CAPÍTULO 15
Bom, eu estava a pensar em varias coisas enquanto estava tomando banho. Pensava em minha antiga vida enquanto a agua descia por minha cabeça e seguia o caminho ate minhas costas, pernas e enfim chegar ao chão do banheiro. Pensava na minha vida atual enquanto passava o sabonete por toda a extensão de meu corpo no intuído de limpa-lo e o deixar com o cheiro do sabonete, o que sinceramente é meio sem logica, já que eu ainda iria passar perfume, mas ainda assim eu queria sentir o cheiro do sabonete em meu corpo, nem que seja por apenas alguns minutos.
Tomar banho é uma das melhores coisas do meu novo dia a dia. Claro que comer também é, mas tomar banho é uma mistura de sensações que me acalmavam. Desfrutar do caminho que a agua percorria por todo o meu corpo era maravilhoso, uma das melhores coisas do mundo atual. Poder refletir sobre tudo o que estava acontecendo no momento enquanto sentia a agua cair sobre minha cabeça era tão... Perfeito.
Bom, agora vamos parar de refletir sobre a agua e vamos falar sobre o que mais importa.
Uma mulher um pouco baixa veio buscar Diana a algumas horas atrás no intuito de leva-la á festinha que estava tendo no apartamento de Mark. Ela era tão educada e fofa que conseguiu a minha confiança em cinco minutos. O modo que seus olhos se fechavam por completo enquanto ela ria de algo era tão encantador. Ela parecia ser descendente de algum japonês ou chinês. Nao sei. Seu jeito era tão encantador que cativava e deixava uma energia boa em qualquer lugar que passava. Não havia pessoa melhor para cuidar de minha filha do que ela. Então, com o pensamento de que ela iria cuidar muito bem de minha filha, eu deixei ela ir com Diana para a festa.
Eu havia ido até o apartamento de Alyssa a chamar para ir comigo na festa do Mark, mas ela disse no maior deboche que não precisava ser convidada por mim pois ela já havia sido convidada para ir. Não disse nada, apenas mandei ela se foder. Eu havia cogitado a ideia de levar todas a minhas coisas para o apartamento dela para que nós pudéssemos nos arrumar juntos, porem, no apartamento dela só tinha apenas um banheiro, então logo desisti da ideia.
Eu também chamei Lucas para vir com a gente, mas ele disse que já iria com Carl e eu apenas confirmei com a cabeça. Eu não sei quando isso tudo de nos ignorarmos irá acabar, mas eu apenas rezo para que seja rápido. Eu já não estava mais aguentando passar tanto tempo sem o ter por perto, e mesmo que nós morássemos no mesmo apartamento isso não era a aproximação que eu tanto queria, e sim a aproximação que nós tínhamos antes. Conversar todos os dias, rir um da piada do outro, fazer brincadeiras um com o outro, coisas que nós não estamos fazendo mais.
A noite já havia chegado a algum tempo e quando eu terminei de tomar banho, eu fui me arrumar. Estava meio indeciso em o que usar para a festa, porem, eu consegui pensar rápido em algo. Eu decide usar uma blusa manga longa branca com a gola até o pescoço, uma calca preta um pouco rasgada nas cochas e um bota também preta. Fui ate o banheiro arrumar o cabelo e passar um pouco de perfume. Sequei o cabelo com o secador e o arrumei com a mão mesmo. Dei adeus ao cheiro do sabonete assim que espirrei a primeira dose de perfume em meu pescoço e depois na camisa. Por fim, me encarei no espelho e me virei de lado para ver como estava a minha bunda.
— A mamãe aqui é uma gostosa de qualidade, viu ?! — Disse a mim mesmo quando vi o tamanho de minha bunda apertada pela calça. — Se esforça sol, talvez um dia você brilhe tanto quanto eu... — Disse e comecei a rir da minha propria loucura.
Comecei a caminhar em direção ao closet do meu quarto cantarolando uma musica antiga chamada Adore you da Miley Cyrus. Ao chegar no closet, eu abri uma gaveta e lá havia algumas armas que eu usava de vez em quando. Peguei uma arma preta e coloquei presa em um coldre em minha perna em baixo da calça.
Eu sempre evitava sair pela cidade durante a noite, pois mesmo com a luzes ultra violetas que havia em cima dos muros para que os da noite não se aproximassem, eu tinha medo de algo dá errado. Quando o assunto é proteção nada é demais. Só temos apenas uma vida e devemos zelar por ela.
Fiquei um tempo parado olhando para o chão tentando lembrar se estava esquecendo de algo, e quando eu percebi que não estava faltando nada, eu saí do apartamento e fui em direção ao apartamento de Alyssa. Ao chegar em frente a porta branca de seu apartamento, eu bati duas vezes na porta e então esperei alguns segundos. Não havia vindo ninguém então bati duas vezes novamente, porem essa vez eu bati mais forte.
— Já vai... — Pude ouvir Alyssa gritar de dentro do seu apartamento. Após se passarem trinta segundos e ele não aparecer para abrir a porta, eu bati novamente, pois já estava ficando impaciente. — Ja vai, caralho. — Gritou com raiva.
— Então vem logo, rapariga. — Revidei. Ela abriu a porta e eu pude ver que ela estava com alguns bobs na cabeça para ondular o cabelo e vestida de roupão. Revirei os olhos. — O que estavas fazendo ? Batendo siririca ??
— Vai se foder, seu merdinha. — Ela disse me mostrando o dedo do meio e me virando as costas. Entrei dentro do apartamento e fechei a porta e comecei a segui-la em direção ao quarto dela. — Onde deixou a Diana ? — Perguntou.
— Na festa que está tendo no apartamento do Mark. — Disse, caminhando pelo quarto enquanto ela se arrumava.
— Você confia bastante nessas pessoas. Nao tem medo de algo acontecer com ela ? — Perguntou me olhando de lado. Comecei a refletir sobre o que Alyssa acabara de falar.
— Se algo acontecer a ela, pode ter certeza que essa cidade vai ficar vermelha de sangue de todos que a frequentam. — Disse sem a encarar. Eu estava olhando para a cidade pela janela que havia no quarto de Alyssa.
— Mas mesmo que voce mate cada uma dessas pessoas, isso não iria trazer ela de volta. Então tome cuidado. — Disse. Olhei para ela de lado e a vi tirando seu roupão ficando totalmente nua em minha frente. — Olha, faz algum tempo em que nós estamos nessa cidade, mas não é bom confiar em ninguém. As pessoas fazem as coisas mais horríveis para sobreviver...
— Pois é, não dá para confiar em ninguém hoje em dia. — Disse a encarando. Comecei a caminhar em sua direção e ela também fazia o mesmo. A cada passo em que eu dava, eu podia ver Alyssa andando majestosamente em minha direção com o ar de luxuria. Quando ela chegou perto eu pude sentir seus seios encostarem em meu peito. Eu a agarrei em sua cintura delicadamente e comecei a aproximar o nossos rostos. Quando senti seus lábios nos meus eu pedi passagem com a lingua e ela sem enrolação me deu a passagem.
O beijo era lento, e bom. Havia desejo, mas não havia qualquer outro tipo de sentimento que não fosse o amor de amizade. Quando o beijo parou, ela encostou sua testa na minha e fechou os olhos e eu fiz igualmente. Passamos alguns segundos —que mais pareciam minutos— assim.
— Eu te amo, tá legal ?! — Ela disse, sussurrando.
— Eu também te amo. Sempre amei e sempre irei amar. — Disse no mesmo tom que ela. Ela disjuntou sua testa da minha e começou a andar em direção ao closet. Me sentei na borda da cama enquanto a esperava. Ela me deixou sozinho no quarto por mais ou menos dois minutos e depois saiu do closet segurando dois vestidos.
— Fala aí, viado, esse... — Levantou um vestido lindo vermelho com alguns brilhantes. — Ou esse ?— Levantou um preto menos bonito que o vermelho.
— Aquele... — Apontei pro vermelho. Ela pulou feliz e deu risada. Franzi o cenho ao ver ela tão feliz por eu ter escolhido o vestido vermelho. — O que foi ?? — Perguntei.
— Graças a deus você escolheu esse. Enquanto eu estava no closet eu falei pra deus: Deus, se o Loius escolher o vestido vermelho é porque eu vou pegar o cara mais gato da festa hoje. — Disse, rindo.
— Sinto muito, mas acho que o cara mais gato da festa vai ser pego por mim. — Disse, com deboche. Ele me olhou com mais deboche ainda, o que me deu uma vontade de rir.
— Sabe o que eu tenho de você ? — Perguntou me encarando. Eu balancei a minha cabeça negativamente. — Dó... — Mostrei o dedo do meio para ela e ela mandou um beijo debochado. Nem parece que a minutos atrás nós dois estávamos no maior love. Ela caminhou novamente para dentro do closet e eu me joguei deitado em cima de sua cama com preguiça de esperar a madame se arrumar.
Não sei quanto tempo exatamente que Alyssa estava dentro daquele maldito closet, porem, foi bastante tempo. Enquanto ela fazia algo desconhecido por mim dentro daquele closet, eu estava brincando com um brinquedo de Diana que encontrei em cima da cama, jogado. Bom, eu queria que o tempo passasse logo, então qualquer tipo de distração é valida nesse momento.
Quando eu já não aguentava mais esperar eu decide ir lá dentro daquele closet ver o que diabo Alyssa estava fazendo ainda. Não é possível que ela ainda esteja colocando a porra do vestido. Me levantei da cama e deixei o brinquedo de lado e comecei a andar em direção ao closet com raiva. Quando eu ia entrar dentro do closet, Alyssa apareceu em minha frente vestida com o vestido vermelho lindo que eu havia escolhido. Ela não estava linda, ela estava perfeita.
O vestido havia dado perfeitamente em seu corpo e ele caia até chegar em seus pés, que por vez estavam calçados com um salto lindo cheio de brilhantes. Não irei mentir, eu me senti um jogado ao lado dela. Por mais que o meu Look fosse bonito e tals, eu sentia que eu estava bastante básico ao lado de Alyssa. Enfim, estou nem ai. As pessoas vão beijar a minha boca, não a minha roupa. Se é que eu vou pegar alguém essa festa...
— Caralho, cé tá linda demais. — Disse, impressionado. — Nossa...
— Obrigado, príncipe. Você também não está nada mal, Hein... — Brincou me empurrando meu ombro. Começamos a rir para logo depois irmos a festa.
Eu não sabia onde ficava essa festa, mas graças a deus Alyssa sabia. Como ela sabia ? Só deus sabe. O caminho até essa festa foi tranquilo, quero dizer, tirando uns babacas que assoviavam ao nos ver passar. A festa estava acontecendo em uma boate, mas não era qualquer boate. Não era aquele tipo de boate que voce ia e ficava dez horas na fila esperando entrar para poder se divertir. Havia seguranças e um grande tapete vermelho estendido até a entrada. Havia uma armação de metal que impedia a passagem de algumas pessoas que estavam atrás dela. Essa armação cercava os lados de onde ficava o tapete vermelho que algumas pessoas desfilavam por ele indo em direção á entrada da boate enquanto eram observadas pelas pessoas que estavam atrás da armação de ferro, que as olhavam com um olhar de admiração. Algumas pessoas entravam acompanhadas e vestindo as roupas mais lindas que podiam haver.
Não parecia nenhum pouco com uma boate, e sim um festa de gala que apenas pessoas famosas e ricas iam. Quando eu e Alyssa pisamos no tapete vermelho e começamos a andar de braços dados um com o outro, as pessoas que estavam atrás das barras de metal começaram a nos observar bobamente enquanto alguns sussurravam: "Eles são um casal ?" Ou, (Uma garota em especifico.) "Eu estava rezando para pegar esse garoto, mas pelo visto a puta já pegou.". Foi inevitável não achar graça do que a garota acabara de comentar com sua amiga de lado.
Nós caminhávamos em direção á entrada em quanto éramos alvos de comentários sobre nossas pessoas. Eu não me incomodei. Já estava costumado, e Alyssa também não aparentava estar desconfortável. Quando chegamos na entrada, onde havia dois homens altos de terno preto com a cara fechada, eles pediram nossos nomes e eu e Alyssa passamos nossos nomes para eles. O homem que estava ao lado de Alyssa olhou em uma folha e a analisava com atenção enquanto nós o encarávamos.
— O Loius pode passar. — Disse, sem tirar o olho da folha.
— Enquanto a mim ? — Perguntou Alyssa, confusa. O homem suspirou e a encarou, serio.
— Você não está na lista... — Disse, fazendo a mim e a Alyssa ficarmos mais confusos. Antes que eu me pronunciasse ele voltou a falar. — Mas o senhor Mark me disse que haveria um Loius que viria para a festa acompanhado de uma garota, mas ela não estaria na lista. Ele disse que era para que deixássemos qualquer pessoa, que viesse acompanhada de Loius, entrar. — Suspirei, agradecendo a deus. Já Alyssa não estava tão contente com a noticia.
— Alyssa... — A chamei, fazendo a mesma me encarar. — O que foi ? Por que está assim ?
— É que agora eu me achei meio... Sei lá, meio que intrusa. — Disse, me fazendo a encara com o cenho franzido. — É por que eu só posso entrar se estiver com voce, o que me faz pensar que eu não fui convidada e estou entrando de penetra.
— Nada a ver, Alyssa. Você não é intrusa ou penetra coisa nenhuma. — Disse, a fazendo abrir um sorrisinho sem mostrar seus dentes. — Vamos entrar logo nessa porra, e pegar todos os machos que a gente ver. — Rimos juntos do meu comentário. Quando estávamos caminhando em direção ao lado de dentro da boate, o homem que ficava ao meu lado me impediu de prosseguir com meu caminho colocando uma mão em meu peito, me fazendo parar e encara-lo.
— Está se esquecendo de uma coisa. — Disse, tirando a mão de meu peito e colocando dentro do bolso de sua calça tirando duas pulseiras feitas de plástico na cor verde limão. — Tome. Coloquem. — Me entregou as pulseiras que logo tratei de dar uma para Alyssa. Comecei a colocar a pulseira, mas não estava conseguindo. Depois de cinco tentativas falhas de colocar, o homem que me entregara as pulseiras pegou em meu braço sem permissão e começou a colocar a pulseira delicadamente em meu pulso. — Pode me responder uma pergunta ? — Perguntou, sem tirar os olhos da pulseira que ele tentara colocar em meu pulso.
— Humrum. — Respondi. Ele me encarou logo depois de colocar a pulseira em meu pulso.
— O que você é do Mark ? — Perguntou, me fazendo ficar confuso por ter ouvido uma pergunta tão sem sentido.
— Nada, por que ? — Perguntei, e pude ouvir Alyssa me chamar para entrar, mas eu pedi um tempo para ela, que aceitou.
— Bom, uma semana atrás Mark estava brigando com todos os vice-líderes da cidade por conta de você. — Disse. — Os vice-líderes queriam a sua expulsão, mas ele não deixou e até chegou a bater em um cara que tinha chamado você de delicia. Foi a maior confusão que eu já vi em todos esse anos em que eu trabalho e moro aqui.
Eu estava perplexo com tudo aquilo que eu acabara de ouvir, de saber. Mark havia brigado por conta de mim, mas porque ? Por que ele se dera ao trabalho de me defender ?
— Deve ser alguém que ele goste muito, pois nunca vi ele brigar por ninguém. Na verdade, ele é um cara bem frio, chato para um caralho, mas por favor, não o diga que eu falei isso. Ele me jogaria de comida para as criaturas. — Disse, preocupado.
— Claro, não irei contar. — Ouvira Alyssa me chamar mais um vez, mas dessa vez impaciente. — Tenho que ir. — Disse, começando a me afastar dele. — Obrigado. — Fui em direção a Alyssa, que me encarava com tedio. Começamos a entrar na boate juntos, mas ouvi uma voz me chamando e me virei.
— Tenha cuidado... — Dissera o homem que acabara de falar aquelas coisas loucas para mim. O encarei. — O Senhor Mark é um demônio quando quer.
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