[☀️] - the world in his pocket: end
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por que tá chorando jikooka????????
Voltei para Seul e vi que tinha um pessoal na minha casa, e quando eu digo pessoal eu digo: Namjoon, Seokjin, Hoseok e Taehyung.
Eles estavam comendo pizza e conversando quando cheguei, mas é claro que se calaram curiosos para ver se eu dizia algo.
— E aí?
— A gente conversou.— joguei minha jaqueta no chão da sala e corri para me jogar no sofá.
— E...?
— Não sei se ele ainda está bravo. Mas a gente não voltou ou qualquer coisa do tipo, só esclarecemos as coisas.— falei e todo mundo ficou em silêncio, eu conseguia sentir que eles estavam se entreolhando.— E ele ainda vai embora.
— Merda! — Taehyung praguejou.
— Não é culpa dele amor, esse é o sonho dele a anos, você sabe. Isso foi um bom motivo para querer relaxar e seguir com o plano...— Hoseok o consolou e mesmo eu já tendo repetido aquela frase várias vezes, comecei a chorar.
— Ok, chega, eu não vou assistir isso calado mais — Namjoon disse e se aproximou de mim, me puxou do sofá e me pôs sentado no mesmo.— Como seu melhor amigo, que assistiu essa loucura desde o começo acho que você está louco.
— Amor...— Seokjin o chamou.
— Não, tá na hora de falar.— rebateu.— Jungkook, você não vê? Isso não é mais sobre a sua mentira, é sobre ele, ele quer ir. Você só tinha uma chance de conversar com ele, mas não o fez ficar. Ele foi maduro de te perdoar e de te entender, agora você que precisa entendê-lo. Vi você falando sobre como achava lindo o jeito que ele falava sobre conhecer o mundo e agora você tornar isso sobre você.
Aquilo não tinha sido só um tapa na minha cara, tinha sido um soco no estômago, uma mordida na orelha, um aranhão no meu rosto e um chute no meu saco.
Se não foi, doeu como se fosse.
— Eu sei, hyung, eu... Eu respeito a decisão dele.— tentei finalizar a frase mas voltei a chorar.
— É melhor você decidir, vai continuar chorando enquanto ele viaja o mundo ou vai comer a pizza, escovar os dentes e ir dormir pra amanhã trabalhar?
Respirei fundo.
Dependia de mim?
— Me dá essa pizza então.— balancei a cabeça.
[...]
Era o sábado ensolarado e radiante mais feio do mundo. Tinha voltado para o trabalho como Namjoon mandou e era bem estressante.
Todo aquele trabalho que um dia me parecia ser tão legal parecia horroroso.
— Você está péssimo.— Meu melhor amigo comenta.
— Ele vai embora hoje, foi o que Taehyung disse.— lembro que eu nem tinha perguntado, mas Taehyung me jogou a informação que ele iria primeiro para França.
Meu Jimin na França...
Namjoon suspirou pesadamente, dobrou a pasta de documentos e se ajeitou na cadeira: — Lembra quando eu e Jin brigamos?
— Como não lembrar? Você largou o trabalho e simplesmente sumiu, depois de dois dias me disse que estava na casa da mãe de Jin dizendo que foi pra onde ele fugiu.
— Exatamente. Eu só fui atrás dele, porque era ele o que eu queria. Seokjin é minha casa, Seokjin é meu emprego, Seokjin é meu mundo.
Me ajeitei na mesa preocupado com a ideia que surgiu na minha cabeça.
— O que você está sugerindo, hyung? — perguntei receoso.
— Decida o que você quer. Igual Jimin fez.— deu de ombros, ele se levantou e caminhou até a porta.
— Está sugerindo que eu largue tudo? Até o trabalho?
— Não sei, você é um milionário bonito e jovem, má ideia não deve ser, afinal, já fez isso uma vez, por dois dias pra ir pra Busan...— comentou me dando mais um estalo no cérebro.— Não foi bom?
— Foram os melhores dias da minha vida.
— Hm, interessante.— falou despretensioso colocando a mão na maçaneta — Lembre-se que desistir envelhece a alma.— saiu depois de encher minha cabeça com ideias.
Eu parei e pensei.
Respirei fundo e senti minhas mãos ficarem geladas com aquela ideia que percorria meu corpo. Eu não poderia estar louco, sério, não, não, não.
Se bem que...
Não, não.
Quem eu quero enganar? É claro que eu preciso pelo menos tentar.
Sem pensar mais em nada sai correndo da minha sala, meus funcionários acabaram trombando em mim logo que dei uns passos, mas eu não liguei. Namjoon se levantou quando eu saí da sala eufórico, batendo à porta e fazendo barulho.
— Boa sorte, e bem vindo ao vale dos gays! — gritou como algum tipo de incentivo e eu ri enquanto corria.
O elevador estava ocupado e eu percebi que meu coração batia forte, eu sei que corri de maneira eufórica e decidida, mas eu não tinha um plano pra falar com ele, ou melhor, eu sequer sabia se ele estaria realmente lá.
Loucura!
Por alguns instantes decidi voltar e esquecer, deixar aquilo pra trás, quem sabe eu só esteja alimentando esperanças de novo.
Esqueça Jungkook, você perdeu.
Ao mesmo tempo que eu pensava isso, meu coração já ficava choroso em desistir.
Viu? Meu corpo não quer que eu desista, eu preciso dele. Aquele garoto é a minha força vital, como uma plantinha precisa da luz do Sol!
[...]
Eu estava atrasado, talvez tivesse até perdido o tempo do embarque, mas eu tinha que parar para comprar algo.
A fila que levava para a sala de embarque estava vazia, mas o local era uma grande muvuca, cheio de pessoas correndo pra lá e pra cá, chorando, se despedindo, brigando...
Corri até o senhor onde dava os tickets de embarque e e era a primeira vez em uns vinte minutos que eu parava pra respirar.
— Senhor, eu preciso entrar dentro da sala de embarque! — apontei para um lugar aleatório que eu nem sabia se era a direção certa.— França! O voo da França!
— Eu também quero ir pra França urgentemente, mas cadê sua passagem? Você nem vai voar nada né, rapaz?!
— Moço, eu lhe imploro é um caso de vida ou morte! A minha morte!
Ele riu: — Uma garota?
— Não. Uma outra pessoa. Um homem. Meu homem! — falei ainda recuperando o fôlego.
— Deixa eu adivinhar, se não conseguir chegar a tempo vai perder a chance de dizer o que sente por ele?
Na verdade Jimin já sabia o que eu sentia...
— Não é bem assim.
— Pois então saia daqui, tenho que limpar essa bagunça! — fez um sinal para que eu me afastasse dali.
— Não senhor, o senhor não entendeu. Ele é...— respirei fundo sem saber o que dizer, corri até lá por uns vinte minutos e havia várias coisas a se dizer, mas não sabia nem qual seria a primeira coisa que eu diria, pois era tudo muito embaralhado.— Ele é meus vários tons de amarelo, ele é pura luz. Luz do Sol! Ele me ilumina, ilumina meus dias e pra ser sincero eu não queria me apaixonar por ele, mas aconteceu... Descobri que qualquer coisinha idiota com ele, é melhor que qualquer glamurosa sem ele.
O homem olhou pra mim, retirou algo de seu bolso e me entregou o maldito ticket: — Luz do Sol, uh? Vai lá seu danadinho!
Sorri, mais do que qualquer dia na minha vida e sai correndo.
Claro que não foi fácil ter que passar pela revista daquele policial, que me mandou tirar os sapatos, o relógio, brinco, até a caneta que eu levava no bolso, mas o presente que comprei para Jimin no caminho ele ainda me permitiu levar.
Corri, e vi a fila para o embarque que ia diretamente para o avião estava vazia, olhei em volta e pensei "Ele já foi, merda!".
— Ele já foi, merda! — gritei, chamando atenção da mulher que recolhia as passagens.— Moça, eu preciso entrar nesse avião.
— Creio que isso não seja possível.— respondeu.
— Não, não quero embarcar, mas tem alguém lá que tem que me ouvir! — pensei em passar por ela, mas ela era bem menor que eu e talvez estivesse assustada pelo meu tamanho e eu decidi ficar parado esperando permissão.
— Desculpa, eu não posso permitir, seria ilegal e me prejudicaria, sinto muito mesmo! — falou parecendo se sentir realmente triste.
— Merda, merda! — me sentei no chão querendo chorar.— Eu achei que realmente teria uma chance, que ridículo...
— Jungkook? — ouvi sua voz e senti uma sensação que não dava pra descrever, uma mistura de várias coisas, mas alívio foi uma delas.
— Jimin! — me levantei e fui até ele, vendo que o loiro estava confuso, com uma mochila bem pequena nas costas.
— Tá maluco? O que faz aqui? — perguntou quando parei na sua frente.
Respirei fundo e finalmente soltei: — Vim falar com você.
Ele riu cruzando os braços: — Jungkook, você não pode me convencer a ficar.
— Eu não vou te convencer a ficar.
— Ah — soltou e eu jurei que ele soou decepcionado.
— No museu você disse que estava cansado de explicações, por isso não vou insistir no que aconteceu.
— Bom, então é melhor você sair da minha frente.— falou meio óbvio apontando com a cabeça para a mulher que me parou a uns minutos atrás.
— Mas eu não vim atoa, eu tenho que falar com você.
— Você mesmo sabe que eu estou cansado das explicações, eu não quero saber, eu vou entrar naquele avião e-
— Me leva com você.— interrompi fazendo ele arregalar os olhos surpreso.— É, eu não vim te convencer a ficar, vim te convencer a me levar com você.
— Só pode ter ficado maluco, Jungkook, para de brinca-
— Eu estou falando sério, eu quero entrar dentro dessa mochila e ir embora pra qualquer lugar com você.
Ele parou um segundo, respirou indo — V-você tá doido? Você tem uma empresa aqui, seus amigos, s-sem contar daquela coleção de produtos masculinos, não entendo dessas coisas mas sei que não pode fazer isso.
— Claro que posso, eu posso tudo! — falei convicto até mesmo divertido por saber que ele não se importava de me levar junto se pensasse com o coração.
Te peguei, em Park Jimin?
— Para de brincar Jeon, você não deveria falar essas baboseiras! Deixe-me ir embora antes de ouvir qualquer outra coisa!
— Park Jimin eu nem comecei! — avisei ele, que estava parado claramente esperando para que eu falasse — Você conhece o mágico de Oz, né?
— Jungkook, o que você-
— Calma, eu quero discursar aqui.
— E se eu perder meu vôo?
— Você pega o próximo.— falei.
Ele bufou, mas não se mexeu parecendo curioso: — O que tem Oz?
— Sinto que vivo em Oz.— falei.— Um lugar belíssimo onde as pessoas me tratam como príncipe, tem uma estrada árdua de tijolos amarelos que eu tenho que seguir pra chegar em casa.— fiz uma pausa, juntando mais palavras para dizer já que não havia ensaiado nada — Eu trilhei boa parte dessa estrada, mas eu estraguei tudo e a bruxa que bateu de frente comigo se chamava saudade e se eu não me livrasse dela, jamais chegaria em casa. Sei que te decepcionei, mas nesse meio tempo longe de você eu percebi algo que a Doroti demorou muito pra entender: Não importa quantos lugares eu vá e conheça, quantas pessoas se tornem minhas amigas, nenhum lugar é melhor que minha casa porque é aonde está meu amor: você.
— Jungkook...
— Eu sei, parece loucura, você está assim porque eu te machuquei e não só eu, varias pessoas. Você tá nesse redoma que te protege de ser tocado... Acreditar em mim agora é um risco que você vai correr.— admiti — Eu quero ir com você, pra qualquer lugar, sem pensar em nada.
— Você é impulsivo demais, não acha meio radical?
— Você sempre amou isso em mim.
Ele ficou em silêncio: — Tem razão, sempre amei.
Sorri aliviado pegando em suas mãos.
— Tem mais uma coisa que eu quero te dar antes de você me dizer qualquer outra coisa.
— Vai fazer mais declarações bonitinhas? — ironizou enquanto deixava minhas mãos livres.
— Shhh — murmurei enquanto me ajoelhava na sua frente, no meio daquele aeroporto internacional, com varias mulheres encarando.
Tirei a caixinha do bolso, essa era a razão de ter parado e quase perdido aquele embarque.
— Jungkook eu acho que não é um bom momento para...
— Não é o que você tá pensando.— avisei.
Ele se calou e pegou a caixinha das minhas mãos.
— Meu pai sempre me deu conselhos ruins sobre a vida, pra ele tudo era negócios. Mas a minha mãe uma vez falou "Se encontrar alguém que está com você mesmo merecendo algo bem melhor, fique com ela pra sempre".
Os olhos dele se encheram de lágrimas ao abrir a caixinha e começar a rir, pegou o objeto em suas mãos e levou até mais próximo do rosto, para poder admirar.
— Um chaveiro com pingente de Globo terrestre? Sério?
Havia comprado numa papelaria, era um chaveiro normal, com o pingente do planeta terra, sem nenhum detalhe a mais.
— Você falou que seu pai havia dado o mundo pra sua mãe, e eu estou dando ele pra você novamente.— falei sentindo meu coração se desesperar.— Posso conhecer cada lugar do mundo com você?
Ele começou a rir enquanto chorava, me levantei do chão parando em pé na sua frente.
— Você me decepcionou, mas eu seria idiota de não te perdoar, porque quem ama, ama por completo e não só as partes boas.
Ele pulou no meu pescoço e começou a beijar meu rosto. Agarrei sua cintura aliviado sentindo ter realmente o mundo de volta em meus braços.
— Você é maluco, eu te odeio! Te odeio porque desde que surgiu na minha vida fez ela virar uma loucura! — se afastou de mim me estapeando.
Ouvi o barulho do avião decolando e encarei a parede de vidro áreas de mim mostrando a grande lata de metal que por pouco quase não levou meu mundo inteirinho embora.
— Perdeu seu vôo.— sorri.
— Ganhei algo melhor em troca.— deu de ombros dando um sorrisinho sapeca.
— Eu te amo, e eu correria em todos os aeroportos do mundo pra fazer esse discursinho pra você.
— De que adianta amar se não está disposto a parecer um idiota, né? — perguntou como se fosse óbvio e eu sorri.
Puxei ele para mais perto e fui me inclinando, aproximando timidamente de seu rosto, vendo se seus olhos permitiriam tal contato, e ele me atacou.
Seus lábios doces se atiraram em mim. Um arrepio se passou por todo meu corpo, a felicidade em saber que ele tinha voltado pra mim, que tinha me dado um voto de confiança de fazê-lo feliz novamente me aliviava.
— Mas Jimin, e suas malas? — me afastei pensando que já estariam a caminho da França.
— Que malas, Jungkook? Eu só tava levando a mochila.— ele riu da minha expressão.
— Só uma mochila? É só com isso que a gente vai viajar?
— E o que que tem? Eu to com o mundo todo no meu bolso.
Sorri percebendo que não tinha mais nenhum ser humano capaz de me fazer feliz como ele.
Jimin me deu mais um beijo e esse durou muito mais, até perdêssemos o fôlego.
— Então tá me dizendo que eu converti um jovem milionário a um mendigo mochileiro? — se gabou, eu ri.
— Eu vou continuar milionário e cheio de benefícios, como por exemplo te levar para o próximo vôo da França no meu jatinho.
— Conhecer o mundo assim fica fácil e se você quer saber eu estou interessado que você me leve pra outro lugar agora.
— Ah, é? Qual?
— Se quiser me pousar na sua cama eu agradeceria.— sussurrou baixinho vendo que haviam pessoas ali assistindo isso e sorriu minimamente.
Aquele sorriso era tudo que eu queria por hora, porque como ele mesmo disse, pra que me preocupar com meu destino se a pessoa que eu amo tem o mundo todo no bolso?
End.
Então, acabou.
Gostaram? Ou não? Olha que aceito as críticas em!
Bom, foi isso. Eu amo apolo e defenderei com unhas e dentes até não poder mais.
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