando que a mesma apertasse. A Kim retribuiu, baixando a cabeça novamente.

─ Cho Jun-yu. ─ A militar respondeu, sendo simpática. Ela cutucou brevemente Junho.

─ Hwang Jun-ho, marido da Junyu.

─ Ah, faz sentido você ter protegido ela... e também estarem junto aqui. Vocês estavam o tempo todo com as mãos dadas. ─ Disse Junhee, ela havia percebido a proximidade deles na arena de jogos. ─ Vocês são fofos.

Interrompendo a conversa dos quatro, os mascarados entraram novamente na sala, com o quadrado no meio, entre os círculos. As luzes acenderam-se, fazendo com que os jogadores começassem a se esconder atrás das camas, com medo.

─ Vocês que estão aqui e passaram pelo 1° jogo, meus parabéns a todos! ─ O quadrado falava sem alterar a voz, calmo como da outra vez, mesmo depois do primeiro jogo ter sido aterrorizante. ─ Quero anunciar agora, o resultado do primeiro jogo.

O placar na parte de cima da sala começou a rodar, revelando que, dos 456 jogadores, 91 foram eliminados, sobrando automaticamente 365 jogadores que conseguiram completar o primeiro jogo. Apesar das parabenizações, as pessoas começaram a implorar, pedindo para ir embora.

─ Por favor, deixa a gente ir embora! Tenha piedade de nós! ─ Um senhora, a jogadora 149, começou a gritar, implorando e se ajoelhando no chão. Ela puxou seu filho, o jogador 007, para junto dela. ─ Vamos pagar nossas dividas!

─ Parece que temos um mal-entendido aqui... nós não queremos machucar vocês. Nós só estamos dando uma chance para vocês.

─ Clausula três do consentimento! Os jogos podem ser encerrados se a maioria concordar. ─ Seong Gihun levantou do local onde estava e andou um pouco mais para frente..─ Não é assim?

─ Isso mesmo.

─ Então é isso, vamos votar!

─ É claro, nós respeitamos a liberdade de cada um de vocês e cada um escolhe o que é melhor. ─ Continuou, encarando atentamente o jogador 456. ─ Antes da votação, quero anunciar o valor do prêmio que o vencedor vai levar como foi prometido!

O porquinho desceu lentamente do teto, iluminado por uma luz amarela que remetia ao dinheiro. As notas começaram a cair no porquinho, chamando a atenção das pessoas, que pareceram esquecer que estavam implorando para irem embora segundos atrás. Eles juntavam aos montes no meio da sala, admiradas com a quantidade. O quadrado revelou que, com os 91 jogadores eliminados na 1° rodada, o prêmio acumulou para 9,1 bilhões de wons. Sendo assim, se a maioria concordasse em encerrar os jogos naquele momento, os 365 jogadores que sobraram, iriam poder dividir igualmente o valor de 9,1 bilhões, sobrando assim, para cada um, ir embora com 24 milhões, 931 mil e 500 wons.

A regra era clara: iriam adicionar 100 milhões de wons para cada jogador eliminado. Depois do próximo jogo, se mais pessoas fossem eliminadas, o prêmio iria aumentar ─ e assim sucessivamente. Então, mesmo se sobrasse somente um jogador, ele levaria o prêmio que estivesse acumulado.

─ Era assim no jogo passado? ─ Junyu perguntou, curiosa. Se fosse assim, seu pai poderia ter sobrevivido, se mais de uma pessoa pudesse sobreviver até o final.

─ Não, o último jogo, o da lula, só um poderia sobreviver. ─ Respondeu Gihun, entendendo o questionamento. ─ Eles fizeram isso agora.

─ Puta merda, a gente quase morreu nesse jogo por causa de 24 milhões? ─ O jogador 124 contestou, indignado. ─ Mais que bosta!

─ Nós vamos poder votar no final de cada jogo? ─ Perguntou outro jogador.

─ Como diz no formulário, no final de cada jogo vocês vão poder votar pra decidir se querem repartir o prêmio que foi acumulado até o momento. ─ Claro, parecia muito conveniente demais fazer isso, deixando que as pessoas achassem que estava tudo bem. ─ Nossa maior prioridade é ter certeza que cada um de vocês que está aqui, jogue por livre e espontânea vontade.

─ É claro, eles vão fazer de tudo para fingir que está tudo bem. ─ Cho Junyu cruzou os braços, sacando imediatamente a lavagem cerebral. ─ Fingindo que temos algumas liberdade, e dando a entender que só querem nos ajudar.

─ Agora já podemos começar a votação! ─ O quadrado, vendo que não tinham mais perguntas ou contestações, seguiu dando as instruções. ─ Na primeira votação vamos fazer o seguinte: vamos sortear aleatoriamente um número nesse globo que trouxemos... ─ Ele aponta para um globo, como daqueles de bingo, cheio de números dentro. ─ O número sorteado será o último a votar. Então, começamos do número mais alto até o mais baixo, sobrando apenas o número sorteado para votar por último.

─ Isso não tá me cheirando bem. ─ Comentou Taemin, batendo o pé no chão.

Um dos círculos começou a a girar o globo por uma maçaneta. Ele girou, girou e girou, causando uma tensão no grupo, até que parou. O quadrado enfiou a mão dentro da única entrada do globo, escolheu uma bola e mostrou para todos.

─ Jogadora 218!

Os demais jogadores começaram a procurar pelo número, encarando fervorosamente Cho Junyu quando lhe acharam no meio da multidão. Ela virou-se para Junho, que estava em pé atrás dela, até agora calado, e disse com a maior raiva que conseguia sentir naquele momento:

─ Sinceramente, o In-ho está começando a me irritar.

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