v i n t e q u a t r o

Esperei ansiosa pela chegada de Ethan em meu quarto, por mais que eu quisesse esconder o que estava começando a sentir por ele, o meus sentidos estavam me traindo covardemente.

Depois que voltei do campo, separei um tempo para organizar o meu lado do quarto, nem tentei com o lado da Samantha que era um completo caos e nem adiantava reclamar com ela, que dizia que era o seu santuário.

Nem tentei parecer muito arrumada, coloquei uma roupa casual e me deitei na cama para revisar alguns assuntos da faculdade que estavam pendentes, não quero que ele pense que estou perdendo meu precioso tempo me arrumando para me encontrar com ele.

Quando finalmente escutei algumas batidas em minha porta, respirei fundo e por alguns segundos pensei em desistir da loucura que estava prestes a fazer.

Não, agora era tarde demais para voltar atrás.

Reunindo toda a coragem que ainda me restava, caminhei em direção a porta pronta para encarar a ameaça da minha sanidade mental.

Ethan estava vestindo todo de preto, o cabelo molhado significava que provavelmente devia ter acabado de sair do treino, tive que segurar uma risada ao notar que ele estava parecendo um típico Bad boy dos clichês que lia em meus livros.

Percebi o olhar avaliativo dele sobre mim, mas antes que ele pudesse formular alguma frase o puxei pela camiseta em direção ao meu quarto, não quero correr o risco que alguém o veja junto comigo.

As pessoas sabiam como ser maldosas, principalmente em uma universidade onde as únicas novidades são os escândalos proporcionados pelos próprios alunos.

Com o puxão brusco, Ethan acabou caindo sentado justamente na cama de Sam, ela o mataria caso soubesse disso.

— Nossa, não vamos nem conversar um pouco? Por mim tudo bem. Ethan perguntou surpreso, como se não esperasse essa atitude de minha parte. — Faremos tudo nos seus termos, pelo menos por agora.

De alguma maneira essa possibilidade conseguiu mexer com a minha imaginação, me fazendo pensar em varias possibilidades inapropriadas.

— Dá para você calar a boca. — Ralhei fazendo uma pequena careta, se eu precisasse me confessar novamente na igreja durante as férias, teria que pagar bem mais do que duas ave marias. — Se você realmente quiser continuar com isso, vai ter que entender duas coisas. Um, nos encontramos quando eu quiser; Dois, tudo acaba no momento que eu me entediar e três ninguém pode saber de nada.

Repeti minhas três regras principais, para que ele entendesse muito bem onde estava se metendo e não cometesse nenhuma bobagem que me prejudicasse publicamente.

Se bem que estar do lado dele, já prejudica a minha saúde mental e emocional, me induzindo a fazer coisas que jamais faria em meu juízo normal. John nos mataria caso soubesse do nosso envolvimento, nunca tinha mentido para ele e não gostaria de ter começado justamente agora que estamos voltando a nos entender.

Porém, simplesmente não consigo resistir a química que temos juntos, meu corpo reage quase que instantaneamente a sua presença como se a conhecesse a muito tempo.

— Meu irmão não pode saber de nada. — Reafirmei em um mais baixo, enquanto esfregava minhas coxas uma na outra, tentando controlar o calor que estava sentindo.

Ethan não me respondeu, apenas se levantou e começou a andar em minha direção de maneira predatória, tentei me esquivar andando dois passos para atrás, porém acabei encurralada de frente para o meu algoz. 

Nossos rostos se aproximaram lentamente, e logo pode sentir sua respiração quente e entrecortada contra a minha pele, deixando bem claro que ele também estava tão cheio de desejo quanto eu.

Minhas mãos subiram quase que instantaneamente para os seus ombros fortes, eu precisava senti-lo de alguma forma para me sustentar e quase que instantaneamente ele segurou minha cintura com força me pressionando contra ele, me arrancando um pequeno suspiro.

— Está pronta para jogar? — Sussurrou contra a minha orelha, aproveitando para trilhar um caminho de beijos até o meu pescoço.

Todas as minhas dúvidas sumiram naquele momento, poderia ser muito errado, mas eu Precisava sentir o seu gosto novamente.

— Já não fizemos isso antes? — Respondi atrevidamente, atraindo seu olhar para a minha boca.

Seu rosto que antes exibia um sorriso ladino se fechou, e os  olhos escuros brilharam cheios de malícia e admiração.

Senti suas mãos ásperas — pelo treino exaustivo no campo — escorregarem lentamente para a região da minha bunda, dando um forte aperto em seguida me presando ainda mais contra o seu corpo.

— Então, vamos fazer do seu jeito. — Ethan sussurrou contra a minha orelha, antes de deslizar lentamente seus lábios até a minha boca. — Princesa.

Sorri com a sua proposta, uma única noite de diversão entre nós não parecia ser tão ruim assim agora, com ele me tocando de maneira tão íntima.

Nunca mais vou negar escutar um conselho da minha amiga, Sam pode ser bem sábia quando quer.

— Você pensa demais... — Ethan resmungou antes de atacar minha boca, arrancando um gemido rouco de minha garganta.

Envolvi minhas pernas em sua cintura, conforme ele me pressionava contra a parede e exigia mais e mais de mim. Senti sua ereção pressionando contra a minha intimidade, deixando bem claro que as coisas estavam prestes a queimar entre nós.

Naquela noite quando estávamos presos naqueles armário algo aconteceu entre nós, pensei que era apenas a tensão misturada com a adrenalina daquela maldita brincadeira, mas eu estava enganada.

Tínhamos acendido o pavio de um explosivo, que quando explodisse poderia acabar muito mal.

Ethan me segurou firmemente e caminhou em direção a cama mais próxima, provavelmente cansando da posição onde estávamos.

— Brincamos contra a parede outro dia, hoje vamos fazer do modo clássico. — Ethan falou ofegante, quase que desesperado.

— Vamos para a minha cama. — Falei apontando para a outra cama que ficava do outro lado do quarto, se fizermos alguma coisa na de Samantha ela me mata e ainda queima o colchão.

Ethan sorriu.

— Não estou disposto a morrer tão cedo. — Brincou me jogando em cima de minha cama, para logo subir em cima de mim imobilizando minhas mãos para o alto. — Você não tem ideia do quanto esperei por isso, te ter assim tão rendida por mim.

Revirei os olhos por seu cinismo.

— Não estou apaixonada por você, Ethan. — Falei o encarando seriamente. — Isso é apenas uma troca de favores entre duas pessoas que se odeiam.

Ethan deu de ombros.

— Eu não te odeio.

— Eu te odeio. — Garanti. — Porém não sou cega, sei enxergar um homem bonito quando vejo um.

Ethan riu.

— Estou amando desvendar esse seu lado mais ousado. — Ethan garantiu me libertando de suas mãos, apenas para tirar sua camiseta e jogá-la para longe de nós.

Seguindo o seu exemplo tirei minha camiseta branca, ficando apenas de roupa íntima em sua frente. Se fosse em outra ocasião ficaria tímida de estar desse jeito na frente de um desconhecido, mas com ele me sentia muito bem.

Ethan deslizou seus dedos em direção ao fecho do meu sutiã e o retirou habilidosamente, tentei não pensar com quantas garotas com quem ele já ficou, se não seria obrigada a parar com tudo e obrigá-lo a fazer um exame para comprovar seu estado de saúde, pelo bem da minha paranoia.

Ethan me empurrou delicadamente em direção ao colchão, olhando fixamente para a parte do meu corpo que se encontrava desnuda. Lentamente ele pousou sua mão sobre o meu o seio direito e o apertou fortemente me fazendo gemer.

— Shhh! fique quietinha. — Ethan sussurrou se aproximando lentamente de mim. — Seja uma boa menina, princesa.

Quando estava prestes a mandá-lo para inferno, tive minha voz roubada ao sentir sua boca em cima do meio seio, chupando a carne macia com força enquanto brincava com o outro.

Agarrei os fios negros do seu cabelo, em uma tentativa quase que infantil de impedi-lo de sair de perto de mim.

Sorrindo contra a minha pele, Ethan deslizou sua mão livre em direção a entrada do meu shorts, entrando sem ser convidado a uma área muito íntima.

Quando estava prestes a deslizar minha calcinha para o lado, Ethan parou de brincar com o meu seio e me encarou preocupado.

— Se vocês quiser, nós paramos por aqui. — Ethan sugeriu em tom preocupado. — Não se sinta pressiona a nada, é só o nosso primeiro encontro, temos muito tempo para isso.

Talvez ele tivesse razão, mas meu corpo estava pedindo para que ele continuasse de onde parou, eu precisava que ele continuasse.

— Não para.

Ethan não me respondeu, apenas voltou a fazer o que estava fazendo com perfeição, me levando a um estágio inebriante de prazer.

Seus dedos deslizaram para dentro da minha intimidade me fazendo gemer vergonhosamente, me segurei contra os seus ombros tentando descontar todo o prazer que estava sentido durante suas estocadas rápidas e profundas.

— Porra, você está toda molhadinha para mim. — Gemeu contra o meu ouvido, me deixando ainda mais alucinada. — Goza para mim, princesa.

Meu corpo obedeceu ao seu pedido ao receber um estímulo maior em minha área sensível, com um gemido rouco me desfiz em seus dedos tatuados chamando pelo o seu nome.

Ethan retirou seus dedos de dentro da minha intimidade e os levou a boca os chupando em seguida, provando do meu gosto como se fosse um doce que ele estava ansioso para provar.

Observei extasiada os seus movimentos, sem saber o que comentar para o clima não ficar estranho.

— Isso foi perfeito, mas vai ficar melhor ainda quando eu provar essa sua bocetinha. — Ethan comentou enquanto me envolvia preguiçosamente em seus braços. — Por hoje vamos fazer só isso, você já ultrapassou todos os seus limites para superar o ódio que sente por mim.

O encarei surpresa.

— Mas, e você? — Perguntei sabendo que o mesmo não havia gozado.

— O meu foco hoje era totalmente em você, queria que você sentisse o máximo de prazer possível sem forçar os seus limites. — Ethan explicou ajeitando uma mecha do meu cabelo. — No nosso próximo encontro você me recompensa, não se preocupe eu vou cobrar. — Completou me lançando uma piscadela.

Todo o respeito que poderia ter por ele, desapareceu em segundos me lembrando do cretino com quem estava lidando.

— Eu te odeio. — Murmurei me aconchegando em seus braços.

— Eu sei, por isso me excita. — Ethan retrucou dando um beijo na minha cabeça.

Babaca!

Acordamos com batidas insistentes na porta, com medo que pudesse ser o meu irmão pulei rapidamente da cama para procurar as minhas roupas, como Ethan estava dormindo praticamente em cima de mim, acordou com o meu empurrão brusco.

— O que houve? Volta para a cama pequena. — Ethan pediu ainda de olhos fechados, como se estivesse dormindo em seu próprio quarto.

Pequena? Meu Deus, quantos apelidos ridículos esse babaca ainda me arrumaria.

— Ethan, estão batendo na porta. — Avisei em tom baixo, enquanto terminava de colocar o meu short jeans. — Você precisa ir embora.

Ethan resmungou conta o travesseiro, mas logo se levantou possivelmente prevendo que eu o derrubaria do colchão.

— Adela, minha querida! Abre essa porta antes eu a derrube com a força da minha raiva. — Sam gritou do outro lado da porta, me deixando aliviada por não ser o meu irmão. — Preciso ir no banheiro, não me deixe aqui desamparada.

Ethan demorou alguns minutos para encontrar a camisa, mas assim que a encontrou e a vestiu,  veio em minha direção com um sorriso animado.

— Nos vemos em breve, princesa. — Ethan falou me puxando para um beijo um pouco demorado. — Espero que não demore para me mandar mensagem, já estou com saudades.

— Adela, que porra você está fazendo aí dentro? — Sam perguntou batendo mais uma vez na porta.

Ethan rindo do desespero da minha amiga, abriu a porta do quarto para que ela pudesse finalmente entrar, quando ela o viu paralisou olhando para os nossos rostos sem acreditar no que estava vendo.

— Adela, o que esse filhote de cruz credo está fazendo aqui? — Sam perguntou confusa.

Abri a boca para responder, mas não sabia como explicar que havia seguido o seu conselho fielmente e feito sexo com a pessoa que vivia ameaçando de morte.

— Adela, preciso ir agora, se não terei que responder muitas perguntas quando chegar em casa. — Ethan falou me dando um abraço. — Gostei do vivemos aqui, espero que se repita mais uma vez.

— Se repetir o que? — Sam perguntou em tom autoritário.

Ethan olhou para Sam e se despediu.

— Boa noite, Adela. Boa noite, loira do banheiro. — Ethan falou antes de bater a porta atrás si, deixando minha amiga extremamente perplexa para trás.

Sam me olhou nos olhos extremamente confusa.

— Me diz que você não fez o que eu acho que você fez. — Sam implorou, mas quanto notou o meu olhar culpado deu de ombros. — Tudo bem, me conte os detalhes quero saber se ele é tudo isso mesmo.

Com um sorriso mais aliviado a puxei para a sua cama e após garantir que não fizemos nada em cima dela contei tudo desde início.

Só espero não ter cometido outro erro.

Muito obrigada por estamos quase chegando a quase 10k de leituras! Estou amando os comentários e o carinho de vocês!❤️

Demorei para entregar esse capítulo pois tive que reescrevê-lo várias vezes até chegar onde eu queria. Sempre costumo dizer que quando escrevo e desenvolvo meus personagens, em algum ponto da narrativa eles criam vida própria e eu apenas narro o que eles querem e vivem.

Muito obrigada mais uma vez e até o próximo capítulo!

Se você gostou vote na estrelinha por favor para ajudar no crescimento da história.

E S T R E L I N H A ⭐️

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