𝟬𝟬𝟲. O COMEÇO DE UM FIM
ERA DIA 31 DE OUTUBRO DE 2025, NOITE DE HALLOWEEN no badalado centro de Seul. Cho Junyu, Hwang Junho, Ko Taemin, Seong Gihun e Choi Wooseok estavam escondidos dentro de um carro, na frente da boate HDH. Passaram-se duas semanas desde o dia em que Gihun havia achado o cartão no bolso do paletó do recrutador e se preparado para este momento. Esse era o dia! Esse era o dia em que eles finalmente poderiam tentar acabar com tudo... o dia em que achavam estar prontos. Ansiedade, nervosismo, lembranças. Todo o focado remetia-de a tentar acabar com os jogos, mas seus sentimentos, definitivamente, estavam entrelaçados entre eles. Entra o pensamento de positividade e a dúvida da incerteza.
Junyu e Junho estavam nos bancos da frente, ele no banco do motorista e ela, do passageiro. Havia um ponto de escuta na entrada no ouvido da moça, para que ela pudesse se comunicar com os demais, já que era ela e Junho que davam as ordens na operação, após organizarem todo o plano tático. Wooseok, Gihun e Taemin atrás, com o mais novo deles no meio, Choi no canto esquerdo e Seong no direito ─ todos eles tinham pontos assim como Junyu. O único que ficaria no carro seria Junho, como combinado. Além dele observar do lado de fora, seria melhor para evitar ser reconhecido pelos mascarados.
─ Nossa, quanta gente! ─ Choi falou, observando vários jovens fantasiados pelas ruas. ─ Que doideira é esse tal de Hallo... Hallo... ─ Ele tentou falar, mas não sabia a palavra em inglês. ─ Como é esse negócio?
─ 31 de outubro, o Halloween. ─ Junho respondeu sem se incomodar, como se eles estivessem tendo uma conversa casual em um momento casual. Choi deu uma batidinha no ombro dele, concordando.
─ Eu lembro quando a gente brincava nesse dia... ─ Junyu comentou, dando um pequeno sorriso ladino. Ela olhou para Junho, que passou a mão no pescoço, pedindo para que ela cortasse o assunto. ─ A gente se divertia muito na nossa época!
─ Verdade. ─ O Ko também concordou. ─ Você lembra daquela vez que...
─ Pois é, Junnie, ainda lembro de como você gostava de usar essas fantasias. ─ Junho o interrompeu, entrando no assunto só para impedir que Taemin continuasse. ─ Seu pai odiava!
─ É... mais você gostava! ─ Ela riu, empurrando levemente o marido para o lado. Junho soltou uma risadinha baixa, descontraindo.
Os três homens no banco de trás entre olharam-se e depois olharam para o casal, fazendo uma careta de tão enjoados que estavam só de imaginar o que tinha por trás daqueles comentários obscuros. Eram três homens solteiros olharam para um casal feliz, cheio de vigor e histórias para contar, além de muito amor que ainda compartilhavam, então era um pouco estranho às vezes. Muitos casais não tinham isso ou eram muito robóticos uns com os outros hoje em dia, principalmente depois de doze anos juntos e seis anos de casados.
Junho e Junyu olharam um para o outro, notando o desconforto dos três e riram sozinhos, entendendo o que era só de se olharem.
─ Será que esses filhos da puta estão aprontando algo? ─ Indagou o senhor Choi, olhando para os demais e esperando alguma resposta. ─ O senhor disse que esse líder usava um capuz cinza e uma máscara preta? Acho que ele escolheu esse dia para vim com o rosto coberto!
─ Vamos nessa! ─ Disse Gihun, já saindo do carro.
Wooseok saiu logo atrás dele e Taemin, em seguida, esperando Junyu. O Hwang olhou para esposa por alguns segundos, suspirou e lhe beijou o mais rápido que podia por causa do tempo que eles tinham. Suas mãos acariciaram gentilmente as bochechas fofas da esposa antes de olhar para ela mais uma vez e admira-la. Junnie passou os dedos entre os cabelos pretos dele, os penteando para trás e arrumando a divisão que ele havia feito antes de sair de casa.
─ Isso não é uma despedida. ─ Junho se manifestou, afastando qualquer ideia que ela poderia ter de estar olhando para ele uma última vez. ─ Mesmo se o plano A não der certo, eu vou com vocês no plano B.
─ Mas e quem vai comandar eles? ─ Junyu questionou, sabendo que eles dois eram os únicos que conseguiram manter, sem falhas ou desacordos, o grupo todo. ─ Eles precisam de um líder e eu disse que confiava em você como meu parceiro. ─ Ela resmungou, sem querer que ele a seguisse. Não pelo fato de não tem quem comandar, para porque não queria que o marido se arriscasse. ─ Para de querer bancar o herói... essa função é minha!
─ Não se preocupa, eu isso já estaria resolvido. ─ Junho calmamente abriu a porta do passageiro, pelo lado de dentro e sorriu.
─ É o Jaesang, não é? ─ Junyu revirou os olhos, adivinhando imediatamente. Ela conseguia compreender tanto Junho, que ficava fácil saber o que ele estava tramando. ─ Sério, que cara teimoso! Eu já mandei ele não se meter.
─ Como é que você advinha tudo? ─ O Hwang contestou, a olhando de boca aberta. ─ Escuta, eu tentei deixar ele de fora, mas ele encheu tanto minha paciência dizendo que queria nos ajudar, que eu aceitei.
─ E ele iria fazer a gente querendo ou não. ─ A Cho completou, fazendo Junho concordar com ela. Park Jaesang era capaz de achar sua amiga onde ela estivesse, Junyu só não queria coloca-lo em perigo. ─ Espero que a gente não precise.
Junyu olhou mais uma vez para o marido, deu um selinho em seus lábios e saiu do carro.
Os quarto conseguiram entrar na boate com tranquilidade vestindo suas roupas mais casuais possíveis, apesar da falta de fantasia ou de adereços que surpreenderia qualquer um. Haviam muitos jovens, a maioria fantasiado e dançando com copos de bebidas nas mãos. Fantastic Baby do BIGBANG estrondava nos caixas de som da boate, enquanto as luzes roxas, azuis e rosas bombavam e piscavam ao som da música, principalmente na parte do refrão. Os quatro resolveram se separar, indo Gihun e Wooseok para um lado e Junyu e Taemin para o outro.
─ Ei, essa música é muito boa! ─ Junyu gritou ao redor, chamando a atenção de Taemin, que estava do lado dela. A garota cantarolava r dançava a parta do refrão como se estivesse participando da festa. ─ Nossa, faz tempo que a gente não vem em uma boate dessa em, Junho! Amor, você tá me escutando?
─ Tô sim, o som tá bom e o rastreador tá forte. ─ Respondeu do outro lado da linha, confirmando. ─ Como tá aí dentro? ─ Perguntou, curioso pelos detalhes. Eles acompanhava os quatro pela tela do celular. ─ Se você quiser a gente pode ir em uma dessas algum dia.
─ Sério? ─ Junyu animou-se. Ela sabia que Junho não gostava muito de locais cheios ou com muito barulho. ─ Claro, pode ser! E depois fazemos algo que você gosta.
─ Você sabe que eu gosto de fazer qualquer coisa, desde que seja com você, não é? ─ Claro, lá estava o Hwang Junho que ela conhecia, sempre topando tudo com Junyu porque se divertia só de estar com ela. O que, de fato, era verdade.
Não precisava muito para fazê-lo feliz, apenas tê-la do lado dele, mas a Cho gostava de fazer coisas que seu marido também se interessava. Mesmo sendo um casal, eles tinham suas individualidade.
─ Pra que procurar tanto, eu gosto! ─ Taemin intrometeu-se na conversa, se auto convidando. ─ A gente pode sair algum dia pra curtir uma baladinha e...
─ Tem como vocês dois pararem de namorar pelo ponto e focar na missão? ─ Gihun falou com eles seriamente, mas não de maneira grosseira. Todos ficaram em silêncio.
─ Desculpa. ─ Junho falou, mas deu uma risada silenciosa. ─ Os mascarados chegaram! Eles estão entrando na boate.
Do lado de fora, Junho viu três mascarados entrando na boate, com o mesmo macacão vermelho e máscaras com símbolos de triângulos. O homem saiu do carro imediatamente e os seguiu até a boate, intercalando seu olhar entre o rastreador e os triângulos.
─ Senhor Kim, fiquem atentos, eles estão dentro da boate com os mascarados. ─ Junho falava com eles por outra linha, que conseguia se comunicar apenas com os fuzileiros armados. ─ Eu vou segui-los. Escute, qualquer coisa nos siga pelo rastreador e se não der certo, parta para o plano B com o Park Jaesang e Choi Wooseok.
─ Entendido, senhor. ─ Kim respondeu.
─ Mascarados? ─ Wooseok indagou. ─ Mas todo mundo aqui tá de máscara, cacete!
─ Os desgraçados de macacão rosa, da ilha!─ Junho respondeu com o tom de voz alta, chegando na frente da boate.
Ele tentou entrar no local, mas o segurança da frente não deixou, dizendo que ele não poderia furar a fila. Atrás dele estava uma enorme fila de jovens fantasiados, olhando para ele de cara feia ao achar que o homem queria entrar na boate sem seguir as regras. Ao dizer que era policial o segurança riu, apontando para algumas pessoas na fila vestidas de policial e o criticando por não ter, ao menos se fantasiado. Sem paciência, Junho sacou a arma escondida na parte de trás da calça e apontou para o rosto do segurança, que levantou as mãos e se redeu, aceitando que ele realmente poderia ser policial.
Dentro da boate o clima era outro! Enquanto tentavam se comunicar com Gihun e Wooseok, que não respondiam, Junyu e Taemin procuravam pelos mascarados. Havia muita gente, sempre empurrando ou dançando, o que impedia o livre acesso dos dois pelo local. Eles estavam juntos, andando lado a lado com seus braços colados para que não se separassem. De vez em quando um olhava para o outro, apenas para verificar se estava tudo bem ─ coisa bem comum em sua época de exército, que eles também faziam duplas.
─ Pessoal? ─ Junyu chamou, mas ninguém respondeu. Ela mudou de canal para se comunicar com o Kim, para ver se também tinha algum problema. ─ Kim?
─ Sim, capitã Cho? ─ O fuzileiro respondeu. ─ O capitão Hwang já nos deu a ordem. Estamos de olho nas saídas.
─ Ele não está me respondendo mais, tente falar com ele. ─ A Cho ordenou, olhando pelos lados. ─ O Seong e o Choi também não estão respondeu, então fiquem de olhou.
─ Sim senhora.
Quando ela finalizou a conversa com o homem, Taemin a cutucou, apontando para o bar do local. Eles foram até lá o mais rápido que conseguiram e acham Choi Wooseok apagado em um assento, com o rosto escorado na bancada do bar e uma garrafa de cerveja, claramente plantada para parecer que ele estava bêbado, do lado. De repente, um homem com uma máscara de triângulo parou na frente deles e os encarou por alguns segundos. Ele não falou nada, apenas deu meia volta e começou a caminhar para o lado esquerdo, na direção de algumas salas privadas da boate. Os ex namorados se olharam rapidamente e concordaram, seguindo o mascarado onde quer que ele fosse.
Ao chegar no local, a pessoa com a máscara deixou que os dois entrassem e apontou para o fundo da pequena sala oval, claramente pedindo que eles se deslocassem para lá. Quando Junyu e Taemin foram até lá, mascarado de vermelho foi até a porta, pronto para fechar, no entanto, Hwang Junho surgiu nos quarenta e cinco segundos do segundo tempo e entrou no quarto junto com eles.
─ Junho! ─ Junyu exclamou ao ver o marido. ─ Onde você estava? Estávamos tentando falar com você!
─ O sinal do comunicador falhou, mas resolvi seguir vocês dois. ─ Ele se aproximou deles, verificando se estava tudo bem com a Cho. ─ Cadê os outros?
─ Não sei, perdemos eles. ─ Respondeu o Ko, passando a mão pelos cabelos e os jogando para trás. ─ Mas achamos esse aí, serve?
A pessoa por trás do traje estava parada de frente para a porta em silêncio, encarando os três. Inesperadamente, quatro pequenas passagens abriram-se na parede, exalando fumaça por todo o quarto fechado e espantando os três. Claro, eles não esperavam que, apesar dos anos de experiência e sabedoria, cairiam em algo assim tão rápido ─ mas aconteceu na primeira e eles confiaram que estavam perto de encontrar o líder. Mesmo tentando lutar contra o cheiro ou tentando achar o soldado triângulo, foi impossível devido a tanta fumaça. Suas vistas foram ficando embaçadas e os sentidos se perderam. Sendo o rosto de Junho apagado no chão, a última coisa que Cho Junyu conseguiu ver.
Horas se passaram desde o acontecido e um pequeno ruído musical despertou Junnie rapidamente, até a assustando devido ao repente que tomou da última vez. Ao abrir os olhos, sua visão foi o fundo de um beliche, entendo que ela estava deitada em alguma cama. A mulher arqueou a sobrancelha, sentou-se no colchão e o que ela viu a deixou ainda mais chocada: uma grande sala com diversas camas e várias pessoas vestindo a mesma roupa, uma camisa branca com um número dentro e uma calça e um moletom de cores verdes, com uma plaquinha pouco detalhada do lado esquerdo do peito e um número talhado dele. Haviam listras brancas no uniforme, mas era só para dá uma diferenciada no verde.
Ao olhar para baixo e encarar seu próprio uniforme ela deu de cara com um número, 218. Cho Junyu não fazia ideia do que aquilo significava, mas com certeza não era boa coisa, se dando conta que aqueles eram os jogos que eles tanto procuraram.
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