Epílogo
1 ano depois
— À todas nós e que a gente continue sendo grandes gostosas no ano que vem! — Temari levantou a taça, e eu, Ino e Tenten levantamos as nossas, ecoando um tilintar assim que os vidros se encontraram. Hinata estava ausente pois ela e Naruto passariam o Ano Novo na casa dos pais dela, junto com o Boruto. Aquele garoto era a coisa mais fofa.
Shikamaru, Neji e Sai chegariam depois das 00h. É claro que havia toda uma expectativa para que eu chegasse de braços dados com algum inglês gato, mas desde que me estabilizei em Londres, garotos e relacionamento estavam em último lugar da minha lista de coisas importantes. Até dei uns beijos aqui e ali, mas não chegaram a evoluir para uma troca de contatos.
— Pausa para a foto! — Tenten levantava o celular, animada. Nos juntamos e eu levantei as minhas mãos em sinal da paz, escutando os clicks da fotografia. — Vou postar essa no Instagram.
Tomei mais uma taça de champanhe e olhei ao redor do bar lotado. Não me admirava o lugar estar tão cheio em um dia como hoje, afinal era de consenso geral que o Natal era para a família, e o Ano Novo para os amigos. Passei o meu Natal com a minha mãe, e tiramos o resto da noite para assistir aqueles filmes natalinos que são de obrigação para a época. Dormi faltando poucas horas para amanhecer, acomodada no colo da mamãe, enquanto ela afagava meus cabelos. Quando acordei, meu presente ainda estava na mesinha, um kit de canetas da stabilo e um conjunto de washi tapes que ela sabia que seriam motivo do meu surto quando as visse - e ela acertou na mosca, pois tive que me conter para não assustar os vizinhos - Meu mood universitária havia me transformado em uma maníaca no quesito papelaria.
Entre goles de champanhe e risadas por causa de alguma piada sem sentido que Tenten, já embriagada, nos obrigava a escutar, senti meu celular vibrar e o peguei, vendo que se tratava de uma chamada de vídeo. Atendi, abrindo um sorriso recheado de saudade ao olhar para as faces de Jordan e Nyle, meus amigos da faculdade e melhores pessoas que eu poderia conhecer em Londres. Mesmo a quilômetros de distância, podia sentir o cheiro de bebida que emanava deles, e automaticamente minha mente me levava as noites agitadas no centro de Londres. - e que sempre terminavam comigo tendo que arrastar aqueles dois - Virei a câmera, apresentando-os às meninas, que levantaram as taças em cumprimento. Fingi não notar o olhar de Ino na direção de Nyle e depois para mim, e naquele momento, agradeci que o loiro estivesse longe o bastante para não ser alvo das tentativas de cupido daquele projeto de fada madrinha.
Desligamos a chamada e alguns minutos depois, Hinata aparecia na tela do celular de Ino, com uma figura dorminhoca nos braços. Boruto dormia ignorando que do outro lado da tela havia quatro garotas com emojis de corações nos olhos, admirando sua fofura. Ele estava naquela fase que era impossível não ter vontade de apertar as suas dobrinhas.
Naruto aparecia atrás de Hinata, aparentando já ter ingerido alguma coisa. Recomendamos à morena que não deixasse que ele segurasse o Boruto pelas próximas horas, ato que a fez rir em resposta. Se ainda não era verdade que a maternidade era reluzente, Hinata estava aí para comprovar. A morena parecia brilhar enquanto conversávamos, com uma leveza que era digna de admiração. Eu sabia que ter um bebê não era só glamour, principalmente nos primeiros meses. Mas algo nela emanava uma felicidade genuína que talvez, só talvez, eu também tenha vontade de experimentar um dia.
Hinata se despediu quando Boruto se movimentou em seus braços, choramingando. Voltamos a nos ocupar com nossas taças e fofocas que ainda não haviam sido contadas, à medida que chegava mais gente no bar à ponto de não vermos mais um pedaço do piso sem que houvesse um pé nele.
— Com licença. — Cortando o assunto atual, o garçom colocava quatro taças em nossa direção. Arqueando as sobrancelhas, dirigi o olhar na direção dele, confusa.
— A gente não pediu isso, deve ser engano.
— Está certo. — O rapaz sorriu, antes de se afastar, ocupado o bastante para dar maiores informações. — Os rapazes daquela mesa pediram que as bebidas fossem entregues às senhoritas.
Segui o dedo do garçom, me deparando com olhares de um grupo de homens nos encarando. Quando voltei para encarar o rapaz novamente, ele já havia sumido, me fazendo bufar em resposta.
— Que ridículo. — Sibilei, cruzando os braços. — É sério que ainda usam essa tática nos dias de hoje?
— Relaxa. — Ino balançava os braços, bebericando a bebida entregue. — Eles não sabem que só vai ficar por isso mesmo.
— E de quebra a gente ainda ganha uma bebida de graça. — Tenten completou, aderindo ao gesto de Ino. — E aquele de jaqueta marrom é um gato. Combina com você, Sakura.
Encontrei apoio em Temari, que também achava aquilo um absurdo. E antes que qualquer uma delas me impedisse, me levantei, fazendo barulho com meus saltos de cor creme. Trazia em uma das mãos a bebida oferecida, com uma expressão de quem não estava indo até a mesa para agradecer.
— Vim devolver a sua bebida. — Ergui a mão, me dirigindo ao cara que mais me observava, o mesmo que Tenten havia notado, com um olhar tão seguro que fazia meus 1,61cm virarem 2,05cm.
— Não foi do seu gosto? Se quiser, eu pago outra. — Ele sorriu, me olhando de cima a baixo. Aquele sorriso seria capaz de jogar tudo o que eu havia comido para fora. — Senta aqui com a gente pra escolher.
— Eu já estou acompanhada. — Respondi, secamente. Os outros pareciam acompanhar uma partida de futebol, olhando para mim e depois para o cara a cada resposta.
— Ah, que isso.. — Aumentando o sorriso, o homem passou o olhar de mim para os amigos, e depois para mim de novo. — Se passar cinco minutos aqui, aposto que vai mudar de idéia. Aí você aproveita e chama suas amiguinhas também.. — Sem esperar a minha resposta, o homem agarrou o meu pulso livre, passando os dedos pela pele. Parecia a todo tempo estar convencido que aquele tom sedutor patético me convenceria.
A bebida ainda estava em minha mão, e naquele momento, o líquido e a cara daquele homem pareciam extremamente atrativos um para o outro. Enojada, raivosa, e qualquer que fosse o sentimento de indignação que me movia naquele momento, joguei o conteúdo da bebida em seu rosto, acertando aquele sorriso ridículo e parte da camisa polo de cor branca que ele usava.
— Eu já disse que não estou interessada. Espero que tenha ficado claro agora. — Com a libertação do meu pulso, olhei por mais alguns segundos toda a confusão e raiva estampada na cara do homem, e o choque de seus amigos e de todos aqueles que pararam para ver a cena. Em seguida, voltei para a mesa com o típico barulho dos meus sapatos, agora estando de frente ao choque das minhas amigas.
— Você acabou de jogar bebida na cara de um desconhecido? — Ino parecia não ter controle de sua boca, aberta em um ângulo estranho.
— Eu só fui pra devolver. Mas acho que ele achou melhor que a devolução fosse dessa forma.
— Você é inacreditável, Sakura. — Temari batia palmas, quase como se dissesse que ela mesma faria aquilo caso eu não tomasse a iniciativa. Tenten se dividia entre terminar a bebida e balançar a cabeça em choque, se lamentando que Hinata não estava lá para presenciar aquela cena.
❀
O princípio de confusão foi abafado pelas conversas que retomaram, assim como o meu ânimo voltou ao normal quando voltamos às nossas trivialidades, agora sem o risco de sermos importunadas por idiotas que oferecem bebidas. O bar enchia de gente à medida que o relógio se aproximava de 00h, assim como os presentes pareciam ficar cada vez mais bêbados antes mesmo do novo ano chegar.
Estávamos tão entretidas nas histórias que eu contava sobre o primeiro ano que fiquei longe do Japão, que mal ouvíamos os assassinatos das músicas que as pessoas cometiam no karaokê, bêbadas para nem identificarem o que estavam cantando.
Até aquele momento. No começo, achei que fosse uma infeliz coincidência, mas no primeiro ecoar da voz, minha mente me transportava para aquele avião, minutos depois de ter deixado o garoto dos meus sonhos para trás.
Procurei o meu assento, pedindo licença entre os passageiros para me acomodar. Peguei um assento com vista para a janela, e pude ver todas as luzes da pista de voo e o país que daqui a alguns minutos deixaria para trás. O envelope ainda estava em minhas mãos trêmulas, e as lembranças ainda estavam na figura masculina indo embora sem olhar para trás. Como recomendado, pluguei os fones e abri o envelope, tomando cuidado para que alguns papéis retangulares não caíssem. Virando-os, descobri que os objetos retangulares eram as fotos que Sasuke tirou de mim, todas reveladas. Tinha até mesmo foto dos momentos em que passei ao lado das gatinhas, que eu nem sabia que tinham sido capturados pela lente fotográfica. Todas elas eram a visão que Sasuke tinha de mim, os meus cabelos voando na direção do vento, minha expressão distraída ao ver um pássaro voar. À medida que a música ganhava letra em meus ouvidos, li a sua carta impondo força nos meus dedos para que ficassem no lugar. A cada palavra que ganhava voz em meu interior, era como se o próprio coração de Sasuke fosse aberto para mim. Deixei algumas lágrimas rolarem, deixando suas palavras embaçadas assim como a nuvem que pairava sobre meu coração. Quando nos meus ouvidos ecoaram “Nada parecia importar quando estávamos juntos, éramos eu e você no nosso mundo. Céus, como eu quero essa garota para mim. Quero deitar no seu sorriso, passear nas curvas do seu corpo. É pra essa garota que eu quero dizer “sim” no altar.”, tomei cuidado para não deixar que o papel ficasse manchado com as lágrimas que eu derramava sem cessar. Sasuke havia feito aquilo para mim, e eu nunca teria a oportunidade de o agradecer por aquilo. Por ter me transformado em melodia. Funguei quando o passageiro do lado me ofereceu alguns lenços de papel, o qual eu recusei educadamente, voltando a pousar os olhos nas palavras embaçadas. Minutos depois, o avião ganhava os céus, me fazendo olhar para as nuvens e para toda a imensidão que eu deixei para trás.
A terceira música de abertura de “Meu amigo Cão” estava sendo cantada a plenos pulmões, ocasionando alguns burburinhos de quem queria ouvir algo melhor. Meu corpo escorregou para fora do banco e a partir daquele momento tudo se tornou um borrão de preto e branco, pessoas e pedidos de licença, tentando alcançar aquele karaokê que parecia cada vez mais distante à medida que meus pés avançavam. Assim que meus pés adentraram na cabine, e eu pude ver Sasuke com uma mão no microfone, e a outra erguida para mim, ficou claro que tudo aquilo era real, e que ele estava ali.
— Eu não achei que fosse ouvir a abertura de “Meu amigo Cão” em uma quarta-feira à noite.. — Fiz uma pausa dramática, relembrando as suas primeiras palavras. — Na véspera de Ano Novo.
— Talvez eu estivesse tentando chamar a atenção da garota mais bonita desse bar. — Sasuke respondeu, e a sua voz grave acendeu todos os pontos adormecidos do meu corpo. Era ele. O cabelo estava ligeiramente maior, mas ainda era ele. Suas covinhas ainda estavam lá.
— E conseguiu? — Meu sorriso parecia iluminado. Eu também estava diferente. Meu cabelo ultrapassava os ombros, e por causa da rotina frenética, havia perdido uns 2 quilos. Mas ainda era eu, com o meu vestido branco floral e minhas presilhas vermelhas em cada lado dos cabelos, adornados com duas mini tranças laterais.
— Só se ela aceitar comemorar a chegada do novo ano comigo. — Ele respondeu, enfiando as mãos nos bolsos. Estava com uma camisa branca de botões e calças jeans, parecendo ridiculamente atraente naquela peça. — Mas confesso que estou um pouco receoso de fazer a oferta, depois de vê-la jogar uma bebida contra um cara que estava a importunando.
— Depende de como essa oferta será feita. — Retruquei, imersa em seu jogo. — Acho que essa garota já deixou claro que ela sabe krav maga. Então, é melhor pensar bem no que vai fazer.
Sasuke levantou as mãos, rendido. Em seguida, saindo da cabine de karaokê quando alguma pessoa aleatória requisitou o microfone, voltou-se para mim.
— O que fez com que eu não levasse um soco naquele dia? — Perguntou ele, abrindo a porta para que saíssemos. As meninas entenderiam depois o motivo da minha ausência.
— A sua lábia. — Comecei, estreitando os olhos. Em seguida, suavizei o olhar, encarando o céu noturno, repleto de estrelas minúsculas e piscantes. — O mesmo bar.. Qual é a possibilidade?
— Parece que não conseguimos nos livrar um do outro. — Sasuke comentou, seguindo o meu olhar. Tinha muito o que queríamos perguntar um para o outro. Mas naquele momento, outra coisa nos movia. — Se a gente começar a correr agora, conseguimos chegar antes dos fogos.
Sasuke olhava para mim e depois para o salto alto. Imediatamente, retirei os sapatos, os carregando. Olhei para ele como se dissesse “pronto, problema resolvido.” Sasuke sorriu, evidenciando as covinhas.
— Essa é a minha garota. — Piscando um dos olhos e ignorando as batidas frenéticas do meu coração, Sasuke pegou a minha mão e começamos uma verdadeira maratona pelas ruas de Shinjuku. Corríamos como se as nossas vidas dependessem daquilo, e por vezes, nos entreolhamos, dizendo pelos olhares tudo o que os lábios não tinham tempo para dizer. Não importa quanto tempo passasse ou a distância que nos separariam, no fim, sempre dávamos um jeito de transformar todo o exterior em um espaço só nosso.
Chegamos na contagem regressiva, ambos com o coração saindo pela boca. Encontramos um espaço no meio da multidão que olhava esperançosa para o céu e gritava até chegar ao zero, momento que o céu se iluminava de cores espalhadas por cada canto que pudéssemos ver. As pessoas se abraçavam, outras faziam pedidos de saúde e paz, e outras gravavam a explosão colorida no céu. E no meio de tudo aquilo, nós e o reflexo das cores em nossas pupilas.
— Você já fez o seu pedido? — Perguntei, sem tirar os olhos do céu, iluminado como o meu coração naquele momento.
— Já estava feito à muito tempo. Mas acho que os deuses foram gentis e realizaram mais rápido do que eu esperava. — Ele sorriu, apertando a minha mão. Sasuke ficava tão bonito no meio de toda aquela mistura de cores. Podia emoldura-lo em uma foto que eu não me cansaria de admirar.
— Ah é? O que você pediu?
— Que eu te encontrasse em Londres. — O modo como suas palavras foram abafadas pelo som dos fogos me fez duvidar se eu havia ouvido do jeito que foram proferidas.
— O quê? — Perguntei, o encarando. Minhas sobrancelhas unidas formavam uma linha profunda.
— Eu iria para Londres depois do Ano Novo. Dediquei esse ano procurando apartamentos para alugar, um trabalho que conciliasse com o horário da faculdade de Fotografia, essas coisas de viagem..
— Espera, o quê? — O interrompi, meu grito do mesmo tom que os fogos no céu. — Você vai fazer faculdade? Em Londres?
Sasuke balançou a cabeça em afirmação. Eu não havia visitado as suas redes no último ano, então aquilo era uma surpresa e tanto. Nas vezes em que pensei nele, sempre era ao lado de outra garota, o que me fez seguir em frente e não dedicar tanto tempo nas lembranças do passado.
— Eu já estava fazendo um curso profissionalizante quando nos conhecemos, mas quero me especializar mais. Itachi me deu uma força para que eu seguisse nesse caminho, e a Izumi mal pode esperar que eu me torne um fotógrafo famoso para que ela diga sobre mim para todas as mães na reunião mensal da escolinha do Akito. — Estava tão em choque que nem havia pensado que Akito já devia estar enorme. Eu ainda o encarava, como se tudo aquilo fosse demais para que eu assimilasse. — E quem sabe, lá eu posso fazer aquela exposição. Com a ajuda da minha musa inspiradora, acho que eu consigo.
Aquilo tudo era incrível. Era louco e animador ao mesmo tempo, imaginar Sasuke e eu em Londres, passeando tranquilamente no Regent's Park, ou passando horas e horas no Museu Britânico. — Mas.. Você estava indo atrás de mim também, certo? — Pisquei os olhos, parecendo estar dentro de um conto de fadas. Quer dizer, não era todo dia que alguém dedicava um ano de sua vida apenas para recomeçar em outro país. E definitivamente, eram poucas as pessoas que faziam aquilo por causa de alguém.
— Não posso negar que fui tomado pela sua perspectiva em relação à uma faculdade internacional, mas também estaria mentindo se dissesse que não havia outras opções. — Ele coçou a nuca, olhando para o lado. — Eu meio que queria saber como você estava.
Balancei a cabeça em negação, adicionando um sorriso em meio à incredulidade. Todas aquelas notícias eram muito boas, Sasuke era um ótimo fotógrafo. Mas ele tinha os amigos dele, toda uma vida aqui. Não poderia simplesmente cruzar mais de 9.000 km só por minha causa.
— Eles vão ficar bem. — Parecendo traduzir o que eu estava pensando, Sasuke voltou a olhar para o céu. Os fogos ainda eram um espetáculo para olhos curiosos. — Ainda vou tocar com eles nas férias, e foi fácil subornar o Suigetsu com promessas de trazer um monte de lembrancinhas quando viesse. Ele é fissurado por essas coisas.
Assenti, voltando a olhar para o céu. Havia algo diferente transitando por mim, parecia empolgação. Pensar que alguém estava disposto a ir tão longe por mim, mesmo sem saber o que encontraria do outro lado, me fazia crer que talvez aquelas coisas de filmes realmente acontecem na vida real.
— Eu poderia já estar com alguém. — Retruquei, após alguns minutos dedicados aos fogos. — Você não pensou na possibilidade?
— Pensei, sim. — Sasuke guiou o olhar até os meus, parecendo convencido na próxima frase. — Mas eu já te conquistei uma vez. Posso fazer de novo.
Arqueei as sobrancelhas, incrédula com o convencimento. Em seguida, relaxei o olhar, balançando a cabeça em negação. Não havia explicação para que eu ficasse tanto tempo longe de Sasuke. Assim como não havia explicação para termos nos reencontrado. Com tudo o que aconteceu nesse último ano, parecia improvável que a gente se esbarrasse outra vez, e ali estávamos nós, contemplando a chegada de um novo ano e começando planos para o resto dele. Eu havia cometido o erro de deixar que Sasuke escapasse do alcance do meu coração uma vez. Não deixaria que aquilo acontecesse de novo.
— Você é tão convencido. — Sibilei, me voltando para ele. Colocando minhas mãos em seus ombros, ergui meus pés descalços, beijando a ponta do seu nariz. — Mas você tem razão. Sasuke Uchiha, eu sou apaixonada por você desde o momento em que eu te vi. Mesmo que você seja um convencido irritante.
— Eu sei. — Sasuke me ergueu em seus braços, me fazendo soltar um gritinho quando ele me girou, ignorando qualquer presença que não fosse a nossa. — Eu também sou apaixonado por você, Sakura Haruno. Mesmo que você me acertasse naquele dia, eu ainda seria apaixonado por você.
Dedilhei os seus traços à medida que ele parava de me girar, ainda me mantendo no ar. Sasuke sorriu, fechando os olhos quando beijei cada parte de seu rosto. Nossos lábios se encontraram de maneira calma enquanto o seu abraço me lembrava que o seu corpo ainda estava ali e que não sairia mais de perto do meu. Nossas línguas matavam a saudade que sentia uma da outra ao som melódico dos fogos de artifício, tingindo os nossos corpos com todas as luzes que iluminavam o céu. Não dava para saber o que seria de nosso relacionamento em Londres. Mas desde que Sasuke estivesse segurando a minha mão, sentia que não devia me preocupar. Por quê ele estava lá, por mim.
— E se eu te contar que eu li mais um artigo sobre paixões instantâneas? — Depois de alguns minutos em que nossos lábios matavam toda a saudade que sentíamos um do outro, nos separamos, ambos vermelhos e ofegantes, mas sorridentes. Com o fim dos fogos, a maioria dos presentes deixava o lugar, voltando para as comemorações particulares. Também deveríamos voltar depois de curtimos um pouco mais a companhia um do outro.
— Eu acho que a gente não precisa mais disso. — Respondi, risonha. Sasuke tinha aquele poder de me deixar mais leve, apenas por ter a sua presença ao meu lado. — Talvez você deva ler um artigo sobre pedidos de namoro inesquecíveis.
— Isso é algum tipo de indireta, Sakura Haruno? — Me cutucando de leve, Sasuke igualava o seu passo ao meu, enquanto fazíamos o trajeto de volta para o bar. — Anotado. Vou começar a trabalhar nisso.
Sorrindo, tomei a mão de Sasuke junto à minha, entrelaçando nossos dedos. Me encostei em seu ombro e deixei que meus pés fizessem o trabalho de seguir adiante, enquanto a minha mente fazia o mesmo, pensando no futuro que estava diante dos meus olhos. Aquela sensação que estava crescendo em meu peito era quentinha e reconfortante. Como se naquele momento, eu acreditasse que qualquer coisa ao lado de Sasuke seria possível. Deve ser isso o que chamam de amor.
— Mal posso esperar para ver as suas habilidades de guia turística em ação. — Cortando o silêncio, Sasuke envolvia a minha cintura, me trazendo para perto. Aquela sensação dos nossos corpos lado a lado nunca deixaria de ser prazerosa.
— Você vai virar um especialista em Londres. — Comentei, lembrando-me dos primeiros dias na nova cidade. Aquele lugar era caótico de um jeito bom, e não posso negar que estar em posição de guia, ao invés de ser guiada, era empolgante. Não era loucura dizer que eu já tinha uns 4 roteiros de passeio em mente. — Mas não vai pensando que é só moleza. Você tem que se dedicar aos seus estudos.
— Sim, senhora. — Sasuke prendeu uma risada ao se deparar com a minha maneira de dar uma bronca. Me afastei parcialmente dele para posicionar meus braços nas laterais do meu corpo. Em resposta, ele apertou a minha cintura, me trazendo para perto novamente, ocasionando um inflar de bochechas de minha parte. — Mas atualmente, a única coisa que eu quero me especializar é em você.
Ruborizada, belisquei-o em seu braço, escutando um pequeno gemido em resposta. Sasuke não cansava de dizer coisas passíveis de me causar três surtos diferentes. E era aquilo que eu amava naquele chato, irritante e completamente irresistível, Sasuke Uchiha.
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gente, tem tanta coisa que eu quero falar 😭
primeiramente, agradecer as visualizações e comentários de cada um de vcs que acompanharam essa história, de verdade, muito obrigada! Apenas um Instante é a minha primeira história voltada para publicação, e eu estava muito receosa em vários aspectos! Foi muito importante pra mim ver a história crescendo e sentir que eu posso estar aqui!
segundamente, quero falar sobre esse final né??? foi tão lindo acompanhar a jornada de Sasuke e Sakura, esse casal que eu amo de paixão desde os tempos de naruto clássico. Sasusaku pra mim é divino em todos os universos, e mais uma vez, eu pude me apaixonar por eles nesse.
e não pensem que só pq acabou a fic, que acabou o contato comigo tbm kkkkkk eu sempre vou estar aqui para teorias, sugestões, comentários, e nas minhas redes sociais tbm! Tbm tenho outra fanfic publicada aqui no Wattpad, convido todos vocês para dar uma olhada, e também estou publicando minha primeira história original na plataforma! Nas minhas redes vcs encontrarão mais detalhes
No mais, é isso galera! Um xêro pra todos vocês e um Sasuke na vida de cada um ( estamos precisando né?) <3
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