𝟬𝟬𝟬. O PASSADO E O PRESENTE
AS RISADAS DE CHO SANG-WOO ECOAVAM na mente de sua filha Cho Junyu. Ela sem lembrava perfeitamente do cabelo preto macio, os olhos marrom escuro, o perfume cítrico que ele adorava usar e os óculos quadrados de armação fina de cor cinza. Apesar das pessoas acharem que Sangwoo era mais um homem frio e manipulador ─ e realmente ser com as demais pessoas, ele foi um pai incrível! Junnie lembra-se do pai como alguém divertido, altamente inteligente e capaz de achar soluções para os problemas, determinado e amoroso.
Junyu até entendia certas atitudes do pai, mesmo nunca concordando quando os princípios estavam em jogo. Ela sabia que ele era inteligente, mas também ganancioso... e esse foi um dos motivos que, dois anos atrás, seu pai estava cheio de dívidas após fracassar em seus investimentos e acabar perdendo o cargo de chefe da equipe de investimentos da Joy Investments. O homem que se formou em economia na Universidade Nacional de Seul tentou de tudo para ter uma boa vida. Às vezes Junyu sentir-se culpada por certas atitudes do pai... de tanto que ele investia em busca de um futuro melhor. E porque? Sangwoo foi pai aos 19 anos, pouco tempo depois de passar na universidade e criou Junyu sozinho.
Joo Young-min, a mãe da garota, não queria ter filhos agora... e muito menos com um pobretão como Sangwoo. No entanto, quando a mulher disse que ficou grávida e que abortaria se o Cho não quisesse a criança, o homem falou que cuidaria da criança e implorou para que Youngmin seguisse com a gravidez. Felizmente ela aceitou e após o nascimento da garota, duas semanas depois, Sangwoo levou Junyu com ele para Seul e desde lá cuidou sozinho da filha. Estudava de manhã ─ levando Junyu com ele, trabalhava de tarde e deixava a garotinha com uma vizinha e voltava de noite. A vida dos dois foi assim por muito tempo, mas Sangwoo nunca desistiu de melhorar de vida pela filha.
Após se formar em economia ele ficou de vez em Seul, virou estagiário da Joy Investments e só foi avançando na empresa ao longo dos anos. Conseguiu dá uma vida melhor para Junyu ─ ou geumsaek, apelido dado pelo pai e que em coreano é dourado, e a garota teve uma boa vida. Apenas 22 anos depois, Joo Youngmin tentou voltar para a vida da filha. Sangwoo não queria, pois tinha um ódio muito grande pela mulher que sumiu completamente após o nascimento da filha, e ele até tentou esconder o interesse da Joo pela filha, mas não foi possível e as duas acabaram se encontrando algum dia.
Acabou que Youngmin consegui contatar Junyu aos 22 anos ─ na época, já na academia militar, e as duas desenvolveram uma breve relação durante quase um ano. No entanto, pouco tempo depois sua mãe ficou doente e morreu. Junyu não conseguia dizer o verdadeiro sentimento que teve por ela e em que classificação as duas encaixavam-se, mas queria ter tido mais momentos bons com ela. Sangwoo não ficava falando mal de Youngmin para Junyu, mas preferia ficar na dele.
─ Capitã Cho! ─ O tenente Park Jaesang, seu colega das forças especiais, gritou seu sobrenome. ─ Capitã? Você está bem?
Os pensamentos de Cho Junyu voltaram para a realidade quando seu nome foi ecoado pelos corredores do prédio. Ela olhou para o lado e viu o jovem de 30 anos encara-la com dúvidas. A adrenalina vibrava diante do treinamento das Forças Especiais no prédio da ala leste do quartel geral de Seul. Junyu segurava Jaesang pela cintura e o carregava pelo corredor, em um treinamento para os novos cadetes. Junyu olhou para o parceiro de equipe e concordou, encontrando seu presente. Ela arrastou o tenente por mais alguns metros até dobrar em uma sala. Lá, o cadete Lee Kyungsoo esperava os dois instrutores, com uma mochila nas costas cheia de suprimentos para atendimento pré hospitalar tático ─ o tipo de treinamento que eles realizavam no momento.
─ Capitã Cho, o que aconteceu? ─ O rapaz de seus vinte e quatro anos perguntou arregalando os olhos. Claramente nervoso.
Junyu levou o Jaesang até uma mesa qualquer do escritório e o colocou em cima. Lá, o outro instrutor atuava como se realmente estivesse passando mal.
─ Ele levou um tiro no peito e está sem respirar. ─ Diferentemente de sua personalidade alegre e bagunceira, a capitã Junyu era completamente diferente. Focada e determinada, analisando cada passo do cadete. ─ O que devemos fazer?
─ O ar deve está entrando na cavidade pleural... isso cria uma pressão no local que o faz perder o ar. ─ O mais novo explicava o que aprendeu, trocando olhares entre os dois instrutores. ─ Então a única opção é...
─ Não quero explicações, quero que você faça o que tem que fazer! ─ Junyu gritou com o rapaz, o assustando. ─ Então pare de descrever o que tem que fazer e faça o que aprendeu no curso!
Lembrando dos detalhes ensinados nos primeiros socorros, Kyungsoo retirou uma caneta de dentro da bolsa, abriu o objeto, pegou uma agulha e enfiou no meio do peitoral do instrutor. De repente, o tenente Park Jaesang começou a covuncionar e se balançar em cima da mesa. Lee Jaesang desesperou-se e começou a fazer massagem cardíaca no instrutor, apertando mais do que o necessário e fazer com que o tenente Park segurasse a mão do rapaz e tirasse de cima.
─ Assim você vai quebrar minhas costelas, seu idiota! ─ O Park resmungou, sentando-se na mesa. Ele tirou o colete que usava e revelou um outro colete por baixo, manchado de sangue falso e com um rasgo bem no local do "tiro". ─ Você não analisou o local e acertou minha clavícula!
─ Cadete Lee... ─ Junyu tirou o capacete preto e arrumou o topo de sua cabeça. Seus cabelos estavam presos em um coque, para ficar melhor dentro do capacete. ─ Você matou o colega e por isso vai perder pontos no seu exame. ─ Ela tirou as luvas e encarou o rapaz. ─ Você é inteligente, mas não sabe agir sob pressão. Então... treine isso.
O jovem suspirou e cumprimentou seus instrutores. Os dois amigos, que conheciam-se há mais de 10 anos saíram da sala juntos, carregando seus objetos pessoais até a sala privada dos membros. Ao chegarem lá, Junyu foi diretamente até seu armário de número 001, abriu e guardou seus pertences ─ capacete, joelheiras, luvas e colete. Seu armário do lado de dentro tinha duas fotos especiais, uma com seu pai e outra com Junho. Junnie sorriu para as fotos, alegrando-se ao olhar para as mesmas e fechou o armário. Depois a mesma foi até a sala do lado, a de armas e colocou as duas pistolas pretas que ficavam presas na lateral da calça da capitã e a submetralhadora na sua área... um local que tinha seu nome na parte de cima.
─ Sua atuação foi ótima, Jae. ─ Junyu elogiou, soltando uma risada. Ela sempre achava divertido ver Jaesang fingir algumas coisa e imaginar qual seria a atuação da vez. ─ Quase acreditei que era de verdade!
─ Aprendi com a melhor! ─ Jaesang fez uma pose engraçada, apontando para ela. ─ Ei, você vai mesmo tirar a nota dele?
─ Sim, ele foi covarde e lento... demorou muito para fazer o atendimento. ─ A capitã parecia sempre mais seria quando falava de assuntos relacionados ao trabalho. ─ Você podia ter morrido antes dele tentar algo se isso fosse de verdade.
─ Pra você todo mundo é lento. ─ O amigo retrucou, falando algo que realmente era verdade.
─ Relaxa, ele vai conseguir. ─ Junyu falou, jogando um pano limpo para que Jaesang de limpasse. Ele estava sujo de sangue falso. ─ Só precisa confiar mais em si mesmo.
E a Cho quase sempre dava dicas para os demais cadetes que estavam tentando entrar oficialmente para a corporação. Parecia dura demais com eles na hora do treinamento ─ o que tinha que ser, porque bom, ela é a capitã, mas gostava de tentar ajudá-los.
─ Capitã! ─ Um outro membro da corporação chegou. ─ Tem uma visita.
─ Tudo bem, eu já larguei, estou indo! ─ A mulher respondeu com simpatia. ─ Obrigada por avisar.
A Cho deu um rápido abraço no seu grande amigo Park Jaesang, pegou seu celular, a mochila e caminhou em direção a saída. As chaves da sua sala já estavam em seu bolso e tudo no ambiente organizado duas horas atrás. Junyu vestia o uniforme do batalhão, uma calça preta, camiseta preta por dentro, o casaco impermeável e as botas de cano alto. Tinha um emblema de leão, preto com prateado no casado e o distintivo de bolso no lado esquerdo da calça. Normalmente Junyu ia assim para casa, era mais prático e também gostava de sempre estar com a roupa limpinha do jeito dela.
Ao chegar no térreo e passar pelos portões do prédio, a militar deu de cara com Hwang Junho, seu esposo, no meio do pátio. Ele estava encostado no próprio carro e de braços cruzados. Olhava para os lados, analisando o lugar ─ mesmo tendo ido lá algumas vezes, e sempre vendo quem eram as pessoas do batalhão. Quando Junho virou para frente e viu Junyu, sorriu de orelha a orelha. Ela sorriu de volta e correu pelas escadas, atravessando um pequeno grupo que acenou para a capitã e se jogando nos braço do marido. Junnie agarrou o pescoço dele e o abraçou, descansando a cabeça.
─ Ah não, o que aconteceu com minha princesa? ─ Junho soltou uma pequena risada, abraçando sua esposa pela cintura. Ele apoiou a cabeça no ombro dela e aproveitou. ─ Capitã Cho, seus colegas estão todos te olhando. ─ Na maior parte, homens, olhavam para a cena com surpresa. ─ Você não tem medo deles não te respeitarem mais?
De fato, demonstrar afeto sendo de uma alta patente era casual demais para a maioria. Eles preferiam sempre parecer sérios, autoritários e intocáveis, mas Junyu não ligava muito para isso. Achava que tinha autonomia o suficiente e com certeza não deixaria de perde-la por causa disso. Até porque não era sempre que parentes iam até o batalhão ─ apenas em momentos especiais, mas sendo um policial... bem, ex policial a atualmente guarda de trânsito, e ser esposo da capitã, tinha um certo tratamento especial. Normalmente, quando ia visitá-la, Junho fingia que precisava falar algo importante. Porém, os guardas que já viram o homem sabiam que ele não ia lá para isso.
─ Claro que não... você sabe que eu quebraria eles no meio se tentassem. ─ Junyu respondeu com uma risadinha, sabendo que apesar das brincadeiras, eles a respeitavam. Ela separou-se do marido e o encarou. ─ Porque veio me buscar? ─ Indagou, já que ele não havia avisado nada. ─ Alguma surpresa?
─ Hm... talvez! ─ Respondeu, levantando a sobrancelha. ─ Por agora... ─ Junho abriu a porta do carro e agachou-se para pegar um buquê de rosas lilás, cheirando docemente. ─ Isso aqui é seu.
Junyu fez um biquinho, emocionada. O coração da mulher disparou de tanta felicidade e a mesma não pode deixar de rapidamente beijar seu esposo. Junho retribuiu, ficando feliz ao ver seu amor tão animada com o presente. Junho comprava flores para Junyu pelo menos uma vez na semana, podendo ser desde um buquê grande, até um mais simples, mas significativo ─ a Cho costuma dizer que ela está prestes a conhecer todas as flores do mundo se depender dele.
Os cadetes e outros de patente mais altas que estavam ao redor soltaram um "hmmm", apenas para provoca-la.
─ Quietos! ─ A capitã gritou ao olhar para trás, fazendo com que todos eles falassem a boca no mesmo instante. ─ São lindas amor, muito obrigado! ─ Agradeceu, passando brevemente a mão na bochecha dele. ─ E qual o próximo passo?
─ Casa. ─ Junho respondeu. O homem pegou a mochila nos ombros de Junyu e colocou no banco de trás do carro. ─ Você está com fome?
─ Morrendo! ─ Exclamou, empurrando levemente o ombro dele. Junyu era sempre boa de garfo e ficava muito animada quando falavam sobre comida. ─ Ya, eu estou com muita fome!
Junho foi até o outro lado do carro e abriu a posta do passageiro, ao lado dele. Junyu sorriu para o marido e o seguiu com o buquê de rosas lilás nas mãos, deixando seu carro na garagem do quartel para pegar amanhã.
O caminho até em casa foi tranquilo. Junho e Junyu passaram a maior parte dele conversando sobre o dia e como haviam ido no trabalho, deixando qualquer outro assunto para o jantar que Jun havia programado. O Hwang pensou que fazer um jantar romântico seria legal para os dois. Não apenas porquê adorava fazer coisas para Junnie, mas também por tudo que eles estavam passando com o tal do jogo. Há dois anos atrás Junho foi procurar pelo irmão e voltou em cima apenas levar um tiro no ombro e cair de um penhasco.
Após chegar no apartamento e tomar um banho, Junyu vestiu vestiu um vestido longo com dois babados na parte de cima e de cor azul claro. Normalmente a mulher vestia roupas mais casuais e confortáveis, mas resolveu vestir algo mais arrumado para o momento. O cheiro de ervas e temperos exalava pela casa. Junho acabava de preparar o jantar dos dois, cozinhando um molho e arrumando o resto de talheres na mesa de quadro lugares. O cachorro deles, Simba, um pastor alemão de pelagem preta, dormia tranquilamente em sua caminha. Junnie analisou o espaço da sala de jantar como um todo e encostou na ponta da mesa de jantar, observando o Hwang cozinhar.
A sala de jantar era ligada a cozinha, com um balcão dividindo o espaço e apenas alguns metros depois vinha a sala, também no mesmo espaço ─ tendo em vista que o metro quadrado do apartamento era grande e possuía apenas um apartamento por andar em um dos prédios mais bem avaliados de Seul. Também tinha dois quartos grandes, dois banheiros, uma varanda e área de serviço. O apartamento foi comprado pelos dois após se casarem e aos poucos mobiliado de acordo com seus gostos.
─ Tem certeza que não quer ajuda? ─ Ela perguntou, cruzando os braços. Seus cabelos estavam soltos e naturalmente ondulados em algumas partes. ─ Você tá se esforçando muito.
─ Porque eu deixaria você tão linda desse jeito me ajudar? ─ Junho respondeu, a olhando rapidamente e logo depois voltando a arrumar o prato. ─ Se bem que eu acho impossível você ficar feia.
Junyu riu, batendo palmas. Quando ele queria ser clichê ou cantar sua esposa várias vezes no dia, ele conseguia muito bem. O ex policial vestia uma calça preta jeans e uma camisa social também de cor azul claro, além do sapato. Assim como Junnie, Junho também vestia-se casualmente em casa e costumava usava mais jaquetas de couro ou jeans na rua.
Após acabar de montar, Junho trouxe os dois pratos e os colocou um do lado do outro, organizando as cadeiras lado a lado da mesma forma, para que ficassem próximos. Foi até a geladeira, pegou um vinho tinto chique que havia comprado na semana passada e o abriu com facilidade. Junyu pegou as duas taças na mesa e segurou na frente dele. Quando ele finalmente colocou a bebida nas taças e ela lhe deu uma delas, o homem a encarou.
─ Eu amo você, Junyu. ─ Ele disse ao levantar sua própria taça. ─ Obrigado por esses momentos e por estar comigo todos esses anos.
─ Eu também amo você, Junho. ─ Junnie fez o mesmo, enquanto sorria. A mulher aproximou-se mais do marido e suspirou. ─ Eu tenho muita sorte de ter você na minha vida.
Os dois cruzaram seus braços e tomaram o vinho, degustando o sabor perfeito entre o doce e o ácido da bebida. Junho pôs a mão na cintura da esposa e a puxou para um beijo. A respiração ofegante mostrava o quanto ele estava pelo momento de beija-la. O gosto do vinho era o principal elemento sabor do beijo, mas o gloss sabor melancia que brilhava nos lábios de Junyu também dava um bom gosto. A Cho passou seus braços ao redor do pescoço dele e passava os dedos entre os cabelos de sau nuca, sabendo que ele adorava um carinho naquela região. Os cabelos da militar também não estavam muito longe das mãos dele, já que, enquanto uma segurava fortemente a cintura dela, a outra mão pousou do meio para baixo da nunca de Junyu.
Quando o beijo parou, Junho esfregou seu nariz no dela, fazendo um carinho ainda de olhos fechados. Junyu sorriu, dando uma pequena mordida no lábio inferior do marido. Finalizando aquele momento com um último selinho.
─ Então, vamos comer? ─ Ele perguntou, puxando a cadeira para a esposa.
─ Definitivamente! ─ Concordou, sentando-se na cadeira do lado esquerdo. ─ Eu tô morrendo de fome, chef. Qual o prato?
─ Ossobuco alla Milanese acompanhado de risoto. ─ Junho sentou ao seu lado e apresentou o famoso prato italiano. Havia visto na internet no mesmo dia antes de trabalhar e resolveu fazer. ─ Prova!
Ele esperou até que Junyu provasse o prato, a observando detalhadamente em cada passo. Quando Jun colocou colocou um pedaço da carne na boca e depois do risoto, seu paladar automaticamente aprovou. Ela não era muito de apreciar tanta comidas chiques que não fosse em momentos especiais como esse, mas não tinha frescura para nada.
─ Eu tenho o marido mais talentoso do mundo! ─ Junyu falou um pouco alto, fazendo Junho rir com a reação. Ela até fechou os olhos por alguns segundos para apreciar o resto do sabor. ─ Sério você já pode abandonar a carreira de guarda de trânsito e virar cozinheiro!
─ Você só quer que eu faça isso porque está com ciúmes. ─ Brincou, dando uma garfada na comida, que também foi aprovada por ele.
─ Ei, eu já disse, só foi uma única vez e ela estava passando do ponto! ─ Defendeu-se, dando um tapa no ombro do marido. ─ Eu sei que vocês agiu normal, não tô dizendo que você deu encima dela, mas olha... ─ Junyu até chegou a virar mais para ele. ─ Ela tava toda se esfregando, tirando foto com você e flertando sem respeito nenhum!
Essa cena aconteceu há uns três dias, quando Junyu largou mais cedo do trabalho e passou no local em que Junho estava trabalhando como guarda de trânsito ─ só para falar rapidamente um oi através do carro. No entanto, quando chegou lá, Junho estava aplicando uma multa em um motociclista. A aparentemente namorada do garoto tentou falar com ele, mas quando viu o quão bonito era o guarda, começou a dá encima dele descaradamente e na frente do acompanhante dela. Junyu não faria nada... ela simplesmente não brigaria com ninguém por um motivo desses, já que confiava demais em seu 'taco' e em Junho, mas sim, ela também é um ser humano que de vez em quando sente ciúmes.
Só não mais que o próprio Junho... é impossível vence-lo nesse jogo.
─ E agora você fica dizendo, assim como meu chefe, que eu só virei guarda de trânsito pra ser cantado pelas mulheres! ─ Falou, fazendo um biquinho. Claro que não era nenhuma acusação séria, era apenas para provocar e dizer que Junho tinha essa intenção. ─ Eu preferia ser policial, mas você sabe que eles me acham maluco.
De fato, Junho tentou voltar a ser policial quando acordou do coma mas, depois de contar toda a história dos jogos e ninguém acreditar, e insistir por dias e dias a procurar uma ilha aparentemente inexistente, os superiores tiraram esse do cargo e o máximo que seu chefe do departamento conseguiu foi um ligar como guarda de trânsito.
─ Porque você mentiria? Não acredito que eles acharam mesmo que você estava inventando tudo! ─ Junyu ainda desacreditava de como passaram a perna em Junho e acharam seu marido doido. Tendo em vista de Junho sempre foi um policial exemplar. ─ Esse idiotas sem competência.
─ Tudo bem, não tem muito o que fazer agora... ─ Infelizmente, pelo menos nesse caminho, Junho não tinha como voltar a ser policial. Não tinha uma chance. ─ Mas quando eu conseguir juntar as provas e acabar com esses jogos, posso voltar para o cargo.
─ Quando nós conseguirmos! ─ Junyu retrucou, tomando um gole do vinho. ─ Eu já te disse... quando você encontrar a ilha, nós vamos juntos.
Junho suspirou, passando a mão pela testa. Ele odiava a ideia de colocar Junyu no meio, por mais que a mesma estivesse procurando seu pai. A última vez que Junho viu o senhor Cho foi nos jogos, enquanto tentava escapar e deu de cara com ele, enquanto ao seu irmão, foi quando ele atirou no ombro do próprio. Era uma situação perigosa que ele gostaria de fazer sozinho, mesmo que tivesse uma esposa trabalhando para as forças especiais. Queria protege-la!
─ Escuta, sei que você quer me proteger, mas eu sou fodona! ─ Disse soltando uma risada, para descontrair. ─ E eu sei que você quer encontrar o In-ho, mas eu também quero saber onde está meu pai... ─ Ela sabia de toda a história do encontro de Junho com o pai, então estava há dois anos preocupada. ─ Quero me vingar deles tanto quanto você... e te proteger tanto quanto você quer me proteger.
E realmente, vingança era uma boa palavra.
─ Eles são pessoas ruins que utilizam a dor das outras pessoas para fazer maldade... ─ Junyu achava ridículo. Ela sabia que aqueles jogos não era apenas para ver quem iria ganhar no final os 45 bilhões de wons, mas sim, uma forma de se livrar de pessoas necessitadas, desesperadas ou gananciosas e perigosas. Algo como "limpar o mundo". ─ Esse é o tipo de pessoa que eu mais gosto de tratar... as que mais merecem ter uma lição!
Ele olhou para ela e pôs a mão sob a de Junyu, fazendo um carinho no local. A mulher fez o mesmo com a outra mão e cobriu a dele, passando segurança. O que ela mais queria era acabar com a "ameaça"... assim como nas forças especiais. Sua função principal era defender as pessoas e eliminar o inimigo, então ela faria isso, mesmos que precisasse se livrar o atual 'dono' do jogo após longos dois anos.
─ Eu sei, pareço egoísta. ─ Respondeu, baixando a cabeça. Sinceramente, ele não se arrependeria de deixar Junyu de fora e cuidaria de tudo sozinho, mas entendia o lado dela e bom... ela ainda era a pessoa que ele mais confiava. Ele tinha certeza que Junnie era forte e talentosa o suficiente para essa missão. ─ Só não quero perder você.
─ Você não vai me perder. Nós vamos acabar com eles... juntos! ─ Junyu odiava fazer promessas que não sabia se poderia cumprir, mas preferia ser positiva e confiar em suas habilidades. ─ Então, my best friend, o que você me diz? ─ Junho olhou para a esposa confiante e refletiu. ─ Did you like it?
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