Oiiiii, como estã vocês, meus amores?

Ahhh gente, e esse delegado delícia heim? O que estão achando dele?

Acho que  Eve não vai resistir por muito tempo.

Votem e comentem, quero saber se estão gostando.

Beijos e boa leitura!!!

Evelyn

Em qualquer canto do salão em que estou, onde quer que eu vá, sinto seus olhos em mim, mesmo não o tendo em meu campo de visão, sei que está olhando. A reação é sempre a mesma, não adianta negar, meu coração bate forte por ele, e meu corpo reclama pela falta de seu toque. Ele levanta a mão requisitando minha presença em sua mesa,nem mesmo as apresentações das meninas chamaram a sua atenção.Bom, então vamos lá.

— O senhor chamou? O que deseja?

— Acha que eu preciso mesmo dizer qual é o meu desejo, estranha?

— O senhor sabe qual é o meu nome, não sou uma estranha aqui. E tudo oque posso fazer é lhe servir mais uma bebida, qual vai ser o seu pedido?

— Que você suba naquele palco e dance para mim. — Suas palavras eram pronunciadas em tom lento, pelo efeito do excesso de álcool já ingerido.

— Eu sinto muito, mas eu não danço. Sou só uma atendente, se o senhor não precisa de mais nada eu tenho outras mesas para servir.

—Ah,mas você vai dançar sim, vai dançar montada em mim a noite toda depois que sair daqui, vai pagar caro por me usar e depois sair de mansinho me deixando lá sem sequer me dizer adeus.

Usado? Eu não ouvi isso. Suas palavras e promessas do que poderia rolar novamente me deixaram ainda mais excitada. Droga, isso só pode ser praga. Isso nunca havia acontecido antes com nenhum dos caras que passaram por minha cama nestes últimos três anos. Esse homem tem o poder de me deixar sem chão com apenas algumas palavras. Saio em disparada e vou à procura do Téo, logo que o encontro peço a ele que me substitua, não dá para continuar aqui, pelo menos não sem me entregar aos encantos daquela tentação em forma de homem. Saí pelos fundos e entrei no taxi que já me esperava, hora de colocar a cabeça em ordem.

Pedi ao Teodoro que não contasse comigo pelos próximos quinze dias, usei a desculpa de que precisava me dedicar a alguns trabalhos da faculdade e, portanto, não estaria disponível. Sou freelance lá no bar,então eu não sou necessariamente obrigada a estar lá todas asnoites. Mas eu até que já me acostumei, e sinto falta quando preciso me ausentar como agora. O dinheiro que ganho trabalhando de terça a sábado é mais do que o suficiente para eu me manter e pagar o outro cinquenta por cento da faculdade. Tomo um banho bem demorado para tentar relaxar e dormir um pouco. Ledo engano o meu ao acreditar que poderia dormir naquela noite, passei o restante dela me contorcendo na cama a cada vez que fechava os meus olhos e era tomada pela sensação de estar sentindo aquelas mãos sobre mim. Já era dia quando eu finalmente consegui pegar no sono.

Yuri

Uma semana, cinco longos dias sem saber sequer o verdadeiro nome daquela maluca que passou como um furacão pela minha vida e me deixou totalmente louco e arrasado. A situação do meu divórcio vai de mala pior, e eu fiquei preso a semana toda acompanhando através de muitas reuniões a negociação entre os advogados. Perla errou feio,e mesmo assim não aceita a separação. Mas, enfim chegou a sexta feira, e de hoje ela não me escapa. Aquilo não é mulher para apenas uma noite, e sim para toda uma vida. Droga, pareço até um homem apaixonado.

Chamei o Rafael e o Henrique para tomar uma no Catlike para dar aquela relaxada, já que meu afastamento levaria mais uma semana para chegar ao fim. Mas meu propósito era unicamente o de encontrá-la, claro que eles não precisavam saber disso, não é? Seria uma zoação sem tamanho se eles percebessem que eu, com trinta e dois anos estou de quatro por uma estranha que eu mal conheço. Suspirei pelos cantos a semana inteira como um adolescente de quinze, todas as vezes em que me lembrava dela. Chegando lá, pedi aos rapazes que entrassem e pegassem uma mesa enquanto estacionava, não deu tempo de passar em casa e me trocar, portanto, o carro de hoje era outro. Não gosto de sair para a noite de terno e gravata e ainda dirigindo o meu Audi A6. Não aguento essas mulheres que se jogam descaradamente em cima de todo homem que apresenta ter uma conta bancária mais gorda. Se tem um distintivo na jogada, aí que elas enlouquecem. Tenho um carro popular só para essas minhas saídas. Ao entrar, não preciso nem procurar pelo salão, ela está falando com os meninos. Tem o bloco e caneta nas mãos e sorri lindamente para eles. Os dois assanhados conversam com ela jogando charme e sorrindo de volta. Sinto meu rosto queimar na mesma hora, era só o que faltava, ter que dar na cara de um dos meus melhores amigos por tentar roubar a minha garota.

— O terceiro é para mim. —Ela se vira para trás e eu vejo pela expressão em seu rosto que ficou afetada ao me ver. A chamo de estranha com uma falsa mágoa em minha voz, para que ela saiba que me refiro ao fato de ela ter saído enquanto eu ainda dormia. Mas ela é durona, mesmo tendo o Rafael me falado o seu nome, me corrigindo, ela logo se recompõe e se afasta de onde estamos para buscar os nossos pedidos como se nada estivesse acontecido. A noite foi um verdadeiro tormento, os meninos logo voltam suas atenções para as garotas que dançavam sensualmente lá no palco, ao contrário de mim que não consigo tirar os olhos dela. Acompanho cada passo seu, cada mesa por onde ela serviu, e cada vez que ela passava próxima a mim, minha vontade era de puxa-la e carrega-la nos ombros para bem longe dali,livra-la daquele uniforme social de garçonete e venerar aquele corpo maravilhoso pelo resto da noite. Perdi as contas de quantos whisks eu ingeri durante esta tortura de vê-la ali tão perto e ao mesmo tempo tão longe do poder de minhas mãos. O efeito do álcool já era notável, então eu sequei o meu copo mais uma vez ao ver um cliente falar algo para ela próximo demais de seu ouvido. Tudo bem que a música estava alta, mas não precisava chegar tão perto.Chamei por ela mais uma vez e quando ela me perguntou qual era o meu desejo, ainda me tratando formalmente, eu não me aguentei e respondia provocando.

— Acha que eu preciso mesmo dizer qual é o meu desejo, estranha?

Ela ficou visivelmente mexida e surpresa com a minha resposta, mas se limitou apenas a arregalar aquele belo par de olhos castanhos como mel e me dizer que não dança. Falei para ela exatamente o que iria acontecer quando eu saísse dali em sua companhia, pois, era exatamente o que eu ia fazer. Ela me pagaria por me enlouquecer e depois sumir daquele jeito. Meu desejo por ela era eminente, e agora,minha paixão também.

Ela se afastou sem olhar para trás, entrou para o lado de dentro do bar e sumiu, me deixando lá com a boca seca em duplo sentindo. Logo um rapaz veio até a nossa mesa e nos informou que seria o nosso atendente pelo resto da noite. Procurei em cada canto daquele lugar e não a avistei mais, perguntei a ele o havia acontecido com atendente que nos servia antes e ele se limitou a dizer que ela precisou ser substituída. Saí como um louco para fora na esperança de encontrá-la no mesmo local onde a encontrei pela primeira vez, mas tudo que consegui ver foi a traseira de um taxi virando a esquina,levando embora a alegria da minha noite, e também a minha esperança de termina-la em seus braços. Voltei e chamei os meninos para encerrar a noite, pelo menos para mim não havia mais nada ali.