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Não notei quando finalmente chegamos na faculdade, acabei dormindo durante todo o trajeto, tanto no avião quando no carro. Desde pequena tinha uma mania muito estranha de sentir sono nos lugares mais estranhos, uma vez quando era pequena acabei dormindo dentro de um provador de roupas, em uma loja de um shopping da capital, minha mãe passou horas me procurando, enquanto eu nem sabia o caos que tinha causado.
– Adela é melhor você acordar, já estamos quase chegando no campus. – Meu irmão falou tentando me acordar.
– Ainda bem, estou ansiosa para pode me jogar me minha cama. – Falei me espreguiçando.
– Não entendo como você consegue dormir dentro de um avião, não consegui pregar os olhos. – John falou apontando para o motorista de aplicativo a entrada correta. – Entrar naquela coisa de metal me causa arrepios.
O homem estava confuso com tantas entradas que o lugar possuía, Goldbriar parecia uma fortaleza vitoriana com pequenos toques de modernidade, e sim estou me referindo as roupas nenhum pouco normais que as pessoas vestiam. Antigamente era uma antigo castelo inglês, mas após tantos anos em desuso em 1840 uma pessoa decidiu fundar uma faculdade no lugar por considerar legal e eu não posso discordar, as vezes me sentia em Hogwarts só que sem o mapa do maroto.
Até me acostumar com as tantas portas e setores, passei quase dois meses entrando em lugares errados e invadidos aulas que não eram minhas, mesmo após quatro anos estudando aqui ainda me confundo.
– Você vai para a diretoria? – Perguntei pegando minha mochila que estava sendo usada de travesseiro pelo meu irmão. – Soube que o diretor ligou ontem a noite para os nossos pais.
– Nós dois vamos. – Me corrigiu. – Parece que está querendo falar um pouco sobre os acontecimentos do ano passado.
– Que droga! Isso é mesmo necessário? – Perguntei com o cenho franzindo.
Ano passado trocaram a diretora Milena por aquele homem machista e imbecil. Era para ele cobrir o lugar dela até a licença maternidade passar, mas pós alguns comentários nenhum pouco favoráveis que ele fez para donos do colégio, a trocaram por ele.
Eu não chegava a odiar o diretor, apenas nossas ideias sobre liberdade de expressão não coincidiam, se bem que não acho que a palavra "ideia" possa ser usada para os pensamentos libidinosos que ele propaga pelo campus, lixo soaria bem melhor.
– Super necessário, você sabe que ele não gosta nenhum um pouco da gente, principalmente depois de você chamar ele de velho tarado. – John falou rindo como uma criança.
– Você concordou. – Retruquei enquanto respondia algumas das inúmeras mensagem que Samantha havia me mandado nessas duas horas de viagem. – Ele tem uma mania estranha de olhar para as garotas de saia, você sabe muito bem disso, não entendo como ninguém ainda o denunciou.
Havia tantas ligações e mensagem na minha caixa postal, que sabia que ela acabaria me matando quando chegasse no dormitório.
– Não exatamente, apenas não desmenti. – John brincou me fazendo ficar mais animada.
Estava muito surpresa por ele estar tão receptivo comigo, não sei muito bem o motivo do sonho estranho dele, mas funcionou muito bem para nos reaproximar. Espero que essa relação não mude como passar das semanas.
– Chegamos! – O motorista anunciou olhando pelo retrovisor.
Sim, havíamos chegado em Goldbriar.
O diretor Michael Keller nos observava como se estivesse nos avaliando para o abatedouro, estava me sentindo como um animal enjaulado exposto em um zoológico para o divertimento humano.
Não era uma sensação muito boa.
A decoração escura em tons de preto e marrom não estava ajudando em nada a situação, na verdade se ele fosse mulher e inteligente juraria que ele era uma bruxa.
– Espero que saibam o motivo de estarem aqui. – Michael começou após quase meia de total silêncio.
Se era uma tática para nós assustar, funcionou muito bem já estava até pensando que tínhamos perdido a bolsa de estudos.
– Não sabemos. – John respondeu após engolir em seco, talvez ele estivesse pensando a mesma coisa que eu. – Aconteceu alguma coisa com a nossa matrícula?
O diretor negou com um aceno de cabeça rápido.
– Não, a bolsa integral de vocês continua perfeitamente ativa. – Respondeu com um tom que dava para notar que ele não estava nenhum pouco feliz com isso. – Só estou aqui para dizer que ambos estão se aproximando de uma fase crucial na vida profissional de vocês.
Isso era verdade
– John você está no seu último, apesar de não estar tão interessado no curso de direito, soube que está lutando para levar o time de futebol da faculdade para a final desse ano contra o time de Harvard. – Michael falou olhando diretamente para o meu irmão, como se quisesse uma confirmação. – Você daria um ótimo jogador profissional, mas para isso você precisar se dedicar em dobro no treino e obedecer o seu treinador e o seu capitão.
– Eu tenho total disciplina com o meu treinamento, só preciso melhorar as minhas notas para não ficar fora do campeonato. – John retrucou irritado por ele estar questionando o seu desempenho em campo.
– Verdade, eu olhei o seu histórico e está um pouco abaixo do que deveria ter um jogador do seu nível de excelência. – O diretor concordou com um aceno de cabeça. – Algo que a sua irmã não tem problema, já que é a melhor aluna que essa faculdade já teve.
Ele está bêbado?
Nunca na vida ele tinha me oferecido um elogio, na verdade a boca dele só abria despejar críticas aos meus trabalhos e provas acadêmica.
– Como assim?
– Adela, nesse ano vamos abrir vagas de estágio em um dos melhores hospitais para jovens promissores na carreira de medicina. – Michael falou me lançando um sorriso amigável, que me causou um frio na espinha. – Todas as faculdades do estado vão participar, mas penas três estudantes vão ganhar o prêmio, pensei que você gostaria de concorrer em nome da faculdade.
– Essa é uma oportunidade única, Adela. – Meu irmão falou animado. – Você disse que gostaria de participar desse concurso.
– Tem certeza disso? Eu adoraria participar. – Respondi eufórica, ignorando o meu irmão que tinha acabado de dizer a mesma coisa.
Eu já sabia desse programa que as faculdades ofereciam para os alunos de medicina, mas geralmente que ganha esse desafio com frequência é a universidade de Harvard, não sei como posso competir com a inteligência sobre-humana deles.
– Eu sabia que você aceitaria. – O diretor falou orgulhoso, era questão de honra para ele que a faculdade ganhasse esse ano. – Você só precisa preencher esse formulário e oficialmente estará inscrita no projeto. Não será fácil ganhar dos outros competidores, mas se você se esforçar ao dobro conseguirá vencer todos eles.
– Isso não vai ser um pouco pesado para você? – Meu irmão perguntou preocupado, segurando minha mão onde estava a caneta me impedindo de assinar o formulário. – Digo, com todas as provas e trabalhos que você já tem.
– Eu consigo, não tem nada de diferente nesse ano que eu não consiga dar conta. – Falei tentando deixá-lo mais confiante. – Posso ajustar o meu horário com facilidade para não ficar sobrecarregada.
Se ele ligasse para os meus pais falando que eu não daria conta dos meus estudos, eles me obrigariam a desistir na hora do concurso. Não podia perder a maior chance da minha vida.
– Tem certeza? – Sussurrou.
– Tenho, aliás será mais um motivo para não me aproximar de garotos nesse ano. – Falei usando uma das minhas inúmeras armas para convencê-lo a me deixar participar.
John respirou fundo.
– Tudo bem, pode assinar.
O abracei e dei um beijo em sua bochecha. Realmente esse ano estava indo muito bem e olha que ainda não havia nem começado direito ainda.
Olá, meus amados leitores!
Esse é o primeiro capítulo da história da Adela e do Ethan, espero que vocês estejam gostando.
Me desculpem qualquer erro de ortografia, estou fazendo o máximo para não deixar nenhum erro nos capítulos.
Críticas construtivas são muito bem vindas aqui nessa história, é fundamental para mim aprimorar ainda mais a minha escrita.
Se você gostou vote na estrelinha por favor para ajudar no crescimento da história.
E S T R E L I N H A ⭐️
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