Capítulo 07

Olha eu aqui de novooo.. Espero que vocês gostem de conhecer um pouco mais sobre esses ladrões maravilhosos. Beijos e até o proximo capitulo. 

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Arlon Snown

Olho para as notícias de todos os sites existentes aqui em Londres a procura de algo relacionado a invasão da DATAsys, mas surpreendentemente eu não consigo encontrar nada. Eu tinha uma ideia fixa em minha cabeça que o meu nome, juntamente com um mísero retrato falado meu estaria sendo exposto por todo o lugar. No entanto, nada aconteceu ainda, e confesso que eu já estava esperando a oportunidade de me juntar com meu pai e meus irmãos, em uma reunião muito prolongada, para poder tentar me livrar de toda a merda. Não consigo acreditar que Christopher não me delatou, ele poderia, já que viu o meu rosto, sabe o meu nome verdadeiro e principalmente a qual organização eu faço parte. Só que nada realmente aconteceu.

Será que eu estava certo e a reação da droga no seu organismo é diferente das demais pessoas no qual nós já usamos? Não, não deve ser isso certo? Eu estive acompanhando passo a passo a produção daquela droga. Fui eu mesmo que desenvolvido antídoto para que pessoas inocentes como Christopher não passasse pelos efeitos desagradáveis que a droga causa. Principalmente por ser uma substância nova, que é mais forte e muito mais precisa do que o antigo soro da verdade usado em algumas outras investigações. Cheguei a comentar por alto com Pops se não havia notado algo de estranho em nossa substância, mas ele afirma que não. Mas de qualquer forma amanhã eu irei ao laboratório de produção para averiguar por mim mesmo.

Admito que estou surpreso comigo mesmo por estar tão preocupado com tudo isso. Eu não sou desta maneira, e percebo que nunca fiquei tão interessado em um homem como estou naquele loiro de cabelos de querubim. Mesmo sabendo que ele não foi nada do que um trabalho, eu não consigo tira-lo da minha cabeça. Eu deveria parar com toda essa porcaria e voltar a focar no agora. Tudo o que aconteceu deve ficar para trás, totalmente para trás e nada além disso. Mesmo que eu queria correr para ter informações sobre o que aconteceu. Quem sabe até me encontrar com ele novamente para saber o porquê ele não me delatou. Não me expôs do jeito que imaginei que ele faria.

Droga Arlon, para com essa merda! Agora é hora de você esquecer, não envolva sua família em problema, porra! Me repreendi mentalmente para que minha mente tire qualquer dúvida relacionada a Christopher Thomas. Eu nunca, nunca cometi erros durante o trabalho no qual eu fui designado, mas dessa vez eu cometi e não só um, mas vários erros. Meus erros podem causar problemas para a minha família, e eu não posso deixar isso acontecer de forma alguma. Vivemos de forma mais livres do que algumas organizações, por que preservamos nossa segurança. É por conta dessa segurança que Nena e Kabir podem ir para escola livremente, e meus irmãos e eu temos os nossos negócios dentro da lei também.

Sendo assim não posso deixar que nada, nem mesmo o meu fascínio por Christopher coloque minha família em maus lençóis. Sou puxado dos meus pensamentos quando vejo Ivo vindo na minha direção.

— Por que você está tão estranho depois que finalizou o serviço anterior? — Ivo pergunta sentando no sofá a minha frente.

— Eu não estou estranho, é impressão sua. — Rebato com uma máscara fria.

— Sério, Arlon? Olha, você pode tentar despistar o Pops, mas a mim e o Gaio? Eu acho bem difícil! — Diz Ivo calmamente.

— Eu sei que entre nós não existe segredo, mas não há nada que eu não possa resolver. — Desisto de tentar qualquer tipo de negação.

— Vamos lá, cara, me conte o que diabos está lhe deixando assim. Arlon, você é o melhor do que qualquer um de nós, tirando o nosso pai, para fazer qualquer serviço e eu nunca te vi assim desse jeito. — Ivo diz e eu arqueio a sobrancelha.

— Que jeito? — Pergunto curioso.

— Do jeito como se estivesse tentando ver uma saída de alguma merda que cometeu? — Ivo pergunta deitando preguiçosamente no sofá.

— Eu não sei se fico feliz ou muito puto por você me conhecer tão bem. — Digo fazendo uma careta.

— Fazer o quê, cara? Somos irmãos, não somos? — Ivo diz soltando um bocejo logo em seguida.

— Sim, seu desgraçado, nós somos irmãos! — Confirmo dando um curto sorriso.

E nós somos realmente irmãos, mesmo que Ivo e eu não compartilhemos os mesmos pais, nós somos irmãos de qualquer forma. Além de termos sangues compatíveis correndo nas nossas veias, somos mais que família. Para chegar a uma explicação lógica para o que estou dizendo sobre compartilhar o mesmo sangue é que na verdade Ivo é meu primo. Mas ele foi adotado por Pops a muito tempo como filho, e depois que um acidente fatídico que matou tanto a minha mãe Yarah quanto os meus tios Jacques e Leah ele passou a ser adotado por meu pai oficialmente. Muitos pensam que Ivo é filho de meu pai biológico, o fato dele ser filho de Jacques é um segredo que guardamos a um tempo. E que em hipótese alguma deve ser relevado, por que isso só atrairia problema ao meu irmão.

E se tem uma coisa que nunca irei admitir é que algum filho da puta resolva fazer qualquer mal que seja a algum membro dessa família. Digo e repito que esse cara deitado preguiçosamente no sofá, de cabelos longos cacheados e com feição relaxada é o meu irmão. Ivo e eu não temos muitas características físicas parecidas, se formos pensar em alguém que ele possa ter qualquer semelhança esse alguém seria o Gaio. Já que Gaio parece bastante com a nossa mãe, e Ivo parece muito com a mãe dele e as duas eram irmãs. Então aí está a semelhança que liga esses dois, e para falar a verdade é a única semelhança que os liga é a aparência. Por que se formos falar de personalidade, então é melhor nem tentar comparar.

— Por que você está me olhando de forma tão intensa? — Ivo pergunta seriamente o que me faz acordar dos meus devaneios.

— Por que diabos eu olharia para você? Eu estava pensando! — Reclamo e ele volta a deixar como se não se importasse com nada.

— Vamos lá, diga o lhe aflige! — Pede Ivo e eu solto um bufo.

— Eu não estou aflito. — Reclamo com uma carranca.

— Sim, você está! — Ivo fala como se apontasse o óbvio.

— Eu poderia mandar você ir se foder, sabia? — Pergunto entre dentes. Ivo abre um dos olhos para olhar para mim, mas logo o fecha novamente abrindo um sorriso de desdém.

— Você poderia, mas não vai, irmão. Sendo assim derrames os feijões para mim. — Ivo diz e eu decido falar por que se eu tentar me esquivar mais ele não vai parar de me importunar.

— Eu cometi alguns erros na noite anterior. — Falo diretamente e Ivo vejo o corpo de Ivo ficar rígido.

— O que? — Ele fala como se não acreditasse e com um pulo ele ergue o seu corpo e senta no sofá. — Você? Você cometeu erros? Você, Arlon? — Indaga Ivo como se não acreditasse no que acabou de ouvir.

— Sim, porra! — Digo com um grunhido.

— Mas pops disse que já conseguiram fazer o que tinha de fazer. Então o que houve para você cometer erros assim? — indaga como se não entendesse o que estou querendo contar.

— Não foi um erro com a missão em si. — Digo com irritação.

— Eu não estou entendendo o que você está querendo dizer, Arlon. — Ivo fala fazendo uma careta. — Foi um erro ou não, porra? — Pergunta já perdendo sua máscara de calma.

— Sim, porque quando um alvo sabe seu nome real, consegue ver o seu rosto e principalmente sabe qual organização você faz parte então sim, isso é considerado um erro. E a porra de um erro de um principiante maldito. — Derramo as palavras me jogando no sofá para não olhar para lugar nenhum que não seja o teto.

— Você está de brincadeira comigo, não é? — Ivo indaga e eu me ergo novamente o encarando friamente.

— Esse é um fodido rosto de alguém que está brincando, irmão? — Aponto para mim mesmo e ele arregala os olhos.

— Porra, Arlon! — Ele sussurra após cair em si.

— Sim, é uma porra! E agora eu estou aqui, olhando as notícias para saber se tem alguma merda já rolando com o meu nome e o nome do Mavinus. — Assumo calmamente e Ivo balança a cabeça. Consigo perceber que ele ainda está desnorteado.

— Como foi que isso aconteceu? Como o alvo soube de tudo isso? — Ivo questiona e eu continuo com uma fachada fria no rosto.

Não tem como qualquer outra pessoa saber sobre informações dos Mavinus a não ser que um de nós, ou as pessoas de nossas confianças, falem sobre. E mesmo assim não vai saber dizer qualquer informação relevante que poderia nos foder. E é por isso que estou me sentindo estranho com tudo isso, porque eu praticamente derramei as minhas vísceras com Christopher como se ele fosse um dos nossos. Mas ele não é, ele não é um de nós, ele não me pertence e muito menos teremos qualquer coisa um com o outro. E eu nem sei explicar direito o que aconteceu, para falar a verdade, já que tudo que eu poderia ter feito ontem era entrar, aplicar o soro, pedido as informações e saído logo em seguida. Mas ao me deparar com um homem tão necessitado de atenção e cuidado eu não consegui resistir.

Tudo o que mais queria ali era carregá-lo dali e mantê-lo ao meu lado até que tudo estivesse bem. E o pior de tudo é que eu não sei de onde porra veio todo aquele avalanche de sentimentos. Pode ser que eu o achei lindo demais para parecer real, ou o fato de que fui pego de surpresa por querer foder com ele ali naquele escritório? Ou pode ser duas coisas! Mas para mim não importa, por que isso não pode acontecer. Não posso estar na vida de Christopher e ele com certeza não pode estar na minha vida. Se eu pudesse, se fosse em outro momento, eu estaria agora mesmo ido até ele e faria com que ele descobrisse que o meu mundo pode deixar com que o seu mundo seja menos dolorido. Já que tudo que eu vi através dos seus olhos foram dor e solidão. Eu só iria querer ter uma oportunidade de cuidar dele da forma que ele necessita.

— Mas ele não disse nada ainda, certo? — Ivo diz de repente, me tirando dos meus pensamentos.

— Sim, pelo o que pude ver ainda não. — Digo em tom calmo.

— Então podemos resolver isso antes que ele fale. Posso chamar alguém para se livrar dele e... — Ivo continuou falando, mas eu parei de ouvir quando ele disse que ia se "livrar dele".

— Isso não está acontecendo, Ivo! — O interrompi abruptamente.

— Mas... — Ele tenta falar, mas eu nego.

— Eu não vou mandar tirar a vida do Christopher, porra! — Grunhi cerrando os punhos. Só de pensar nessa hipótese medíocre eu sinto calafrio na minha espinha.

— Arlon, eu não entendo. — Ivo diz em confusão.

— Não precisa entender, mas nem pense em mandar alguém fazer nada. Estamos entendidos? — Pergunto com firmeza, apertando tanto os meus punhos que sinto o ardor da unha ferindo a palma da minha mão.

— Sim, irmão, entendi. — Ele diz surpreso com a minha reação.

— Bom, eu darei um jeito. Nada vai acontecer a nossa família por causa um erro meu. — Declaro me acalmando um pouco e querendo que meu irmão se acalme também.

— Eu não ligo para isso, Arlon, nós sempre damos um jeito e com certeza nossa família nunca será prejudicada. — Ivo me lembra e eu concordo duramente com a cabeça.

— Não, Nena, eu não vou fazer isso! — A voz de Kabir nos chama atenção.

— Você me prometeu, Kab! — O lamento de Nena é ouvido e eu relaxo rapidamente.

— Esses dois já começaram. — Ivo diz dando um pequeno sorriso e eu concordo.

— Quando não? — Indago também sentindo o sorriso tomar conta de mim.

Em poucos minutos Kabir e Ravena aparecem na nossa linha de visão. Quando Nena nos ver, ela deixa Kabir para trás e vem até nós. É impossível manter qualquer máscara fria ou indiferente quando a nossa pequena irmã está presente. Todos nós a amamos tanto, tanto que não sabemos às vezes o que fazer com tanto amor. Ela é uma parte grandiosa de nós, e fazemos de tudo para poder dar a ela uma vida confortável e sem tristezas. Kabir também é outro, que apesar de não ser tão doce quanto Ravena, ele é o nosso irmãozinho no qual devemos proteger com tudo o que temos. A história deles é algo de que se orgulhar e eu sou muito orgulhoso de ter os dois como meus irmãos caçulas. E tenho muita certeza que Gaio e Ivo pensam da mesma maneira.

— Lonlon, Ivy vocês estão aqui! — Nena exclama feliz indo até Ivo primeiro, que lhe dá um beijo e um abraço forte.

— Eu vou ficar com ciúmes desse jeito. — Falo e ela vira a cabeça para mim após terminar o abraço com o seu terceiro irmão.

— Não precisa, não precisa, eu estou indo até você agora. — Nena exclama com preocupação.

— É mentira dele, irmãzinha. — Ivo diz e ela morde os lábios inferiores. — Ele está te enganando para ganhar mais do seu amor. — Ivo fala e Ravena me olha com cenho franzido.

— O irmão mais velho não precisa de truques, meu coração é bem grande para todos vocês. — O modo fofo e analítico de Ravena me faz rir.

— É verdade, meu amor, mas agora eu preciso da minha garotinha aqui. Vem cá, deixa esse cabeludo aí. — Digo abrindo meus braços. Ravena solta uma risadinha adorável antes de sair do colo de Ivo para vir até mim.

— Vocês dois não deveriam dar o exemplo e parar de ficar dramatizando para a nossa irmã caçula? — Kabir pergunta me encarando enquanto eu carrego minha Nena nos meus braços.

— Até parece que você não faz isso também. Todo mundo quer receber o amor de Nena. — Ivo diz bagunçando o cabelo de Kabir que sentou no sofá ao seu lado.

— Pare com isso idiota! — Kabir tira a mão de Ivo da sua cabeça e o empurra.

— Como foi na escola hoje? — Pergunto a Nena que está com seus bracinhos magros ao redor do meu pescoço.

— O mesmo de sempre! — Kabir diz revirando os olhos.

— O meu dia foi bem bacana, mas vou esperar o jantar para contar ao papai e ao Gaio também. — Ravena explica e eu concordo admirando sua fofura.

— Eles vão adorar, bruxinha! — Falo e ela abriu um largo sorriso.

Ravena é realmente a nossa pequena bruxinha de Hogwarts, digo isso por que ela é altamente viciada em Harry Potter. Desde o momento em que Gaio lhe deu a coleção inteira de livros e filmes sobre essa saga, ela insiste em dizer que é uma bruxa que vai estudar em Hogwarts quando tiver idade suficiente. Nena é uma criança que chegou nas nossas vidas de pura surpresa, para falar a verdade foi eu que a encontrei dentro de uma caixa de papelão, em um beco escuro e sujo enquanto estava em missão com o Gaio e Ivo. Para falar a verdade nós estávamos fugindo por um duto de ventilação, e quando estávamos livres de perseguição no beco nós ouvimos o chorinho fino. Gaio havia pensado que era um gatinho perdido, mas eu estava achando o som muito estranho e então fui verificar. No momento em que abri a caixa e me deparei com aquele minúsculo ser humano recém-nascido, meu coração foi tomado ali mesmo.

E não foi somente eu que me apaixonei, Gaio e Ivo estavam tão determinados quanto eu a salvar aquele pequeno bebê. E o papai quando a viu soube imediatamente que a queria como sua filha a partir daquele momento. Nós já havíamos perdido a mamãe a alguns poucos meses e para falar a verdade a vinda de Ravena para nossas vidas nos tirou do fundo do poço. Principalmente o Pops, ele estava se afundando cada vez mais, nós não sabíamos mais o que fazer por que tínhamos que cuidar de Kabir que naquela época tinha somente 6 anos de idade. E foi nesse dia que meu pai decidiu que estaria afastado dos trabalhos fora de casa, e iria se dedicar a maior parte na criação de Kabir e o novo membro da família, Ravena.

— Onde está o Niko? É bem difícil ver você sem estar grudada naquele furão. — Perguntei alisando seus cabelos loiros bem clarinhos.

— Ele está com o irmão Gaio. Eu pedi para Kab para ir buscar ele para mim porque eu tinha um novo conjunto de cachecol para experimentar nele, mas o Kab não quis ir. — Nena diz e mostra a língua para o irmão.

— O Niko é de Gaio, Nena! — Kabir lembra, mas nossa irmãzinha deu de ombros.

— Mas o irmãozão disse que o Niko poderia ser meu também. — Nena diz e Kabir nega com a cabeça.

— Mesmo assim eu não vou lá buscar aquele furão feioso. — Kabir reclama e Nena se enfurece.

— Não chame Niko de feioso, ele é meu amigo! — Ravena morde os lábios com força, para logo em seguida seus olhos encherem de lágrimas.

— Ei bruxinha, não chore! — Falo carinhosamente enquanto a apertava entre meus braços.

— Nena, você chorou por causa disso? — Kabir pergunta, ficando nervoso ao ver Ravena chorar. Imediatamente ele levanta e vem em nossa direção, sem falar nada ele agacha para ficar da mesma altura que nossa irmã.

— Não vou chorar, eu vou ser escolhida pela Sonserina! E uma sonserina não é chorona! — Ela diz soltando um bufo de indignação, enquanto esfrega os olhos rapidamente.

— Oh sim, bruxinha, você é forte e poderosa! — Kabir diz perdendo toda sua marra anterior e falava docemente com a irmã.

O contraste entres meus dois irmãos caçulas é algo muito grande. Enquanto Ravena é uma pequena figura loirinha e com a pele branca como a neve. O Kabir é um menino alto para sua idade de 13 anos e por ser descendente direto de árabes a sua pele é mais escura, seus cabelos são pretos assim como seu olhos. E assim como a Ravena, o Kabir também foi encontrado por nós em uma situação de extremo risco. Na época ele tinha somente 3 anos de idade e estava sendo mantido em condições terríveis de maus tratos e desnutrição. Quem o encontrou foi a nossa mãe Yarah, ela não nos contou tudo sobre onde e como encontrou o Kabir, mas também não importava. Por que ela, juntamente com o papai, havia se apaixonado pelo menino e fez dele sua família, nossa família.

A morte prematura da mamãe foi uma perda muito grande para nós, mas principalmente para o Kabir que na época era pequeno e teve pouco tempo com ela diferente de nós. Mas como somos uma família unida, nós unimos nossas forças para poder curar nossos corações e dar a Kabir o amor e proteção necessários para ele pudesse crescer bem e muito saudável. Temos tanto orgulho dele, da nossa pequena bruxinha e principalmente de nosso clã. Por que é através dessa família cheia de diversidades que recuperamos as forças para enfrentar o que quer que seja. Eu sou uma cara de sorte, porque tenho eles na minha vida e o que eu pude fazer para dar a eles tudo. Eu farei.

— Agora que vocês falaram sobre Gaio e aquele furão ladrão de chaves eu percebi que não o vejo desde cedo. Onde aquele patife está? — Ivo pergunta e eu tiro os olhos de Ravena e Kabir que esqueceram o assunto anterior e estão falando de outra coisa baixinho.

— Ele disse que tinha umas coisas para resolver no seu novo pub. — Dei de ombros e Ivo concordou com a cabeça.

— E o Pops? — É a vez do Kabir perguntar.

— Sim, eu passei na cozinha e não vi o papai. — Ravena conclui e quando estou perto de falar, ouço a voz forte de pops atrás de nós.

— Quem está procurando pelo papai? — Pops pergunta fazendo Nena se iluminar.

— Papai! — Ela grita e salta do meu colo para correr até o nosso pai.

— Onde estava, Pops? — Kabir pergunta franzindo a sobrancelha, já que é bem difícil que nosso pai saia de casa assim.

— Oi bruxinha! — Papai carrega Ravena, que gruda as pernas e os braços nele como um filhote de macaco. — Respondendo a você filho, eu estava em uma reunião com seu tio Malcolm. — Papai responde fazendo com que Ivo e eu nos encaramos.

— O tio Mal vai vim jantar aqui hoje? — Nena pergunta inocentemente, enquanto alisa os fios de cabeça do rosto do nosso pai.

— Não bruxinha, ele teve que buscar a tia Jaclyn que chegou de uma viagem. — Pops explica docemente a minha irmã que assente rapidamente.

— Quem sabe na próxima não venha os dois, não é mesmo papai? O tio e a tia vão gostar de comer com a gente. — Ravena diz sorrindo largamente.

— Claro que vão, Malcolm disse que está com saudades de você e de Kabir. — Pops conta e minha irmã se ilumina ainda mais e olha para Kabir.

— Ouviu isso Kab? — Nena e Kabir com as bochechas vermelhas de vergonha assente. Sorrio com a vergonha do meu irmão caçula, porque apesar de tentar parecer durão sempre, ele é muito tímido com os outros fora da família.

— Sim bruxinha, eu ouvi, mas tenho certeza que é você que eles querem ver mais. — Meu irmão disse levemente.

— Besteira! — Nena faz um som de desdém com a boca.

— Amorzinho, você pode ir com o Kabir? Eu preciso conversar com seus irmãos por um momento. — Pops pede colocando a minha irmãzinha no chão.

— Sim papai! — Nena responde alegremente e caminha até Kabir.

— Fique com sua irmã por um momento, sim? — Pops fala e meu irmão assente. — Obrigado, filho! — Pops agradece enquanto Kabir sai com uma Nena muito tagarela.

— Pai, o que aconteceu? — Ivo pergunta assim que nossos irmãos caçulas somem da nossa linha de visão.

— Aqui não, vamos para o escritório primeiro. — Papai fala seriamente.

— E o Gaio? — Pergunto já pegando meu celular para chamar meu segundo irmão.

— Ele já está a caminho, eu liguei para ele anteriormente. — Meu pai explica e eu descarto meu celular.

— Certo! — Digo assumindo uma postura mais rígida.

— Vamos, quanto antes começarmos mais cedo vamos terminar. Temos que conversar sobre um novo e mais arriscado trabalho. — Pops diz fazendo tanto eu quanto Ivo entrarmos em alerta.

Foda-se! Se Pops teve um encontro com Malcom e ele chega em casa dizendo que temos um novo trabalho então isso não deve ser tratado com descaso. Porque se tratando dessa pessoa então estaremos trabalhando para o serviço secreto britânico, e fazer isso nunca é boa coisa. 

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