[☀️] - i was enchanted to meet you

TODAY MY FATHER

[NARRAÇÃO]

Mais um dia no salão, Jimin fazia hidratação naquela senhora com o mesmo cuidado de sempre, sem nenhum erro e com muita eficiência, porém havia algo diferente, e na verdade seu chefe já tinha percebido o modo avoado que o loiro ficou.

Assim que terminou o cabelo da senhora, sentou-se e começou a encarar a entrada do local onde a mulher tinha acabado de sair com seu cabelo todo hidratado.

— Está chovendo — comentou baixinho para o amigo de cabelos vermelhos.

— Já faz algumas horas, seu mongol.— cruzou os braços.— O que houve com você?

— Estou pensando no Jeon, por que ele não me ligou? Achei que tivesse dado uma boa impressão.— comentou.

— Acho que é você que deveria ter ligado, né? — Kim falou como se fosse óbvio.— Olha aqui lindinho, ele foi totalmente um desastre no encontro, claro que ele está esperando a sua ligação para ver se consegue... Vamos dizer que uma segunda chance.

Jimin pensou em ligar, cogitou na ideia de mais um encontro, mas estava com lembranças daquela noite e ficava com um certo receio de tentar mais uma vez.

— Acho que de qualquer forma foi melhor assim, sabe? A gente não tinha tanto em comum e... Ele é uma semi-celebridade, eu não quero minha vida de cabeça pra baixo de novo...— murmurou pensativo — O que a gente teve naquela noite foi legal, foi divertido, ele é lindo de tirar o fôlego, mas talvez tenha sido bem melhor que não desse certo.

— Aí, Jimin, cala boca! — reclamou o amigo cansado de ver o loiro fugindo de relacionamentos.— Achei tão fofo quando ele veio aqui com aquelas flores dizendo que você não saia da cabeça dele... Ele deveria fazer de novo, já que tenho certeza que você ainda tá lá.

Park mordeu o lábio imaginando se o moreno aparecesse ali, provavelmente morreria de culpa e vergonha de encontrá-lo depois de semanas com seu chá de sumiço.

Lembrou-se que no dia seguinte, quando cogitou em ligar para ele, mas teve medo, não gostava da ideia dele ser famoso, e aquele acontecimento no restaurante.

Sair agachado dele foi uma das coisas mais... estranhas que Jimin fez. E ele ainda sim sentiu um interesse estranho no moreno, foram para a balada, onde se divertiram em montes.

No começo foi cômico a maneira que o moreno se divertia como uma criança no feriado da cidade, bebendo como se o mundo fosse acabar e ele nunca tivesse feito aquilo.

Depois de alguns shots eles começaram a ficar loucos, o Jimin bem menos, porque já era tão acostumado a encher a cara, que o álcool nem lhe fazia tanto efeito.

Mas o moreno foi engraçado, ele começou a dançar e chamar atenção de todos na balada, gritar o nome do loiro e deixar claro o quanto estava encantado de conhecê-lo.

— Ele definitivamente é biruta demais pra mim.— balançou a cabeça sério, mas começou a rir lembrando de como foi subir as escadas de seu prédio segurando uma montanha pesada que não estava afim de cooperar.— Biruta mesmo.

Jura? Hoseok é amigo dele e sempre disse que ele é todo sério, e perfeccionista, nunca se envolve muito, super misterioso e, sei lá, achei ele um gostosão da porra.— deu de ombros estranhando.

— Ele é.— Jimin ri, lembrando da maneira que o moreno se despiu para dormir na cama, praticamente inconsciente, mas cantado uma música de 2009 que fazia sucesso.

Olhou para o ruivo, que lixava a unha, a aliança de noivado em seu dedo sempre chamou a atenção, questionava como o amigo tinha tanta certeza de com quem iria passar o resto da vida.

— E você e o Hoseok? Como soube que era o certo?

Taehyung parou de lixar a unha e se olhou no espelho: — Nós dois tínhamos tudo pra dar errado, sério, definitivamente, mas quando ficávamos a sós, quando o assunto acabava, ele sempre sabia a hora certa para pedir comida chinesa.— riu tendo lembranças.

— Comida chinesa? — perguntou sorrindo imaginando as coisas que os dois viveram.

— É, sei lá, ele tinha dito que estava com fome, e eu também estava, e bom, ele me disse que queria comida chinesa, e eu também quis. Naquela noite enquanto comíamos conhecemos quem nós realmente éramos e percebemos o que nós realmente queríamos, e foi isso. A Santa comida chinesa.

Vocês dois são loucos.— o loiro ri, mas com seus olhos brilhando imaginando se uma situação dessas lhe aconteceria.

— É tipo você com aquele lance da água de torneira.— o ruivo dá de ombros e o menor já franziu o cenho.

— Eu não vou sair com um cara que prefere gastar dinheiro comprando a porra de uma garrafa de água sendo que foi cientificamente provado que a de torneira é a mesma.— se defendeu lembrando dos idiotas que conheceu na rede social que eram "amantes de filtro".

— Você que é estranho, isso nem é motivo.

— Não é motivo, mas é uma coisa que eu notei e não consigo mais largar, pode respeitar isso?? — cruzou os braços ofendido.

Antes mesmo do amigo responder, um trovão pareceu rosnar no céu fazendo os dois pularem de medo.

— Kihyun, filho da puta! Tira a chapinha da tomada, vai queimar! — o ruivo se distraiu indo até o moreno que começou a rir e passar o instrumento em seu cabelo.

— Taehyung fez o curso de como ser minha mãe, só pode.— reclama enquanto ainda alisava seu cabelo.

— Ah, mas que abusado, vou pegar essa chapinha e queimar sua orelha! — correu até ele, e ambos começaram a correr dentro do estabelecimento vazio.

Jimin riu um pouco, mas seus pensamentos voltaram ao moreno das semanas anteriores, ele tinha sim chamado a atenção dele de primeira, mas... daquela maneira tão perturbadora ele nunca imaginou.

Os raios ficaram mais frequente, assim como a intensidade da chuva, e Jimin já tinha notado que a noite seria bem longa...


[...]


Ao chegar em casa e meio desocupado, o loiro foi dar uma geral no local, limpou o banheiro, a cozinha, a sala, tirou o pó, e como ficou com procrastinando a vários meses limpar seu quarto.

— A quantos anos eu não olho debaixo da cama? — questionou deitando o peito no chão, ele estava sem camisa e quase gritou de frio com a sensação da bolinha metálica de prata que ele usava no mamilo direito apertar contra o chão frio.

Começou a encontrar várias coisas interessantes, como pulseiras, anel, até uma aliança de compromisso de um namoro que ele nem lembrava mais o nome do sujeito.

— Pelo amor de Deus, de quem é esse relógio? — esticou os braço e alcançou o relógio muito chique que ele não conseguia lembrar de onde tirou.

Depois de um tempo reconheceu, e não pode acreditar em tamanha coincidência do destino.

Era de Jungkook, ele provavelmente derrubou quando tirava furiosamente suas roupas por razões desconhecidas e se jogou na cama do menor como se fosse sua.

Aquilo era um sinal? Ou uma ótima desculpa?

[...]

Estava chovendo forte demais, e como o moreno não marcou nada para fazer, decidiu dispensar o motorista e a empregada, pensou em pedir comida e poupar ela de tal esforço.

Tomou um banho e ficou sentado de roupão na sala enquanto bebia uma cerveja. Passava uma partida de futebol horrorosa na televisão, o time que ele torcia tomava no cu gostoso e não parecia querer parar.

Se esforçou ao máximo para não projetar Jimin na sua cabeça mais uma vez, já estava óbvia a maneira como o menor havia lhe fisgado de vez, o que era estranho, porém ele até aceitou bem sua "parcela gay" ao pensar no loiro, já que nunca escondeu a admiração que ele tinha pela personalidade agradável de Park.

Mas, sentir uma atração real por ele? Jungkook questionava se aquele loiro havia colocado algo na sua bebida e recitado alguma frase sublimar, talvez a sensação tão forte de saudade e vontade de vê-lo mesmo conhecendo tão pouco era quase que imensurável.

Perdeu a conta de quantas vezes teclou o número dele e não apertou o botão de ligar, tinha um medo dele atender e perder a fala, o que era óbvio que iria acontecer.

No mesmo segundo que ele sacou seu celular, a tela se acende e o barulho do toque quebrou o silêncio.

Jimin estava ligando para ele.

A informação demorou alguns segundos para ser digerida pelo moreno, mas assim que fez, atendeu de imediato.

— Alô? — sua voz saiu animada, na cabeça dele não tinha mais a ilusão de que Jimin o evitaria pelo resto da eternidade, talvez ele... Só esteve muito ocupado?

Ah, oi Jeon! — a voz de Jimin também saiu alegre e meio aliviada.— Hm, tudo bem?

— Tudo sim...— instalou um silêncio em ambos e esperaram algo além do chiado do telefone — E você?

Estou sim, então, eu estava arrumando minhas coisas aqui e achei seu relógio, não sei se você sentiu falta dele, mas... Não nos responsabilizamos por itens perdidos.— o moreno ri, ele tinha achado que perdeu na balada.

— É um alívio saber que não perdi esse objeto de valor inanimado para mim.— tentou mostrar que estava descontraído na conversa, mas tinha medo de quais seriam as próximas palavras que iriam dizer — Ei, posso buscar agora?

Deve, nossa empresa presa a política de que se o dono não vier buscar em duas semanas, nós vendemos pelo dobro de valor na OLX.— assim que terminou a frase, Jeon começou a rir imaginando como estaria Jimin falando aquilo.

— Então eu tentarei ir o mais breve possível.— falou sorrindo brincando com seus dedos ansioso.

Certo, até.

Até.— afastou o telefone e analisou a quantidade de tempo que teve a conversa.

Torno de dois minutos ouvindo a voz de Jimin foi o suficiente para implantar em seu rosto um sorriso enorme.

Foi aí que ele teve a confirmação, ele realmente gostava de Park, estava tão ansioso e preocupado de nunca mais poder ver ele, de ter estragado sua chance...

— Você só precisa ir lá e fazer tudo certo dessa vez...— pensou alto indo até seu quarto.



[...]


Jimin tomou um banho de cinco segundos, na verdade ficou com medo tremendo de levar um choque com aqueles raios, mesmo sendo meio difícil, seu pai colocou esse medo nele desde sua infância.

Secou os cabelos e começou a andar apenas de bermuda pela casa.

— Ele não vai chegar agora né? É fisicamente impossível... Ainda tenho um tempinho para arrumar meu cabelo e...

A campainha tocou.

Foi aí que ele pensou, abrir a porta ou se vestir? Ou jogar aquele lixo debaixo da pia e fingir que sua casa estava um brinco?

Resolveu correr até a porta querendo confirmar se era ele, e era, usando uma camisa de manga preta e uma bermuda jeans, usava um tênis preto e parecia ter escolhido na pressa, nas mãos algumas sacolas de papel que Jimin não conseguia reconhecer.

O moreno ficou parado na porta admirando o corpo de Park apenas de bermuda, com a toalha colocada como um véu em sua cabeça.

Mas ele focou no corpo exposto dele, a pele branca já imaginando o quão macia deveria ser, o piercing no mamilo direito, logo em baixo em sua costela tinha o contorno em preto de uma tatuagem escrita "born this way".

— E-entra.— ele dá espaço para que o moreno passasse.

— Obrigado.— comentou passando a mão nos bolsos querendo tirar o suor do nervoso de suas palmas.

— Vou vestir uma camisa, pode ficar à vontade...— começou a caminhar enquanto deixava o mais alto ali na sala parado, resolveu voltar e tentar deixá-lo mais confortável.— Quer se sentar? Algo pra beber?

— Água, pode ser? — colocou as sacolas sobre a mesa de centro e ficou com as mãos no joelho.

Jimin parou relembrando de que não tinha um filtro, e também imaginou que como Jungkook era todo riquinho, CEO, que ia pra lá e para cá com seu motorista, obviamente era mais um dos caras que ficava cheio de pipipopo com essas coisas.

— Não temos água.— falou juntando as mãos perto da barriga.

— Não tem água? — franziu o cenho, geralmente em dias chuvosos a água era misteriosamente cortada, mas não achou que iria acontecer.

— Não tem água filtrada, eu não tenho filtro...— explicou e percebeu o quão idiota aquela frase soou.

A expressão do moreno se tranquilizou: — Água de torneira é a mesma coisa, ou vai dizer que não é?

Os ombros de Jimin caíram sem saber o que dizer, foi inevitável abrir um sorriso por ter sido surpreendido.

— Vou pegar água pra você então.— apontou para a cozinha.

Depois de dar a ele um copo de água, Jimin direcionou ao seu quarto e colocou a primeira camisa que viu pela frente, apanhou o relógio do moreno e voltou para a sala.

— Aqui.— falou colocando o objeto sobre a palma de Jeon.

— Ah, obrigado.— falou ainda sentado sem a menor vontade de ir embora dali, porém fez mesmo assim, pois não fazia sentido ficar.— Acho que já é hora de ir.

Jimin não tinha pensado em nenhuma desculpa boa o suficiente para fazê-lo ficar, então ficou em silêncio vendo o mais velho por o objeto no pulso e dar passos mínimos até a porta.

— Você deixou suas sacolas.— interrompeu apontando para sua mesa de centro.

— Ah, eu comprei pra você, meio que estraguei seu jantar no seu restaurante favorito, então comprei do meu restaurante favorito pra você.— explicou e Jimin esqueceu qualquer palavra no vocabulário que pudesse dizer.— É chinesa, muito boa.— o sorriso mínimo que ele abriu fez Jimin morder o lábio ainda desesperado pensando em algo, por que ele não dizia nada?

— Não precisava.— falou sobre a comida.

— Claro que precisava, além do mais você vai adorar.— deu de ombros.— Eu já vou, provavelmente vou custar a achar um táxi.

— Táxi? E seu motorista?

— Dispensei ele mais cedo hoje, não pensei que fosse precisar.

Jimin comprimiu os lábios: — Não precisa ter vindo
hoje...

— Tudo bem, eu precisava buscar isso.— ainda falou descontraído.

— Eu te acompanho até a porta.— o loiro se levanta e espalma sua mão sobre as costas de Jeon o conduzindo de maneira extremamente lenta até a porta, onde ele não queria dizer tchau, mas estava difícil sair algo produtivo de sua boca.

Como uma luz do universo — ou melhor, apagão — assim que o moreno ficou parado ao lado de fora, as luzes se apagam e o barulho de um trovão faz Jimin soltar um grito.

No mesmo instante Jeon liga a lanterna de seu celular e foca a luz no rosto do menor, preocupado com o grito ouvido ele segura seu pulso e vai o puxando para dentro da casa novamente e fecha a porta com o pé.

— D-desculpa, fui pego de surpresa pelo barulho.— seu tom saiu envergonhado, e com certeza estava, acabou de dar o maior piti.

— Tudo bem, eu também me assustei.— passou a mão sobre o ombro do loiro enquanto ainda iluminava tudo com a lanterna do aparelho.— Será que a luz vai demorar a voltar?

— Espero que não, odeio escuro.— comentou.— Mas você não está pensando em ir embora nesse apagão não, né? Por que eu não me sinto seguro nem aqui dentro, quanto mais lá fora!

Jungkook já não queria ir, mas agora ele precisava ficar. O loiro já tinha avisado que não gostava de escuro e parecia claro seu medo de trovões, não era certo e nem sua vontade ir embora.

— Eu fico sim.— ajeitou no sofá e ambos ficaram em silêncio se entreolhando apenas pelo pequeno raio de luz do celular.— Você tem velas?

— Acho que tenho algumas no banheiro, mas elas não podem ser usadas...— murmurou, Jimin não viu, porém a risada do moreno saiu em alto e bom som.— Ah, eu tenho umas na gaveta da cozinha também! — se lembrou animado.

No mesmo instante que Jungkook se levantou para ir no local indicado o menor segurou seu pulso com medo de ficar sozinho ali naquela sala escura.

— Desculpa, foi um reflexo — relaxou a mão sobre o braço do moreno, enquanto o outro só poderia pensar que ele deveria ter mais reflexos como aquele.

— Acho melhor você vir comigo, de qualquer forma.


[...]

Eles sentaram-se sobre o chão da sala com varias velas posicionadas sobre todos os locais necessários. Jimin começou a desembalar a comida enquanto o outro só conseguia admirar o rosto angelical do loiro sob a luz amarelada das velas.

A cabeça de Park queria explodir com tamanha coincidência, sério que eles iriam comer comida chinesa? Seu estômago revirava ao lembrar da conversa que teve com seu amigo mais cedo...

"As vezes você só precisa de alguém que saiba a hora da comida chinesa"? Seria ele mesmo? Bom, o loiro não podia negar que existia uma incrível diferença entre a pessoa que estava na sua frente agora e no homem que saiu com ele a duas semanas atrás.

— Ah, eu amo a comida deles.— comentou tentando descontrair.

— Nunca comi, mas se uma pessoa finíssima como você gosta, eu acho que vou gostar.— deu de ombros pegando os hashis cheio de fome.

— Obrigado pela confiança.— ri observando a maneira como Jimin comia, ele era tão fofo e mesmo sem dizer nada seu aspecto natural era agradável.

— Quer beber alguma coisa? Uma água? Um suco? Um vinho quem sabe...? — o loiro oferece meio tímido.

— Está querendo me embebedar? — o mais velho esboçou um sorriso de lado.

— Na última vez você se transformou, vai se saber como você se sai agora? — respondeu sincero.

Aquela noite continuava um borrão em sua cabeça, mas se Jimin gostava do que lembrava, ele já ficava imensamente satisfeito.

— Acho que vou aceitar seu vinho.

O menor se levantou foi até a cozinha, com seu balcão cheio de velas acesas ele conseguiu pegar uma garrafa de vinho branco e duas taças.

Foi recebido de volta a sala com um sorriso enorme do moreno, aquilo não foi apenas um sorriso, aquilo foi uma armadilha e Park caiu direitinho nela.

O escuro e a luz de velas criou um clima romântico entre eles, mesmo que o assunto fosse ridículo. O moreno era fraco para o álcool e duas taças já fizeram ele ficar animado em vários aspectos, como a maneira diferente que seu corpo começou a reagir a cada ação do menor.

— Ok, entendi, então você acha mesmo que um homem com um escudo é melhor que uma armadura super foda? — perguntou ele incrédulo deixando seu lado geek exposto.

— Acho que ele gatinho, só isso.— deu de ombros.— Na verdade gatão, Chris Evans chega a ser um Deus.

— Deus é o Thor, Capitão América no máximo se esforça.

— Isso aí é só porque ele brigou com seu heroizinho de merda, fica se doendo todo.— ele provoca.

— Eu nunca gostei dele, ok? — garantiu — Fica aí com seu Super Picolé, sou muito mais meu milionário super inteligente.— deu de ombros colocando mais um pouco de comida.

Os dois já tinham bebido bastante e estavam claramente com uma saudade desconhecida um do outro, como se conhecessem a anos e agora estivessem cheio de amores para dar.

— Tem razão, sou muito mais milionários bonitões.— foi a última coisa que ele murmurou antes de finalizar sua taça de vinho.

Jungkook entendeu a indireta, e sem nenhuma cerimônia se arrastou pelo chão ficando mais próximo do loiro.

Ele estava nervoso por várias razões, mas não pela qual ele imaginou. Era sim o primeiro homem que ele iria beijar, mas sequer por um segundo foi aquilo que lhe afligiu. Ele gostava tanto de Jimin que tinha medo de falhar, talvez porque a maneira com que fez ele chegar até ali fazia o se sentir indigno de realmente ter a sorte de tê-lo.

Mas seus sentimentos mesmo que confusos eram real, ele não sabia especificar, mas existia algo tão forte que fazia ele se aproximar cada vez mais de Jimin.

A palma curta de Jimin se antecipou ao arrastar-se até o antebraço do moreno, que sentiu o toque quase imperceptível das unhas recém cortadas do mesmo sobre sua pele.

A sensação que ambos sentiram quando seus lábios começaram a brincar um com o outro foi aliviadora, não era sonho, era de verdade, ambos estavam tendo seu primeiro contato.

Num gesto precipitado da parte do moreno, sua língua passou pelos lábios carnudos de Park, quando se afastou o loiro quis mais, e abriu timidamente mais a boca.

Aquilo causou algo no corpo do maior, no mesmo instante se aproximou novamente já dando um beijo tão intenso quanto a chuva que fazia um barulho estrondoso na janela.

O corpo de ambos estavam quentes, e a leve brisa que percorria vez ou outra eles faziam arrepiarem-se, mas não pararam o beijo nem por um segundo.

A cabeça de Jungkook girava em torno de apenas uma coisa: Eu estou beijando Jimin. E o fato dele ser um homem não o fez ficar surpreso, e sim a capacidade de desejo imensa que só aumentava dentro dele enquanto o selar continuava.

Ele perguntava se era sempre assim, se tinha esses fogos de artifício no estômago em todos os beijos, se sentia a mão ficar suada de nervoso com o próximo toque. Mesmo sabendo que não, ele ainda questionava certas coisas.

O beijo foi interrompido da pior maneira possível, a luz fora acesa e ambos se afastaram com olhos fechados.

Eles se encararam por um curto período de tempo meio sem jeito pelo contato recém feito por eles, até que Jimin resolve se manifestar meio desinibido:

— Eu preferia quando não tinha luz.— murmurou.

O moreno então se levantou em silêncio e passou em todos os lugares da casa com a luz acesa e apagou-as, voltou para sala e sentou-se no mesmo local de antes.

Eles trocaram alguns olhares e Jungkook meio sem envergonhado voltou a beber seu vinho querendo evitar contato visual.

Mas Jimin não queria saber de inibições a altura do campeonato, ele queria voltar ao ponto que tinham parado, por isso praticamente pulou em cima do moreno quando afastou sua boca da taça.

Foi cômico a maneira que eles tiveram que se afastar porque Jeon tinha batido a cabeça no chão e feito um barulho bem alto.

— Meu Deus, desculpa, acho que fui com muita sede ao pote... Você está bem? — perguntou ainda em cima do moreno, colocando a mão em seus ombros.

Jungkook não respondeu, apesar de ter achado divertido a maneira que o loiro se preocupou, ele apenas esticou sua palma sobre a nuca do menor e colou seus lábios sem precisar de mais nada para ele continuarem.

O mais velho com certeza não sabia exatamente o que poderia acontecer dali em diante, mas o momento em que seus lábios estavam colados foi tão satisfatório, ele queria correr o risco de continuar com aqueles beijos e toques.








irra 🤠

jungkook o hétero mais poc do planeta

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