Capitulo Único

Avisos: O capitulo pode conter cenas de sexo explicito, procriação com consentimento questionável, palavras de baixo calão, relacionamento tóxico, agressão e monstros existentes no universo. 

"Eu prometi lhe dar um trono, prometi lhe transformar em rainha. Nem que esse trono seja coberto por sangue e construído com os ossos de nossos inimigos" 

Centro de Tokyo, localização exata: indefinida

Antes mesmo que conseguisse abrir os olhos, ela sentiu um cheiro metálico familiar, que fez com que seu nariz se irritasse com o odor. Ela pressionou suas pálpebras, antes que finalmente conseguisse abri-las, encarando uma pequena claridade acima de sua cabeça. Ergueu o olhar, mesmo com a visão turva, ela reconheceu uma lamparina pendurada no teto, um teto que parecia coberto por camadas de musgo e mofo, o que se misturava ao cheiro de sangue e fazia sua garganta coçar. 

Respirar aquilo não deveria fazer bem para seus pulmões, mesmo que eles já fossem contaminados pela fumaça dos cigarros que ela consumia. 

Olhou ao redor e não conseguiu ver muita coisa, era um cômodo grande, com paredes cobertas de tinta que já descascavam com o tempo, mal dava para saber qual era a cor real daquilo. O chão estava molhado, ela encarou logo em seguida, agradecendo mentalmente por pelo menos ainda estar com suas botas e não ter de pisar naquele lugar tão imundo. 

Ela xingaria o homem se ele a tivesse deixado no chão como das outras vezes, mas tinha ao menos se dado o trabalho de amarra-la em uma cadeira de madeira, onde suas mãos estavam presas nos apoios de braço, amarradas com cordas finas, mas resistentes o bastante para que ela não conseguisse se soltar tão fácil. 

Fechou os olhos mais uma vez e tentou puxar a menor quantidade de ar possível, já que o cheiro de podridão com mofo e sangue a deixava enjoada. Sentia o nível de energia amaldiçoada que percorria aquelas paredes, cada mínimo lugar daquele local. Parecia ser um galpão abandonado pela extensão da energia que ela conseguia captar e a maldição era claramente de nível um... Não, haviam dois, o outro também era de nível um. E estavam há muito tempo habitando aquele espaço. 

Sabia que não demoraria para que fossem até ela, considerando que não tinha noção de há quanto tempo estava ali. Nem ao menos que horas eram. 

Suas últimas lembranças se resumiam nela saindo do shopping depois de ter comprado algumas roupas novas, tinha aproveitado o dia de folga para cuidar um pouco de si mesma. Mas antes que ela finalmente alcançasse a calçada do outro lado, simplesmente sua vista escureceu. E ela estava ali, como quase em todas as semanas, sendo usada de isca para pegar alguma maldição qualquer. 

Começou a escutar algumas batidas e abriu os olhos novamente, não havia nada, nenhum sinal de que as maldições estivessem por perto. O nível de energia amaldiçoada ali, impedia que ela soubesse a real localização das criaturas. Mas sabia que provavelmente já deveriam estar observando ela. Não era como se eles não fossem notar uma humana amarrada no centro do galpão dando mole. 

Esse era basicamente o momento em que ela deveria fingir estar apavorada, assim as criaturas iriam bem mais rápido até ela, se alimentar de seu medo. Mas não estava com vontade, na verdade, ela estava cansada, extremamente cansada de tudo aquilo. E de ter de lidar com situações como aquela contra a sua vontade. 

Por isso, apenas fechou os olhos novamente e tombou a cabeça pra trás. Tentando achar alguma forma de relaxar mesmo naquela posição tão desconfortável. 

O som das batidas se intensificaram, até que ela finalmente reconhecesse que aquilo eram sons de passos pesados. Eles finalmente estavam indo até ela, e a mulher não tinha curiosidade alguma em abrir os olhos e saber como aquelas maldições realmente eram. Já fora da época em que ela se preocupava com o fato de estar amarrada e não conseguir reagir. Agora, ela simplesmente só esperava que o teatrinho acabasse de uma vez e que ela finalmente pudesse ser solta para ir embora.

Ouviu o que pareceu o som de um rosnado, estava próximo demais, tão próximo que a criatura parecia estar diante de seu rosto. O cheiro de podridão se intensificou e então veio um hálito quente e fétido contra sua face, que a fez torcer o nariz e seu estômago embrulhar. 

Estava perto demais. 

Mais perto do que ela realmente esperava. 

Isso não costumava acontecer. 

Ela abriu o olho esquerdo e o pavor tomou conta de si, quando notou uma boca gigantesca cheia de dentes pontiagudos e uma gosma verde escorrendo deles. O hálito da maldição batia diretamente em sua face e ele era tão repugnante, que ela sentiu vontade de tombar seu corpo pra trás e cair no chão junto com a cadeira, só para manter aquilo longe dela. 

Desviou os olhos da aberração, tentando encontrar seu capturador. Geralmente ele estaria ali observando de longe, sem permitir que aquilo chegasse tão perto dela, mas viu apenas a outra maldição parada rindo da cara dela, enquanto que seu "amigo" estava praticamente engolindo sua cabeça. 

— Suguru, seu filho de uma puta! —  Lilith ralhou, começando a se debater para tentar se livrar das amarras. 

As mãos cobertas por garras agarraram os braços da feiticeira, ela sentiu as pontas afiadas cravarem sobre sua pele, perfurando seu casaco e começando a rasgar sua carne. Aquilo queimou de uma forma, que ela gritou, como se ácido estivesse sendo implantado em seu corpo. 

Onde ele estava? Por que estava permitindo que aquele monstro tocasse nela? 

 Seu coração começou a bater mais rápido no peito, a sensação de queimação apenas se intensificava ainda mais. Quando ela enfim, percebeu que ele não viria por ela e que provavelmente nem se quer deveria estar por perto, tentou se concentrar em usar seus poderes naquela criatura. 

Mas no segundo seguinte as garras dele saíram de dentro de sua pele, a enorme maldição horripilante arregalou os olhos e se contorceu diante dela, o corpo parecendo todo flácido implodiu, encolhendo-se numa forma redonda e preta de uma geleia que flutuava no ar. A segunda maldição que havia parado de rir ao ver seu companheiro ser transformado em algo tão pequeno, também ganhou o mesmo fim. E as duas bolas flutuaram para o fundo do cômodo, na parte mais escura que os olhos de Lilith não conseguiam alcançar. 

Ela permaneceu observando a escuridão, até que uma silhueta se formasse ali. E ela pudesse ver o homem de cabelos longos e um sorriso descarado no rosto caminhando até ela. 

Usava aquele mesmo kimono ridículo, que por diversas vezes ela insistira em dizer que não combinava com ele, mas que o mesmo fazia questão de usar como se fosse sua peça única no guarda roupa. 

— Por que você não fez como o combinado? —  Apesar de estar sorrindo, seu olhar indicava que ele estava irritado. 

Era óbvio que estava, e ela, pela primeira vez, não se importava com isso. 

—  Me desamarre daqui agora! 

—  Eu te fiz uma pergunta, Lilly. 

—  E eu te dei uma ordem, Suguru. 

O sorriso se alargou ainda mais na face dele, o homem se inclinou sobre ela de forma que seus rostos estivessem na mesma altura. Lilith encarou os íris negras do moreno, sentindo uma sensação familiar de euforia dentro de si, ao qual ela fez questão de afastar de sua mente, apenas para poder apreciar o ódio que tinha por ele no momento.  Um ódio ao qual ela queria muito abraçar e usar para mata-lo, mas ele sabia e ela também, que lá no fundo, a mulher nunca teria coragem suficiente para machuca-lo de verdade. 

Mas ela não se rendeu, nem mesmo se deixou abalar com tamanha aproximação. Mesmo quando suas narinas passaram a absorver o cheiro do perfume dele e não toda a podridão daquele lugar. 

— Você está uma coisinha tão linda amarrada nessa cadeira. 

Ele ergueu uma das mãos diante do rosto dela e afagou sua bochecha direita com a ponta dos dedos, como se estivesse decorando cada mínima linha dos traços dela. 

—  Não encoste em mim. —  A platinada virou o rosto pro lado, numa tentativa inútil de realmente afasta-lo. 

Os dedos dele se prenderam com firmeza contra as bochechas dela, apertando e puxando o rosto da mulher de volta para o dele mais uma vez. 

Havia fúria refletida naquelas onix, mas nas dela também não estavam diferentes. Ela queria que ele visse apenas o ódio estampado em sua face, para que entendesse que não seria mais uma tola naquela brincadeira de gato e rato. 

—  Você sabe que gosto quando fica bravinha, essa sua carinha linda irritada, apenas me deixa ainda mais louco por você. 

—  Eu te odeio, Suguru. Quando você vai processar essa informação? 

—  Quando você deixar de ser uma grande mentirosa. —  A risada baixa dele, fez ela vibrar por dentro, fez ela sentir a nostalgia que sempre tinha quando o via novamente. 

As lembranças do passado vinham a tona e junto delas a dor. O que ela usava como combustível para lhe lembrar de que aquele não era mais o homem que ela havia conhecido. 

— Apenas me desamarre, por favor. —  O tom de voz mais brando, foi o indicio de que ela não estava mais no jogo. Que não importava o que ele fizesse, ela não cairia mais nas provocações dele.  

O aperto ainda durou longos segundos, até que ele finalmente soltasse seu rosto, deixando que um suspiro de frustração também escapasse. 

As amarras foram cortadas e Lilith finalmente pode se sentir livre, Geto deu dois passos para longe dela e a mulher se levantou, massageando seus pulsos que haviam ficado marcados por conta das cordas. Nenhuma novidade até ali, sua pele sempre fora branca demais e ela sempre arrumava marcas muito fáceis, que dificilmente sumiam em poucos dias. 

— Vamos pra casa. —  Ele estendeu a mão pra ela, quase num pedido silencioso com o olhar para que ela se comportasse. 

—  Não, eu vou voltar para o colégio. 

—  Não posso deixar que você volte com esses cortes, essas feridas precisam ser tratadas se não quiser que infecione. Você melhor do que ninguém, sabe como funciona os machucados feitos por maldições. 

Tudo o que ela mais queria era recusar, fugir para bem longe dele, voltar para o colégio e ocupar sua cabeça com qualquer tipo de trabalho que a fizesse se esquecer completamente da existência de Suguru Geto. Ou até mesmo fumar seus cigarros embaixo da arquibancada, lugar onde Gojo não poderia encontra-la tão cedo e nem ao menos lhe dar uma bronca por ela ser tão imprudente com sua própria saúde. 

Lilith queria qualquer coisa, ela desejava poder desaparecer naquele momento, apenas para não estar na presença do moreno de mechas longas, sorriso amigável e olhos tão intensos carregados de mistérios. Ela apenas desejava não ter que sentir seu coração bater tão intensamente no peito apenas pela simples presença dele. Queria que todos os sentimentos que nutria pelo ex feiticeiro jujutsu, se desfizessem, assim como seus laços afetuosos um dia foram quebrados. 

Mas a queimação em seus braços, lhe fez perceber que ela realmente deveria aceitar a proposta dele. Ela não tinha uma noção total do que realmente eram aquelas maldições e ele já deveria ter um kit completo com poções para tratar cortes como aqueles. 

Acabou se dando por vencida, depois de soltar mais um longo suspiro. Odiando a si mesma por ser tão fraca diante dele, por nunca conseguir se manter distante, ou muito menos, agir como a feiticeira que ela era. Deveria prende-lo, leva-lo sobre custódia de volta para a escola para que o mesmo fosse julgado por todos os seus crimes. Mas o simples pensamento de que ele seria sentenciado a morte, fazia com que ela desistisse brevemente de seus deveres como uma feiticeira e apenas passasse a participar dos joguinhos sádicos dele. 

—  Você vai apenas tratar meus ferimentos e depois eu vou voltar para o colégio. —  Essas foram suas últimas palavras, antes de passar por ele e começar a caminhar em busca da saída daquele local. 

—  Eu prometo. —  O tom divertido na voz dele, era um claro sinal de que estava mentindo. 

***

 Depois de ter se livrado de seu sobretudo e seu suéter que estavam parcialmente destruídos. A feiticeira de nível dois, estava sentada encima da pia do banheiro de Suguru, usando apenas sutiã de renda azul, sua saia plissada preta e a meia calça da mesma cor, até mesmo suas botas se encontravam na entrada da porta do apartamento dele. 

Suguru havia pedido para que ela se livrasse das roupas superiores enquanto ele desaparecia por algum cômodo. Ela se sentou sobre a pia e aguardou de forma impaciente, começando a balançar as pernas no ar com a demora dele. 

Quando finalmente o moreno retornou, ele não vestia mais o longo kimono que ela tanto odiava. Estava vestido apenas com uma calça de moletom preta, descalço, com seu tronco inteiro desnudo na falta de uma camisa. 

Ele estava maior? 

Por que ela tinha a leve impressão de que os ombros dele pareciam mais largos do que da última vez que o tinha visto sem roupa? Seu peitoral também parecia maior e seus músculos estavam bem mais desenhados, de uma forma que ela mal conseguiu ignorar. Sua boca ficou seca e ela teve de passar a língua no contorno dos lábios para evitar futuras rachaduras. 

Um gesto que não passou despercebido por ele, já que Geto deu o sorriso mais descarado do mundo para ela, enquanto se posicionava entre suas pernas. Deixando a caixa com alguns vidros de líquidos coloridos e um saco de algodão pousadas ao lado dela sobre a pia. As mãos grandes e pesadas dele pousaram sobre suas coxas, obrigando que ela afastasse um pouco mais as pernas e ele pudesse se encaixar melhor ali. 

Estava fazendo de propósito. 

Ele sorria com um olhar coberto de desejo para ela, sabendo que suas pequenas atitudes a afetavam como um vulcão prestes a entrar em erupção. 

Lilith mordeu o interior de sua bochecha, com força o suficiente para que começasse a sentir o gosto de sangue, apenas para desviar os olhos dele e se focar em uma toalha com desenhos de raízes pendurada no suporte logo atrás dele. Aquilo deveria ser o bastante para prender sua atenção, enquanto ela ouvia ele mexer nos frascos e depois passou a sentir os toques dele em seus braços, o algodão deslizando delicadamente sobre suas feridas, o que lhe causou uma dor bem maior que o corte e a fez se contrair, soltando um gemido quase choroso. 

— Sinto muito por isso. —  O tom de voz baixo e grave dele, era indicio de que realmente estava arrependido. 

Mesmo assim, ela não o encarou, para não correr o risco de se render com a expressão piedosa que ele deveria estar carregando no momento. 

—  É bom que sinta, porque isso foi culpa sua. 

A queimação aos poucos começava a desaparecer e Geto tratou de ir cuidar da próxima ferida, que ainda ardia como se brasas estivessem sendo pressionadas sobre seus braços. Mais uma vez ela gemeu de dor com o toque do algodão. E o encarou de esguelha, sem virar o rosto, apenas para encontrar a expressão mais concentrada e seria dele.  

Os cabelos longos que sempre costumavam estar soltos desde que ele fora embora da escola, agora estavam presos num coque mal feito no alto da cabeça, que permitia algumas mechas caindo sobre o rosto demarcado dele. 

Tão lindo que ela chegava a sentir ódio por ainda admira-lo da mesma forma que antes. 

Enquanto ele tratava de suas feridas, Lilith se perdia em lembranças da época do colégio. Todos os momentos maravilhosos que eles tiveram juntos quando namoravam, como ela amava os beijos dele, os toques, as piadas de caráter duvidoso, suas fugas para qualquer lugar ao redor que os mantivessem longe de qualquer responsabilidade, das vezes em que ele disse que a amava, das discussões bobas e do sexo que vinha logo depois disso. 

Isso lhe trouxe um gosto amargo na boca, uma sensação dolorosa que ela havia sentido apenas no dia em que ele a olhou nos olhos e disse que deveriam terminar e que estava indo embora. Ele simplesmente lhe deu as costas e partiu, como se tudo o que eles viveram até ali não tivesse significado nada. 

— No que você está pensando? 

O som da voz dele próxima ao seu ouvido enquanto o homem se concentrava em colocar bandagens entorno de seus braços a trouxe de volta a realidade. 

Lilith piscou algumas vezes e o encarou, engolindo em seco todo o amargor em sua boca antes de responder. 

—  No quanto você é um idiota. 

Ele deu um mínimo sorriso e terminou de passar a última bandagem no segundo braço dela. 

—  Sabe que gosto quando fica arisca comigo, não sabe? —  Os olhos dele se encontraram com os dela e a platinada prendeu a respiração. —  Você nem se quer consegue disfarçar o quanto eu ainda te afeto. 

—  Isso não vem ao caso, você foi um babaca e eu não sinto mais o mesmo por você. 

—  Está mentindo. 

—  Não estou.

—  Então por que não consegue me olhar nos olhos enquanto diz isso? 

Ela foi pega de surpresa com as palavras dele, mal havia reparado que tinha desviado o olhar enquanto falava. 

De novo aquela sensação de raiva lhe dominou e ela tentou se agarrar a isso, lutando internamente para controlar seu corpo de liberar reações que soassem o contrário de suas palavras. 

—  Já que terminou o que tinha de fazer, me deixe ir embora. 

—  Ainda não. 

—  Suguru...

—  Eu quero que olhe nos meus olhos e diga que não me ama ainda, Lilly. 

Céus, como ela o odiava. Ela odiava Suguru Geto com todas as suas forças, ela odiava a existência dele e odiava ainda mais o fato de seu coração lhe trair e bater tão forte só pelo fato dele estar tão perto dela.  

— Eu te.... —  As palavras estavam morrendo, ela mal conseguia sustentar sua voz enquanto encarava aquelas onix que por tantas vezes ela se derreteu ao observar, porque lhe lembravam um conjunto de estrelas solitárias numa noite escura. —  Eu... Se você já sabe a minha resposta, por que insiste que eu a diga? 

—  Porque gosto de ouvir da sua boca o quanto me ama. 

A destra dele subiu para sua nuca, ele agarrou os cabelos dela com força e os puxou de maneira que a mulher tombasse a cabeça para trás num gemido baixo e contido, deixando todo seu pescoço exposto. 

Lilith choramingou quando a boca dele foi de encontro a sua pele, fazendo demarcações com chupões e mordidas que ela tinha plena certeza de que deixariam marcas por semanas. 

—  Suguru... Eu não... 

Antes que ela pudesse implorar para que ele parasse, a boca do homem tomou a sua, a língua dele invadiu seus lábios de forma territoríalista, impedindo que ela emitisse qualquer som que não fossem gemidos.  

Suas mãos se apoiaram no peitoral dele, tentando empurra-lo para longe de si, ela lutou, resistindo ao beijo, ignorando o calor da boca dele o máximo que pode. Mas em poucos segundos, ela já estava se rendendo, seu corpo pareceu ter ficado mais fraco, presa aos braços dele que contornaram seu quadril, Lillith soltou um gemido de frustração contra os lábios dele e passou a retribuir ao beijo, se entregando o máximo que podia. Porque no fundo, ela sempre soube que nunca tivera forças o bastante contra Suguru Geto, principalmente contra os sentimento que envolviam ambos. 

Passou as pernas entorno do quadril dele e os braços sobre os ombros largos do moreno. Ele entendeu a deixa para descer as mãos até sua bunda e sustenta-la no ar, passando a caminhar para fora do banheiro de volta ao quarto dele. 

Em questão de segundos, Lilith estava sentindo o impacto de suas costas sobre o colchão macio. Geto afastou sua boca da dela para se posicionar de joelhos entre as pernas da mulher, um momento que ela parou para avaliar toda a beleza dele. 

Odiava a si mesma por ama-lo tanto, mas ela simplesmente iria ignorar por alguns minutos o fato de ser uma feiticeira e ele um criminoso, ali eles seriam apenas dois ex amantes que sentiam a falta um do outro. 

A platinada se sentou sobre o colchão antes que as mãos de Suguru tomassem posse de seu corpo novamente, ela o conhecia bem para saber que ele estava louco para domina-la e fazê-la se submeter. Mas ambos poderiam jogar aquele jogo. 

As mãos dela se apoiaram sobre o quadril dele, enganchando a ponta dos dedos no elástico da calça, empurrando o tecido pra baixo, junto da cueca dele. Seu membro já estava rijo, a boca dela se encheu de saliva automaticamente com aquela visão. Envolveu toda a extensão dele entre seus dedos e passou a masturba-lo lentamente, sustentando o olhar do moreno sobre ela, enquanto seu polegar deslizava sobre a circunferência da glande dele. 

— Você tem certeza de que quer fazer isso? — Ele questionou com a voz mais rouca que o normal, entregando a respiração pesada. 

— Cala a boca antes que eu me arrependa. 

A risada sincera que ele soltou em seguida, fez com que a menor desse um leve sorriso. Ele claramente se divertia com o mal humor dela até mesmo na cama. 

Geto desceu de cima do colchão, ficando em pé na beirada da cama, enquanto Lilith engatinhava sobre o colchão para ficar de frente pra ele. Se inclinou, segurando o membro rijo do homem entre os dedos e aproximou seu rosto, começando a passar a língua sobre a glande, lentamente, o torturando até ouvir os suspiros mais profundos dele. 

— Querida, não me torture. Ou você vai arcar com as consequências depois. 

Aquela simples ameaça já conhecida, fez com que uma série de arrepios percorressem todo seu corpo. Ela continuou o que estava fazendo, ignorando totalmente as palavras dele, antes de abrir mais a boca e envolver metade do pau dele entre seus lábios. O gemido rouco dele a fez se sentir vitoriosa, como se finalmente pudesse estar no controle pela primeira vez, mas a mão pesada do homem agarrou sua cabeça e a empurrou contra a virilha dele, obrigando a mulher a engolir o restante de todos os centímetros que faltavam. 

Ele era grande e grosso e com o golpe, ela se engasgou ao sentir a glande inchada ir tão fundo em sua garganta, soltando alguns murmúrios no processo que arrancaram um sorriso descarado do moreno. 

Lilith apoiou uma mão na coxa dele e tentou empurra-lo, ela queria comandar, mas Geto não diminuiu o aperto sobre sua cabeça em nenhum momento. Muito pelo contrário, ele segurou os cabelos dela com mais força ainda, de forma que a platinada soltasse um gemido doloroso pela pressão em seu couro cabeludo. E passou a foder a boca dela como bem queria. A única coisa que ela pode fazer foi aceitar, se engasgando a cada golpe que sua garganta recebia. Seus olhos se encheram de lágrimas que passaram a escorrer por seu rosto, arrancando um sorriso sádico dele. 

Estava se divertindo com todo o sofrimento dela em aceita-lo. Por mais que já tivessem feito isso diversas vezes, Lilith nunca estava preparada para o tamanho dele em sua boca. 

O ar começou a lhe faltar e ela deu tapinhas nas pernas dele, indicando que precisava de um tempo. Geto se afastou, mas não soltou o cabelo dela, com a outra mão livre, ele segurou seu pau entre os dedos e passou a se masturbar diante dos olhos dela. 

— Suguru.... — A menor choramingou.

— Shiii, querida. Eu disse que você arcaria com as consequências de me provocar. Agora apenas me chupe. 

Antes que ela pudesse protestar mais uma vez, o pau dele estava novamente em sua boca a fodendo de forma bruta e desleixada, como se ele fizesse de propósito para que ela nunca conseguisse se acostumar com os golpes, se engasgando e chorando ainda mais com a boca entorno da extensão dele. 

O único som audível no quarto era dos engasgos dela, e o som molhado que o boquete causava. Geto nem se quer se esforçava para conter seus gemidos, ele sabia o quanto ela amava ouvi-lo gemer e lhe deu essa mínima satisfação. 

 Em poucos minutos naquela mesma sequência de golpes, ela sentiu o pau dele ainda maior entre seus lábios, até encher sua boca de porra, ao qual ela teve de se esforçar ao máximo para conseguir engolir tudo. 

O moreno retirou o membro da boca dela e lhe deu um tapinha no rosto, ele não usou da força, apenas do peso de sua mão para que ela pudesse sentir a leve pressão em sua bochecha. Seu rosto estava uma completa bagunça de lágrimas e alguns resquícios dos fluídos dele entre seus lábios. 

Suguru subiu sobre a cama mais uma vez, a segurou pela nuca e uniu seus lábios aos da mulher, mesmo com seu gosto na boca dela, ele a beijou intensamente, usando a outra mão para envolver o pescoço dela. Suas línguas deslizaram uma sobre a outra, num beijo quente e carregado de sentimentos, aos quais nunca precisariam ser ditos com palavras. Lilith chegou a se sentir atordoada com tamanha intensidade, mas se agarrou ao homem maior, enquanto ele a guiava para que se deitasse mais uma vez abaixo dele. 

Cessaram o beijo quando o ar passou a faltar para os dois, Geto se encaixou entre as pernas dela e sem paciência alguma, puxou o tecido da meia calça para que ele se rasgasse, arrancando um gritinho de susto da menor. 

— Ei, não rasgue as minhas roupas. — Ela ralhou, ameaçando chuta-lo com o pé, mas ele fora mais rápido em segurar o calcanhar dela no ar. 

— Fique quieta, você sabe o quanto eu odeio essas roupas que você usa. — Ele respondeu no mesmo tom, terminando de puxar pelas pernas dela os últimos retalhos do que um dia fora uma calça. 

— Elas não são piores do que aquele seu kimono ridículo. 

Um tapa estalou sobre a coxa da mulher e ela soltou um gemido choroso com o golpe que queimara em sua pele. 

— Já disse para ficar quieta. — Geto a encarou de forma ameaçadora, deslizando as mãos por baixo da saia dela para puxar sua calcinha pra baixo. Ele a retirou e afastou as pernas da mulher para se encaixar melhor entre elas, segurando na base de seu pau, para deslizar entre os lábios já encharcados da buceta dela. — Eu te amo, mas sua boca fica bem melhor gemendo meu nome do que reclamando. 

A declaração veio seguida de um golpe único quando ele a penetrou de uma única vez, arrancando um grito da platinada que o agarrou pelos braços, cravando suas unhas na pele dele. Geto também rosnou de prazer ao ter seu pau pressionado pelo interior dela, se deliciando com a sensação da menor tremendo embaixo de si. 

— Eu... Te odeio. — Lilith choramingou em meio a um gemido mais arrastado. 

— Sim, eu sei. — Geto beijou o queixo dela e depositou uma mordida sobre o local logo em seguida. 

Os golpes dele passaram a ser mais intensos, entrando e saindo dela sempre com mais força do que antes, fazendo com que a platinada revirasse os olhos e clamasse pelo nome dele sempre que a atingia mais fundo do que antes. Ele conhecia o corpo dela como ninguém, sabia seus pontos fracos e investia nisso, com beijos por seu pescoço, as mãos apertando forte o quadril dela enquanto a golpeava. O peso do corpo dele lhe sufocando enquanto se esfregavam um no outro, apenas a deixava ainda mais em êxtase. 

Passou as pernas entorno do quadril dele, apenas para sentir os golpes balançarem ainda mais seu corpo. O moreno agarrou as pernas dela e apertou com força, fazendo questão de marca-la em todos os pontos onde suas mãos passavam. 

Lilith se contorceu embaixo dele, ela estava tão molhada que o som dos golpes do pau dele em sua buceta pareciam mais alto do que os gemidos de ambos. 

Seus olhos se encontraram e ela não pode deixar de sorrir ao ver a expressão de prazer dele, o sorriso presunçoso que nunca abandonava seus lábios finos. 

Ela ergueu a cabeça para beija-lo, no mesmo instante em que Geto investiu ainda mais forte dela, e a mulher tremeu abaixo dele, sentindo o orgasmo chegar em instantes. Ela gozou entorno do pau dele, afastando os lábios dos do homem para gemer ainda mais alto. 

— Suguru... Hm... Ah porra. 

— É a minha vez, querida. — Ele avisou, voltando a segura-la pelo quadril, sem deixar de penetra-la em nenhum instante, aumentando ainda mais a intensidade do orgasmo dela e a deixando mais sensível. 

— Dentro não... — A menor choramingou com os olhos fechados, sentindo a extensão dele parecer bem mais inchada em seu interior. — Suguru.. Fora. 

— Shiu... — Ele a beijou mais uma vez de forma superficial, apenas para que a mulher se calasse. — Você ficaria tão linda com uma barriga redondinha. 

— Suguru.. Não. 

Lilith o agarrou pelos ombros tentando empurra-lo, mas o homem a prendeu com o peso do corpo dele, fazendo com que a feiticeira dobrasse os joelhos e ele pudesse ir mais fundo nela, em mais alguns poucos golpes, ela sentiu seu interior ser preenchido com a porra quente dele, choramingando mais uma vez por ele fazer isso com ela sem sua permissão. 

— Eu te amo. — Ele lhe deu um beijo na testa e saiu de seu interior. 

Lilith apenas virou pro lado na cama, ficando de costas pra ele, ainda sentia seu interior preenchido, começando a escorrer por suas coxas e isso a incomodou imensamente. Ela odiava quando Geto fazia isso, quando ultrapassava os limites que ela permitia, como aquele. Não que ela não se prevenisse tomando remédios, mas conhecia bem as táticas do moreno para querer lhe prender a ele. 

Sentiu ele se mover no colchão e em poucos segundos braços fortes estavam entorno de seu corpo a puxando contra o peitoral dele, ela não o encarou nos olhos, apenas se encolheu ainda mais, se recusando a ter de admitir, que por mais filho da puta que ele fosse, ela ainda o amava. 

Geto depositou um beijo sobre seus cabelos e ela fechou os olhos, tentando descansar antes de finalmente ter de ir embora. 



***

Espero que tenham gostado do capitulo. 

O casal Lilith e Geto foi retirado de uma das fanfic's que eu tenho postadas aqui. A Obsessão de Suguru Geto, caso queiram ler mais sobre a história deles, sugiro que dêem uma passadinha no meu perfil. 

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