Amanhecer

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O peito batia acelerado, o formigamento nas mãos evidenciava o nervosismo, o suor escorria pela nuca e os olhos ardiam querendo externar todo o medo sentido que aquele pesadelo havia lhe causado.

Os fios vermelhos estavam grudados na testa devido ao suor, Taehyung estava encolhido em posição fetal, com medo de abrir os olhos e ainda estar na fantasia de seu sonho ruim, então o fez bem devagar, minuciosamente. O garoto respirou aliviado ao se deparar com a parede azul clara de seu quarto, estava com medo de se virar e seus lumes não enxergarem seus amores ao seu lado. Então, o fez cuidadosamente, e mirou nos homens deitados a sua cama, os cabelos loiros e castanhos estavam esparramados no travesseiro branco.

O rosto de jimin contra o tecido, o deixava com uma bochecha esmagada e rechonchuda, enquanto Jeon matinha um biquinho nos lábios levemente abertos.

O Kim permitiu-se sorrir com a visão linda de seus garotos, apoiou o cotovelo do colchão e descansou a cabeça na palma de sua mão, apenas contemplando a obra de arte em sua frente, foi como se num passe de mágica, todo aquele torpor e sensação ruim se esvaísse. Esse era o efeito de seus namorados sobre si.

Mas mesmo o alívio sendo extenso por tudo o que devaneou não ter passado de um pesadelo, seu olho lacrimejou... E se algum dia o amor que sentiam fosse proibido? E como se Park pudesse sentir o medo emanando de sua pérola vermelha, seus olhos se abriram no mesmo instante, a tempo de ver Tae enxugar a lágrima insistente, sentando-se na cama no mesmo instante.

— O que foi, meu amor? — Jimin segurou os braços do avermelhado e o puxou para si, de modo que a cabeça do mesmo ficasse na altura do coração do loiro, o que fez Taehyung derrubar mais algumas das malditas lágrimas. — O que foi? Teve um pesadelo, Tae?

Jimin pôde sentir os movimentos para cima e para baixo em seu peito, indicando um sim.

Eu sonhei que... Éramos errados.

— Nós não somos errados, Tae. — a voz de Jungkook se fez presente e suas mãos foram para as costas do maior, na intenção de reconfortá-lo — Tudo o que importa é o que sentimos aqui — deslizou sua mão até o coração de Taehyung — A gente se ama, e mesmo que o céu e o inferno colapsem, vamos continuar lutando, porque isso é certo.

Kim levantou sua cabeça e sorriu daquele jeitinho que seus namorados tanto gostam, deu seu melhor sorriso quadrado e sentiu as mãos de Jimin e Jungkook o acarinhando e enxugando seu rostinho avermelhado levemente inchado pelo sono.

— Eu amo vocês pra sempre. — ditou e revezou o olhar entre o loiro e o castanho.

— Eu sei. E eu amo vocês pra sempre também. — Jungkook disse e se deixou cair nos braços grandes de Jimin e logo Taehyung fez o mesmo, sendo abraçado por seus homens, no seu lar.

Quando em algum momento os beijos tomaram lugar de qualquer outro ato e as roupas se tornaram desnecessárias, Taehyung não se importava com céu ou inferno e sim que amava o calor de seus anjos, mesmo eles não fazendo jus ao correto.

Aos corpos suados e cansados apenas uma coisa era certa; não importa em qual universo paralelo, eles se pertenciam, um era do outro. Como se juntos tivessem fôlego para viver, eles se transbordavam.

Proibido ou não, nada e nem circunstância nenhuma, poderia mudar o que sentem.

Eles sabiam disso. Jimin sabia.

Eu amo vocês, minhas pérolas.

Fim.

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de sua nix.

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