Capítulo 12

Olá meus amorzinhos lindos!!! Como vocês estão? Eu espero que bem! Então, eu estou passando rapidamente para dizer que eu volteI, MAS durante o mês de Fevereiro eu postarei de dois a tres capitulos na semana. E quando chegar o mes de março eu postarei os capitulos todos os dias! Tenho que terminar logo esse livro. kkkkk.. beijinhos!!

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Christopher Thomas

Minha mente está totalmente desconectada desde o que aconteceu na noite anterior, passei a noite inteira acordado pensando em Arlon e no que ele me disse. Todas as vezes em que tentei fechar os olhos para deixar o sono me levar, eu via nitidamente seus olhos frios me encarando. Olhos esses que deveriam me causar medo, insegurança e estranheza, mas o que acontece é exatamente ao contrário. Eu me sinto seguro ao seu lado, e o que é mais louco é que aquele desgraçado sabe disso, de um jeito muito estranho ele sabe o que me causa. Isso é tão errado, eu não deveria me sentir assim! Mas... mas por mais que eu fique quebrando a minha cabeça pensando e repensando em tudo, eu sinto que está tudo bem estar ao lado dele.

Tudo isso é muito louco! Eu devo estar alucinado ou estou tão carente a ponto de pensar que um homem do tipo de Arlon. Que não faz a mínima questão de esconder o que ele é de verdade, e que faz o que bem entender a ponto de deixar um homem como eu cogitando a ideia de aceitá-lo na minha vida. Porra! Eu não sei o que fazer! Passei minha vida inteira recebendo migalhas de coisas que nem mesmo poderia suprir qualquer sentimento de solidão e tristeza que estava sempre me assombrando. Meus pais sempre foram relapsos, que estavam sempre na caça de um bom modo de ganhar mais dinheiro fácil, para logo depois fracassar no processo. Tirando Seo-yun, que foi a única a me dar um pouco de afeto, eu posso dizer com certeza que não houve mais ninguém.

E eu a amei na mesma medida, me apaguei nela como se ela fosse a mãe de verdade que nunca tive. Mas ela não é a minha mãe, infelizmente ela não é. E tenho que confessar vergonhosamente que muitas vezes eu me pegava invejando Archer por ter uma mãe tão incrível como Seo-yun. Me sentia culpado porque a Seo-yun percebia os meus ciúmes, mas ao invés de me afastar ela sorria para mim. Um sorriso calmo e verdadeiro, que me fazia sentir mais vergonha de mim por isso. Lembro que ela dizia assim: Um dia você terá sua própria família, e essa família vai fazer com que você a ame tanto que não haverá nada nesse mundo que você não será capaz de fazer para mantê-la ao seu lado.

Eu duvidei de suas palavras, sempre achei que nada disso poderia acontecer comigo. E acho que é exatamente por conta disso que inconscientemente eu entrava em relacionamento que nunca me acrescentou em nada. Tenho absolutamente certeza de que eu estive à procura de comprovar as palavras de Seo-yun, mas infelizmente nunca aconteceu do modo que ela havia me dito.

— Senhor! — A voz profunda de Archie me tira dos pensamentos abruptamente.

— Sim? — Pergunto piscando várias vezes.

— O senhor está bem? — Archie pergunta olhando para mim de forma estranha.

— Sim, sim, eu acho que sim! — Digo rapidamente. — Por que pergunta isso? — Rebato e ele franze o cenho.

— O senhor pode ser um pouco aéreo às vezes, mas nunca é aéreo o suficiente para deixar o seu chá favorito intocável. — Fico confuso com as palavras de Archie, mas quando ele aponta em direção abaixo de mim eu entendo perfeitamente o que ele quer dizer.

— Oh, eu não o vi! — Digo sem jeito e ele assente.

— Percebi isso! — Archie diz como se fosse óbvio. — Está acontecendo algo, senhor? — Archie indaga e eu nego rapidamente.

— Não, nada! — Falo feliz por não ter gaguejado.

— Tem certeza? — Ele tenta novamente, me olhando fixamente.

Droga! Eu odeio quando ele lança esse tipo de olhar para mim. É o tipo de olhar que diz: Eu te conheço bem o suficiente para saber que você está dizendo merda para mim. Archie sempre faz isso quando acha que eu estou escondendo algo dele, como da vez que eu havia descoberto a traição de Edward e preferi não contar a Archie para não ouvir o que sempre ouvia quando perguntava sobre o que ele achava sobre Edward. Por sim, Archie sempre soube, de um jeito ou de outro, que Edward não era um homem no qual eu deveria apostar todas as minhas pobres e surradas fichas. Esse desgraçado parece que sabe das coisas, e eu odeio por isso. Mentira! Eu não o odeio coisa nenhuma.

— Merda, Archie! Pare de me olhar assim! — Estremeço um pouco e vejo um pequeno sorriso surgir no canto dos seus lábios.

— Sim? Diga o que há com você, senhor. — Pede Archie e eu reviro os olhos.

— Quem é o chefe aqui hein? Você não deveria ser assim, sabe. — Tento despistá-lo, mas ele ergue a sobrancelha de um modo nada sutil.

— O senhor é o chefe obviamente, mas se eu não ficar de olho sabe-se lá o que você fará na sua vida. — Archie diz seriamente e eu faço uma careta.

— Eu não preciso de babá, sabia? — Pergunto inconformado.

— Eu devo ser obrigado a descordar. — Diz simplesmente e eu solto um bufo.

— Que seja! — Digo abruptamente.

— E então, senhor? — Questiona Archie me encarando atentamente.

Penso no que dizer a Archer, por que eu não posso dizer a ele que eu meio que não paro de pensar no homem que assaltou a minha empresa e me drogou. E que quando ele não aparece nos meus sonhos mais eróticos, ele surge na minha frente e rouba meu ar e faz o meu coração pular do meu peito. E que o beijo que demos foi a melhor coisa que eu já senti em toda a minha vida. Que jamais senti tamanha excitação com um homem, como eu sinto quando Arlon me toca. E que eu estou com medo de me apaixonar por um fora da lei que pode foder com minha vida e o meu psicológico, mais do que eles já são fodidos. Droga, eu não posso dizer isso a ele! Não mesmo!

— Archie? — Chamo após sair dos pensamentos.

— Sim, senhor? — Responde e eu passo as mãos no rosto.

— Você acha que duas pessoas de mundo totalmente diferentes podem ter um futuro juntos? — Pergunto e Archie fica em silêncio por um tempo antes de falar.

— O senhor sabe que eu não tenho nenhum tipo de experiência romântica para poder te dizer alguma coisa sobre isso. — Archie diz e fica pensativo.

— Sim, eu sei, você é praticamente um robô humano. — Sorrio cruzando os braços.

— Não, eu não sou um robô! Eu satisfaço as minhas necessidades sexuais, mas não vejo o porquê de me envolver com alguém romanticamente. Dá muito trabalho! — Arregalo os olhos com o que ele acabou de dizer.

— Não acredito! Archie você transa causalmente! Deus do céu, eu estou chocado! — Digo alarmando e Archie revira os olhos.

— O senhor poderia ser um pouco mais sutil? — Archie diz seriamente e eu nego.

— Não consigo, sinto muito! Eu sempre achei que você... — Paro de falar e o encaro como se fosse um estranho. — Archie, onde você arranja tempo? — Indago surpreendido e Archie volta a revirar os olhos.

— Não vem ao caso, senhor Thomas! — Archie diz friamente e eu sorrio para ele.

— Sim, sim pode deixar! — Faço gesto de desdém com a mão. — Acabei de descobrir que meu irmãozinho é um safadinho. — Murmurei enquanto dava risada.

— O que disse senhor? — Archie pergunta e eu nego com a cabeça.

— Archie você tem que parar de me chamar de senhor. — Resmungo e ele solta um suspiro.

— Não vai acontecer! — diz enfaticamente. — Antes de responder sua pergunta anterior eu preciso saber de algo. — Archie puxa uma cadeira para se sentar.

— Sim, vá adiante! — Mando e ele assente.

— A pessoa que o senhor falou não é o Edward não, certo? — Indaga ele, olhando para mim com ar de preocupação.

— Não, Deus não! — Nego fazendo careta.

— Bom, se é assim, a única coisa que posso dizer é que senhor nunca vai saber se não tentar. — Archie dar de ombros e eu o encaro.

Absorvo as palavras de Archie e chego à conclusão que ele está certo. Eu tenho que ver o que exatamente Arlon quis dizer com aquelas suas palavras, tenho que saber se essa infame conexão que sinto com ele é real ou é somente alguma alucinação momentânea. Seja como for, eu vou testar águas e farei de tudo para não colocar o meu coração em jogo. Por que tudo o que sei sobre ele é que esse homem é um maldito ladrão e que tem dois irmãos. E se eu estivesse pensando direito eu estaria correndo dele, mas não é isso o que quero.

Parece que eu já tenho um pingo e bom senso, não é mesmo? Penso chorando internamente.

— Archie, obrigado! — Digo e ele concorda com a cabeça tranquilamente.

— O senhor irá usar o carro hoje? — Archie pergunta levantando da cadeira.

— Sim, Archie, por favor! — Falo e ele assente virando para sair logo em seguida.

Fiz meus últimos preparativos, esperei até que Archie terminasse de fazer os dele e saímos logo em seguida. Archie além de ser meu mordomo ele também é meu motorista em horas vagas, já que eu não gosto muito de dirigir. Parando para pensar, eu já sei o que seria da minha vida se não tivesse Archie para agenciá-la tão bem quanto ele faz. Sinto vontade de rir com os meus pensamentos, porque tenho certeza de que se ele soubesse o que estou pensando ele ficaria carrancudo com certeza. Nego com a cabeça e encaro o sério Archer, que dirige pelas ruas de Londres na sua seriedade de sempre.

No momento em que cheguei à empresa eu não demorei a me despedir de Archie e seguir meu caminho. Sigo diretamente agora minha sala e antes mesmo que eu possa me acomodar na minha confortável cadeira, eu vejo a porta sendo aberta de repente. Me assusto no mesmo instante, mas quando vejo Stephan parado na soleira da porta, me encarando como se eu fosse a pior pessoa do mundo, ao notar isso eu franzo o cenho. Abro a minha boca para pergunta o porquê ele está me olhando daquela maneira, ele se adianta e vem até minha mesa e apoiou suas duas mãos nela.

— Quem péssimo amigo você é, Christopher Thomas! — Steph diz e eu cerro os olhos.

— O que aconteceu? Por que essa acusação logo cedo? — Questiono sem entender.

— Você ainda tem a audácia de me perguntar, homem? — Pergunta em tom de acusação.

— Steph! — Chamo e ele aponta na minha direção.

— Será que você consegue se lembrar que saiu ontem com seu namoradinho e deixou tanto eu quanto a Emma comemorando seu aniversário sozinhos? — Stephan pergunta irritado e eu caio em mim no mesmo instante.

Me sinto culpada agora, depois de tudo o que aconteceu entre mim e Arlon naquele banheiro, tudo o que fiz depois foi correr para fora daquele pub sem olhar para trás. Levanto o olhar para o meu amigo, tento me desculpar com ele, mas eu não sei por onde começar com as minhas desculpas. Ele está certo em estar puto comigo, eu saí e nem dei a ele ou a Emma qualquer tipo de aviso. E o pior foi que eu mesmo os convidei para ir.

Oh homem, que vergonha!

— Olha Steph, algo aconteceu ontem e eu não me senti bem. Eu tive que ir embora, sinto muito por isso. — Digo levantando minhas mãos em sinal de rendição.

— Nem mesmo uma mensagem você enviou ou respondeu as minhas ou as de Emma. — Steph acusa e eu lembro que deixei meu celular desligado ontem quando cheguei.

— Eu sei, lamento por isso! Eu não estava com cabeça nem mesmo para olhar o celular. — Confesso e ele solta um suspiro resignado.

— Você está bem agora? — Pergunta e eu assinto rapidamente. — Você e Edward saíram e eu meio que fiquei preocupado, mas Emma me disse que vocês poderiam estar se reconciliando então resolvemos deixar pra lá. — Conta ele e eu parei de ouvir assim que ele colocou o meu nome e o de Edward juntos na mesma frase.

— O que? Eu e Edward? — Questiono com cenho franzido.

— Sim, vocês saíram juntos, certo? — Steph pergunta e eu nego.

— Não! Admito que o vi brevemente quando saí do banho, mas foi só isso mesmo. — Conto e é a vez de Steph franzir o cenho.

— Estranho, pensamos que vocês dois estavam se reconciliando. — Stephan fala e eu nego rapidamente.

— Edward e eu não temos mais como voltar, Steph. — Explico com convicção e meu amigo me encara por um tempo antes de assentir.

Eu não fazia ideia que Edward tinha ido embora assim como eu. Lembro de tê-lo deixado para trás quando ele veio atrás de mim no banheiro. Eu não tinha cabeça para dar qualquer coisa que fosse a Edward, Arlon bagunçou minha cabeça demais e tudo o que eu queria era fugir dali.

— Se é assim então tudo bem! — Steph diz e eu concordo saindo dos pensamentos. — Vamos, temos uma reunião em breve. — Steph fala e eu cerros os olhos.

— Mas ela não é daqui a meia hora? — Olho no relógio e ele confirma.

— Sim, mas eu, você e Emma vamos conversar sobre o bolo que você nos deu ontem. — Steph diz e solto um suspiro.

— Tudo bem então! — Digo a contragosto, mas vou do mesmo jeito.

Sigo Stephan que vai até a sala de reunião perguntando várias e várias vezes o exatamente que aconteceu ontem à noite para eu saísse daquela maneira. Como eu não queria dar a ele qualquer informação que seja, eu ia falando coisas bestas aqui e ali. Ainda não me sinto à vontade para falar sobre Arlon com as outras pessoas, não sei por que, mas gosto de como tudo sobre ele ser um mistério que somente eu sou capaz de saber. Sendo assim, eu não pretendo falar, mesmo que ele esteja insistindo tanto. Quando chegamos na sala de reunião a primeira coisa que fiz foi me desculpar com Emma, que fez um gesto de desdém e disse que estava tudo bem e não me perguntou mais nada. Gosto do modo não invasivo de Emma, totalmente diferente de Steph.

Depois que a meia hora passou a reunião enfim teve início. Tentei o máximo focar na reunião, já que é com ela que encerra o projeto feito para o príncipe. E quando chegou ao fim eu me senti aliviado que tudo ocorreu como tinha que ser. Me despedi de Emma e Stephan, e fui para o meu escritório trabalhar. Com o passar do tempo eu me mantive focado, mas em determinado momento a minha concentração foi interrompida por batidas fortes na porta da minha sala. Soltei um lamento, pensando em aceitar a proposta de Stephan sobre arrumar uma secretária para mim, e mandei entrar quem quer que seja.

— Christopher, querido, precisamos conversar! — Edward surge assim que a porta é aberta.

— Edward, o que faz aqui? — Me surpreendo com o seu aparecimento repentino.

— Eu preciso que você me diga quem é aquele desgraçado de ontem. — Edward fala com os dentes cerrados.

— Que homem? — Pergunto confuso.

— O mesmo desgraçado que estava com você naquele banheiro. — Edward fala e eu caí em mim. Arlon, ele está falando do Arlon!

— O que você faz aqui? O que aconteceu? Por que você está assim? — Disparo a perguntar ele bate com força na minha mesa.

— Diga-me Christopher! — Edward fala com fúria e eu adquiro uma posição defensiva.

— Quem diabos você pensa que é para vir a minha empresa, invadir o meu escritório para me fazer qualquer tipo de pergunta, porra? — Pergunto com raiva levantando rapidamente da minha cadeira.

— Você não está entendendo, Christopher! Aqueles... aqueles desgraçados são perigosos! — Edward fala. — Olha só o que fizeram comigo!

Pela primeira vez desde que Edward invadiu a minha sala eu olhei para ele com atenção. Ele está usando óculos escuros e um cachecol escuro grosso, e agora, após ele se livrar dos dois itens eu noto a mancha roxa tanto no olho direito como no seu pescoço. Que diabos! O que foi que aconteceu depois de sair daquele banheiro?

— O que diabos aconteceu com você? — Pergunto curioso e ele cerra os punhos.

— Foram aqueles seus amigos, eles me bateram! — Edward acusa e eu concordo com a cabeça.

— Eu vejo! — Digo simplesmente e ele olha para mim como se não acreditasse.

— E você só vai falar isso? Você não se importa que eu levei uma surra desses filhos da puta? — Edward pergunta e eu o analiso. Eu não sinto nada, não estou defendendo ninguém aqui, mas eu não me importo com o que acontece ou deixa de acontecer com Edward. — Eles machucaram o meu objeto de trabalho! Olha para o meu rosto! Meu lindo rosto! Eu tenho uma campanha em breve, o que vou fazer com o rosto assim?

— O que você quer de mim, Edward? — Pergunto sentindo uma dor de cabeça querendo me tomar de repente.

— É óbvio que eu quero o nome desses idiotas, eu vou foder com eles. Vou denunciar todos na delegacia, e você vai comigo! — Arregalo os olhos e nego com a cabeça.

— Eu não vou com você a lugar nenhum! — Enfatizo e vejo que Edward está muito chateado agora.

— Você vai sim, Christopher! — Ele avança e me segura pelos ombros com muita força. — Você me deve isso! — Edward grita e eu me solto dele, e o empurro.

— Não me toque, porra! — Mando com raiva, dando dois passos para trás.

— Christopher, querido, eu... — Edward tenta tocar em mim novamente, mas eu desvio fechando o punho para acertar um soco na sua cara.

— Vá embora, Edward! — Mando com raiva.

— Querido, eu preciso que você vá comigo! — Edward tentar se aproximar novamente, mas eu o empurro com força.

— Eu disse para ir embora! — Grito já pegando o telefone para ligar para os seguranças. Edward ver o que estou fazendo e tenta novamente chegar a mim, mas para e pragueja.

— Tudo bem, querido! Já que você não quer falar comigo agora, eu irei te procurar em outro momento. — Edward diz e eu continuo a chamar pela segurança.

— Foda-se você Edward! — Digo entre dentes, observando sair do meu escritório.

Assim que o vejo sair do meu campo de visão eu caminho em direção até o meu sofá e me jogo lá de qualquer jeito, fechando boa olhos no processo. Eu nunca vi o Edward agir com tanta agressividade assim, não faço ideia do que aconteceu entre ele e Arlon, mas isso não é a porra do meu problema. Isso não lhe dar o direito de vir até o meu escritório para me obrigar a fazer o que ele quer. Foda-se tudo isso! Deus, como eu deveria socar o seu outro olho para ficar roxo igual ao outro. Levanto do sofá ainda fervilhando de raiva e ligo para segurança para impedir que Edward entre novamente.

A partir de hoje eu o quero longe de mim! Tão longe que se eu o ver novamente eu não sei o que sou capaz de fazer. Tento ao máximo me acalmar, respiro fundo, apertando os meus punhos para ver se minhas mãos param de tremer e resolvo que para mim já deu por hoje. Eu vou para casa, é o melhor que posso fazer nesse momento. Decidido a ir embora, eu arrumo minhas coisas, mando uma breve mensagem para Stephan avisando a minha ida e sigo caminho para fora da empresa. Penso em mandar mensagem para Archie pedindo carro, mas resolvo chamar um carro pelo aplicativo.

Quando estou do lado de fora da empresa, eu pego o meu celular para chamar um carro, mas em determinado momento eu sinto algo bater com força na minha perna. Me assusto e quando olho para baixo sou pego pela visão de uma pequena garotinha loira. Arregalo os olhos ao ver a menininha agarrada a minha calça com força, posso notar em seu rosto algumas manchas de sangue e ferimentos nos lábios, bochecha e testa.

— Moço, por favor, me ajuda! Tem uns caras maus querendo me levar! Me ajuda, por favor! — A voz da criança está embargada e eu posso ver seus olhos amedrontados cheios de lágrimas.

— Onde estão seus pais, querida? — Pergunto rapidamente, tento soltar sua mão de mim, mas ela segura firme e não solta.

— Meu papai está em casa, os homens maus me levaram antes que eu entrasse na escola. Moço, ajude-me! — Diz a menininha chorando, e meu coração se aperta.

— Como você se chama? — Pergunto e ela me encara com seus olhinhos carregados de esperança.

— É Ravena, meu nome é Ravena! — Ela diz e eu concordo com a cabeça, lhe dando um sorriso.

— Tudo bem Ravena, eu vou te ajudar! — Digo rapidamente.

Deuses! E agora? Eu não sei o que fazer nesse momento, mas o que eu tenho certeza é que eu não vou permitir que ninguém faça mal a essa pequena menina. 

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