CAPITULO 8
Eu estava deitado em uma cama, e ao mesmo tempo em que eu queria me levantar para ver o que diabos estava fazendo barulho em alguma parte do apartamento, eu queria ficar deitado na cama e dormir por toda a eternidade. Claro que isso que acabara de ser pensado por minha pessoa contém uma enorme dose de ironia. eu estava em um luta contra mim mesmo.
decide deixar a minha preguiça de lado e ir ver o que diabos estava fazendo barulho. Diana estava ao meu lado, mas diferente de minha pessoa, Diana estava dormindo como nunca dormira antes em toda sua vida. Com cuidado, eu afastei o confortável edredom que cobria minha perna desnuda, e tentando fazer o mínimo barulho possível, eu comecei a me movimentar para sair da grande cama na qual eu estava deitado.
Quando meus pés acabaram tocando o chão, que por sua vez estava revestido por um tipo de tapete totalmente confortável, dei alguns passos em direção a porta. Antes de sair do quarto em que eu estava hospedado, dei uma ultima olhado em direção a minha filha. por mais que ela não fosse minha filha biológica, ela tinha traços realmente semelhantes aos meus. em toda a minha vida, eu nunca pensei que era possível amar tanto um ser tão pequeno. eu sempre soube que os pais amavam seus filhos, e muitas vezes esse amor era incondicional e gigantesco, mas eu só não sabia que esse amor era tão... incondicional. é um amor tão grande que eu juro estar surpreso de ainda não ter morrido de tanto amor.
eu sai do quarto em que estava e caminhei pelo grande corredor que abrigava varias portas que davam acesso aos quartos, banheiros e outros cômodos que eu infelizmente não tinha conhecimento. o barulho parecia vim de um lugar mais afastado dos quartos, mas mesmo assim o barulho era possível ser ouvido pelo quarto. A cada passo que dava, o barulho parecia ficar mais alto. eu seguia o som assim como os personagens de animações muitas vezes seguiam o cheiro da comida. quando eu cheguei perto da sala e da cozinha, o barulho estava mais alto que nunca. eu sabia que esse barulho pelo qual eu estou procurando, vinha da cozinha. eu me dirigi rapidamente até a cozinha, que não ficava longe de onde eu estava. Sim, o apartamento é imenso.
quando eu cheguei na entrada da cozinha, uma cena um tanto quanto, rara, estava em minha frente. a vontade de rir era enorme, mas, por algum motivo, eu não ri. Eu apenas fiquei o encarando, enquanto ele remexia o corpo como se estivesse dançando uma musica que, provavelmente, tocava em sua cabeça. essa, de todas em que eu vi em minha vida, é a mais rara cena que eu presenciei. não sabia que era possível alguém tão... machão saber dançar tão bem. Lucas se mexia freneticamente parecendo estar dançando uma musica bem animada, enquanto eu o encarava com um riso estampado no rosto. felizmente, ele não conseguia me ver pois estava de costas a minha pessoa. ele usava um avental e parecia estar preparando algo, esse ''algo'', até o momento, era desconhecido, pois como ele estava de costas para mim, eu não conseguia ver o que ele estava a preparar.
eu estava de braços cruzados o observando com um sorriso estampado em meu rosto. eu sei que eu deveria o informar de minha presença, mas eu não queria que ele parasse de dançar, e ele com certeza pararia de dançar por conta da sua vergonha. Então, eu apenas me contentei em o observar dançando. O famoso barulho realmente pertencia a cozinha, pois o barulho era feito por um liquidificador que estava ligado. Ainda de costa a mim, Lucas caminhou até o liquidificador e em seguida o desligou, fazendo com que o ambiente fosse alvo de um silencio amável. A cada passo que o mesmo dava, a sua dança não parava por nenhum momento sequer.
eu finalmente tomei coragem para chamar sua atenção. então, ainda encostado na parede e de braços cruzados, eu chamei a sua atenção fazendo o mesmo se assustar imensamente.
— Não sabia que voce gostava de dançar. — sem conseguir evitar, eu comecei a rir de seu susto e de seu semblante assustado que seu formou assim que eu acabara de falar. Ele me olhava assustado enquanto eu tentava ao máximo parar de rir. — Desculpa, eu realmente não queria ter te assustado. Infelizmente foi inevitável. — eu disse, depois de ter conseguido parar com minhas risadas exageradas.
Lucas ainda aparentava estar assustado, mas seu semblante não transmitia apenas susto, e sim, vergonha. ele estava completamente envergonhado por conta da minha recém descoberta. Ele abria a boca na tentativa de proferir algo, mas nenhum som se fazia presente no momento. Ele esta muito envergonhado, e isso já estava me constrangendo, então eu resolvi desfazer o clima constrangedor.
— Olha, não precisa ficar com vergonha por conta disso, tá legal ? — Eu comecei a caminhar em sua direção, e o mesmo apenas me observava, ainda nervoso. Agora, o seu nervosismo parecia ir embora de pouco em pouco. A cada passo que eu realizava em sua direção, ele parecia ficar menos nervoso. — O que voce está fazendo a essa hora ? — Como se fosse algo inesperado, Lucas fala com a voz tremula.
— E-eu estava apenas F-fazendo bolo. — eu franzi o cenho, surpreso.
— Bolo ? — Lucas confirmou com uma aceno de cabeça, e isso me fez abrir ainda mais minha expressão. Eu realmente estava surpreso. bolo é algo que eu não como há mais de anos. Era realmente possível ter ingredientes para fazer um bolo ? Que foda. — De que ? — Eu perguntei, o encarando fixamente. Enquanto eu o encarava, eu rezava para que ele falasse chocolate, eu não parei nenhum segundo de orar para que as próximas palavras que Lucas proferisse fossem "Chocolate" ou "Chocolate". Minha ansiedade era imensa.
— É de morango. — Essas palavras proferidas por Lucas foram como tiros que atravessaram meu coração. minha expressão, que a segundos atrás estava feliz e esperançosa, agora estava triste. Eu não precisei falar o motivo de minha tristeza repentina para Lucas pois o mesmo já tinha conhecimento de meu sabor preferido e ele claramente saberia o motivo de meu momento Sad. — Brincadeira... É de chocolate. — Outro tiro. não preciso detalhar o que aconteceu em seguida, vocês já devem saber. Eu basicamente fiz : Pular, gritar silenciosamente, dar dois socos no braço de Lucas por conta de sua mentira, e depois, rir para tentar expressar minha felicidade imensa.
— Cara, eu não sei como expressar o que eu estou sentindo nesse exato momento. Muito, muito obrigado. Eu te amo tanto. — Eu o envolvi em um abraço de agradecimento por seu ato. Desde o momento em que eu comecei a pular, gritar silenciosamente e etc, Lucas apenas observava calado, mas o seu sorriso falava mais que mil palavras. Eu desfiz o abraço e olhei para Lucas com um sorriso no rosto. — Mas... Como diabos voce conseguiu os ingredientes necessários para fazer um bolo, ainda mais de chocolate ?
— Ah, aquele cara que se chama Samuel disse que cada apartamento podia pegar algumas coisas no mercado uma vez por mês. Então, eu resolvi pegar os ingredientes para fazer um bolo já que voce dizia que amava tanto bolo de chocolate. Foi mal por ter gastado nossa vez. — Disse Lucas.
— Não precisa se desculpar. Se voce não tivesse comprado, eu teria. — Eu disse. — Então, falta muito pra terminar ? — Perguntei, indo em direção ao futuro bolo, que estava uma massa homogenia preta dentro de uma vasilha.
— Bem, não falta fazer muita coisa. Só falta fazer o chocolate para o recheio e o chantilly, mais conhecido como: glace. Eu acho. — Disse Lucas, ao meu lado limpando as mãos com um pano que acabara de pegar em cima da bancada.
— Vamos, eu vou te ajudar com isso. Mas, agora, vamos fazer menos barulho. — Eu disse.
— Beleza, e desculpa por ter feito muito barulho. Eu não sabia que dava para escutar lá do seu quarto. Mas, dava ? — Perguntou, me encarando enquanto eu mexia na massa.
— Não... nem ouvi nada, nadinha de nada. É bem silencioso esse liquidificador, parece um motor de avião. — Eu disse, rindo um pouco.
— Puts, foi mal. Foi mal mesmo. — Lucas se desculpou. Após isso, nós dois começamos a fazer o resto do trabalho. Não sei se falta muito para o dia amanhecer, mas eu espero que nós dois terminemos isso antes de o sol dar as cara á esse lado do mundo.
***
Eu e Lucas tínhamos acabado de colocar o bolo dentro do forno para que ele pudesse asar. Eu, neste exato momento, estava limpando a bancada feita de mármore, que por sua vez, estava suja de farinha. Enquanto eu limpava a bancada com um pano úmido, Lucas estava lavando a louça que fora suja para prepararmos o famoso bolo de chocolate. Enquanto nós estávamos fazendo o bolo, nós dois conversamos sobre muitas coisas. Eu cheguei a comentar sobre o seu crush em Alyssa, e isso fez com que ele ficasse corado, envergonhado. Há um tempo atrás, Lucas revelou a mim que ele tinha uma paixão por Alyssa. Claro que, no momento, eu fiquei totalmente confuso pelo motivo de que Lucas nunca pareceu ter algum interesse em Alyssa. Em todo o tempo em que eles se conhecem eu nunca vi Lucas dirigir a Alyssa algum olhar, além do da amizade.
Quando eu proferi a seguinte pergunta " Como está voce em relação ao seu crush em Alyssa ? " Ele apenas deu de ombros e respondeu a resposta padrão que ele sempre me dava quando tal assunto era tocado em meio a uma conversa nossa " Está indo bem. " ou " Tá beleza. ". Por mais que ele tenha tomado coragem para se abrir comigo e revelar isso a minha pessoa, ele parecia inseguro para fala sobre tal assunto. Não vou mentir, eu acho chato isso de não contar. Poxa, ele pode confiar em mim. Não é como se eu fosse sair espalhando o seu "segredo" para todo mundo. Eu não sou louco de fazer tal ato... eu acho. Brincadeira, eu não faria isso nem morto. Diferente de algumas pessoas, eu sei guardar segredo muito bem.
Eu havia acabado de limpar a bancada e agora estava em frente a segunda pia da cozinha lavando o pano. Lucas ainda se mantinha lavando os pratos, que não eram muitos. Eu estava concentrado lavando o pano quando o som de batidas na porta de entrada sendo executadas ecoaram pelo apartamento. Eu olhei para Lucas com o cenho franzido, e ele não fez diferente de mim. Nós dois nos olhávamos com uma interrogação gigantesca na testa de ambos.
Quem poderia ser a essa hora da noite ? Assim, eu não tenho ideia de que horas seja, pois no mundo de hoje em dia não há calendário, relógio, horas ou outras coisas que marcam o tempo, mas está nítido que é tarde demais para alguém ficar batendo na porta alheia.
As batidas continuavam a soar pelo apartamento e isso já estava fazendo com que eu ficasse com receio de que minha filha pudesse acordar com o som.
— Eu vou lá. — Eu informei a Lucas. O mesmo, claramente, iria falar algo, mas eu o dei as costas e fui caminhando em direção a porta de entrada, onde a mesma estava sendo alvo de batidas. Eu caminhava pelo apartamento, que por conta de suas luzes apagadas, estava totalmente escuro. Ao chegar na sala, a primeira coisa que fiz foi acender a luz para que fosse possível eu ver o rosto da pessoa que estava a bater na porta. Agora, com as luzes acessas, eu andei até a porta e levando a minha mão até a maçaneta da porta. Ao abrir a porta, eu me deparei com o Mark, o líder dessa cidade, aquele mesmo homem que, mesmo sendo ignorante e totalmente grosso, foi a nossa sorte, pois, sem ele nós não estaríamos aqui.
Ele me olhava fixamente enquanto eu o encarava, confuso. Nós dois estávamos calados, apenas nos encarando, e eu claramente fiquei com medo de que aquele momento fosse alvo de um clima estranho, então eu resolvi me pronunciar antes que o silencio se estendesse.
— O-oi, posso te ajudar com alguma coisa ? — Eu sei, eu sei. O que diabos deu em mim para falar isso ? Na verdade, eu estava nervoso. Por mais que eu tente demonstrar diferente, eu não conseguia disfarçar o meu nervosismo. Talvez ele tivesse conseguido perceber o meu nervosismo, não sei, eu realmente não sei, mas eu estava rezando para que ele não tivesse percebido.
— Eu apenas queria saber se vocês estavam bem, e se estavam bem acomodados!! — Diferente do meu, o seu tom de voz saiu serio e confiante. Ele parecia estar tão... Sei lá. Ele parecia grosso, mas um grosso com classe. Que porra que eu to falando ? Ops, pensando.
— Nós estamos muito bem, obrigado. — Eu disse, o encarando.
— Ótimo, eu espero que vocês gostem daqui. Se voce quiser, eu posso te mostrar a cidade. Aqui tem vários lugares para se divertir e passar o tempo. A garotinha vai gostar. — Ele disse, me encarando ainda serio.
— Claro, eu iria adorar, e minha filha também, muito obrigado. — Eu disse. Ao ouvir a palavra "Filha" ele pareceu ficar confuso. Eu vendo o seu semblante confuso, eu decide me pronunciar a respeito do assunto. — Sim, ela é minha filha. Não é de sangue, mas é de coração. — Ele ainda parecia confuso, mas depois ele desfez a carranca confusa que predominava seu rosto e agora ele se encontrava serio, novamente.
— Claro, eu entendo. Voce realmente se parece um pouco com ela, então eu pensei que vocês eram irmãos já que voce é muito novo para ter filhos. Mas, deixando esse assunto de lado, eu queria perguntar se nós podíamos realizar nosso tour amanha, o que acha ?
— Perfeito. — Eu disse. Eu realmente estava animado para conhecer toda a cidade. Ele se preparou para sair e eu para fechar a porta, mas algo me veio a cabeça no mesmo momento em que eu ia fechar a porta. — Ah.. — Ele se virou para mim. — Eu queria pedir desculpas por hoje, quero dizer, ontem, eu não sei. Eu só queria te pedir desculpas por ter sido tão... ignorante.
— Não peça desculpas, eu gostei. — Ele disse, dando um sorriso quase imperceptível. O QUE ? ELE SORRIU ? Sei que parece bobagem, mas, vindo dele, isso é algo muito raro, pelo menos eu acho. ele deu as costas novamente e foi embora. Eu fechei a porta e me dirigi até a cozinha com um sorriso bobo no rosto.
— Quem era ? — Perguntou Lucas assim que eu pus meus pés na cozinha.
— Mark...
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ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAPITULO DE HOJE.
Provavelmente tem mais erros do que o normal, pois eu estou escrevendo em um notebook, e ainda estou me acostumando. No celular havia corretor, então muitas vezes era o corretor que se ocupava em colocar os acentos e outras coisa. Eu estou aprendendo de pouco em pouco a mexer mais no note, então talvez haverá muitos erros, e eu peço perdão por isso.
BEIJOS. A GENTE, SE VOCES PUDEREM ESTAR CLICANDO NA ESTRELINHA PARA ME MOTIVAR AINDA MAIS, EU IREI AGRADECER.
DEÊM VALOR AS OBRAS DAQUI DO WATTPAD, POIS NÓS NAO ESTAMOS GANHANDO NADA TRAZENDO ESSES CONTEUDOS PARA VOCES, MAS MESMO ASSIM TRAZEMOS. NÓS GASTAMOS TEMPO ESCREVENDO, POR FAVO, DEÊM ESTRELINHA.
ATÉ O PROXIMO CAPITULO.
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