Drake Timberg:

— Se ele sabe o que estamos fazendo, então vamos fazer as coisas do nosso jeito! — Afirmei, olhando para Dawn e Nicky com determinação. Estávamos prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse em nosso caminho.

Pelo canto do olho, notei que Santana me lançou um olhar curioso enquanto me preparava para dar as instruções necessárias.

— Apenas sigam as minhas instruções! — afirmei, e o carro inimigo bateu novamente em nossa minivan.

— Dawn, Nicky, desativem aquele maldito veículo! — gritei, e no mesmo instante uma onda sônica sacudiu nossa minivan, fazendo-a bater em uma calçada. Por pouco, não perdi meu celular quando tive que desviar de um buraco na rua.

Dawn pegou nossas armas de minha bolsa, surpreendendo-me ao ver que Santana não questionou a presença das armas.

— Vamos lá, Nicky! — Dawn exclamou, amarrando um pedaço do cinto em sua cintura e estendendo a outra parte para fora da janela.

Nicky seguiu seu exemplo e começou a disparar contra o inimigo, que respondia com ondas sônicas e lasers que explodiam uma fileira de carros à nossa frente.

— Não se preocupe! — Nicky gritou. — Não havia ninguém dentro deles, estavam apenas próximos!

— Certamente, alguns vão ter alguns machucados! — Santana comentou calmamente. — Mas pelo menos estão vivos.

Revirei os olhos, sabendo que as perseguições muitas vezes resultavam em ferimentos colaterais, mesmo que indiretos.

— Vire à esquerda! — ordenei a Santana, observando o GPS. — Em duzentos metros, vire à direita!

Ele obedeceu, girando o volante com destreza, fazendo Dawn e Nicky, que estavam atirando com nossas armas, se segurarem com firmeza enquanto passávamos por uma lombada.

— Tente ir rápido, mas sem nos derrubar! — Dawn gritou e disparou um tiro.

Continuei dando direções a Santana, mas a situação piorou quando carros começaram a explodir ao nosso redor.

— Tente não deixá-los atingir outros carros e pedestres! — Santana disse, sua voz carregada de frustração.

— Você escolhe: nos salvar ou salvar os outros carros! — Dawn respondeu, igualmente irritada. — Apenas dirija, professor!

Santana continuou a conduzir a minivan a toda velocidade, mas logo recebemos uma ligação anônima que interrompeu nossos planos.

Atendi a chamada, e a voz irritada de Annabelle ecoou do outro lado.

— Onde vocês estão? — ela perguntou.

— Estamos bem longe! — respondi, enquanto outra batida atingia a minivan. — Estamos sendo seguidos por outro carro, precisamos de ajuda para nos livrar dele!

— Vocês parecem estar em uma situação sombria! — a voz firme de Annabelle comentou, e olhei para fora, percebendo que as ruas estavam ficando mais escuras e sinistras.

— Não tenho certeza exata da localização. Pegamos alguns atalhos para tentar despistá-lo! — expliquei, enquanto mais batidas atingiam o carro.

— Estou rastreando a chamada e verificando se há alguém por perto que não tenha sido corrompido. Não desliguem! — Annabelle ordenou, e eu sabia que não conseguiria desligar de qualquer maneira.

Soltei alguns palavrões enquanto Santana manobrava o carro para evitar as batidas e os tiros dos inimigos.

Continuamos a seguir suas instruções, em alerta constante, até que, de repente, o carro inimigo desapareceu de nossa vista.

— Encontrei vocês. Continuem indo a toda velocidade! — Annabelle anunciou.

Continuamos acelerando, mas logo o carro inimigo reapareceu à nossa frente.

Santana acelerou ainda mais e, em seguida, deu a ordem que precisávamos.

— Dawn, Nicky, coloquem as armas no modo gravitacional explosivo! — Santana ordenou. — Apontem para baixo!

Eu olhei para ele, e meus amigos obedeceram prontamente. No momento certo, Santana gritou:

— Agora!

Dawn e Nicky dispararam as armas em direção ao chão, e nossa minivan foi impulsionada para cima, flutuando no ar.

— Um... Dois... três! — Nicky contou, e uma grande onda nos fez voar, ultrapassando o carro inimigo que continuava atirando em nossa direção.

Com um impacto, pousamos novamente no solo, e Santana continuou a dirigir a toda velocidade assim que as rodas tocaram a rua.

— Incrível! Nicky, modo pulso elétrico! — Dawn gritou, atirando no carro inimigo, que imediatamente parou de funcionar.

Continuamos nossa jornada, meus amigos comemorando nossa fuga bem-sucedida, enquanto eu olhava para Santana em silêncio.

Estava cada vez mais claro que ele não era um professor comum.

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— Como você sabia disso? — perguntei a Santana após alguns segundos de silêncio, enquanto nenhum inimigo surgia, o que me permitiu relaxar um pouco.

— Como vocês têm uma arma antigravidade? — Santana retrucou, devolvendo minha pergunta. — Até que me contem tudo, não vou compartilhar o que sei!

— Você... — comecei a dizer, mas parei quando avistei um carro prateado com dois conhecidos dentro. — Elijah, Cheiy!

Ambos eram agentes da agência, da mesma idade que Santiago.

— Podemos segui-los! — disse, vendo meus amigos acenando em nossa direção.

Santana levou o carro para uma rota de emergência que nos levou a um local com antigas construções abandonadas. Dawn e Nicky entraram no carro.

Quando finalmente estávamos longe dos olhares públicos, notei que Elijah apertou um botão no carro. O portão de uma construção abandonada se abriu, atravessamos e ele se fechou atrás de nós.

Um alarme soou, e o chão começou a descer.

— Finalmente, chegamos a um local seguro! — comentei, e minha cabeça girou quando o chão chegou ao subsolo, permitindo-nos sair do carro com os desmaiados. Elijah e Cheiy se aproximaram.

Elijah era um homem alto, negro, de olhos verdes que sempre carregavam um toque de diversão. Os agentes que trabalhavam com ele o chamavam de "paizão secreto".

Cheiy era uma mulher de descendência chinesa, com olhos castanhos e um cabelo sempre preso com um laço, que escondia suas facas. Ela também trazia um chicote elétrico em sua cintura.

— Fico feliz que todos estejam bem! — Cheiy disse.

— Todos os agentes estão bem? — perguntei.

— Alguns não conseguiram escapar do sequestro inimigo! — Cheiy explicou. — Ao que parece, apenas os melhores agentes tiveram seus arquivos vazados completamente e foram os capturados!

— Annabelle vai contar o resto, e preparem-se, pois suas famílias devem ter enlouquecido com essa revelação! — Elijah afirmou. — Agora, quanto a esse garoto e a moça desmaiada, vocês terão que resolver isso!

Assentimos e seguimos Elijah até uma porta, que se abriu revelando um grupo de pessoas que nos olharam com surpresa.

— Podem se acalmar! — Annabelle falou, e notei que ela estava com o braço enfaixado.

— Como podemos nos acalmar? — meu pai perguntou. — Você está dizendo que nossos filhos são agentes secretos!

— Como você esperava que nós reagíssemos? — a mãe de Dawn questionou.

— Quem diria que os idiotas eram espiões, só pode ser uma brincadeira! — Mike resmungou.

Vi quando uma bolsa voou em direção a Mike e depois um sapato. Todos olharam em nossa direção, e meu pai parecia prestes a socar Mike, assim como meus primos.

— De onde ele veio? — meu pai perguntou furioso, levantando.

Olhei para Santana, que entregou Darwin a Elijah.

— Olá, Cezar! — Santana cumprimentou. — Já faz um bom tempo!

— Vários anos, para ser exato! — meu pai respondeu.

Antes que pudessem questionar como Santana e meu pai se conheciam, Annabelle interrompeu.

— Vocês podem conversar sobre isso depois! — Annabelle afirmou. — Agora, vejo que essa situação é realmente séria!

Ela apontou para as cadeiras vazias e várias telas surgiram, mostrando alguns agentes machucados.

— Pelo visto, fomos traídos por alguém em quem confiávamos muito! — Annabelle explicou. — Santiago foi quem vazou as informações dos agentes!

Todos nós olhamos surpresos e chocados para ela, que mantinha uma expressão neutra, embora soubéssemos que ela estava sofrendo por dentro.

— E não apenas nossa agência foi atacada hoje! — Annabelle continuou. — Também houve um ataque a uma prisão da agência principal, libertando um grande inimigo! — Ela olhou para Santana. — E também parece que temos um traidor entre os membros do grupo anti-Alves!

Todos direcionaram seus olhares para Santana, que assentiu.

Agora, ele precisava explicar como lutava daquela maneira tão impressionante!

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Até a próxima 😘