A noite do baile de gala - Parte I
Alguns dias se passaram desde o dia do tour com Eva. Eu esperava conversar com ela no dia seguinte, entretanto ela havia faltado e aos dias posteriores também. Não sei se essas faltas se devem ao que aconteceu no Santuário ou se é algum motivo externo. Porém, sendo filha do Prefeito eu acredito que eu devo encontrar-la no baile, ou seja, hoje.
- Vamos, Charllotte! - Ouço meu pai me chamando do andar de baixo.
Olho uma última vez no espelho, conferindo se está tudo perfeito.
Apesar de eventos como esse normalmente as mulheres usam vestidos bufantes, estilo princesa, eu optei por um modelo mais sutil, mas sem deixar de ter sua beleza.
O vestido que escolhi tem um decote reto, delicado e com duas alças finas. A saia foi o que mais me chamou a atenção: ela é composta por várias camadas de tamanhos diferentes, fazendo um degradê que se abrem no meio, tendo apenas o tecido de baixo cobrindo as minhas pernas. Escolhi o vestido na cor vinho, onde o colo tem a cor mais forte e as camadas da saia, cada uma com uma tonalidade diferente, começando pela camada de fora com o tom mais forte e chegando na última camada com o tom mais claro. E obviamente, usando um vestido com o colo à mostra, o cabelo tem que está preso em um coque alto.
Coloco brincos brilhantes de prata compridos e um colar combinando, com as mesmas características.
Dou uma rápida giradinha na frente do espelho e desço as escadas.
Chegando no andar de baixo vejo minha mãe dando os últimos retoques no seu look, colocando os brincos e meu pai bebendo um copo de água, tentando se acalmar. Só de ver seu estado, já sei que estamos atrasados.
Minha mãe passa as mãos no seu vestido azul escuro como a noite, o decote assimétrico alonga seu pescoço, fazendo-o ser perfeito para uma mulher baixinha como ela. A saia estilo princesa fica mais valorizada com pedrarias delicadas espalhada pelo seu todo. Há pedrarias também na alça de seu vestido, deixando-o mais brilhoso e chamativo.
Meu pai está usando um terno preto simples, porém combina perfeitamente com ele, deixando-o elegante. Sua camisa é branca acompanhada de uma gravata dourada, deixando sua roupa completa.
- Já podemos ir? - Meu pai fala impaciente.
Coloco-me ao lado da minha mãe e vejo o olhar tenso do meu pai amolecendo, ficando pacífico.
-Minhas duas mulheres da minha vida... estão lindas.
- Pai? - Me aproximo e vejo seus olhos brilhando. - Você está chorando?
- É claro que não. - Ele esfrega os olhos. - Mas vê-la assim me faz perceber que já está uma mocinha e logo irei perdê-la.
Eu rio e o abraço.
- Meu Deus, mãe, que pai coruja que você me arranjou.
- Ainda bem que eu te arranjei esse pai. - Ela ri.
Mamãe se aproxima do balcão da cozinha, pega um lencinho e o entrega ao meu pai.
- Vamos, querido, senão vamos acabar chegando atrasados.
- Já estamos. - Ele debate.
Rio da situação.
- Porque Eva não me trouxe aqui? - Indago admirada.
O local que chegamos é tão grande e iluminado que parece que estou em um palácio de verdade e quando eu entrar vai está acontecendo a entrega do Oscar.
Saindo do carro, a primeira coisa que percebo é que há um tapete vermelho até o palacete, fazendo com que eu fique mais admirada.
- É difícil acreditar que tudo isso é para um historiador. - Cochicho no ouvido da minha mãe.
- A cidade o considera muito, por todo o respeito que tem com os cidadãos e a sua história. Ele e o prefeito são amigos próximos, então é de se esperar que ele não se contenha ao realizar uma festa desse calibre.
Olhando ao redor, percebo que subestimei Angel's Land. Mesmo conhecendo um pouco sua história e sentindo interesse nela, antes de vir "pra" cá ainda achava que se tratava de uma cidadezinha do interior, com poucas pessoas e talvez até pobre, contudo, as pessoas ao meu redor me mostram uma imagem totalmente ao contrário. Além de ter muito mais pessoas do que eu achei que teria, as pessoas presentes claramente tem um grande poder aquisitivo, onde eu posso ver pelos vestidos exuberantes e as joias brilhantes que as mulheres usam, e todos os carros existente no lugar.
Enquanto meu pai conversava com o segurança da festa, dando os nossos nomes, eu continuo a admirar o lugar. Mesmo estando do lado de fora, eu consigo ver a demasiada iluminação, com vários canhões de luz no chão, jogando luminosidade indo para todos os lados. Entre tantas pessoas andando em direção ao Palácio, tantos convidados quanto funcionários, consigo ver Eva e Laylah conversando com algumas pessoas. Quando começo a andar em sua direção, ela e a sua roda de conversa entram no salão.
-Vamos, querida? - Minha mãe se aproxima de mim.
Eu assinto.
Chegando na entrada do salão, é difícil de não reparar nas duas portas enorme douradas e com detalhes delicados, deixando-a belas e elegantes. Na frente de cada porta há um segurança que nos cumprimentam com grandes sorrisos em seus rostos.
-Boa noite, senhor, senhora e senhorita. - Ele fala já abrindo a porta.
Assim que é aberta, meus olhos brilham refletindo o deslumbre do salão. Exatamente como nos filmes, o salão é demasiadamente resplandecente. Seu interior é inteiramente revertido na cor dourada, trazendo o aspecto de riqueza ao salão. É impossível entrar e não perceber a escada exuberante que há no final do salão. Ela começa com um longo corredor e se divide, indo uma ponta para esquerda e outra para a direita, chegando no andar de cima, conectando-se com o mezanino. Os vários lustres que há iluminando o local são grandes, com muitas lâmpadas e com caimentos como se fossem fios repletos de pequenas estrelas brilhando no céu. As janelas que permitem a entrada da luz da lua, da mesma forma, são enormes começando a alguns centímetros de distância do chão. Olhando para as pessoas ao redor, percebo que sou a única admirada com o lugar, o que me deixa constrangida.
As várias pessoas que estavam do lado de fora começam a entrar ao ouvirem um ruído de alguém batendo no microfone em cima de um palco improvisado colocado na frente da escada justamente para essa ocasião, o que só fez quebrar a beleza indiscutível do salão.
-Ahn, ahn. Isso aqui está funcionando? - Vejo um homem robusto, calvo, entorno dos seus 50 anos, vestindo um terno branco acompanhado de uma gravata preta, com um lenço vermelho no bolso do seu terno em cima do palco tentando chamar atenção dos presentes no ambiente. - Boa noite a todos. Como todos devem me conhecer, sou o prefeito de Angela, Daniel Fitzpatrick. Primeiramente gostaria de agradecer ao corpo policial por se responsabilizar em organizar esse belíssimo evento. Sem vocês isso não seria possível. - O prefeito começa a bater palmas. As palmas começam a ficar forte e mais alto conforme outras pessoas se juntam aos aplausos.
- Não posso deixar de agradecer a presença de todos. Meus muito obrigado. - Agora os aplausos se direcionam as palavras gentis do prefeito. - Então vamos direto ao nosso objetivo. Como todos devem saber, esse evento foi organizado como uma forma de agradecimento ao nosso respeitado historiador Veyne por seus trabalhos prestados a Angela e todo seu cuidado com a nossa querida cidade. Vários anos de seus esforços na profissão se passaram e chegado, finalmente, sua gloriosa época de aposentadoria. Ele decidiu nos dar a honra de ter sua presença em nossa cidade, morando aqui. É com grande orgulho que chamo ao palco o historiador e meu amigo Heródoto Veyne.
Conforme os aplausos vinham, ao ver o homem branco, de olhos azuis como o céu, com a grande maioria dos seus fios de cabelos grisalhos, vestindo um terno marrom, quase preto eu sentia minha pressão cair.
"É ele! Não há dúvidas disso!"- penso chocada.
-Você está bem, querida? - A voz da minha mãe me tira do transe. - Você está com cara branca.
- Não se preocupa, mãe. Eu estou bem.
Ela ainda me olha preocupada.
-Eu vou pegar um ar lá fora. - Aviso-a.
-Não quer que eu vá com você?
- Tá tudo bem, não demoro. - Saio antes que ela pudesse falar mais alguma coisa.
Saio do salão e vejo poucas pessoas ao redor, apenas seguranças. Abro os meus braços e puxo todo o ar possível, em seguida eu o solto. Pego meu celular na minha bolsa e me afasto o máximo possível de qualquer pessoa que possa ouvir minha conversa.
Disco o último número que adicionei à minha agenda e escuto o toque da chamada por alguns segundos, até finalmente alguém atender.
- Alô? - Escuto a voz grossa e antipática de Matthew.
- Matthew, é a Charlotte. - Falo quase desesperada.
- Por que você está me ligando? Espero que seja algo realmente importante.
- É o Chefe. Eu o acabei de ver. Está tendo uma festa de gala no Palacete Camélia e ele está aqui! Você precisa vir!
- O que? - O tom de sua voz muda e se exalta. - E como eu vou entrar?
- Eu resolvo isso, apenas venha.
- Daqui a pouco estarei ai.
*bip* *bip*
Entre algumas idas e vindas do salão para ver se minha mãe não estava me procurando, na rua quase deserta com apenas algumas almas vivas passando, vejo no outro lado um Suzuki Vitara prateado estacionando. Um homem elegante e familiar desce do carro, ele tranca seu automóvel e as luzes do carro piscam, ele atravessa a rua e conversa com o segurança do estabelecimento. Conforme vou me aproximando, consigo ver com clareza seu terno completamente preto acompanhado de uma blusa branca por dentro com uma gravata verde água, entrando em completo contraste com seus olhos cor de vinho, que me fascinam desde o primeiro dia que os vi.
-Boa noite. - Cumprimento o segurança que está na portaria, diferente da outra pessoa que estava no momento que cheguei a festa. - Ele está comigo.
- Boa noite, senhorita. - Agora ele direcionara a Matthew. - Seu nome, por favor?
- Ah, seu nome não está na lista, mas acredito que ele poderá entrar com isso, certo? - Tiro um papel da minha bolsa no tamanho 15 cm × 7 cm dourado, com vários detalhes florais ao redor com o dizer "CONVITE VIP" no meio.
O segurança olha surpreso e o pega.
-Certamente, senhorita. - Matthew entra sem problemas.
"Ainda bem que eu peguei esse convite em cima da mesinha de casa. Pensei que pudesse ficar entendia e então chamaria alguma amiga." - Penso aliviada.
-Não pensei que você viria a caráter.
- Você me disse que é uma festa de gala, então o mínimo que eu podia fazer era vir conforme a ambientação. A última coisa que queremos é destaque, certo?
- Com certeza. - Eu o paro antes de entrar no salão. - Tendo isso em mente, você precisa saber que há chances de todos os outros estarem presentes, mesmo eu tendo visto apenas o Líder.
Ele assente.
Entrando no salão, nossos olhos encontram Heródoto de cara, falando o que parece as últimas palavras de seu discurso:
-...Mais uma vez, muito obrigado. - Ele começa a descer e é aclamado com vários, altos e fortes aplausos.
-Esse é o Líder. - Aproveito que o som dos aplausos abafam a minha voz e falo para Matthew sem me preocupar se alguém nos ouvira.
Olho para Matthew e vejo choque em seus olhos, quase raiva.
-Você está me dizendo que o historiador, Heródoto Veyne, que tem em sua mão um prêmio como gratidão dos cidadãos por todo seu respeito com a nossa história e cultura é a pessoa que na verdade está tentando expor a todo custo ao mundo os segredos da nossa história?
Eu o olho sem saber o que responder, mas confirmo séria para que em nenhum segundo Matthew desconfie da verdade:
-Sim, é ele.
Esperava ver fúria em seus olhos, mas na verdade ele parece concentrado em algum pensamento.
Antes que eu pudesse falar alguma coisa para o jovem perdido em pensamento a minha frente, passo meu olhar rapidamente em uma das janelas do salão, porém algo chama a minha atenção. Para não ter qualquer dúvida do que vi, olho novamente e minhas suspeitas se confirmam.
-Matthew, seja discreto: atrás de você há uma janela. Tem um segurança negro, com o cabelo baixo, marrento em frente dela. - Seguindo a minha orientação, Matthew pega uma taça de água, da bandeja de um dos garçons que, coincidentemente, passava atrás de nós. Ele parece procurar um pouco até direcionar-se a mim.
- É um deles? - Ele entende.
- Sim, aquele é o Spike.
- Então podemos concluir que os companheiros de Veyne estão aqui também.
- Vamos dançar.
- O que? Não, obrigado. Estou tranquilo aqui.
Ouço o início de uma valsa tocando e alguns casais começam a se concentrar no meio do salão.
-Vamos logo. É mais fácil para conversarmos, ninguém irá nos atrapalhar e as chances de nos ouvirem são menores. - Tento convencer-lo.
- Como vou para o meio desse salão se não sei dançar?
A resposta me pega desprevenida, mas não me prendo a esse detalhe.
-Não se preocupe, é só seguir os meus passos. - Puxo-o, sem dar brecha para mais desculpas.
Nesse momento eu agradeço minha mãe por ter me obrigado a aprender a dançar valsa, há cinco anos para me apresentar na minha festa de 15 anos.
Nos misturamos entre as pessoas que pretendem dançar, coloco a mão esquerda de Matthew nas minhas costas, abaixo do meu braço direito e a outra mão eu a seguro levemente a cima do meu ombro e minha outra mão ponho em seu ombro. Após estarmos devidamente posicionados, puxo-o para mais perto de mim, quase colados e fito firmemente seus olhos.
-Vamos lá, é fácil. Vou te ensinar a marcação básica. É apenas um, dois, três. - Faço para um lado, levando-o junto comigo. - e um, dois, três - Faço para o outro.
"Ele está um pouco atrapalhado, mas consegue se acostumar até o final da dança." - Penso.
-No meio da dança a gente vai fazer esses passos girando, mas não se preocupe, qualquer coisa, eu lhe guio. E também, vez ou outra, eu irei girar sozinha. Novamente, não se preocupe com isso, eu tenho o controle. Entendeu? Alguma dúvida?
Ele me olha, olha para o chão, depois me mostra um olhar meio confuso.
-Eu consigo me virar com esses passos. Não é como se eu fosse dançar valsa todo dia.
Rio mentalmente.
"O Sr. Barra Pesada já não parece tão assustador, não é mesmo?"
Voltando a posição de início, nos unimos aos dançarinos.
-Até então já sabemos mais ou menos com quem estamos lidando. - Começo. - Heródoto Vayne é o líder da organização, estamos certos quanto a isso. Não sabemos exatamente quantos estão envolvidos, porém já temos conhecimento de quatro deles, fora Vayne.
- Eu pelo menos já sei a aparência de Spike. Obviamente esse não é seu nome verdadeiro, porém neste momento é o que temos. Sem contar que Spike com certeza se infiltrou aqui com ajuda de Vayne.
- Ai! - Matthew pisa em meu pé.
- Desculpe. - Ele se sente embaraçado.
Tento ignorar a dor e continuo:
- Não há dúvidas quanto a isso, contudo estou curiosa em relação ao paradeiro dos outros. Acho improvável que só Spike tenha se infiltrado aqui, entretanto cadê os outros?
- Ai! - Uma pessoa esbarra em mim, fazendo com que me afastasse de Matthew, porém ele me segura pelo braço e me puxa para perto de si.
- Eu sinto muito, você está bem? - Ouço a voz desesperada de uma mulher atrás de mim.
Olho em sua direção e reconheço os cabelos curtos negros e os óculos pretos também.
-Está tudo bem. - Tento responder normalmente, mas não consigo controlar minha desconfiança.
- Ainda estou aprendendo a dançar, me desculpe novamente. - Ela se afasta envergonhada.
Ao me dirigir a Matthew não percebera que estava tão perto dele. Meus olhos estavam certos na direção do peitoral definido de Matthew, porém sem músculos sobressalentes. Meu nariz recebe o cheiro do perfume amadeirado exalando dele, deixando-me totalmente absorta.
-Charlotte? - Matthew me tira do meu estado de efervescência.
Eu coro ao pensar que ele poderia ter percebido meu papelão.
-É ela! - Volto a focar no que acontecera há poucos segundos. - Ela é uma deles! Essa é a Ju alguma coisa.
Matthew fica calado por um tempo.
-Estamos em péssimos lençóis.
- Por que? Você a conhece? - Pergunto aflita.
- Ela é a secretária do prefeito, Judith. Eu não sei até onde ela tem conhecimento das informações de Angela, mas pode ter certeza que ela sabe bastante.
Voltamos a dançar, mesmo estando ambos atordoados.
-O pior dos meus pesadelos aconteceu: haver um intermediador entre eles e as informações sobre Angela.
-Como isso pode ter acontecido? - Pergunto incrédula ao saber que um próprio nativo traiu suas origens.
- Desde que me entendo por gente, ela sempre foi assistente do prefeito, então posso dizer que a conheço bem, uma vez que tenha crescido junto com aquele círculo familiar. Judith sempre fora ambiciosa e curiosa, fazendo com que muitas vezes ficasse cega, almejando apenas os seus objetivos e passando por cima de qualquer coisa. Diferente da mulher frágil que ela apresentou ser para você, ela é forte, determinada e com sangue nos olhos. Dada a situação rápida que aconteceu, acredito que ela não tenha me visto.
Observo as palavras secas e preocupantes de Matthew. Fico calada, tentando absorver a situação perigosa que acabamos de ter conhecimento.
A música começa a ficar lenta, indicando o seu fim e os casais começam a cumprimentar seus parceiros.
-Não é o ambiente mais propício para isso, porém vou aproveitar que estou aqui e irei conversar com Laylah. Talvez ela possa me dar informações valiosas.
- Espera. - Seguro a ponta da manga do terno de Matthew ao ver uma mulher loira, alta, esbelta, usando um charmoso vestido vermelho atravessando o salão. Com um copo de champanhe na mão, eu a vejo acenando para o outro lado do salão. Procuro alguém que possa a ter correspondido e meus olhos batem na minha mãe, que está acenando para alguém na mesma direção da loira.
Apavoro ao imaginar qualquer tipo de relação que meus pais possam ter com um dos integrantes da equipe do Vayne.
-Zarah também está aqui. - Tenho manter a calma, entretanto falho miseravelmente.
- O que houve? - Matthew percebe meu nervosismo.
- Eles não apenas estão aqui, como um deles conhece os meus pais. Aquela loira alta, usando um vestido vermelho. - Aponto com o queixo discretamente. - Não posso deixar que eles tenham qualquer tipo de contato.
- Isso é péssimo. - As palavras de Matthew não me acalmam nem um pouco.
- Vamos fazer o seguinte: você vai conversar com Laylah, enquanto eu investigo a relação dos meus pais com Zarah. - E assim me despeço de Matthew, deixando-o para trás, enquanto saio quase correndo da roda quase desfeita.
- De fato a festa ficou impressionante, infelizmente não pude participar da organização, mas vocês estão de parabéns. - Chego até meus pais e escuto Zarah falando.
- Muito obrigada, senhora Rosalina. - Minha mãe fala, formalmente.
- Apenas Rosalina. - A fala casual de Zarah com meus pais me irrita.
"Rosalina? O que diabos está acontecendo? Ela está mentindo sobre sua identidade?" -Penso sem entender.
-Ah, querida. - Minha mãe percebe a minha presença.
- Deixo-nos apresenta-la, filha. - Papai puxa meu braço com delicadeza, trazendo-me para perto dele. - Essa é Rosalina Gosling, ela é nossa chefe na DP.
Cumprimento-a com um sorriso falso, evitando qualquer tipo de contato físico, seja um abraço ou aperto de mão.
-É um prazer conhecê-la. É tão bonita quando a mãe. - Cada palavra que sai de sua boca me causa ânsia de vômito.
A conversa entre os três flui e as vezes eles me incorporam na conversa, porém mesmo sabendo que tenho que ser simpática, sem levantar qualquer suspeita, me tornara evasiva a conversa, ficando apenas observando Zarah, seu comportamento e gesto, tentando extrair qualquer tipo de informação sobre quem é de verdade e seus reais objetivos.
Oi pessoal, tudo bem? Espero que estejam gostando de ler a história, da mesma forma que eu estou adorando escreve-la.
Normalmente não sou de passar por aqui, mas tenho que dar dois recadinhos pra vocês:
1. Esse capítulo tem a revisão final por Mrs_Pandora. Ela escreve também e a história dela é maravilhosa, vão lá e deixem sua estrelinha e comentem, tenho certeza que não vão arrepender.
2. Tenho certeza que alguns perceberam que ao me referir a um personagem da história eu optei por usar o termo "negro" e não "preto" como é o certo. Espero que entendam que em momento algum eu quis ofender ou deixar alguém desconfortável, mas se eu o fiz me desculpem.
É isto e semana que vem tem mais um capítulo novinho, não esquecam de votar e deixar seus comentários. Beijinhos.
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