Two-Shot| "Operação, amor em jogo."
Terceira pessoa.
Betagem por Cevemo
Escrita por parkning
TEMA: Pandemia e policial.
GÊNERO: Romance
+16
Agradecimentos
Co-autor: PurpleGalaxy_Project
Avaliadora: @greenin (Spirit)
Designer: amanddyh
Beta: Cevemo
Capítulo dois — Operação, amor em jogo.
Yoongi terminou de engatilhar a arma e colocou no seu coldre. Ajeitou a fivela do colete e suspirou nostálgico ao acabar, ele estava com saudades desse procedimento.
— Ei, Yoongi — chamou seu melhor amigo e parceiro, Park Jimin.
O ruivo encara o de cabelos azulados escuros e arqueia uma sobrancelha em sua direção. Yoongi estava achando seu cabelo meio sem graça, então decidiu mudar de cor para ver se melhorava seu humor.
Jimin passou pelos outros policiais até chegar no amigo, ele estava com um chapéu preto na cabeça e seus lábios estavam inchados devido a uma briga de bar. Park Jimin é o pior cachaceiro, bebe até cair e ainda fica brigando feito um doido no meio do bar, se Yoongi é acordado às 2 horas da manhã de um domingo ele já sabe o porquê.
— O que foi? — perguntou já suspirando fundo pela bomba que esperava atingir seus ouvidos.
— Achei uma namorada! — afirmou todo animado e Yoongi o olhou espantado, mas segundos depois isso se desfez e ele soltou uma risada zombando dele. — O quê? É sério!
— Andou trazendo seus sonhos para a realidade, outra vez? — perguntou caçoando do seu amigo novamente e ele fechou a cara, fez um bico enorme nos lábios e cruzou os braços.
Park Jimin, tinha uma mania horrível de sonhar e trazer os sonhos para a realidade. Sonhou quatro vezes que estava namorando e acordou dizendo que estava namorando, mas na verdade ele só estava sonhando. E na grande maioria, ele afirmava para várias garotas que ele ficou, de que elas eram namoradas dele e até mesmo uma vez ele diz que foi um garoto que mal conhecia.
— Jimin, você já colocou a porcaria do colete? — perguntou a delegada Park Jihyo surgindo entre eles e Yoongi encarou algo brilhando em seus dedos, algo dourado e depois encarou seu amigo totalmente chocado com a novidade, mas ficou ainda mais chocado quando viu uma aliança da mesma em seus dedos.
— Mentira... Vocês estão namorando? — perguntou o ruivo, totalmente espantado e a de cabelos pretos, Jihyo, o encarou.
— Sim, estamos — afirmou meio confusa e o Jimin remexeu os quadris comemorando por não estar louco.
— Eu disse — murmura comemorando e solta uma risada forçada em tom meio de psicopata.
— Kim Taehyung, me deve 100 dólares!
[...]
O clima havia mudado de repente e todos estavam concentrados em entrar em uma antiga fábrica de carros, onde havia um esgoto com grande tubulação e o seu inteligente chefe junto com a delegada, tiveram a bela ideia de colocar metade dos policiais no esgoto e o Yoongi juntamente do Jimin não gostaram nadinha disso.
— Eu odeio o Taehyung — disse o Jimin resmungando baixinho, enquanto segura sua arma na base da bochecha, todos eles estavam em posição de ataque.
Yoongi ergueu seus olhos para cima onde estava uma parte da tubulação e uns ventiladores antigos, apontou a arma ali pra cima mantendo os seus sentimentos em alerta. Ele sabia que havia como alguém colocar uma arma ali entre uma asa e outra para atirar neles, então ele fez questão de olhar.
Kim Taehyung parou de andar, fazendo os policiais fazerem o mesmo e encarou os seus dois amigos. Ele fez sinal com os dois dedos para que eles fossem com ele averiguar o local, antes de mandar todos os policiais juntos.
Os dois concordaram e foram até seu encontro, os três andaram a frente deixando os outros homens para trás em posição e foram andando até chegar no final da tubulação em que estavam. Havia uma grande feita de ferro e os três se agacham ali para olhar lá dentro. Havia uma sala grande com vários carros quebrados, com capô aberto e vários outros.
Havia pessoas se movimentando ali, o ambiente estava calmo, eles não estavam imaginando que alguém iria invadir o estabelecimento para prendê-los. Haviam pessoas nos computadores, talvez hackeando as contas de pessoas ricas para passar a mão no dinheiro ou até de pessoas com baixa renda que suam para ter seu dinheiro, outros estavam com uma máquina de dinheiro enquanto contavam as células delas e outros estavam guardando.
— Vou mandar que todos venham, chegou a hora de prender todos — diz o Taehyung pronto para acionar a escuta e comunicar o comando para um dos policiais, quando Yoongi colocou seu braço sobre seu peito, o impedindo.
Ele viu um movimento diferente entre as pessoas que estavam hackeando, dali ele só estava vendo as coxas abraçadas em um calça, depois seus olhos subiram para a cintura saliente e depois subiram pela nuca branquinha. Ele sabia que conhecia aquele corpo e quando seu rosto ficou à mostra, seu corpo paralisou e algo nele se quebrou.
Aqueles cabelos curtos que ela não deixa crescer de jeito nenhum, aqueles fios que ele puxa tanto quando estão fazendo coisas inapropriadas e aqueles cabelos que ele faz tanto cafuné para aliviar sua dor de cabeça, estavam ali brilhosos e sedosos como sempre.
E por que ele estava falando do seu cabelo, mesmo antes de ver se era ela? Sua visão dali só o deixou ver isso e o Yoongi sentia que era ela, mas o seu íntimo queria negar que era ela, porque isso não era certo.
“Ela seria capaz?”, perguntou para si mesmo em dúvida e totalmente perdido.
— Yoongi, tá tudo bem? — perguntou Jimin com o tom de voz preocupado acordado o Min e ele concordou meio avoado.
— Tá tudo bem, vamos!
Então, todos os policiais estavam a postos. Havia quatro daquelas grades feitas de ferro ao todo na sala e haviam vários soldados ali. Ali havia uma fechadura que abria pelo inferior da grade e abriram com a ajuda de um dos equipamentos.
Ao abrirem as grades, eles mandaram 4 polícias para baixo e eles se esconderam em partes dos escombros da sala. Yoongi estava de tocaia ali embaixo e encarava o tubo onde desceu, só esperando o Taehyung dar o sinal.
Havia 8 capangas naquela sala, com armas bem carregadas e se eles tiverem sorte e usarem suas habilidades, os policiais conseguem acabar com eles em segundos e se prepararem para os outros que viriam pela porta principal.
Um dos soldados que estavam de vigia olhou em direção aos tubos e arregalou os olhos ao vê-los abertos. Foi aí que o Taehyung deu o sinal e o Yoongi saiu da frente do escombro. Ele atirou bem no cara que estava prestes a falar sobre os tubos abertos e atirou nos dois.
Fazendo todas as pessoas ali ficarem em pânico e os capangas ficaram em alerta começando a atirar em seguida.
— Yoongi, abortar a missão. Nossas coordenadas estavam erradas, não são a gangue dos Jeon. São a gangue do Kong, saia daí agora — diz o Taehyung em total desespero e ele virou seu rosto para trás, vendo que os outros estavam voltando para tubulação rapidamente.
Era uma cilada.
Mas quando o Yoongi se preparou para correr e salvar sua vida, seu corpo paralisou ao ver que ela não tinha mais sentido. Porque seus olhos encontraram com o dela e algo se quebrou dentro dele.
— Não!
Foi a última coisa que ouviu antes de ser atingido por algo e cair desmaiado no chão.
Suor estava escorrendo do seu rosto, sangue estava escorrendo do seu nariz e em sua boca só saia gemidos de dor pelos chutes dados em sua barriga.
— Não, soltem ele... — pediu Kim Sae-ron em total desespero, enquanto chorava se sentindo culpada por tudo isso está acontecendo.
— É isso o que fazemos, Kim Sae-ron. Com pessoas que nos devem — diz Kong Lee, um dos gângsters mais poderosos da Coreia e que ninguém tinha coragem de encarar.
— Quanto ela deve, eu pago... — disse Yoongi, após buscar uma grande lufada de ar e o Kong riu debochando dele.
— Ou... Min Yoongi, ela não me deve dinheiro, ela me deve serviço — murmurou ele com o tom de voz malicioso e se abaixou até o Yoongi, que estava caído e ferido no chão. Ele pegou no queixo banhado de sangue do rapaz e sorriu como um psicopata. — Por sua culpa, não pude usar a Kim Sae-ron para hackear um dos bancos mais difíceis da Coreia. Porque estava com o orgulho ferido demais para seguir as instruções dadas e agora, vai morrer por causa da sua idiotice e por causa da sua noivinha, que rejeitou voltar pra mim a dois anos atrás — relatou fazendo o choro dela ressoar sobre o cômodo.
Yoongi ergueu seus olhos em direção da sua noiva e a encarou com os olhos brilhando de mágoa, se ela havia rejeitado ele a dois anos atrás, por que ela havia voltado?
— Se matá-lo, não vou hackear para você e vou ter prazer de me matar em sua frente — ameaçou Sae-ron com a voz embargada, enquanto ainda encarava com vergonha os olhos do noivo.
Yoongi então, abaixou a cabeça em direção ao chão. Seu corpo estava doendo e sua cabeça estava o matando.
— Tudo bem, vamos manter o Min vivo por algumas horinhas, até que hackeie o banco e limpe todo o dinheiro — murmurou sorrindo ladino e os homens soltaram o Yoongi.
Suas mãos foram ao chão para apoiar seu corpo, mas ele acabou vacilando e sua bochecha foi parar no chão, totalmente cansado — O leve com ela, quero os dois juntos — mandou para os capangas, que obedeceram.
Kim Sae-ron estava em uma sala hackeando o banco, já faziam três horas que estava ali tentando e o Yoongi estava caído no chão gelado, totalmente apagado pelo cansaço. Sua expressão estava calma e serena, sua noiva o encarava de minuto em minuto para ver se estava bem ou se já estava acordando.
Um resmungo rouco chamou sua atenção e ela encarou o ruivo deitado no chão. Ela imediatamente largou o computador e foi até ele.
— Amor, você está bem? — perguntou preocupada e ao se levantar, Yoongi desprezou seu toque e ficou sentado com a ajuda de suas mãos. Algo na Sae-ron se quebrou, mas ela sabia que merecia.
— Quantos guardas o Kong mantém nesse lugar? — perguntou sério e com a garganta seca pelo tempo que ficou sem hidratação.
Sae-ron se levantou e foi até um frigobar que tinha água.
— Ele mantém uns 8 homens, ele não mantém muito porque acha que você não daria conta e acha que os outros não voltariam — murmurou após se abaixar e lhe entregar a garrafa sem tampa.
Yoongi soltou uma risada debochada e bebeu todo o líquido da garrafa.
— Ele deve ter te contado, não é? Parece que são bem próximos — murmurou sorrindo quebrado e Sae-ron sentiu os lábios tremerem.
— Yoongi, eu... — tentou falar.
— Não fale, chega! Eu só quero nos tirar daqui — diz forçando seu corpo a levantar e a Sae-ron o ajudou, mesmo ele não querendo. Ela o sentou na cadeira que ela estava e o Yoongi suspirou pelas dores no corpo. — Aqui tem câmeras? — perguntou a ela, vendo ela negar. — Esse cara é burro ou o quê?
— Ele só pensa no dinheiro Yoon, ele não liga na segurança dos outros ou o se seu prisioneiro vai fugir, ele só liga para o dinheiro e se ele não conseguir, você vira a caça dele — explica, deixando o Yoongi pensativo.
Então, ele gostava da brincadeira do gato e rato. Sempre caçando e se arriscando.
— Já conseguiu hackear o sistema do banco? — perguntou enquanto a encarava.
— Consegui, só preciso transferir pra ele — respondeu, enquanto apontava para o computador e o Yoongi tomou as rédeas, começando a bater contra os teclados dos computadores.
— Vamos transferir para a conta da delegacia — disse colocando os dados da conta, que havia memorizado e clicou em enviar.
O casal estava correndo sobre os corredores, Yoongi havia conseguido abater 6 dos capangas do Kong e estavam fugindo dos outros dois. Assim que o casal já estavam alcançando a saída, Yoongi foi atingido por um corpo grande e de imediato largou a mão da Sae-ron.
Os dois foram ao chão enquanto outro capanga agarrava a Sae-ron, quando o capanga bateu no rosto dela após morder seu braço para que soltasse. Yoongi deu um golpe final no idiota que o derrubou e se levantou, preparado pra matar o idiota que bateu em sua mulher.
Yoongi deu um soco no cara, que de imediato soltou a Sae-ron. Ele chutou com força sua perna e deu um soco em seu rosto. O cara ainda tentou levantar, mas logo uma voadora o fez apagar.
— Vamos — disse Yoongi voltando a agarrar Sae-ron pela mão e eles finalmente saem pela porta da frente.
— Acharam mesmo que conseguiria? — perguntou Kong, assustando o casal e logo o corpo do Yoongi caiu largando a mão da Sae-ron.
— Não! — gritou em total agonia assim que viu seu noivo cair no chão com um tiro perto do coração. Logo outro disparo foi ouvido e o Kong estava caído no chão, com uma bala no meio da testa. — Yoongi, por favor, não — implorou com a voz embargada, enquanto pressionava suas mãos na bala para estancar o sangue.
Yoongi a encarou com os olhos embaçados e levou sua mãe suja de sangue até sua bochecha, ele sorriu levemente deixando uma Sae-ron ainda mais desesperada.
— Eu te amo, Kim Sae-ron.
E então, um grito de dor saiu pela garganta de sua noiva quando a mão dele deslizou até o chão e seus olhos se fecharam.
Kim Taehyung e Park Jimin, se sentiam culpados por terem chegado tarde demais. Mas ninguém estava mais se sentindo culpada que Kim Sae-ron.
[...]
7 anos depois...
Havia um homem de joelhos em frente a uma lápide, ele tinha cabelos pretos e um semblante triste. Sua saudade o esmagava demais, ao ter lembranças passando em seu cérebro.
Min Yoo-ji 1960 - 2027
Min Yu-na 1961 - 2026
O homem então suspirou com saudades dos seus pais.
— Eu queria ter passado mais tempo com eles — disse o garoto de 7 anos se ajoelhando ao lado do homem e sua pequena mão toca na lápide da avó.
— Eu também filho, mas infelizmente chegou a hora deles — murmurou meio melancólico e se levantou após deixar as flores no meio das duas lápide. — Vamos, sua mãe deve estar querendo nos matar pela demora — murmurou bagunçando os fios de cabelo do garoto, que sorriu indo com o pai até o carro.
Quando estavam a pequenos passos do carro, sua esposa havia encontrado os dois com o olhar.
— Andem, a Gina está com fome e já está prestes a comer meus órgãos — murmurou dramática fazendo os dois rirem do drama dela. Mas as risadas cessaram quando ouviram um gemido de dor vindo dela. — Yoongi, a bolsa estourou!
Em um piscar de olhos, os dois terminaram os passos em uma corrida até o carro. O Sae-Jong entrou no banco do passageiro para ajudar a mãe a fazer o treinamento de respiração, enquanto o Yoongi entra no banco do motorista, ligando o carro e cantando pneu.
Yoongi se agachou horas depois em direção à sua esposa, que estava deitada sobre a maca onde acabara de dar a luz em algo tão pequeno e lindo.
A filha deles, Min Yoon-gina.
Ao sorrirem um para o outro, eles viram ali que apesar de tudo o que aconteceu durante a jornada de amor deles, nada foi em vão, pois agora tem uma linda família para tomarem conta, juntos.
Espero que tenham gostado, até a próxima 🙃.
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