Capítulo 04
Olha eu aqui novamente meu amores!!! Tenho que confessar que acho o Chris o nenê, mas fica a cargo de vocês se compartilham ou não isso comigo. hehehhe.. Vejo vocês talvez na segunda se eu não viajar! Beijinhos!!!
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Christopher Thomas
Eu estou sentindo a minha cabeça girar, não sei o que está acontecendo agora, mas depois de sentir uma leve perfuração no meu braço os meus pensamentos já não são mais os mesmos. Tento focar a minha atenção em outro lugar, viro minha cabeça para os lados, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa sinto algo tocar o meu rosto. Minha cabeça é apoiada facilmente e eu ouço uma voz maravilhosa e máscula chegando aos meus ouvidos. A voz é linda e me faz querer ouvi-la para sempre, porque faz muito tempo que eu não me sinto tão confortável, tão... tão livre! Livre de minha vida inútil, livre de todas as minhas obrigações, dos pesos nos meus ombros que estão sempre me sobrecarregando e livre de toda solidão.
Eu sinto frio só de pensar nessa palavra, mas infelizmente ela está constante na minha vida. Eu sempre fui uma pessoa solitária, e confesso que mesmo se eu estiver rodeado de pessoas a minha volta eu ainda vou está me sentindo vazio e em plena solidão. Mas agora, com esse simples toque nas minhas bochechas eu não consigo me sentir do mesmo jeito que antes. É como se ele me revelasse que eu posso ter algo diferente do que eu já tive na minha vida, que eu posso ter um pouco mais de atenção, que eu posso ter alguém olhando por mim uma vez na minha. E nossa! Faz tempo que não sinto isso, faz realmente muito tempo.
— Christopher, você consegue me ouvir? — Ouço a pergunta e franzo o cenho.
— Sim, sim, sim é claro que te ouço! Como eu poderia não ouvir? — Digo rapidamente e meio embolado. Aperto meus olhos com força e quando os abro novamente vejo o homem mascarado à minha frente. — Arlon? — Pergunto confuso.
— Sim, sou eu! Isso é muito bom baby, você consegue lembrar de mim. — Sinto novamente sua mão enluvada tocar meu rosto e eu inclino ao seu toque.
— Por que eu gosto quando você me toca? — Questiono meio grogue e isso faz com que sua mão congele no lugar.
— O que você quer dizer, baby? — Pergunta e eu franzo o cenho.
— Eu me sinto só o tempo todo, mas quando você está perto eu não me sinto assim. Mas eu não deveria ser assim, não é? Você é um bandido, é um criminoso! É errado, muito errado isso Arlon! — Falo zangado erguendo minhas mãos para alcança-lo e consigo.
— O que você vai fazer? — Acho que ouvir um tom leve e gentil sair dele e isso me faz rir.
— Você é o primeiro fora da lei que eu conheço, acredita? — Sorrio com a minha pergunta.
— Sério, baby? — Questiona e eu confirmo com a cabeça sem perder tempo.
— Sim, pode ter certeza! — Paro por um momento e mordo os lábios inferiores com força. — A não ser... — Interrompo as minhas palavras com dúvida.
— A não ser o que, baby? — Pergunta a eu olho para ele com a visão meio turva.
— A não ser pelos meus pais, por que eu acho que pais que roubam seus filhos constantemente são considerados bandidos, não é? — Tiro a minha dúvida com ele e ouço um suspiro pesado, mas não sei se saiu de mim ou dele.
— Não, querido, pais assim são considerados escorias e não pais! — Arlon diz e eu me ilumino.
— Sim, sim, sim eles são escórias mesmo! — Dou uma risada e descanso a minha cabeça contra a sua quando o puxo para mim. — Arlon, você tem pais? Seus pais te amam? Você é feliz mesmo sendo um fora da lei? — Pergunto repentinamente.
— Eu tenho bons pais. — Acho que detectei uma certa melancolia, mas eu não sei se é verdade sendo que eu estou muito fora de mim no momento.
— Então eu sinto muita inveja de você, por que sou um verdadeiro perdedor! — Digo desanimado.
— Ei, olhe para mim! — Ouço e pisco algumas vezes para me livrar das nuvens que nadam sobre meus olhos.
Em determinado momento eu cerro os meus olhos para ver se eu consigo ver outra coisa além da escuridão na minha frente. Mas não acontece! Eu não sei se gosto disso, eu acho que preciso ver mais. É isso, necessito ver mais dele!
— Não quero olhar você assim, deixe-me ajudar você a se livrar disso! — Falo e sem que o homem à minha frente estivesse esperando eu puxei a sua máscara e desci o seu capuz, revelando assim uma imagem da qual eu jamais irei esquecer.
Pelos Deuses! Bem na minha frente está o ser masculino mais lindo que já vi na minha vida. Eu consigo identificar tamanha beleza mesmo que a minha mente esteja totalmente desfocada para qualquer outra coisa à minha volta. Mas para esse homem, para esse Deus vivo, é como se tudo pudesse ser nítido em um piscar de olhos. Eu já sabia que ele poderia ser algo a ser visto, mas tendo a prova aqui, bem diante dos meus olhos, é algo que eu não sei descrever ao certo. Seus olhos azuis sombrios, seus lábios rosados, seu nariz afilado e perfeito, o seu queixo másculo e cabelos muito pretos que quando a uma luz refletindo eu posso notar algumas mechas azuis escuros quase imperceptíveis se você não focar direito a sua atenção.
Até mesmo a aura do lugar ficou mais densa, mas difícil de sequer respirar. É como se eu estivesse diante de um Deus glorioso e perverso, Deus esse que eu faço questão de adorar seja ele do jeito que for. Quem poderia imaginar que eu poderia encontrar um homem muito, muito mais bonito que o Edward. Somente pensar nisso me faz querer rir além do limite, logo meu ex-noivo que é um modelo, que se gabava dos contratos que ele assinava com as agências e com os seus patrocinadores. Agora, eu posso facilmente dizer que ele fica no chinelo perto desse Deus perverso à minha frente.
— O que você está rindo, baby? Eu sou tão feio assim? — Arlon pergunta e eu arregalo os meus olhos.
— Não, longe disso! Você é mais bonito, muito mais bonito que o meu noivo! Olha, você é um Deus, mas um Deus perverso, sombrio e sexy. — Revelo sem um pingo de constrangimento. Não sei o há comigo, mas eu não conseguindo conter a minha boca. Ando agora vomitando toda ou qualquer que eu desejo dizer.
— Noivo, hum, você é noivo? — Arlon pergunta e eu seguro a minha cabeça.
— É, eu não sei mais, já que eu o peguei me traindo com outro cara que ele me apresentou como seu primo de longe. Viu só como eu sou um idiota? — Pergunto rindo debilmente.
— Christopher! — Arlon me chama e eu continuo a rir. Eu sou um completo desastre!
— Sim, pode me dizer que eu sou um idiota! — Mando e usando a minha mão livre eu o empurro para longe.
— Não, baby, você não é um idiota! — Arlon diz e isso me faz sorrir um pouco.
— Arlon? — Chamo de repente e ele me encara com aqueles olhos sexys. — Você precisa de algo de mim, não é mesmo? — Minha pergunta o pegou de surpresa.
— Como você... — Ele começa. Mas eu coloco a mão na sua boca.
— Oh, não é nada! Eu consegui me sentir bem agora e a muito tempo eu não me sinto assim, então pode perguntar qualquer coisa, eu digo. — Pisco debilmente e ele continua a me encarar como se não entendesse o que está acontecendo.
— Christopher, você sente alguma coisa? Deixe-me ver seu pulso! — Arlon diz friamente e segunda o meu pulso usando seus dedos.
— Eu estou bem! — Eu bato na sua mão, para me livrar do seu exame. — Você precisa de mim, então pode pedir. Acho que não vamos nos ver nunca mais, então tudo bem. — Digo tentando soar firme, mas eu estava me sentindo muito grogue para isso.
— Christopher... — Arlon diz se aproximando mais uma vez, mas eu nego com a cabeça rapidamente.
— Deixe-me ver se eu lembro.... ah! Os códigos, é isso! — Começo a lembrar turvamente.
Vejo Arlon levantar e me encarar de forma estranha, eu não consigo tirar meus olhos de cima dele. Sinto minhas pálpebras estremecerem brevemente enquanto tento focar mais um pouco a minha atenção e prestar bastante atenção no seu visual lindo e implacável. Eu tenho uma sensação de prazer absoluto a cada vez que olho para esse homem, e apesar de saber o que ele é, e o que pode ser capaz de fazer comigo e com a minha empresa, eu não me importo. Não sei se me importo por que eu não estou no meu juízo perfeito, ou por que simplesmente eu já cheguei bem fundo no fundo do poço. Doce céus! Eu só preciso dormi um pouco, preciso parar de pensar em tanta loucura sem sentido.
Balanço a cabeça para me livrar da nevoa em minha mente, e encaro novamente o homem misterioso que está agora com os punhos cerrados. Olhando para os lados como se estivesse preso em uma luta interna, tento abrir minha boca para perguntar o que quer que seja, mas não consigo fazer qualquer movimento. Mas de repente algo parece clarear em Arlon e ele volta a se agachar na minha frente, erguendo a mão para segurar meu rosto.
— Christopher, você está bem? — Ele indaga e eu assinto com força.
— Eu acho que sim, sim, eu acho! — Digo de forma desconecta.
— Certo, tudo bem! — Ele fala se afastando antes de puxar um computar todo preto até ele. — Eu só preciso que você me dê os últimos códigos da segurança de Bokori. Você se lembra? — Pergunta a eu inclino minha cabeça.
— Sim, eu me lembro! — Digo e ele confirma com a cabeça.
— Você pode me dar? — Ele pergunta e eu concordo.
— Mas... mas se eu os dê você vai embora? — Questiono e ele fica seus olhos azuis extremamente sexys em mim.
— Sim eu vou, mas é isso que você quer, não é? — Arlon pergunta.
— Sim, eu quero isso, mesmo gostando de me sentir sem medo ao seu lado. — Confesso sem amarras por conta das drogas no meu sistema.
O que eu acabei de falar pegou o homem a minha frente de surpresa. Mas eu não me preocupei em saber o porquê disso e fui logo falando exatamente o que ele deseja de mim. Ao notar que eu estava contando sobre os códigos Arlon não perdeu tempo em digitar a série. Observei ele digitar e assim que terminou o vi pegar o seu celular e ditar algo, logo em seguida a tela acendeu indicando que ele havia recebido uma ligação. Não consegui entender sobre o que se tratava a tal ligação, mas vi seu semblante muda e ele olhar para mim algumas vezes. Me esforcei ao máximo para ouvir algo, mas estava um pouco confuso, tudo estava muito confuso.
— Sim, eu usei o v12 nele, mas a reação foi um pouco diferente dos demais. — Arlon fala e para pôr um tempo. — Eu sei, eu darei a ele o antídoto, pode ficar tranquilo por que não penso em machucá-lo de maneira alguma. — Ele para ouvir algo e concorda. — Eu terei cuidado!
Após a ligação ser encerrada, Arlon vai até onde estão as suas coisas para guardar o seu notebook e pegar algo que eu não conseguir identificar de onde estou. Minha cabeça está muito enevoada, eu ainda não consigo me concentrar muito bem e estou começando a entrar em desconforto por conta disso. Meu corpo é erguido da cadeira, e eu só me dou conta disso quando sinto a firmeza dos meus pés no chão. Viro minha cabeça para dar de cara com a roupa escura do homem que está me segurando. Levanto a minha cabeça sem ter controle do meu pescoço que pende para trás de um modo estranho. Meus olhos vão de encontro a boca desse Deus sexy, eu juro que poderia cair na tentação e mergulhar naqueles lábios pecaminosos deste bandido. Mas me contenho e continuo a encará-lo até que seu olhar encontra o meu e um sorriso diabolicamente atraente cruza os seus lábios.
— Você está gostando de olhar? — Arlon pergunta e eu confirmo debilmente.
— Sim, você apesar de ser um criminoso é muito bom de olhar. — As palavras simplesmente escapam da minha boca e eu não consigo evitar.
— Você também é ótimo aos meus olhos e por isso até me sinto um pouco culpado de fazer o que fiz. — Arlon diz e eu faço um som de desdém com a minha boca.
— Mentira, por que eu acho que você faria de novo se esse fosse o caso. — Relatei grogue.
— Sim, eu faria! — Arlon confirmou e eu soltei um suspiro.
Sou guiado para deitar em um sofá de couro escuro que tenho na minha sala. Quando a minha cabeça descansa no encosto do sofá eu sinto que perdi o restante da gravidade que me resta e tudo começa a girar. Tento me levantar, mas sou impedido por um par de mãos fortes. Ouço distantemente sua voz dizendo "fique calmo que logo passa," mas eu estou muito zonzo para ter certeza das palavras. Sinto um aroma delicioso próximo a mim e isso faz com que os meus olhos se arregalem de surpresa. É ele. É Arlon que está com o rosto próximo ao meu e eu não sei como reagir a isso.
— Eu adoraria que a gente tivesse se encontrado em circunstâncias diferentes, Christopher Thomas. — Arlon dá um meio sorriso.
— Eu também! — Digo a realidade sem conseguir esconder isso dele.
E antes que eu pudesse ter qualquer outra reação vejo seu rosto iluminar um pouco, mas logo em seguida sou novamente surpreendido quando sinto sua boca tomar a minha. Paro por um tempo sem ter noção do que está acontecendo, mas não dura muito por que eu abro a minha boca para receber seu beijo. Assim que penso que vou poder encontrar com sua língua em um beijo carnal e delicioso, noto que algo tipo um comprimido entra na minha boca. Fico perdido, sem saber se tento cuspir ou não o que está na minha boca, e é aí que o beijo começa e não me resta nada a não ser engolir o que diabos seja que está me atrapalhando beijar esse Deus perverso. E assim como o beijo começa ele termina, em uma porra de picar de olhos.
— Pronto, assim fica fácil fazer você tomar o antídoto. — Arlon diz com um tom de voz leve e sedutor.
— O que... — Tento falar, mas eu não sei muito o que dizer no momento.
— Você vai ficar bem agora, eu prometo! — Arlon diz seriamente e sinto um leve toque na minha cabeça.
— O que você me deu? — Questiono e ele faz um som de satisfação.
— Eu cuidei para que você volte ao seu normal, então tudo ficará bem agora. — Conta e eu engulo em seco.
— Cer... certo! — Respondo e ele levanta. Não consigo desviar meus olhos desse homem, mesmo que tudo esteja da maneira mais errada do mundo.
— Tenho que ir, baby! — Arlon diz após colocar novamente sua máscara e pegar suas coisas.
Merda, merda, eu estou perdendo tempo aqui. Eu tenho que fazer algo, eu não posso deixar com que ele saia assim. Tudo bem que eu passei a maior parte do tempo de forma passiva, porque obviamente eu não conhecia o modo de trabalho desse bandido lindo e altamente sedutor. Mas agora não, agora é diferente e se eu o deixar sair assim as coisas para minha empresa pode se tornar muito complicada. Ele veio até aqui, ele conseguiu abrir o seu caminho, sendo assim agora eu tenho que tentar fazer algo. Mesmo que minha mente esteja se desligando de pouco e pouco. É isso, tenho que tentar!
— Arlon! — Chamo e ergo minha mão, alcançando assim a manga do seu sobretudo.
— Sim, baby? — Respondeu encarando com os olhos cerrados onde a minha mão está.
— Seu nome é realmente Arlon, ou é algum codinome. — Indago sonolento.
— Christopher... — Me chama e eu sinto sua mão enluvada tocar a minha. — Por que você quer saber isso? — Pergunta curioso.
— Nada, era só para que eu tivesse um pouco de tempo. — Falo tentando soar mais firme, mas falho miseravelmente.
— Tempo para quê? — Indaga com um sorriso malicioso.
— Milos, acionar controle máximo de segurança! — Falo em alto e bom som. Vejo o rosto de Arlon ficar atônito por um breve tempo.
— Acionando o controle de segurança em alguns segundos! — A voz de Milos preenche o silêncio do meu escritório. – Ativado modo de segurança!
Em poucos segundos um alarme estridente e contínuo soou por todo o lugar, luzes vermelhas começaram a picar de forma que toda a empresa foi banhada por um vermelho sangue. Algumas janelas começaram a se fechar, e tudo isso era somente o início. Sei disso por que quem formulou esse modo de segurança foi eu, e tudo é movido pelo meu sistema que está altamente implementado no Milos. Porque isso que eu digo sempre que o Milos é a minha melhor obra de arte, ele faz tudo aquilo que é necessário ser feito e não há necessidade de mais nada.
Meus pensamentos são interrompidos quando eu ouço uma risada divertida. Me surpreendo ao perceber que a risada está vindo de ninguém menos que do homem de preto parada ao meu lado.
— Bom, muito engenhoso da sua parte. Eu gostei disso, gostei do desafio! — Arlon diz e imediatamente o sorriso some dos seus lábios.
— Daqui a alguns minutos não haverá como sair daqui Arlon! — Conto, começando a perder a minha consciência.
— Há uma coisa que você não sabe sobre mim, querido. — Arlon conta e se agacha novamente na minha direção.
— O que? — Rebato com a voz pesada.
— Não importa o lugar que eu entre, eu sempre sou capa de sair. Mas eu tenho que te dizer que eu gostei, eu gostei da sua esperteza, baby. Você é realmente um homem muito interessante. — Sinto o couro da luva passar pela minha mandíbula.
— Você pode realmente tentar. — Cuspo as palavras sentindo minhas pálpebras pesadas.
— E eu vou conseguir, porque prometi a alguém muito importante que chegaria em casa hoje. — Arlon conta e eu franzo o cenho, louco para perguntar quem era a pessoa. Pode ser sua esposa, quem sabe. Oh droga!
— Isso se você conseguir sair! — Digo tentando soar muito irritado, mas não consigo.
— Eu disse antes, mas direi novamente. — Ele para por um momento. — Adoraria ter te conhecido em outras circunstâncias, baby. — Depois disso eu sinto um toque leve nos meus lábios, mas não consigo identificar o que poderia ser exatamente já que meus olhos estão fechados.
— Ar... Arlon... — Minha voz sai em forma de sussurro.
Esqueça esse nome, vai ser melhor assim! Adeus Christopher Thomas!
Ouço a sua voz linda à distância, tento abrir meus olhos, mas eu não consigo. Me entrego à escuridão que ronda toda a minha consciência, mas não antes de chegar à conclusão que Arlon Snown se foi como um fantasma e não há mais nada que eu possa fazer.
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