APENAS O QUE IMPORTA
Capítulo 12 – Apenas o que importa
– O Jimin é meu melhor amigo. – Jeon respondeu provocando o Taehyung e eu ri, porque a amizade deles era engraçada e o Taehyung havia acabado de descobrir a américa ao saber que gostava do Yoongi e que toda a vontade de querer ser o número um na vida do garoto, na verdade, era amor.
– Block duas vezes. Não fale comigo nunca mais por hoje. – Reclamou se levantando. – Ele não pode ser seu melhor amigo. Pessoas normais não querem foder com os melhores amigos. – Meu sorriso foi morrendo aos poucos conforme meu cérebro foi entendendo o que foi dito e de repente foi como ficar fora do ar.
Era uma piada? Era brincadeira ou era uma frase com significado? Ele não falaria aquilo por falar? Em outra época eu até poderia achar que sim, mas depois de ontem, depois de tudo o que havia acontecido, era difícil interpretar diferente, sem falar que Jeon havia dito muitas coisas que poderiam ser interpretadas de formas diferentes.
E se Taehyung estivesse certo e se ele quisesse mesmo aquilo? E se eu nunca tivesse notado suas segundas intenções porque estivesse ocupado demais escondendo as minhas? E se eu e Jeon estivéssemos em um caso parecido com Taehyung e Yoongi e apenas nunca tivéssemos conversado francamente um com o outro? E se faltasse alguém realmente perguntar, jogar as cartas sobre a mesa? Deus e se estivéssemos esse tempo todo andando em malditos círculos?
– Cara engraçado esse meu amigo né? – Ele entrou na sala desconversando, o que eu estranhei, porque nem ao menos havia o visto saindo – Ele inventa cada uma. – Brincou. – Doidinho da cabeça. Melhor nem leva muito em consideração o que ele fala. – Ofeguei, sentindo meu corpo tremer, levantando o olhar para o dele procurando por uma certeza, algo que me provasse que eu não estava louco. – Jimin...
– O que ele falou...?
– Jimin... O Tae....
– Não... Jeon, ele disse que você... que nós... – Eu não sabia o que ou por onde começar.
– O que ele disse é complicado. – Foi sincero. Se sentando no sofá ao meu lado, onde Taehyung estava anteriormente. – Porque vai mudar a forma como você me vê, vai fuder nossa relação novamente e eu não quero te afastar de novo, não agora que estamos voltando a nós falar. Porra, ela já é frágil pra caralho e eu não quero que ela acabe, Ji. –Sua voz era frágil, parecia prestes a chorar. – Eu prefiro estar do seu lado, de alguma forma, de qualquer forma, do que não estar de nenhuma. Porque você é importante demais pra mim. Então por favor, vamos esquecer o que ele disse e apenas continuar. Vamos voltar a ser amigos e eu prometo que me mantenho na linha, que faço as coisas do seu jeito.
– Do meu jeito? – Perguntei com a voz baixa, o olhando por cima dos cílios, me aproximando minimamente. – E como são as coisas do meu jeito, Jeon?
– Há – Riu sem Humor. – Eu não sei. Acho que são, a um braço de distância, talvez.
– Está falando sério? – Questionei em um sussurro, o tocando de leve com a ponta dos dedos o seu rosto para guiar seu olhar para o meu. – Porque estive louco para lhe mostrar como que eu queria as coisas.
– Do que está falando?
– Que agora as coisas serão apenas do meu jeito. – Avisei me aproximando mais, mesclando nossas respirações, vendo ele ficar um tanto surpreso e seu olhar descer para os meus lábios e em um ato de coragem e desejo, eu o beijei, como sempre quis fazer e sempre tive medo.
Ele parecia assustado, mas logo relaxou, não demorou um segundo para sentir suas mãos em mim e seu corpo se inclinando sobre o meu. Uma de suas mãos deslizou pela minha bochecha enquanto a outra me dava apoio para deitar. Sua língua chupava a minha, em um beijo calmo e intenso, carregado de sentimentos que eu não conseguia explicar em palavras.
Era como tudo aquilo que eu sempre havia esperado. Era como tudo o que eu havia imaginado, era injusto com todos os que eu tentei amar anteriormente, porque meu coração sempre havia pertencido a ele e seria injusto se eu tentasse amar outra pessoa no futuro, porque nada nunca seria como isso.
Ele me deitou sobre o sofá e se afastou o suficiente para me olhar nos olhos, sorrindo para mim, antes de encostar a testa na minha, respirando ofegante.
– Eu quis tanto te beijar ontem.
– Eu estava com medo de que isso tornasse tudo muito real. – Confessei. – De que se você me beijasse, fosse perceber que eu gosto de você. – Ele me encarou com um olhar carregado de ternura e eu me perguntei, como nunca notei que aquilo estava lá esse tempo todo.
– E o que você achou que era, Jimin? O que você achou que eu queria que fosse?
– Eu não sei. – Admiti. – Pensei que você só estava me ajudando. Ou que pra você era só uma foda, eu não sei.
– Eu tenho tanta vontade de te dar uns tapas às vezes. – Ele murmurou deixando a cabeça cair sobre meu ombro, mas seu tom era uma mistura de humor e falsa raiva. – Como pode achar que depois de tudo isso, você era menos do que importante pra mim, pelo amor de Deus, olha o puta esforço que eu to tendo aqui? Os anos que eu corri atrás de você? Acha que isso aqui é pouca coisa?
– Jeon, eu...
– Não... Não, não, Não. Eu não vou mais admitir isso. – Ele brigou. – Nada mais de Jeon. Apenas apelidos carinhosos a partir de agora. Eu nem mesmo quero você me chamando de Jun ou Gguk. Só amor ou vida. Vai, pode começar.
– Amor? – Eu chamei com um sorriso bobo. – É sério?
– Sim, é uma exigência. Eu sofri muito para ter esse cargo e agora que eu sei que é recíproco, eu faço questão, vai lá, repete.
– Amor?
– Sim, meu amor, o que posso fazer por você, meu amor?
– Eu não sabia que você sentia o mesmo, pensei que iria me machucar e por isso te afastei. Sinto muito.
– Acho que eu também devo desculpas, não é? – Questionou com um tom sério, acariciando meu cabelo, mesmo que de mal jeito, por estar em cima de mim. – Eu não tive coragem de falar a verdade e me declarar. Fiquei com medo de perder o pouco que eu tinha e por isso também me escondi.
– Somos um casal de covardes. – Brinquei e ele riu.
– Acho que sim, mas o casal de covardes mais lindos do mundo todo.
– Então tá tudo bem. – Ele beijo a ponta do meu nariz. – Seja meu namorado, por tudo o que é mais sagrado, Park Jimin. Porque eu não aguento mais nem um segundo sequer ficar ao seu lado sem ter a certeza de que somos um do outro.
– Sim. Sim. Sim. Jeon... Amor. – Corrigi, prendendo o riso ao ver sua cara de repreensão e logo ri, ao sentir sua mão tentando me fazer cosquinha. – Mas saiba que vai ter que pedir para os meus pais. – Brinquei me fazendo de difícil.
– Que sorte que eles me amam. – Empinou o nariz, em uma pose metida, antes de me beijar mais uma vez, um beijo divertido e leve, carregado de amor e paz, tirando todo o peso de esconder durando anos aquele sentimento em nossas costas, mas a cada novo movimento, mas quente ele ficava e mais ousado nós ficávamos.
Ele ondulou sobre meu corpo, se esfregando sobre mim e eu arfei, abrindo minhas pernas para que ele pudesse se enfiar entre elas. Novamente no sofá, em um lugar pequeno demais, a alguns passos da cama, estávamos tirando as roupas, suas mãos me apertavam, enquanto ele devorava meu pescoço, meus olhos reviravam e eu me fazia pouco consciente do que saia pela minha boca.
Passei minhas unhas pelas suas costas, gostando da sensação e quando ele simulou uma estocada, eu me agarrei a ele, rebolando contra seu corpo, implorando por aquilo. Eu não tinha certeza como ou quando ele havia nós despido, mas ele era realmente bom naquilo, algo misturado com agilidade e desespero e eu entendia ele, porque ele também havia esperado demais por aquilo, também havia desejado demais e agora que nada nós impedia, iríamos até o final, com todo o desejo que nos aguardava e nós percorria as veias.
– Precisamos ir pro seu quarto. – Ele sussurrou contra meu ouvido e eu sabia o que ele queria dizer.
– Eu tenho lubrificante na mesinha da cabeceira, mas não tenho camisinha em casa. Eu não transo a muito tempo, Jeon.
– Se você me chamar assim enquanto eu estiver dentro de você, eu juro que vai se arrepender, Ji, Juro mesmo. – Murmurou, me agarrando pelas pernas, se preparando para me carregar e eu me agarrei contra seu tronco, me deixando ser levado até o quarto. – Vou ter que te ensinar a falar novamente, silaba por silaba, porque eu só quero ser chamado de amor. Amor. E nada mais.
– Eu to falando sério. Não vamos fazer sem camisinha. – Eu resmunguei enquanto ele me colocava na cama, sorrindo abrindo minha segunda gaveta e enfiando a mão no fundo para puxar o tubo que eu escondia ali.
Eu estava deitado na cama, mas ele estava com uma perna para fora e com a outra ajoelhado entre as minhas, ele aproveitou essa perna para abrir um pouco mais as minhas e então despejou um pouco do lubrificante em mim deslizando seus dedos superficialmente, me fazendo amolecer e tremelicar.
– Eu tenho uma na minha carteira lá na sala, vai se preparando pra mim, amor. Eu já volto. – Resmungou pegando minha mão para colocar no lugar da sua, pedindo para que eu afundasse meus dedos em meu interior, enquanto ele fosse e assim que eu comecei, percebi o quanto eu queria ele de volta.
Não demorou muito para ver ele na porta do meu quarto, colocando a camisinha no próprio pau, se punhetando enquanto aproveitava a vista e eu só conseguia pensar que eu havia enlouquecido porque nunca na minha vida eu pensei que isso realmente poderia acontecer. Que ele realmente chegaria a isso.
Deus, que nós realmente chegaríamos a isso.
Que um dia nós beijaríamos de verdade e que ele olharia para mim com desejo e me tomaria como seu homem e diria me amar e então viria até mim dessa forma, deitando em minha cama, se encaixando entre minha pernas, beijando minha boca e sussurrando que eu sou o que ele sempre quis.
– Está pronto? – Eu concordei com a cabeça, apertando seus ombros com a ponta dos dedos, ansioso para o próximo passo e quando senti ele forçar o quadril contra mim, arqueie as costas em prazer, porque porra, era perfeito. Era uma mistura de dor e prazer, e era bom como o inferno.
Ele gemeu rouco no meu ouvido, mordendo a ponta da minha orelha e puxando meu cabelo, estávamos ofegantes e precisamos de um segundo, mas logo ele se movimentou e de novo e de novo e com mais força, mais rápido e com mais intensidade e a cada novo choque, mais prazer eu sentia e era como uma corrente elétrica me preenchendo, e foi como perder o ar e recuperar no segundo seguinte, era avassalador e indescritível e eu não sabia como aquilo poderia ser destruidor até ele me destruir.
Eu sentia meu pulmão ardendo e tudo ao meu redor se perdendo, meus pés se contorciam e minhas mãos se agarravam nele e em algum momento eu escutei ele dizendo que me amava e eu sabia que estava o respondendo e não precisava estar atento ao que eu dizia, porque estava o respondendo com o coração e eu sabia o que o meu coração estava dizendo, porque eu também o amava.
E isso é apenas o que importa.
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