[☀️] - blindly


E eu tive que me ajoelhar na frente do Namjoon para que ele me deixasse viajar, claro que eu ainda não podia jogar tudo para o alto, e acabei tendo que levar um pouco de trabalho comigo.

Jimin não ficou contente, mas prometi terminar de fazer tudo enquanto ainda estávamos no jatinho.

— Gente, eu achava que isso não existia, era só uma coisa que a mídia inventava pra me causar inveja.— comentou sentando-se de frente para mim no avião, a única coisa que nos separava era a enorme mesa com papéis.

— Existe sim, meu bem.— falei na intenção de não deixá-lo sem resposta, mas ainda concentrado no trabalho.— Está com fome?

Ele nega com a cabeça e continua lendo os papéis que estava sobre a mesinha de madeira em frente à minha poltrona.

— Isso é sobre aquela linha que você vai lançar? — puxou um papel e começou a ler.

Lembro-me de comentar com ele apenas uma vez, e isso foi no nosso primeiro encontro, onde eu ainda tinha péssimas intenções com ele.

— É sim, quer dar uma olhada nas amostras? — perguntei e seu sorriso se ampliou.

— Posso mesmo? — perguntou surpreso, peguei a bolsa enorme que tinha ali e coloquei sobre uma parte da mesa cada frasqueiro e expliquei sua função.— Esse cheiro é muito bom!

Sorri lembrando do dia em que decidi que seria aquele o cheiro: — Maracujá e kiwi.

— Achei perfeito.— comentou sentindo o cheiro de cada coisinha.— Não é doce, nem cítrico... Ah, você pode lançar uma versão kids? — perguntou.

— Kids? Por quê? — questionei curioso.

— É que shampoo de criança não arde meus olhos, às vezes prefiro...— eu ri, todo bobo de amor por sua carinha fofa.

— Esse não irrita os olhos meu amor, fica tranquilo, cuidei muito bem da fórmula sensível.— ele sorri aliviado.

— Me chamou de amor.— anunciou alegre.

— Gosta quando chamo assim? — apoiei meu cotovelo sobre a mesa e pousei o queixo sobre a palma da mão admirando seu rostinho.

— Você gosta de me chamar assim? — fez o mesmo gesto parecendo interessado em me provocar.

— Eu te chamaria assim se soubesse que você gostava, você gosta?

— Gostaria de saber primeiro se você gosta de me chamar assim, se não, não adianta gostar.— deu de ombros e eu ri.— Você gosta?

Gosto.— admiti.

— Então está aí a resposta para sua pergunta! — voltei a rir, encarando ele é por uns segundos me concentrei na pilha de papel sobre a minha mesa.

Nenhum dos dois disse nada.

— Desculpa te atrapalhar com essas coisas super importantes aí de CEO que não entendo nada.— falou arrumando a posição e pegando o celular.— Quanto mais cedo você acabar, mais cedo poderemos ficar juntos.

— Desculpa de verdade, isso tudo ficou meio que pra última hora, não queria estragar nossa primeira viagem juntos.— apertei os lábios meio triste por saber que estava sendo idiota, mas eu tinha que admitir que aquele era meu máximo diante a situação.

— O que? Está brincando? Eu estou tão feliz que você esteja me levando pra viajar! — pegou em sua bolsa um fone de ouvido.

Sorri aliviado.

— Agora trabalha aí, preciso ter você todinho só pra mim logo! — mandou colocando os fones e depois olhando pela janela e tirando várias fotos com o celular.

Jimin gostava da ideia do desconhecido.

Talvez por ter crescido com sua mãe dizendo sobre os lugares mais maravilhosos do mundo, isso atiçou nele a incrível vontade de conhecer todos. Sei disso pois vi em sua casa um álbum de fotos decorado com todos os lugares que ele queria ir.

Eu não podia no momento levar em todos, mas prometi a mim mesmo que faria cada lugarzinho do mundo ser iluminado por aquele sorriso curioso e doce dele.

Encarei mais uma vez o loiro e ele está dormindo, embalado em seu moletom escuro e escutando música, tão lindo...

Suspirei e voltei ao trabalho.




[...]



Jimin e eu combinamos em ficar num hotel. Na verdade não tínhamos um outro lugar a não ser um hotel para ficar, aparentemente ele vendeu sua casa em Busan para comprar uma em Seul.

— Uau, esse quarto é do caralho! — jogou a mala sobre o chão e correu para cama, onde começou a pular todo alegre até se jogar.— Meu Deus, amor! Isso é incrivelmente macio!

Eu ri.

— Você já terminou seu trabalho? — perguntou, como nos tempos antigos minha mãe fazia antes de sentarmos para jantar.

— N-não.— respondi que nem nos tempos antigos.— Por quê?

— Por que estava afim de te mostrar como essa cama é macia...— veio até mim com sorriso no rosto.

— É uma hora da tarde, Jimin.— olhei o relógio no meu pulso.

— Tem hora pra transar agora? — cruzou os braços e eu ri.— Ah não ser que você esteja com medo de que eu tire todas as suas energias...— provocou.— Bom, admito, não sou fácil, mas achei que você fosse ser mais corajoso...— semicerrei os olhos.

— Isso era pra ser sexy? — cruzei os braços.— Por que estou me sentindo ofendido agora, e não excitado.

— Droga, vamos refazer.— caminhou até a cama em silêncio.— Ei, Jungkook, já terminou seu trabalho?

Eu ri balançando a cabeça: — Ainda não.

— Droga! — se jogou na cama vendo seu plano falhar.

Não queria que fosse assim, então andei até ele e me sentei ao seu lado, joguei minhas costas sobre o colchão realmente macio da cama.

— Você pode aproveitar o hotel enquanto isso, tem Spa, sauna, hidromassagem, piscina e a comida é muito boa.— dei de ombros.

— Eu gosto de comida muito boa.— murmurou e eu sorri.

— Desculpa, mas assim que terminar teremos o final de semana inteiro só pra gente, tá bom? — coloquei minha mão sobre sua bochecha querendo acariciar sua pele macia.

— Tá...— sorri e se inclinou para me beijar.— Posso mesmo ir no SPA? — se afastou.

— Aonde você quiser.— ele se sentou no mesmo segundo.— O que vai fazer? — imitei seu movimento.

— Tenho muitos lugares para ir até você terminar isso dai, não tenho tempo a perder! — correu até a mochila e pegou seu telefone.

— Pode me dar pelo menos um beijo de despedida? — reclamei manhoso, no mesmo instante ele volta em minha direção e ao invés de um simples beijo, empurrou meus ombros para trás, me fazendo cair na cama.

Sorri bobo quando ele colocou uma perna de cada lado do meu quadril e se inclinou para me beijar.

Jimin era incrível.

Passei meus braços por seu corpo, deixando que fosse impossível de se afastar.

— Tá, agora me solta.— falou, mas não o soltei, continuei envolvendo em meus braços.— Jungkook, eu quero explorar cada pedaço desse hotel, me larga!

Eu ri, mas não soltei, me impulsionei para frente parando os dois sentados sobre a cama e Jimin no meu colo.

— Me solta!! — choramingou tentando se soltar, acabei desistindo de prender ele e o larguei.— Você tem trabalho a fazer, e eu uma exploração!

Assim que ele se afasta encaro o loiro retirar seu moletom e calçar os sapatos.

— Vê se não some! — falei.

— Não vou sumir, a não ser que eu conheça um senhorzinho que me dê os dezesseis números do cartão de crédito dele.— se olhou pelo enorme espelho que tinha na parede em frente à cama.— Estou brincando, eu precisaria desistir da minha alma para fazer algo como esse.— alertou, na verdade eu nunca desconfiei da bondade que transpirava no rosto dele.

— Bom passeio.— falei esticando minha mão e alcançando a dele ainda sentado e sem muita coragem de levantar.

— Bom trabalho.



[...]



Senti meus olhos coçarem, olhei e vi que estava tudo na vertical, então me percebi que na verdade era eu que estava com a cabeça deitada na mesa.

Eu adormeci.

Tinha terminado meu trabalho, mas aparentemente peguei no sono. Olhei em volta, nada do Jimin.

Decidi ver seu Instagram, onde ele provavelmente estaria ativo, e bom, acertei.

Estava cheio de stories. Muito engraçados por sinal. Ele tirando foto só do SPA do hotel com uma legenda "gente, isso aqui é piso italiano, chorem", depois uma foto dele com uma carinha engraçada "a moça tá uns falando uns nome engraçado e dizendo que é máscara. Acho que nem coreano essa bixinha tá falando, sério." Depois uma foto dele com uma máscara roxa no rosto.

E muitos a seguir, como compras, sauna. E depois disso ele sumiu.

Mandei uma mensagem a ele meio sem graça por perder o dia todo.


eu:

oi meu amor |

jimin ☀️:

| oi meu bem

| terminou?


eu:

sim... onde vc esta? |

jimin ☀️:

| hidromassagem

| disseram que relaxa, bom, eu to relaxado

Eu sorri.

jimin ☀️:

| quer relaxar comigo?

E eu, como fiel cadelinha dele no mesmo instante coloquei meu chinelo e desci até onde achei que era a hidromassagem.

Ele estava lá, todo bonito, encostado na borda da banheira de hidromassagem com os cabelos úmidos loiros jogados para trás e balançando os braços para um lado e para o outro.

Jimin percebeu minha presença e sorriu no instante que eu abandonei os chinelos e me sentei na borda da banheira, colocando apenas meus pés sobre a água quente.

— Você está com o rosto todo amassado.— ele ri passando a mão pelos cabelos claros parecendo incrivelmente sexy.

Jimin em si era incrivelmente sexy. E fofo. Ele era o rei da dualidade.

— Eu acabei adormecendo.— dei de ombros.— E você... Está com uma cara ótima.

— As pessoas daqui me mimaram bastante, admito que me senti um príncipe.

— Você é um príncipe.— rebati.— Meu príncipe.

Ele sorri e ficamos num minuto de silêncio, apenas aproveitando o brilho no olhar de cada um.

— Se eu sou um príncipe, isso faz de você minha rosa? — arqueou a sobrancelha, animado e ainda bobo, entrei na banheira, de roupa e tudo.

Senti a camisa grudar nas costas, mas em nenhum segundo foi aquilo que me despertou o interesse, e sim na maneira como Jimin percorreu o pequeno espaço entre nós até estar na minha frente.

— Isso é incrível. Tudo está sendo incrível. Você é incrível.— passou seus braços por meu pescoço de maneira suave e delicada, sorri bobo.

— Pena que não pudemos aproveitar muito do nosso primeiro dia aqui, mas... Só de estar com você, já é incrível pra mim também.— admiti, sentindo suas coxas grossas pousarem sobre cada lado do meu quadril.

Jimin. Como eu definiria Jimin? Ou melhor, como eu conseguiria definir como é perfeita a combinação entre ele e eu?

— Você parece meio tenso, Jeongguk-ah — pareceu me analisar.— Pode confirmar essa informação pra mim, senhor?

Eu ri: — Um pouquinho.— admito ainda sorrindo.

— Vire-se.— ordenou movendo a cabeça como um incentivo.

Me virei mesmo não tendo a menor ideia do que ele iria fazer ali, confiava tão cegamente nele, que se, por ventura, ele quisesse ser o ativo, nossa eu deixava muito.

Mas não era isso não, e meio que meu lado cadelinha se aliviou, pois percebi que sou bem devoto ao Jimin. O loiro apenas prensou seus dedos sobre meus ombros e começou a massagear por cima do pano encharcado da camisa social que eu usava.

Como na primeira vez que nos vimos, eu podia afirmar, Park tinha uma mão incrível. E eu fiquei tão sem graça de imaginar logo na coisa mais sem vergonha que se pode fazer com uma mão.

— Não acha melhor tirar essa camisa? — sussurrou perto do meu ouvido e eu já imaginei por seu tom o sorriso safado que ele tinha no rosto.

Me virei de frente para ele mais uma vez e então desabotoei a camisa, que ficou pesada por estar molhada e coloquei sobre a borda daquela banheira quente.

Começamos a nos beijar segundos depois. Foi numa velocidade perfeita, apenas apreciando o sabor dele enquanto sentíamos nossos corpos relaxar sob aquelas bolhas.

Jimin ficou sobre minhas coxas mais uma vez e a pela posição, ele acabou ficando mais alto e eu pude ter uma visão mais ampla do peitoral do loiro.

Definido, e tão curvilíneo. Com sua pele branca e o piercing transversal, a tatuagem pequena e sútil em sua costela me deixando ainda mais hipnotizado.

Jimin se aproxima para um beijo, e depois de um selar tão perfeito como aquele, veio outro, e depois outro, e logo mais um seguida.

Totalmente viciado. Era assim que eu ficava quando tinha uma pequena amostra do que Park Jimin poderia ter pro completo.

Como se ele fosse um quebra cabeça que eu deveria descobrir a todo custo.

— Estamos num lugar público, acha seguro tentarmos qualquer coisa aqui? — me afastei realmente preocupado e olhei em volta.— E se tiver câmeras?

— Bom... Elas podem gravar o possível melhor pornô em potencial.— deu de ombros.— Isso se você quiser, é claro.

— Por que não iria querer? — questionei.— O que tem de mais romântico do que uma hidromassagem de um hotel e possivelmente estarmos sendo espiados na nossa primeira vez? — dei de ombros dizendo como se fosse óbvio, ele ri sem perder o bom humor.

— Meu Deus, tem razão, não podemos fazer isso aqui! — pareceu despertar e eu senti meu coração estremecer de tristeza quando ele se afastou realmente querendo parar com as carícias.

— Serio? Vamos parar agora? — eu ri desacreditando, meu pau desacreditava mais ainda.

— O que? Não podemos deixar que nossa primeira vez seja aqui! — sua voz saiu mais alta do que o comum, e fez eco por todo o espaço aberto.

Eu ri: — Já que não tem sexo, quer tentar algo como... comer? — mudei de assunto já querendo tirar a esperança do meu pau de transar naquele lugar, pobre rola, não foi dessa vez.

— Podemos jantar no restaurante do hotel... Eles servem algo chamado strogonoff vegetariano que é delicioso! — falou animado, e fez com que eu ficasse feliz de ter feito essa viagem rápida com ele.— Será que eles passam a receita pra gente? Queria tanto anotar no nosso livro de receita...

Jimin parecia tão animado de estar ali, eu ficava feliz por isso.

— Ei, vamos? Preciso tomar um banho e trocar de roupa! — num gesto rápido ele saiu da banheira, me deixando ali parado e estático.— O que está fazendo? Vamos logo, Jeon!

— Serio? Agora? — perguntei decepcionado.

— Amor, eu estou com fome... e bom, você também não deve ter comido nada o dia todo...— começou a secar seu tórax com a toalha branca que tinha ali.

— Poxa, eu tava tão feliz por estar me atacando com você nessa banheira.

— Eu sei, quem não ficaria feliz por isso? — deu de ombros e eu sai da banheira mesmo não tendo vontade.— Fico feliz pelas pessoas serem cientes de seus privilégios.

— Fico feliz de ser privilegiado.



[...]



Eu fiquei pronto primeiro e desci a pedido do Jimin, que avisou sobre querer que eu o surpreendesse com alguma escolha chique.

Pedi algo que pensei que iria surpreendê-lo e uma bebida com a mesma intenção, minutos depois Park aparece tímido no meio do salão olhando para os lados até nossos olhos se encontrarem.

Ele usava uma calça branca de alfaiataria e uma camisa branca com pequenos detalhes prateados na vertical que desciam até o peito, como uma bela cachoeira, ela era de uns dois números maiores que o seu, as mangas desajeitadas cobriam suas mãos.

O que mais chamava atenção era seu andar perfeito em minha direção quando percebi pela luz que sua camisa era totalmente transparente, me deixando poder ver suas curvas lindas.

— Eu não tinha nada muito mais chique que isso.— avisou sentando se na cadeira em frente a minha.

— Você é a pessoa mais linda desse restaurante.— afirmei.

— Isso sem contar você, claro.— ele ri, e eu não sei exatamente o que dizer, então apenas sorri e ignorei, tentando iniciar um outro assunto.

Eu nem vi o tempo passar enquanto conversava com ele, foi simplesmente um segundo até que estivéssemos finalizando a sobremesa e rindo pois ele parecia estar zonzo depois de finalizar uma garrafa de vinho.

— Acho que melhor te levar para o quarto.— falei me levantando, Jimin parecia ter exagerado mesmo, seus olhos eram riscos pelo tamanho de seu belo e encantador sorriso.

— Me leva, pode levar! Aonde você for eu tô indo junto! — eu comecei a rir enquanto passava um de seus braços pelo meu pescoço e o outro por sua cintura.


[...]

Já no quarto, eu o coloquei o mais delicado que consegui sentado na ponta da cama e retirei seus sapatos, jogando longe.

— Você sabe que eu não estou tão bêbado assim né? Apenas animado...— ele comenta rindo.

— É, eu percebi, até porque entre eu e você, eu sempre terei mais problemas com o álcool.— tirei suas meias também.

— Vai tirar a calça também? — mordeu os lábios e apontou com a cabeça para a própria cintura.

Ele só podia estar brincando comigo.

— Não vai? Então eu mesmo faço! — juntou impulso e se levantou, ficando de frente pra mim. Park foi tão rápido ao me colocar sentado na cama enquanto desabotoava o único botão de sua calça.

Mas ele parou.

E eu fiquei decepcionado quando ele fez isso.

— Ei, Jungkook...— chamou sem me olhar, olhando para uma outra parte daquela enorme suíte iluminada apenas pelas luzes da lua e da cidade com aquela parede enorme de vidro.

— S-sim? — falei.

— Eu queria agradecer você, por tudo, essa viagem... ela significa muito pra mim.— coçou a nuca, parecendo constrangindo.

— Eu fico feliz por você estar feliz, meu amor, de verdade, se depender de mim, essa é a primeira de muitas...— falei passando a mão pelo tecido branco que revestia sua coxa.

Ele sorri: — Sabe... Eu quero te agradecer do meu jeito agora.

Meu cérebro automaticamente se lembrou do nosso encontro onde ele me agradeceu no carro, aquele dia... ah, eu não dormi só pensando em como ele era incrível.

— Confia em mim, Jungkookie?

Eu sorri sentindo o clima entre nós dois: — Cegamente.













Irraaaaa

todo mundo aqui sabe que próximo é cap de hot então rsrsssss

todos nós sabemos que sou péssima nisso mas vamos dar nosso melhor sempre né!!!

a foto da roupa do jimin pra vcs terem uma ideia:

so mais uma pq eu amo vcs:

just a angel.

agora a roupa do jeon:

vê se esse desgraçado não merece chá de buceta (gente eu to me fingindo de hard stan aqui nem sou okkkkkkkkkk)

(agora to indokkkkkkkkk)

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