FOTO

SEM REVISÃO

DIEGO

Eu estava no meu quarto, deitado na minha cama, até aí tudo normal, porém havia algo totalmente fora do comum. As luzes do meu quarto estavam em uma coloração vermelha e uma música, digamos que, erótica tocava no fundo. Muito bem, aquela música era muito explícita por assim dizer. Franzi o cenho, olhei ao redor e me assustei ao notar alguém sentado na cadeira da minha escrivaninha. Sentei na cama rapidamente.

- Quem está aí? - Perguntei e ouvi uma risada fraca. Assim que ouvi aquele riso rouco uma onda de reconhecimento me atingiu como um soco no estômago.

- Não me conhece mais, princesa? - Erick perguntou, engoli com dificuldade quando o mesmo se colocou de pé e vi que ele só estava usando uma cueca branca que se destacava bem na luz vermelha.

- O-O-O que vo-você es-tá fazendo aqui? - Perguntei o olhando nos olhos que me encaravam de volta maliciosa e intensamente. Senti um frio na espinha.

- Você não sabe Diego? Vim pegar o que é meu. - Falou com a voz sedutora e me vi com a respiração ofegante repentinamente porque Erick estava se aproximando cada vez mais da minha cama. Tive a visão do seu corpo torneado e senti minha boca secar de repente, por que estava tão quente de repente?

- E-E-E o que é? - Gaguejei voltando meus olhos para o seu rosto. O sorriso no rosto de Erick cresceu, ele estava agora bem perto de mim e me senti pequeno. Minha respiração ficou ofegante com sua aproximação.

- Você! - Decretou com a voz profunda e grave, não pude esboçar qualquer reação porque após falar isso Erick pulou em cima de mim e selou nossos lábios com tanta força que meu corpo inteiro amoleceu. Não fiquei nem 5 segundos sem corresponder aquele beijo, o gosto de menta invadiu a minha boca, as mãos de Erick passaram pelo meu corpo explorando tudo que podia, seu toque era quente como brasa e também explorei seu corpo com as minhas próprias mãos.

Ele liberou meus lábios e começou a beijar e lamber meu pescoço. Eu estava entregue porque aquilo estava maravilhoso.

- Você é tão gostoso, Diego. - Erick falou rouco no meu ouvido, sua mão alcançou meu pênis e gemi sofrido. E foi quando ele apertou meu membro que abri os olhos para a realidade.

Eu estava ofegante e duro feito pedra.

- Que porra foi essa???

Me perguntei ao abrir os olhos e perceber como eu estava, na verdade, o estado como estava.

Meu domingo tinha tudo para ser bom, perfeito até, porém aquele sonho acabou com todas as minhas expectativas. Tudo bem, foi só um sonho estúpido e quente e... prazeroso. Aquelas cenas já estavam me enchendo a paciência, porque a todo instante tudo voltava, contra minha vontade é claro, para minha mente. O sonho poderia ser com qualquer um, qualquer um, mas não com Erick. Todos menos ele. Eu aceitaria até mesmo com o Elvis, aquele idiota é até que gostoso, se bem que Erick é mais. Tá bom, já chega.

Eu passei quase o domingo inteiro com uma puta de uma ereção porque eu me recusava a me aliviar com os pensamentos naquele energúmeno. Porém, eu quase vacilei, quase. Mas me mantive firme.

A noite, graça aos céus, não tive outro sonho com Erick, porém quando eu estava me preparando para ir a escola recebo a seguinte mensagem:

"Bom dia princesa. Ansioso para me ver hoje? " Não preciso nem falar quem é, né?! Ao ler a mensagem do maldito convencido a minha mente tomou aquilo como gatilho e me lembrei, em fração de segundos, todo aquele sonho e senti meu baixo ventre reagir. Balancei a cabeça para espantar aquelas cenas.

" Nem nos seus piores sonhos." Respondi e continuei a me vestir, tentando ignorar minha mente traidora que insistia em trazer de volta aquelas cenas maravilhosas, digo, digo malditas. Eu quis dizer malditas. Meu celular apita novamente.

" Seria um privilégio ter você nos meus sonhos princesa. Principalmente se eles forem ardentes. " Mandou com um emoji safado e um outro piscando o olho no final da mensagem, travei no mesmo instante sentindo um frio na barriga. Aquele infeliz acabou de despertar outro gatilho que me fez lembrar de tudo.

" Vá se foder." Mandei já um pouco irritado com aquele sonho me atazanando.

" Você me ama Diego, confessa." Mandou alguns segundos depois e me vi com um sorrisinho bobo no rosto que ao perceber tratei de mandá-lo para o espaço.

" Claro, estou caindo de amores por você idiota. " Respondi e saí rumo a saída da minha casa.

Sinto que hoje pode ser um dia daqueles.

Quando cheguei na escola senti um nervoso e ansiedade que não sentia desde quando estava nos primeiros anos que cheguei aqui, mas os motivos eram diferentes, é claro. Essas sensações só se dão pelo fato que terei que lidar com Erick depois daquele sonho tão realista, porém respirei fundo e mandei aquilo à merda. Ele não teria como saber e se depender de mim isso não sai da minha boca nem sob tortura.

Assim que passei pelas portas do Atlas me deparei com aqueles olhares novamente em minha direção, eu nunca vou me acostumar com isso. Alguns até me cumprimentaram e eu sorri forçado para todos eles.

- Amigo, como assim o Erick esteve na sua casa e você não me falou nada?! - Nathy chegou me perguntando e tive que franzi o cenho.

- Oi, para você também. E como sabe que ele esteve na minha casa? - Perguntei e minha amiga sorriu travessa.

- Os fan-clubes de vocês só falaram sobre isso depois que o Erick postou aquela foto. - Falou com um sorrisinho empolgado nos lábios, a olhei com confusão e indignação.

- Que foto? - Perguntei e Nathy me olhou incrédula.

- Você não viu? Até o jornal da escola postou no perfil deles e você foi marcado em todas as publicações.

- Eu bloqueei todos esses perfis. - Falei e minha amiga me olhou desacreditada.

- Não sei nem o que te falar depois dessa. - Falou incrédula e dei de ombros. - Enfim, o Erick postou essa foto aqui. - Continuou virando a tela do seu celular em minha direção e olhei, estudei com cautela e por fim suspirei lentamente.

- Aquele filho da mãe.

É óbvio que ele tirou uma foto, por que fui tão burro?

A foto era a seguinte, Erick deixou o celular em um ângulo onde pegava a bandeja com os sanduíches e o suco e aparecia metade do meu corpo e todo o resto do meu quarto. Era óbvio que ele estava tirando uma foto e eu acreditei quando aquele incrédulo disse que não estava fazendo nada.

- Mas não dar para saber que sou eu. - Falei como se fosse óbvio e Nathy sorriu anasalado.

- Diego, seu ingênuo, os fans-clubes pegaram uma foto do seu perfil que você tirou no seu quarto e compararam, simples assim. - Nathy falou e suspirei cansado.

- Esse pessoal não tem vida para cuidar? - Perguntei desgostoso e minha amiga negou com a cabeça.

- Cuidar da vida alheia é bem melhor. - Falou me jogando uma piscadela e revirei os olhos. - Falando em cuidar da vida dos outros, olha quem vem ali. - Completou acenando com a cabeça para algo atrás de mim. Olhei e me arrependi no mesmo instante.

Quem vinha era ninguém menos que o Erick, ele estava igual a todos os outros dias com o uniforme do colégio, mas ao olhar para o moreno senti minha boca secar e minha barriga pareceu pesar uma tonelada. Erick não usava o blazer, pois o mesmo estava apoiado no seu ombro esquerdo. Na verdade ele estava segurando a peça com a mão. A camisa social era justa no seu corpo e nos dava uma leve visão dos seus braços fortes e barriga sarada. Ele estava com aquela pose superior e olhar alto. Aquela cena me fez lembrar outra cena que me fez engoli com dificuldade e um arrepio subir pela minha espinha. Seus olhos castanhos pousaram em mim, o moreno sorriu de lado de um modo sapeca e me mandou uma piscadela. Puxei o ar com força involuntariamente e soltei devagar.

- Diego? - Nathy chamou me tirando do que quer que seja aquilo, seus olhos afiados em minha direção. - Limpa a baba. - Disse indicando o canto da própria boca e a fuzilei com os olhos.

- Ha-ha-ha, sem graça. - Falei empurrando o ombro dela de leve e a mesma gargalhou. Revirei os olhos, onde eu estava babando no Erick? Ela estava ficando louca, só podia ser.

Depois de Nathy falar aquela mentira porque eu, sem sombra nenhuma de dúvida, não estava babando pelo Erick. Dei as costas para ela porque a miserável ficou rindo e me zoando e eu não sou obrigado a ficar ao lado dela.

Enfim, eu fui para a minha sala, como o sinal ainda não havia tocado para irmos a sala não havia ninguém ali e eu estava em paz por alguns instantes, pelo menos.

Pensei que poderia ignorar aquele sonho, mas me enganei totalmente, ver Erick no corredor só acarretou em lembranças do sonho. Tudo bem, não vou me levar para esse lado e ficar matutando sobre isso. Já tenho muitas coisas para me preocupar.

- E aí princesa? - Despertei dos meus devaneios com a voz do ser mais irritante que conheci ao meu lado, sua mão estava apoiada no meu ombro e olhei em confusão para ele.

- De onde você saiu? - Perguntei, me dando conta que Erick estava me tocando e aquela região começou a esquentar de uma forma que meu corpo arrepiou levemente. Ao perceber aquela reação em mim mesmo puxei meu ombro bruscamente. Erick me analisou por alguns poucos segundos, mas sorriu de lado, vocês já sabem, o típico sorriso presunçoso.

- Eu não saí de lugar nenhum, só entrei pela porta e sentei no meu lugar. No que você estava pensando que estava tão distraido? - Perguntou me olhando nos olhos intensamente e me senti intimidado e pequeno como... Como no sonho.

"Em você pelado." Meu subconsciente gritou e me vi em um quase colapso nervoso rapidamente. Para de me olhar assim, pensei em desespero.

Erick ergueu as sobrancelhas em questionamento e me dei conta que estava agindo estranho.

- Nada! - Falei meio desesperado, sorri amarelo e desviei o olhar.

Mas podia sentir o olhar fixo de Erick em mim, o que me deixava ainda mais nervoso. Droga, por que isso estar acontecendo comigo??

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