Capítulo 4
"Olá gente, espero que gostem desse capítulo. Beijos, até a próxima e não esqueçam de comentar e votar!"😘😘
— Preciso que fique casada comigo até a meia-noite.
— O quê? — perguntei confusa.
— Foi o que você escutou. Preciso que fique casada comigo até a meia-noite — afirmou repetindo a frase.
— Como? Nem somos casados, saia, deixe-me morrer em paz. — Desisti.
— Não seja tão pessimista, você só precisa dizer sim — disse se aproximando.
— Isso só pode ser uma brincadeira. — Coloquei a mão na cabeça em frustração.
— Posso te garanti que não é. — Chegou bem perto de mim, pude sentir o seu hálito frio.
Vamos cogitar possibilidades:
1. Não tenho como sair daqui sozinha.
2. Provavelmente morrei de frio antes que consiga morrer de fome e sede.
3. Amanhã serei uma linda estatua de gelo que certamente será admirada por milhares de pessoas em todo mundo. Me denominaram a princesa de gelo e serei lembrada por gerações. Além de transforarem esse lugar no meu santuário, o covil do meu reinado.
Devo admitir que às duas primeiras opções nunca serão cogitadas por mim, mas a terceira é algo a ser pensado. Afinal quem não quer ser lembrando? Mas infelizmente, com muito pesar terei que descartar já que para alcançar o feito de ser a princesa de gelo e ter um memorial só para mim, terei que morrer. E não querendo ser muito direta, a palavra "morte" não me atrai nenhum pouco. Então, a minha única oportunidade é enganá-lo dizendo que sim. Por que não? Afinal de contas, menti nunca fez mal a ninguém.
— Sim. — Dei o meu melhor sorriso de, sou esperta.
No mesmo momento fui arrancada do lugar, com força. Ao que parece meu pé congelou, causando-me uma terrível dor. Por causa disso não consegui falar nenhuma palavra depois do ocorrido e, fui levada por ele para um lugar que não tenho a mínima ideia.
Em seus braços sinto-me como se estivesse tomado alguma espécie de sonífero, pois, apago logo em seguida.
Sinto-me acomodada em algo macio, aprofundando o meu delicioso sono. Com isso, movo-me espreguiçando sobre a cama, quase embolando nesta.
Pouco a pouco vou abrindo os olhos, ainda com bastante dificuldade pela forte luz. Com a visão completamente clareada, observo mais do quarto.
As paredes estão em um tom pastel, acompanhada pelo teto branco, ainda com um piso de porcelanato, sendo embelezado por uma cama box madeira, acrescentando por vários objetos decorativos no quarto, terminando com uma aparência clássica.
Enfim, após essa observação, caí na real, com toda a certeza não estou no hotel. Apressei-me em sair da cama, correndo em direção a porta, que presumo ser a saída.
Porém, para infortúnio meu, um peito atravessou o meu caminho. Levando meu olhar para cima encontrei um sorriso brincalhão a minha frente. Contraindo mariposas no meu estomago, impossibilitando que as borboletas que ali abitam sigam o seu curso. Isso porque constantemente ando nas nuvens, apaixonada pelos homens dos livros de romance, ao qual devo admitir serem um pedaço de mal caminho. Dessa forma as borboletas que abitam em mim estão dando lugar as mariposas no exato momento que direciono o meu olhar para esse sorriso a minha frente.
— Onde pensa que vai princesa? — Cruzou os braços à minha frente.
Fiz um raio x de cima a baixo da peça a minha frente, esbanjando ousadia com seu olhar de palhaço, tendo seus olhos mel um brilho esquisito, acrescido por sua pele com um tom acima dos seus olhos, acrescentado por fios pretos bem cortados a nuca. Resumindo ele é... — Fiz força para pronunciar essas palavras — bonito. Dentro do limite, quero ressaltar.
— Fico feliz que lhe agradou à vista. — Deu um sorriso arrogante.
— Não disse nada, com licença, preciso passar. — Tentei empurrá-lo, mas o bicho continuou plantado feito uma pedra.
— Acho que não, precisamos acertar algumas coisas.
— Não tenho nada para falar com você, saia do meu caminho, estou atrasada — falei por fim.
— Não esqueça da sua promessa. — Continuou plantado em frente a porta.
— Sinto te informar, porém, você foi enganado. Agora, tchau. — Tentativa de fuga em vão.
— Para a sua infelicidade nunca sou enganado. — Puxou-me em direção a cama.
— Socorro! Estão querendo me atacar — gritei.
— Cala a boca maluca, nem em mil anos tocaria em você. — Afirmou ficando de frente para mim na cama.
Patético, quem ele pensa que é?
Para a minha sorte ele não pode estar tampando todas as minhas direções de fugas, por isso, fugi com este correndo atrás de mim. Contudo, fui capturada enquanto corria pela sala, com ele me prendendo em seus braços.
— Quero ver como vai sair agora princesa. — Riu em escárnio.
— Me solte seu... brutamontes. — Apunhalei o seu peito com vários socos.
— Estou amando a massagem, mas precisamos conversar. — Insistiu.
Para decepção deste homem, sou ótima na arte da fuga, com isso, aproveitei a oportunidade e dei um chute nas suas partes baixas, fazendo com que ele se encolhesse no chão em dor.
— Tchau. — Gargalhei.
Corri o mais rápido possível para fora do local, encontrando a chave na porta e abrindo-a. Enquanto ando apressada pelo prédio, pergunto a uma senhora onde fica a saída, ela me informou e me retirei daquele lugar.
Infelizmente só estou com a roupa do corpo, minha bolsa ao que parece ficou no quarto. Não conheço o lugar, já que estou em frente ao parque. Porcaria de cidade estranha — pensei em frustração.
Mesmo com o desespero coloquei a cabeça para pensar, pedi o táxi, na intenção em parar em frente a biblioteca e "implorar" uma ajuda de custo a Colin, que já deve estar preocupado.
— O senhor pode me dizer que horas são? — perguntei ao motorista.
— Vinte para às nove, moça — falou olhando para o relógio.
Sério? Então, hoje é o meu dia de sorte. Não passou muito tempo, cheguei em frente à biblioteca.
Apressei-me em falar com Colin que se encontra lendo uma revista. Perguntei se ele pode me emprestar um dinheiro para pagar o táxi, ele me olhou confuso, mesmo assim deu o dinheiro. O agradeci com muita vergonha e paguei o taxista.
— Agora estamos sozinhos, posso saber o que aconteceu? Por que você está afoita? — perguntou percebendo meu estado.
Como ele notou? Esqueci que sou um livro aberto, esse é um dos meus defeitos, quando estou preocupada com algo costumo reagir sendo muito transparente.
Enquanto penso em alguma mentira, seu celular toca, promovendo alguma oportunidade de fuga nessa empreitada.
— Estou pesquisando os próximos livros a ser comprados no seu escritório. — Saí rapidamente, indo em direção a porta esquerda, enquanto ele continuou com uma cara de tacho, parecendo está boquiaberto com a situação, tendo seu celular tocando em seu bolso.
Sei que não escaparei desse interrogatório, mas preciso de um tempo para inventar uma boa mentira, afinal de contas, não tenho a maestria das mentiras como minha mãe Fiona.
— Oi primo... — Antes de sair ouvir ele falar o começo da frase, em um tom bastante entediado por sinal. Totalmente diferente da emoção que estava usando para falar comigo, como se as suas atitudes fossem apenas uma fachada.
Repensando sobre os acontecimentos passados me joguei na poltrona de couro, no escritório.
Ainda assim, como vou conseguir sair desse percalço?
Pensa Rosa, olhe as possibilidades. Não tem como aquele doido me encontrar, mas tenho que despistar os questionamentos de Colin. Baguncei meus cabelos já maltrapilhos, com todos esses pensamentos a flor da pele, esqueci de escovar os dentes, algo que os livros fazem questão em declarar que as mocinhas acordam com hálito de hortelã. Aproveito a oportunidade com esse pensamento e cheiro o meu hálito, colocando a mão sobre a boca, destacando que o cheiro azedo é forte, eca! Como pude falar perto daquele estranho com isso? Que vergonha, espero realmente não ver aquele ser nunca mais na minha falida vida.
É notável que o universo está tentando me dizer algo, não é possível, sempre que tento fazer algo, dar errado. E a minha reação é ser uma tola, que não sabe o que fazer da vida em plenos 30 anos, quem disse que trinta é a idade do sucesso? Um idiota talvez, ou consequentemente o universo esteja querendo transmitir alguma mensagem, ok! Já entendi, e-mail recebido. Desisto — pensei frustrada.
Sou interrompida dos meus pensamentos conturbados com a porta sendo aberta.
— Rosa, preciso ir. — Saiu, mas voltou logo em seguida. — Mais tarde conversamos — encerrou sua fala.
Não pude deixar de me encostar no estofado da poltrona, desanimada. Porcaria de vida!
Para o meu prazer a tarde foi tranquila, consegui achar uma pasta de dente, aliviando a minha tortura e, Colin não voltou mais.
Enquanto ando apressada pelas ruas movimentadas, com pessoas saindo de seus respectivos trabalhos, outros indo trabalhar, mais alguns divertindo-se, entre outras sequências.
Corro em direção ao hotel na intenção em ter meu jantar, pois, é aproximadamente sete da noite.
A rua está coberta de neve, mas nada comparável a ontem, enquanto tenho esse lampejo de observação, uma sombra preta aparece em minha frente.
— Precisamos conversar — falou sucinto.
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