Voltamos!!!! Você estão pronto para Arlon? Por que eu nunca estou! kkkkkk... Beijos e até semana que vem!

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Christopher Thomas

Eu não consigo pensar direito, o meu corpo está totalmente paralisado e eu não sei como reagir a tudo isso. Eu deveria estar correndo, ou talvez pegar o meu celular e ligar para o inspetor de polícia. Não, eu poderia simplesmente chamar por Stephan e Edward e contar que eu estou frente a frente ao possível homem que invadiu a empresa. E eu digo possível porque a minha mente ainda não está totalmente clara com o que aconteceu naquela noite. Esse nome ressoa na minha cabeça sempre, e eu nunca consegui esquecer ou até mesmo ter coragem de compartilhar com qualquer outra pessoa. É como um segredo sujo e muito obscuro que começou a fazer parte de mim, e foi de uma maneira muito distorcida. E agora... agora ele vem andando até mim.

Seus olhos incrivelmente azuis estão fixos em mim, seu sorriso é lindo, sexy e provocante, mas ao mesmo tempo é carregado de malícia. Não consigo desviar os meus olhos, tenho a impressão que se eu fizer isso tudo vai acabar. É bem capaz que se eu até mesmo picar os meus olhos esse homem escape do meu campo de visão e eu não posso aceitar isso. Jamais vou poder aceitar que isso ocorra novamente, por que eu tenho perguntas para fazer. Mas ao mesmo tempo em que quero correr e tirar satisfações ou até mesmo socar sua cara de ladrão salafrário eu também quero continuar olhando. Tenho certeza que nesse momento estou fazendo a cara mais idiota do mundo, só que eu não ligo para isso. Eu não me importo!

— Boa noite, chefe! Boa noite meninos! — Stella fala com um ar de riso e eu engulo em seco quando os três estão perto de nós.

— Como está indo tudo? O homem loiro pergunta a Stella olhando brevemente ao redor.

— Tudo está indo perfeitamente bem. — Ela para e olha para mim. — Eu acabei de recepcionar o Christopher aqui e ele estava me dizendo o quanto gostou do tema. — Stella fala animadamente.

— Oh sim, temos mais uma pessoa de bom gosto aqui. — O loiro diz e eu engulo em seco porque meus olhos se encontram com um olhar azul intenso.

— Parece que sim. — A voz desse homem faz o meu sangue se agitar nas minhas veias. Eu senti a sua provocação, sim, ele está tentando mexer comigo.

— Ei vocês dois, eu quero sentar! — O outro homem de cabelos cacheados fala e eu me assusto.

— Deixe de preguiça, Ivy! Já vamos, tenho que causar uma boa impressão ao meu novo cliente. — O loiro diz e empurra o homem, mas eu não presto mais atenção porque sinto um arrepio na minha espinha.

Seus olhos estão em mim, de um jeito que eu não tenho como desviar os meus para qualquer outro lugar. Eu sinto a minha respiração pesada, minha boca está seca e eu não sei como fazer a minha cabeça funcionar direito. Qualquer que seja a coragem que eu vinha treinando dia após dia, depois que esse lindo Deus perverso invadir o meu espaço e fazer de mim o que ele bem entendesse, caiu no esquecimento profundo. Tento entender por que não consigo ter controle de mim mesmo nesse momento. Por que isso está acontecendo? Parece que eu até mesmo esqueci quem porra eu sou.

Mas... mas não está certo! Eu estou terminantemente preso nos meus olhos predadores e sorriso carregados de segundas intenções. Está nítido no seu olhar que basta uma palavra minha ele me carrega para fora daqui. Louco! Isso tudo é louco demais para parecer real, esse homem é um bandido. E... e ele deveria estar preso! Meu corpo endurece rapidamente com esse pensamento e eu mordo o meu maxilar com força. Sai fora dessa Christopher!

— Eu tenho... — Eu comecei a criar coragem para dizer, mas a Stella falou primeiro.

— Oh sim, Christopher arranjei um ótimo atendente para você e seus amigos. — Ela diz e eu desvio o meu olhar e a encaro com um sorriso petrificado.

— Cer... certo! — Digo querendo me chutar por estar gaguejando. Porra!

— Você está aqui com acompanhantes? — Arlon pergunta calmamente, mas a sua pergunta instintivamente me faz querer dar um passo para trás.

— Os amigos dele estão logo ali. — Stella fala e eu faço uma careta.

— Poderíamos chamar ele e seus amigos para área vip, já que... — Eu não deixo o homem loiro terminar de falar e me adianto.

— Não há necessidade para tanto. Obrigado pela gentileza. — Falo rapidamente e o loiro ergue a sobrancelha e olha para Arlon.

— Querido? — Ouço a voz de Edward atrás de mim e fecho os olhos brevemente cerrando os punhos.

Antes que eu pudesse abrir meus olhos para olhar na direção que Edward está eu sinto um braço tomar conta da minha cintura. Arregalo os olhos com a aproximadamente e quando viro a minha cabeça dou de cara com o perfil sorridente do meu ex-noivo olhando para as pessoas na minha frente como se estivesse avaliando cada um deles. Oh merda! Sinto uma pressão desconhecida muito pesada no ar, uma sensação de puro desconforto toma conta do meu corpo e eu não sei onde vem. Tiro os olhos de Edward rapidamente e quando olho para Arlon ele está encarando fixamente o braço de Edward na minha cintura. Eu sinto que algo bem ruim está perto de acontecer, mas eu não sei o que fazer.

Os olhos azuis extremamente claros de Arlon são como duas lâminas afiadas de gelo. Isso faz com que os pelos da minha nuca se arrepiarem fortemente. Pode ser imaginação da minha cabeça fértil e delirante, mas eu tenho um sentimento de que se eu não sair daqui e levar Edward comigo ele pode não estar presente para ver o amanhecer de mais um dia. Eu tenho que fazer algo, essa pressão não pode continuar.

— O que faz aqui, Edward? — Pergunto tentando me livrar do seu aperto, mas não consigo.

— Eu vim te buscar, querido, você estava demorando demais. — Ele diz carinhosamente e eu quero muito revirar os olhos, mas estou muito apreensivo para fazer isso.

— Eu já estava indo até vocês! — Conto rapidamente e ele assentiu dando um sorriso mais aberto.

— Isso é bom, porque viemos comemorar seu aniversário e não queremos perder mais um minuto. — Edward fala e eu tenho certeza que quebrar um dos meus dentes de tanto que eu prendo minha mandíbula com força.

— Aniversário? — Ouço a voz rouca perguntar, mas tudo o que menos quero agora é olhar na sua direção.

— Christopher, você vai festejar seu aniversário aqui hoje? Isso é muito bom! — Stella diz de forma animada e eu quero gritar com ela e perguntar se não está sentindo o clima péssimo aqui.

— Sim, hoje o meu amor está fazendo 31 anos! — Edward fala e eu olho o tamanho da sua cara de pau.

— Humm... Namorados? — Arlon solta e eu engulo em seco.

— Bem, nós estamos... — Edward tenta falar, mas eu o interrompi.

— Vamos! Stephan e Emma estão esperando. — Chamo rapidamente não querendo continuar com essa merda.

— Ok então! — Edward falou me soltando de seu aperto.

— Foi um prazer conhecer todos vocês. — Digo educadamente sem olhar para ninguém e viro para seguir até meus amigos.

Eu preciso colocar uma distância agora mesmo, não faço ideia do que está acontecendo aqui. Mas Edward não é nada meu mais, e eu quero gritar isso em voz alta, mas eu estou me sentindo muito intimidado agora. E esse sentimento não é nada com que eu possa lidar no momento, se eu não fosse o tipo de homem que gosta de manter a sua integridade intacta, eu já estaria gritando aqui. Mas eu não vou fazer isso, sendo assim então é melhor eu seguir meu caminho e me manter distante para colocar meus pensamentos em ordem. Caminhando em direção a Emma e Stephan eu consigo sentir seu olhar nas minhas costas, e isso me deixa quente de alguma maneira. Mas não, eu não vou olhar para trás!

— Aconteceu alguma coisa, Chris? — Stephan pergunta e eu pisco algumas vezes para me situar.

— O que? Não, nada aconteceu! — Digo rapidamente puxando uma cadeira para me acomodar.

— Tem certeza? Você ficou muito tempo com aquelas pessoas. — Emma diz de modo preocupada e eu forço um sorriso.

— Não, está tudo bem realmente eu só estava elogiando o tema do lugar ao proprietário. — Digo ainda com o meu sorriso forçado.

— Entendo! — Emma diz relaxando.

— Então você conheceu o dono daqui? Eu achei bem criativo. — Stephan fala e eu concordo com a cabeça.

— Isso mesmo, foi isso o que estava dizendo. — Falo aliviado por não me perguntarem mais nada.

— Você conhece aqueles três homens? — Edward pergunta e eu fico rígido. Fica quieto porra!

— Como assim? — Tento fingir demência.

— Não sei, eu percebi que tinha um cara que não parava de te comer com os olhos. — Edward fala e eu nego com a cabeça.

— Não sei de onde você tirou isso. — Digo me sentindo incomodado.

— Mas é verdade, tenho certeza que se eu não tivesse chegado lá a tempo aquele cara iria dar em cima de você. — Edward diz fechando a cara e isso me deixa irritado.

— Nada disso, deve ser impressão sua. — Desconversei e ele cerra os olhos para mim.

— Você tem mesmo certeza que é impressão minha, Christopher? — A sua pergunta sai mesmo mais como uma acusação de um namorado ferido.

— É o que diabos você tem a ver se aquele cara flertasse comigo? — Fico puto com o modo que ele está me questionando.

É como se a gente ainda estivesse junto, mas eu devo lembrar a ele que o que diabos a sua mente maluca está projetando não tem nada a ver comigo. Foi ele que fez merda comigo e não o contrário, foi ele o traidor da relação. Foi por causa dele que eu passei anos da minha vida sendo aquilo que eu não sou para que essa porra de relacionamento fosse para frente. E não o contrário! Por que eu tenho que aceitar essa porcaria? Não, eu não devo de forma alguma e devo mostrar que ele está me tirando do sério e que eu posso muito bem ir embora. Por que essa noite foi totalmente ao contrário do que eu imaginei.

— Olha querido, sinto muito, eu não quero que a gente brigue. Estou tentando aqui! — Edward fala me lançando um olhar de arrependido. Decido baixar minha guarda um pouco e respirar fundo.

— Deixa isso para lá, está tudo bem. — Não, não está nada bem, mas tenho que ficar. Eu estou confuso!

— Por que não começamos com a comemoração do seu aniversário. Ainda nem tive tempo de te desejar feliz aniversário. — Stephan fala tentando quebrar totalmente o clima.

— Nem eu! — Emma fala dando um sorriso doce.

— Então vamos beber! Eu estou precisando me distrair. — Digo fazendo de tudo para tirar Arlon da minha cabeça.

— Você me disse que também terminou o trabalho, certo? — Steph diz e eu confirmo. — Olha aí, mais um motivo para comemorar. — Meu amigo diz e eu dou um sorriso de verdade.

— Relaxe um pouco sobre questões de trabalho, Stephan! — Emma diz e meu amigo soltou uma risada.

— Você está certa, Emma! Vamos beber! — Stephan diz e eu assinto com a cabeça.

— Concordo com você! — Falo dando um pequeno sorriso.

E foi assim que eu tentei relaxar ao máximo possível a minha mente. Comecei a fingir que nada demais aconteceu, que o meu dia de hoje não foi a merda que ele foi. Que eu não vim parar no mesmo lugar onde o homem que perturba a minha mente e assombra os meus sonhos todos os dias, desde o momento que ele cruzou a porra do meu caminho. Decidi focar no que eu desejei saindo de casa hoje, que é esquecer tudo e deixar que pelo menos um instante a minha cabeça tenha uma pausa. Sendo assim eu fiz o meu pedido ao garçom, que por sinal foi muito atencioso comigo e com os outros. E ao mesmo tempo em que eu estava tomando o meu chopp eu a filme sensação que os seus olhos estavam em mim. E com certeza não podia e nem queria procurar a sua localização, mas eu sabia que ele está de olho em mim.

Respirei fundo e deixei isso de lado, mesmo que eu ainda me sinta apreensivo com tudo. Fiquei ouvindo o que Stephan estava conversando animadamente com Emma, e vez ou outra eu dizia duas ou três palavras. Também estive desviando de Edward que estava decidido a fazer com que essa noite fosse sobre a nossa reconciliação. Mas que obviamente foi desviado por mim de todas as maneiras possíveis. Antes eu estava reavaliando a possibilidade de voltar com ele, mas eu não sei se consigo mais. E para ser bem sincero eu não sinto mais nada por ele, pensei que ter Edward ao meu lado poderia me trazer algo que me impulsionasse a reatar com ele, mas nada aconteceu.

— Querido, você está me ouvindo? — A voz de Edward chama a minha atenção.

— Desculpa, eu estava com o pensamento longe por um momento. — Digo me desculpando e percebo que ele fica irritado, mas tenta disfarçar.

— Posso saber em que você tanto pensa? — Pergunta ele tentando não demonstrar que está descontente pela minha distração.

— Não, você não pode! — Respondo diretamente e ele parece que foi atingido por um objeto cortante.

— Querido, por que você... — Eu não o deixo terminar de falar e me levanto da cadeira.

— Eu preciso ir no banheiro! — Falo e Stephan e Emma assentem e voltam a conversar entre eles.

— Querido? — Edward chama desnorteado.

— Banheiro Edward! Eu preciso ir ao banheiro, e quando eu voltar a gente conversa. — Digo de forma séria.

Peço informação ao garçom que está atendendo a nossa mesa e quando ele indica onde é que fica o banheiro eu caminho rapidamente até lá. Faço rapidamente o que eu vim fazer aqui, porque eu realmente estava necessitando. Hoje em dia eu tenho bebido pouco, sendo assim eu não tenho tanta resistência que eu costumava ter, mas isso não vem ao caso. Fora que eu também precisava sair um pouco de lá, precisava me afastar um pouco daquele ambiente. Mesmo que eu tenha aceito o convite de Edward e até chamado meu amigo e Emma pra vim junto, eu estou me sentindo meio que sobrecarregado.

— Porra, quero ir embora! — Digo batendo a mão na pia.

— Eu posso fazer isso por você, é só me dá uma palavra. — Uma voz rouca carregada de provocação fala atrás de mim e isso faz meu corpo ficar rígido na mesma hora.

É ele! Ele está aqui, ele veio até mim! Ergo minha cabeça vagarosamente, estou com medo de olhar pelo espelho e estar alucinando como eu estive nos últimos dias. Mas assim que eu vejo a pessoa alta, encostada de forma frívola na parede eu tenho certeza que não estou alucinando. Esse homem é um pecado a ser visto a olho nu, eu quero xingar em voz alta, mas a minha voz simplesmente não sai. Arlon é lindo demais, perigoso demais e eu não faço a mínima ideia o que ele quer comigo. Pensei que depois de ter feito o que ele fez na minha empresa e comigo eu estaria livre. Mas parece que não é isso que está acontecendo, por que ele está aqui me perseguindo. Porra, por que isso está acontecendo comigo? O que ele quer exatamente?

— Você gosta de surpreender as pessoas quando elas estão no banheiro, não é? — Pergunto após criar coragem de bater de frente com ele. Foda-se!

— Não baby, eu somente gosto de te surpreender. — Ele diz roucamente dando de ombros e eu me senti atingido.

— O que você quer de mim? — Indago entre dentes para esconder o quanto eu estou balançado com o que ele acabou de me dizer.

— Se eu contar exatamente o que eu desejo de você, eu tenho certeza que você vai correr de mim. E eu não quero que isso aconteça! — Diz e eu engulo em seco.

Senti um arrepio subir na minha coluna, e minhas pernas ficarem trêmulas por um momento. Mas eu não posso deixar que esse homem mexa comigo dessa maneira, eu tenho que sair daqui. E é com isso em mente que eu tomo o incentivo necessário e decido colocar as minhas pernas para funcionar. Por que eu tenho certeza que Arlon não seria capaz de ir atrás de mim sabendo que meus amigos e seus irmãos estão aqui. Mas no momento que eu começo a virar eu sinto um corpo pressionar as minhas costas.

— Está querendo fugir, baby? — Senti um sussurro no meu ouvido, e isso fez as minhas pálpebras estremecerem.

— Sim, eu quero! — Digo em forma de murmuro.

— Mas temos muito o que conversar, não seria legal se você fugisse de mim não é verdade? — Questiona e eu pisco algumas vezes para acordar ao meu eu normal.

— Se afaste de mim! — Mando tentando sair de perto dele, mas Arlon me prendeu entre ele e a pia.

— Eu não sei se posso mais me afastar de você, baby! — Confidência ele e eu engulo em seco.

— Foda-se, eu tenho que voltar! — Digo entre dentes e ele solta um som com a garganta.

— Quem é aquele cara? — Questiona usando uma das suas mãos para segurar a minha cintura.

— O que você está dizendo? Me solta! — Tento soar com firmeza, mas eu não sei se fui muito convincente já que o seu aperto na minha cintura é prazeroso demais. Inferno!

— Quem é aquele cara? É o seu noivo? Novo namorado? Responda-me Christopher! — Manda e eu cerrei os punhos para controlar o meu coração acelerado.

— É sim! Está satisfeito? — Pergunto virando a cabeça para encará-lo, mas acho que foi a pior coisa que eu fiz por que eu fiquei de cara com esses olhos gélidos. — Me deixe ir! — Mando, mas ele faz totalmente o contrário.

— Sabe, baby, eu não me importo se aquele cara é alguma coisa sua. Eu quero você pra mim! — Arlon diz e me muda deposição abruptamente para ficar cara a cara com ele.

— E como você faria isso? — Pergunto tentando soar sarcástico.

— Ora, meu querubim, você não sabe que eu sou um ladrão muito bom? — Diz ele e eu quero muito socar sua cara nesse momento.

— Sim, você é um fodido ladrão! Um bandido miserável! — Digo com raiva e ele me encara friamente.

— Eu não vou dizer que sinto muito pelo o que fiz, por que esse é o meu trabalho, baby! — Arlon fala e eu começo a rir da sua cara de pau.

— Me deixe ir Arlon! — Mando novamente, mas ele me abraça com força.

— Por que você não me denunciou para polícia, baby? — Sua pergunta me pegou desprevenido.

— O que? — Pergunto debilmente.

— Você poderia me denunciar para as autoridades, você sabe o meu nome e viu o meu rosto. Então, por que você não fez isso? — Arlon questiona novamente.

Fico encarando esse rosto deslumbrante que tenho certeza que foi esculpido pelo Diabo, por que nenhum ser celestial poderia criar um homem tão perigosamente lindo e perverso como esse à minha frente. Eu não encontro palavras para explicar a Arlon o porquê que eu não consegui denunciar ele para os polícias. Não posso falar que eu queria que ele continuasse como algo que pertencia somente a mim. Que aquele momento em que estivemos juntos foi muito mais revelador para mim do que todos os outros momentos em que estive na vida. Que eu... eu quero protegê-lo! Pelos céus, como posso dizer uma loucura dessas?

— Não precisa dizer nada, baby. — Arlon fala quando percebe que eu não consigo falar. — Eu quero muito beijar você agora. — Diz ele com a palma quente da sua mão no meu rosto, sem a luva somente a sua pele, enquanto o seu polegar passeia provocantemente pelos meus lábios inferiores.

— Por que? — Questiono observando um sorriso surgir no canto dos seus lábios.

— Eu já disse baby, eu o quero para mim. Só para mim sem abrir espaço para mais ninguém. — Arlon diz e eu não sei por que mais fico com muita raiva.

— Não brinque comigo porra! — Digo entre dentes e sua expressão fica gélida no mesmo instante.

— Não momento que você me conhecer vai perceber que eu não sou um homem que gosta de brincar. Esse não é o meu estilo, baby! — Ele fala friamente e eu engulo a minha raiva rapidamente. — Eu estive te observando a noite toda. — Conta e eu faço uma careta.

— Isso é coisa de stalker, você sabia? — Pergunto sarcasticamente.

— Não ligo para isso, eu só queria observar você direito. — Arlon diz dando de ombros.

— Não deixa de ser a porra de um stalker! — Digo sem calor virando o meu rosto para o lado. Olhar para ele é perigoso demais para mim.

— Sabe uma coisa que eu notei, baby? — Pergunta ele e eu o olho de solavanco.

— O que? — Pergunto curioso.

— Que essa é a primeira vez desde que você chegou que eu estou vendo o Christopher real. — Revela e meus olhos se arregalam.

O que? Como... como ele pode saber de uma coisa dessas sendo que ele não sabe nada sobre mim. Como? Como ele percebeu isso?