Capítulo 4.

- Já que você estragou tudo, vamos fazer a seleção mês que vem? - Diz Mia assim que começamos a reunião.

A dois dias atrás eu estraguei tudo com meu alvo, simplesmente quebrei o nariz da sua ex namorada. O relacionamento deles durou 3 anos, não é possível que ele tenha esquecido ela tão rápido, aposto que ele está com ódio da minha cara.

- Você tem que escolher meninas bem qualificadas. - Digo.

- Ninguém seria mais qualificada que você. - Mia ficou muito brava quando eu disse o que eu fiz, mas acho que ela me entende. Afinal Banks também matou o pai dela e creio que ela também não aceitaria um xingamento.

- Eu já lhe expliquei a história, ninguém fala mal da minha família. - Levanto-me da cadeira.

- Onde você vai? - Mia pergunta.

- Vou caminhar na praia, preciso refletir um pouco. - Pego minha bolsa e caminho para o banheiro da sala de reuniões.

- Caminhar? Pensei que ia me ajudar a escolher as garotas.

Tiro meu vestido básico, troco por um short frouxo e um top preto. Saio do banheiro, Mia continua no mesmo local.

- Vou ajudar você no dia que as garotas vierem aqui. Tenho que ir, beijos.

(***)

Depois de correr alguns quilômetros decido voltar para casa, preciso de um banho. Paro em frente a uma faixa de pedestre, vi que o carro estava um pouco longe e eu posso correr bastante rápido. Corro para o outro lado da rua, mas sou impedida quando o carro me acerta, me jogando no chão.

Merda! Parabéns para mim, treinada para matar um batalhão e não consigo atravessar a rua.

- Meu Deus! Me desculpa, eu não vi você. - Conheço essa voz.

Olho para trás para ver de quem vinha aquela voz.

- Você? - Pergunto surpresa.

Não acredito que meu alvo acabou de me atropelar.

- Você? - Ele abre um sorriso no rosto.

- Você devia me ajudar. - Estendo meu braço e percebo que minhas mãos estão raladas.

- Você está toda machucada. - Ele se agacha e me carrega no colo. Percebo que havia uma pequena multidão nos olhando.

Ele me coloca dentro do carro, rapidamente ele faz a volta e coloca o carro em movimento.

- Meu apartamento é aqui perto. - Diz Jonathan.

- Pensei que seu apartamento fosse perto da boate.

- Tenho muitas moradias, Srta. Carter.

(***)

Ele fez um pequeno show me carregando da garagem até seu apartamento. Dentro do elevador permanecemos calados, mas nossos corações diziam tudo pelo forte batimento.

Sou colocada em cima de um pequeno balcão de pedra, fiquei da mesma altura que ele e fico feliz por isso. Jonathan começa a fazer os curativos nos meus joelhos.

- Esperava um dia atropelar todo mundo, menos você. - Ele sorrir ao dizer isso.

- Eu não esperava ser atropelada. - Digo.

- O que você tinha em mente? Achava que podia ser mais rápida.

- Achava. - Sou sincera com ele.

Ele sorrir.

- Está escrito na sua testa. - Ele rir.

- O quê?

- Está escrito "louquinha". - Dou um sorriso de lado para ele - Prontinho. - Ele diz assim que termina com os meus curativos.

- Obrigada. Você foi bastante gentil.

- Acho que eu mereço algo em troca. - Ele me olha com seu olhar de desejo. Ele tem um sorriso malicioso no rosto que me faz derreter.

Sou surpreendida quando seus lábios tocam os meus em um beijo cheio de desejo. Suas mãos correm por todo meu corpo. Ele toca em meus seios que estão loucos para serem tomados pela sua boca.

A campainha toca nos fazendo voltar a realidade. Jonathan larga meus lábios, sua expressão mostra que ele não está gostando muito da visita indesejada.

- Acho que o mundo não quer que a gente vá para a cama. - Ele diz com um sorriso no rosto.

Sorrio para ele sentindo meu rosto cora, afinal porque eu estou envergonhada?

- Fica linda corando. - Ele toca no meu queixo.

A visita começa a tocar a campainha diversas vezes. Jonathan corre para a porta, eu queria poder ter trago um gravador e poder escode-ló, afinal não esperava ser atropelada pelo meu alvo.

- Pai! que surpresa. - A voz de Jonathan está bastante contente.

- Hey, garotão! - Essa voz.

O mundo parou de girar, eu paralisei no lugar onde eu estava. Eu queria fugir dali, queria correr para o cemitério e ficar perto do túmulo da minha mãe, o único lugar onde eu sinto paz. O cara que destruiu minha vida está debaixo do mesmo teto que eu. Eu passei anos da minha vida me preparando para quando fosse encontra-ló e eu ainda não estou preparada, ele ainda atormenta meus sonhos, ele sempre vai ser meu maior pesadelo.

- Tenho que te apresentar uma amiga. - Diz Jonathan.

Jonathan aparece na cozinha acompanhado por Tom. Sinto que no meu peito falta ar. Vendo Jonathan e Tom lado a lado vejo o quanto ele se parece com o pai.

- Lily, esse é meu pai Tom. - Diz Jonathan. Tom se aproxima, meu coração acelera e eu sinto vontade de correr igual uma criança assustada.

- Um prazer conhece-lá, senhorita. - Ele pega minha mão sem ao menos eu ter oferecido ela - Você fala?

Minha respiração está ofegante e eu estou com muito nojo das minhas próprias mãos.

- Sim. - São as únicas palavras que consigo falar.

- Vim chamar você para um almoço em família. Eu estava passando por aqui e decidi te chamar pessoalmente. - Ele olha para mim que ainda estou paralisada sentada naquele balcão - Você também está convidada, Lily.

- Com certeza vou leva-lá, papai.

- Bem, agora vou deixar vocês a sós crianças. Foi um prazer conhece-lá, Lily. - Tom se vira e saí do apartamento.

Ouço Jonathan fechar a porta, ele aparece na cozinha novamente. Ele tem um sorriso rosto mostrando que ele está super feliz por ter apresentado sua nova garota ao seu pai.

- Você está bem? - Ele me desce do balcão.

Minhas pernas estão bambas, me seguro em Jonathan para poder manter meu equilíbrio.

- Você pode me levar em casa? - Pergunto. Minha voz ta fraca, mas não porque eu estou fraca e sim porque eu quero chorar.

- Claro... Você vai comigo amanhã? - Olho dentro dos seus olhos, eu queria poder dizer que não, dizer que eu odeio o pai dele, mas eu lutei tanto para está aqui.

- Sim.

Ele abre um sorriso enorme no rosto.

- Vamos, eu te levo em casa. - Ele me abraça pela cintura e me conduz até a porta.

Quando chegar em casa a primeira coisa que irei fazer é ligar para Mia, dizer que eu preciso ver ela, na verdade quero apenas chorar no seu ombro, quero que ela me conforte com suas palavras dizendo que tudo irá ficar bem.

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