4. QUATRO

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Descrição leve a assassinato por estrangulamento. Nada muito descritivo. Jungkook mostrará seu lado dark.
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— Você acha que meu irmão ainda vai gostar de mim se descobrir? — Hoseok estava roendo as unhas de nervosismo, olhando pela janela. O céu noturno estava muito escuro, cheio de muitas nuvens. Era uma noite fria de primavera. Hoseok e Jungkook estavam indo para uma cidade vizinha em Busan, caçando sua próxima presa.

Desta vez, Jungkook iria ensinar Hoseok. Ele não ia matar sozinho. Porque, ele queria que seu legado continuasse, se algo acontecesse com ele, algum dia.

— Seu irmão nunca vai descobrir. Será um segredo entre nós, Hoseokie. — Jungkook assegurou a um Hoseok muito assustado, falando com ele em um tom gentil. — Nós não estamos fazendo algo ruim. Lembre-se disso. — Jungkook estava focado em dirigir, nas estradas solitárias de Busan.

Agora eram duas da manhã, e não havia ninguém dirigindo, exceto eles. Para Hoseok, parecia que eram dois personagens de um filme de terror.

Mas esta era a realidade. Em breve, com a ajuda de Jungkook, ele invadiria o apartamento de alguém e o mataria. Jungkook iria estrangulá-lo enquanto Hoseok assistiria.

Hoseok assistiria Jungkook tirar a vida de outro ser humano inocente.

— E se Jimin descobrir? Você acha que ele vai denunciá-lo à polícia? Ou ele vai nos proteger? — Hoseok perguntou novamente, fazendo Jungkook rir.

— Meu doce anjo nunca me trairia. Ele me ama demais para me trair. Ele sempre me protegerá, até mesmo você. Todos nós, devemos ficar juntos, você não acha? — Jungkook falou em um tom muito suave, mas seus olhos estavam frios como gelo. — Oh, aqui estamos nós. — Ele anunciou, assim que chegaram. — Agora, antes de entrarmos. Vamos esclarecer algumas coisas. — Jungkook parou o carro perto de uma garagem abandonada. — Você entende o que estamos prestes a fazer, Hoseokie? — Jungkook estava olhando para Hoseok. olhos intensos, deixando-o ainda mais nervoso.

— S-sim, nós vamos... para...

— Nós vamos salvar alguém. — Jungkook terminou sua frase. — Nós vamos levá-los para onde eles pertencem, correto?

— Sim. — A voz de Hoseok tremeu. — Sim, estamos ajudando ele.

— Isso mesmo. — Jungkook abriu a porta de seu carro lentamente e Hoseok o seguiu. Ambos estavam vestidos com roupas pretas e usavam máscaras pretas, luvas e outras roupas especiais, para não deixar impressões digitais ou pistas em torno da futura cena do crime.

Jungkook já havia conseguido uma chave reserva do apartamento da vítima, para que eles pudessem invadir facilmente o apartamento, a qualquer hora que quisessem.

A perseguição vinha primeiro. Jungkook adorava stalkear suas vítimas. Às vezes, ele as stalkeava por meses e escrevia detalhes ou hábitos sobre elas em seu caderno.

— Siga-me. — Jungkook sussurrou e Hoseok o seguiu obedientemente, ambos agora fora da casa da vítima, olhando para dentro pela janela. Claro, eram 2 da manhã, então o jovem estava em sua cama quente dormindo.

A intrusão vinha em segundo lugar. Jungkook nunca gostou de invadir e fazer barulho. Ele sempre encontrava uma maneira de roubar uma chave reserva das vítimas, para que ele pudesse facilmente invadir sua casa.

Ele usou a chave reserva e abriu a porta o mais silenciosamente que pôde, Hoseok o seguindo rapidamente.

Quando ele conseguia invadir o apartamento da vítima, fazer uma primeira aparição vinha em terceiro lugar.

Jungkook entrou no quarto da vítima, que estava dormindo profundamente. Ele acendeu as luzes, Hoseok observando por trás ansiosamente. Hoseok sentia tanto medo que queria fugir e se esconder em algum lugar. Mas, ao mesmo tempo, ele se sentiu muito intrigado. Como seria matar alguém com suas próprias mãos? Como se sentiria? Brincar com a vida de alguém tão facilmente? Como se não fosse nada? 

— Você fala. — Jungkook cutucou Hoseok e o empurrou para a frente, fazendo-o guinchar.

— O-o que...

Então, Hoseok o viu. O jovem que eles estavam caçando no momento, abriu os olhos e rapidamente se levantou da cama, gritando de medo, gritando com Jungkook e Hoseok, perguntando quem eles eram.

Para a vítima, Jungkook e Hoseok eram apenas dois homens vestidos de preto, dois homens que queriam machucá-lo.

Jungkook nunca falava com suas vítimas. Ele apenas as assistia gritar e lutar, até que ele as estrangulava com as próprias mãos, espremendo a vida delas para fora.

— Jungkook... — Hoseok choramingou, sem saber o que fazer. Ele correu para o canto mais próximo, enquanto observava Jungkook fazer o que fazia de melhor: matar pessoas.

A vítima, claro, tentou fugir e escapar de seu quarto, mas Jungkook conseguiu capturá-lo, agora segurando-o em seus braços, empurrando-o rudemente para a cama. A vítima continuou gritando por socorro, mas então, Jungkook rasgou sua camisa, para que pudesse cobrir a boca com ela, querendo calá-lo.

A vítima continuou, agora com seus gritos abafados, enquanto Hoseok entregava a corda a Jungkook. Jungkook sempre amarrava suas vítimas na cama, para que não fugissem. Ele queria ter controle total sobre elas. Então, depois de muita luta e gritos, ele conseguiu amarrar a vítima na cama, ambas as pernas e os braços, todos amarrados. A vítima estava agora amarrada, e não havia nada que pudesse fazer.

Ele era como um pequeno animal indefeso.

Por trás da máscara, Jungkook permanecia sem emoção, não mostrando nenhum tipo de reação.

E com suas mãos fortes, ele as enrolou no pescoço da vítima, estrangulando-a com as próprias mãos. Hoseok apenas cobriu os olhos com o choque, mas então os abriu novamente. Ele podia ver Jungkook pairando sobre o corpo da vítima, sufocando-o com as próprias mãos, como se não fosse nada.

A vítima tentou revidar, ele tentou tanto, mas não havia nada que ele pudesse fazer. Jungkook era mais forte que ele. Jungkook tinha total controle sobre ele.

O homem agora não estava mais vivo. Jungkook não conseguia mais sentir seu pulso. Seu coração não batia mais.

Ele estava morto. Jungkook havia matado outra pessoa novamente.

— Ajude-me a levá-lo para a banheira, Hoseokie. — Jungkook disse, fingindo que nada de especial aconteceu. Como se ele não tivesse matado um ser humano.

— T-tudo bem. — Hoseok correu para a cama e ajudou Jungkook a levar a vítima para a banheira.

Assim que o despiram, jogaram-no na banheira.

— Por que você não tenta? Você não quer limpá-lo? — Jungkook sugeriu, querendo dar uma chance a Hoseok.

— Limpar ele?

— Sim, limpe-o. — Jungkook pediu, deixando Hoseok fazer o resto.

Hoseok se sentiu meio perdido, mas, eventualmente, pegou o jeito. Ele lavou o corpo da vítima com água morna e o limpou com muito sabonete e xampus. Jungkook tirou as roupas de sua mochila e vestiu a vítima com roupas brancas.

Agora, ele estava limpo. Ele poderia ser colocado na cama novamente.

— Vamos colocá-lo na cama, sim? Ele pode descansar agora. Ele pode ir para onde ele pertence. — Jungkook disse, e com sua ajuda, Hoseok jogou a vítima na cama.

— Não! — Jungkook gritou, parecendo com raiva. — Não apenas jogue ele. Você deve... você deve tratá-lo gentilmente. Aqui, faça com que ele descanse em paz. — Jungkook agarrou o corpo da vítima e começou a mover seus membros, posicionando-o em uma posição de sua escolha.

A cada vez, Jungkook fazia suas vítimas descansarem na cama, com os olhos fechados e os braços cruzados, enquanto usavam roupas brancas e etéreas.

— Agora, ele é um anjo. — Jungkook encarou sua vítima, um sorriso orgulhoso em seu rosto.

Agora, ele poderia ir. Seu trabalho foi feito aqui.

Assim que eles saíram da casa com cuidado, Hoseok acabou vomitando na grama do lado de fora. Jungkook estava esperando por isso. Ele sabia que Hoseok ainda não estava pronto, mas logo estaria, ele tinha apenas que treiná-lo.

— Talvez, outra hora, você possa tentar você mesmo? — Eles estavam agora dentro do carro, saindo deste bairro, voltando para casa. Jungkook não ficou desapontado com Hoseok, pois sabia que esse reagiria dessa forma.

— Desculpe... sou um covarde. Sempre fui covarde, mesmo no orfanato... deixei o padre Siwon fazer o que quisesse comigo e nunca disse nada... Sou um covarde! — Hoseok acabou chorando, enquanto Jungkook permanecia calmo. 

— Não mencione esse nome. — Jungkook sempre perdia a calma ao ouvir o nome daquele homem repulsivo. Ele odiava duas pessoas neste mundo. Padre Siwon e seu pai biológico. Esses dois eram as pessoas que ele mais odiava neste mundo.

E, felizmente, Jungkook certificou-se de tirá-los deste mundo, ele os matou, antes que eles causasse mais problemas para todos.

Sim, o padre Siwon não foi a primeira morte de Jungkook como todos acreditavam.

Jungkook matou seu pai, quando ele era apenas uma criança.
(Lembra que no início falei que o pai de jk tentou matá-lo, por isso JK o matou, será explicado mas a frente)

Mas todos pensavam nisso como uma tragédia, um suicídio, um acidente. Ninguém sabia a verdade, exceto Jungkook.

— Prometa-me, Hoseokie. Quando chegar a hora, você vai continuar por mim? Quando eu não mais poder limpá-los? Você irá continuar para mim?

Não com muita confiança, Hoseok respondeu quase como um sussurro:

— Sim, eu prometo a você, Jungkook. Eu vou purificar todos eles.

Hoje era só o começo.

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Jimin odiava o hotel em que estava hospedado. Estava sempre muito cheio e as paredes eram muito finas. Ele podia ouvir barulhos a cada minuto que passava. Era incapaz de se concentrar ou dormir. Ele não conseguia pensar direito enquanto estava hospedado neste hotel.

Jimin só queria voltar para seu pequeno e aconchegante apartamento.

Ele se perguntou se Hoseok estava indo bem. Ele podia ver que Hoseok era muito solitário. Jimin queria estar lá para ele e ser seu amigo.

Mas agora, ele não podia.

Eram três da manhã e Jimin ainda estava acordado, sua mente cheia de pensamentos. Ele ficou pensando no caso atual, em Jungkook, Hoseok, Namjoon, o orfanato.

Ele estava ficando louco.

Depois de tomar dois comprimidos para dormir, conseguiu adormecer em trinta minutos. Jimin era grato a quem tinha descoberto pílulas para dormir. Ele os tomava há muitos anos, já que sempre teve um padrão de sono ruim e pesadelos terríveis .

Às vezes, ele sonhava com Jungkook o matando enquanto dormia, e outras vezes sonhava com o Padre Siwon.

Jimin odiava os dois tipos de sonhos.

[...]

Era sete da manhã quando Jimin foi acordado por seu alarme muito alto. Ele alcançou a mesinha de cabeceira e pegou o telefone para desligar o alarme, suspirando, sentindo-se muito cansado. Ele mal dormiu por 4 horas essa noite.

Como ele iria funcionar hoje?

Mas Jimin estava acostumado com isso. Muitas vezes no passado, ele não conseguia dormir por mais de 5 horas.

Ele saiu da cama e foi ao banheiro se lavar. Assim que terminou e vestiu seu uniforme policial, ligou a pequena TV que tinha em seu quarto de hotel e quase deixou cair o telefone, quando viu as notícias recentes.

Eles estavam falando sobre o Estrangulador de Busan. Ele tinha matado, novamente.

— Oh, meu Deus... — Jimin murmurou, assistindo as notícias em choque total. O assassino era um maldito super-flash? Como ele conseguia matar tão rápido? Jimin se lembrava que eles encontraram a quarta vítima alguns dias atrás.

Agora, era a quinta vítima.

— Jesus. — Jimin se sentiu mal do estômago e desligou, correndo para fora de seu quarto de hotel, indo para o departamento de polícia.

Quando chegou à delegacia, ele pôde ver todos em caos novamente. Jimin conhecia esse sentimento. Havia alguém lá fora em sua cidade natal, matando seres humanos inocentes, e ninguém sabia nada sobre ele.

Jimin se sentia tão inútil e patético. O serial killer era tão inteligente? Quem era ele? Que tipo de pessoa ele era? Jimin tinha tantas perguntas. Ele ainda não conseguia fazer um perfil correto para o assassino em sua mente.

— Oficial Jimin, eu suponho, você ouviu a notícia? Aconteceu ontem à noite. — Um dos membros da equipe anunciou para Jimin, fazendo-o suspirar. 

— Sim, eu ouvi sobre isso antes de sair do hotel.

— A equipe forense confirmou a causa da morte, foi asfixia novamente. — Os policiais entregaram todos os detalhes para Jimin. — É um bairro diferente desta vez, mas deve ser ele. Tudo é o mesmo de sempre. Ele é do sexo masculino, com cerca de 20 anos, vestido com roupas brancas, deitado estranhamente na cama e foi estrangulado até a morte.

Jimin queria gritar de frustração.

— Neste momento, acredito que devemos realizar uma coletiva de imprensa. Os repórteres de notícias já têm tantas perguntas. Devemos... fazer isso o mais rápido possível. Talvez, desta forma, possamos encontrar alguma coisa, mesmo informações menores.

Jimin achou uma boa ideia fazer a coletiva de imprensa. 

— Sim eu concordo. Vamos conversar com eles. O público pode nos ajudar. Talvez, alguém que tenha notado um comportamento estranho, mesmo no passado, possa nos procurar e nos ajudar!

Era isso que a polícia esperava. Qualquer informação ou detalhe que possa levá-los a um suspeito.

— Jimin? — Namjoon entrou no escritório. — Você conseguiu encontrar um hotel? Não me diga que você ainda está em seu apartamento. — Namjoon começou a fazer perguntas a Jimin sobre sua localização atual, parecendo em pânico, fazendo os outros rirem.

— Eu estou... sim, estou atualmente ficar neste hotel, então não se preocupe. — Jimin o tranquilizou.

— Ah. — Namjoon suspirou de alívio, — Isso é bom. Você deve ficar seguro, Jimin. Ainda não sabemos quem é o seu intruso. Eu dei uma volta e perguntei aos seus vizinhos ontem à noite, perguntei se eles viram ou ouviram alguma coisa, mas eles disseram que não! Quão ridículo é isso?! Esse intruso é invisível ou o quê? Isso me faz acreditar que é o mesmo cara, Jimin. A pessoa que invadiu sua casa é o Estrangulador de Busan. Por alguma razão, ele escolheu não te matar naquela noite, entretanto.

Jimin bufou, ouvindo o discurso muito longo e apaixonado de Namjoon.

— Isso é bobagem. Por que o assassino iria atrás de mim?

Jimin se sentia um pouco confuso. Obviamente foi Jungkook que invadiu seu apartamento naquela noite.

Jungkook tinha hábitos semelhantes com o assassino? Namjoon estava certo? Jungkook era o Estrangulador de Busan?

— Eu... eu não sei, Jimin! Eu não sei como essa pessoa doente pensa! Apenas... tome cuidado, OK?

Jimin suspirou.

— Tudo bem. Estou seguro no hotel agora, então você não precisa se preocupar. Há câmeras por todo o hotel, então mesmo que alguém tentasse me encontrar, seria pego!

— Bom.

Depois de ler os arquivos da vítima atual várias vezes, Jimin se sentiu ainda mais nervoso. Ele sentia como se esse pesadelo nunca tivesse fim. Ele estava convencido de que o assassino que eles estavam enfrentando era um ser humano sobrenatural.

Ou talvez, ele não fosse humano. Ele era um demônio.

Ele definitivamente não era um ser humano normal, por fazer coisas tão horríveis.

— Oi, Jimin. Q-quer ir para a academia comigo? — Namjoon sugeriu, quando seu turno acabou.  Jimin também não tinha mais nada para fazer, então decidiu se juntar a ele.

— Claro. — Ele sorriu para Namjoon. —  Já faz um tempo desde que eu malhei de qualquer maneira.

Namjoon e Jimin foram para a academia local, para que pudessem se exercitar por algumas horas.

Mas Jimin não conseguiu lidar com isso por muito tempo. Ele dormiu tão mal na noite anterior que acabou desistindo depois de correr na esteira por uma hora.

Já Namjoon era mais resistente que Jimin e acabou levantando peso por mais uma hora.

— Uau, com esses braços, eu diria que você seria perfeito para estrangular as pessoas como o assassino faz. — Jimin provocou Namjoon, notando seus braços musculosos e peito tonificado.

— Jimin-ah. — Namjoon choramingou. — Não diga coisas assim. Eu nunca... eu nunca faria coisas tão monstruosas.

— Eu só estava te provocando, bobo. — Jimin riu, percebendo que fazia um tempo desde que ele se sentia tão relaxado com alguém.

Nos últimos dias, ele esteve no limite, constantemente pensando no caso, e em Jungkook.

Jimin se perguntou onde Jungkook estava no momento. Jungkook já tinha lido a carta que ele escreveu para ele? O que ele estava fazendo agora?

— Desculpe, eu só... eu me sinto tão chateado com tudo o que está acontecendo. É muito desanimador, você não acha? Lidar com um caso tão imprevisível? — Namjoon desabafou.

Jimin concordou, entendendo como Namjoon se sentia. 

— Você está certo. Acho que não é fácil para nós, já que ainda somos considerados novatos.

— Vamos torcer para que a coletiva de imprensa nos ajude amanhã.

— Sim, eu espero por isso também.

Jimin não podia mentir. Ele estava muito nervoso com a coletiva de imprensa de amanhã.

Ele esperava que tudo corresse bem e eles pudessem encontrar algo útil.

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— Acho que seu irmão adoraria se você o desenhasse. — Jungkook disse para a criança, falando com ele com uma voz suave. — Hoseok ficaria emocionado!

— Você acha, Sungwoon hyung? — O irmão mais novo de Hoseok já estava segurando um desenho em suas mãos, sem saber se Hoseok iria gostar ou não. — Ele já está muito feliz por sua causa, então continue com seus desenhos, para deixá-lo ainda mais feliz!

— Sungwoon hyung. — A criança parecia um pouco angustiada.

— O que foi?

— Acho que tem algo errado com meu irmão.

— O que você quer dizer? — Jungkook franziu a testa, esperando que nada de ruim tivesse acontecido com Hoseok.

Não é como se Jungkook fosse completamente sem emoção. Houve muitas vezes em que ele sentiu empatia em relação aos outros.

Jungkook também gostava da companhia de Hoseok.

E, claro, Jimin, isso era uma exceção, ele era seu anjo.

Jungkook nunca poderia odiar Jimin.

— Quando eu acordo à noite, eu o vejo, meu hyung. Ele não está em sua cama dormindo, ele está acordado... f-fazendo coisas estranhas... mas eu não as entendo. — A criança agora tinha algumas lágrimas nos olhos.

— Que coisas estranhas?

— Eu não posso te dizer, Sungwoon hyung. — A criança gritou. — Hoseok hyung disse que é um segredo entre nós.

— Segredo? — Jungkook teve um mau pressentimento sobre isso.

Mas não. Hoseok não machucaria a criança. Era seu irmão mais novo. Hoseok adotou a criança para que pudesse cuidar dele. Ele não iria machucá-lo.

— É um segredo ruim? — Jungkook continuou com as perguntas, sentindo-se curioso.

— Estou com medo, Sungwoon hyung. Não quero perder meu hyung.

— Prometa-me, que você vai me dizer, um dia? O segredo entre você e seu hyung?

— OK. — A criança fungou, enxugando algumas de suas lágrimas.

Após a sessão terminar, Jungkook colocou o caderno em sua bolsa e voltou para casa.

Quando chegou à porta da frente de seu apartamento, ficou mais do que chocado ao ver alguns carros de polícia vagando pelo bairro.

Então, ele viu um oficial, aproximando-se de seu lado. Jungkook pensou em manter a calma e não fugir. Ele não podia se esconder ou agir de forma suspeita.

— Aconteceu alguma coisa, senhor? — Jungkook perguntou ao oficial com uma voz calma.

— Ah, não. Estou apenas... fazendo meu trabalho aqui. Recentemente, ocorreu uma intrusão neste bairro. Você não atendeu a porta quando eu cheguei outro dia. Então, posso fazer algumas perguntas agora que você está aqui?'

— Hum, sim, claro. — Jungkook respondeu, percebendo do que se tratava. Era sobre ele entrar no apartamento de Jimin alguns dias atrás.

— Você conhece Park Jimin? — O oficial perguntou, esperando a resposta de Jungkook.

— Não. — Jungkook mentiu. — Nós nunca nos conhecemos ou interagimos um com o outro antes. — Jungkook declarou confiante.

— Tudo bem. — O oficial começou a escrever em seu relatório. — Onde você estava dois dias atrás, por volta da meia-noite?

— Na minha cama. — Jungkook respondeu, rindo um pouco. — Sinto muito, oficial. Mas eu não ouvi ou vi nada suspeito neste bairro.

— Como você disse que se chamava? — O oficial perguntou, percebendo que era a primeira vez que ele estava falando com Jungkook. O policial havia visitado este bairro há alguns dias, quando a quarta vítima foi encontrada.

Mas eles nunca encontraram Jungkook para questioná-lo sobre isso.

— Jeon Sungwoon, senhor. — Jungkook disse para o oficial e ele apenas acenou com a cabeça, escrevendo o nome.

— Você é novo aqui?

— Na verdade. É que... eu viajo muito e não fico em casa com muita frequência. — Jungkook continuou explicando ao oficial. — Eu moro sozinho, então não é muito agradável para mim ficar aqui.

— Tudo bem. Obrigado pela informação. Por favor, se você ver ou ouvir algo suspeito, não hesite em nos ligar! Isso é urgente! — O oficial terminou seu interrogatório e foi para a casa ao lado.

Jungkook olhou para o oficial de longe e sorriu. Era muito divertido vê-los em agonia.

Jungkook entrou em seu apartamento e subiu as escadas para seu quarto. Ele pegou seu caderno de desenho na gaveta e começou a rabiscar novamente, atualmente desenhando sua próxima vítima. Ele já havia anotado muitas informações sobre ela de todas as perseguições que havia feito.

Se tudo corresse de acordo com seus planos, ele tentaria matar em breve.

E desta vez, Hoseok faria isso.

Ele só esperava que Hoseok se saísse bem.

Jungkook não podia perder Hoseok. Não agora.

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Na manhã seguinte, Jimin conseguiu dormir um pouco melhor com a ajuda de pílulas para dormir novamente, e agora estava a caminho da coletiva de imprensa.

Ele estava vestindo um terno preto muito formal, deixando-o muito desconfortável. Jimin não estava acostumado com essas coisas. Ele odiava as coletivas de imprensa, mas sabia que isso era essencial para o andamento do caso.

— Bom Dia senhoras e senhores. Somos do departamento de polícia de Busan, e aqui estão os detetives e policiais oficiais envolvidos neste caso horrível. Nós responderemos perguntas sobre o caso atual, então, por favor, vão em frente.

E assim, muitos repórteres os encheram de perguntas, Jimin lutando para responder a todas elas.

— Bem, atualmente não temos nenhum suspeito principal. — Jimin respondeu a uma das muitas perguntas, sua voz tremendo de nervosismo. — A única coisa que podemos dizer com certeza, é que o Estrangulador de Busan é do sexo masculino.

Os oficiais continuaram respondendo a perguntas sem importância da multidão e, finalmente, antes que a entrevista coletiva terminasse, o chefe fez um último anúncio.

— Como você pode ver, estamos em perigo absoluto, então eu imploro, se algum de vocês acha que se encontrou com alguém que mostrou um comportamento peculiar, por favor nos informe. Mesmo que seja do passado, é importante para nós.

A conferência de imprensa finalmente acabou. Jimin sentiu como se pudesse respirar novamente. Ele se sentiu tão envergonhado quando um dos repórteres perguntou sobre a invasão a casa dele, e o chefe teve que mencionar o brinquedo sexual. Jimin se sentiu muito humilhado.

O que o público pensaria dele agora?

Mas a invasão a casa dele era um fator importante para o caso, pois, segundo a polícia, o intruso também era o Estrangulador de Busan.

— Você foi bem hoje, Jimin. — Namjoon disse, dando um tapinha no ombro de Jimin. — Não deixe as palavras deles te incomodarem. Eles provavelmente vão esquecer isso na próxima semana.

Jimin suspirou novamente.

— Espero que sim. Eu não quero ser o policial que gosta de pular em um vibrador! Eu não quero esse tipo de reputação!

Namjoon riu.

— Você tem sorte que o chefe não tem a mente fechada, porque se fosse uma pessoa diferente, ele poderia até ter tirado você do caso.

— Oh, Deus.

— Então, por favor, não seja tão duro consigo mesmo, ok? — Namjoon estava tentando o seu melhor para confortar Jimin como sempre. '

— T-tudo bem. — Jimin respondeu em voz baixa. — Vou para o meu escritório agora. Vou checar as informações da quinta vítima mais uma vez.

Algumas horas se passaram e Jimin terminou de reler todos os arquivos sobre a quinta vítima. Ele estava convencido de que havia algo diferente com este caso. Era como se o assassino estivesse com pressa desta vez.

Mas ainda assim, não havia impressões digitais ou quaisquer pistas na cena do crime.

Então, o que quer que tenha acontecido desta vez, não fez diferença para eles.

— Oficial Park! Por favor, diga aos outros para se reunirem no meu escritório! Recebemos uma ligação muito interessante!

— Que ligação? — Jimin estava confuso.

— Alguém ligou de Daegu. Ele disse que assistiu nossa coletiva de imprensa esta manhã, e ele afirma ter se encontrado com uma pessoa semelhante no passado, alguém que poderia ser nosso Estrangulador!

— Oh, que bom. — Jimin correu para anunciar isso para os outros e todos foram para o escritório principal, para assistir a video-chamada juntos.

Jimin ficou em choque, quando viu um rosto muito familiar na tela tela da TV.

— Olá. Eu sou Kim Taehyung e atualmente estou morando na minha cidade natal, Daegu. Fiquei muito chocado quando vi a preferência no noticiário de hoje, então achei que deveria ligar para você, isso pode ajudá-lo com sua investigação. — Taehyung. Era Taehyung.

Um velho amigo de escola de Jimin.

— Quando eu era adolescente, morei em Busan por alguns anos e conheci uma pessoa muito estranha, devo admitir. Essa pessoa me odiava por algum motivo e continuou me perseguindo, me assediando, me insultando. Uma noite, ele até tentou me matar. Lembro-me de quando ele invadiu meu quarto naquela noite e ameaçou me matar. Ele tinha me empurrado para a cama e estava me estrangulando, mas então, felizmente, meus pais me chamaram e ele desapareceu. Desde aquela noite, eu fugi, porque estava com medo. Essa pessoa estava determinada a me matar. Ele não tinha medo em seus olhos. E o nome dessa pessoa era Jeon Jungkook. Agora, ele deve estar por aí entre seus 20 e poucos ou 30 anos. Acho que é bom você saber que tal pessoa ainda pode existir em Busan. Que talvez essa pessoa seja agora o assassino que você está procurando.

Quando Jimin ouviu Taehyung mencionar o nome de Jungkook, tudo foi um borrão para ele.

Sem perceber, ele acabou desmaiando no chão de choque, todos os policiais correndo para o seu lado para ver o que estava errado.

Mas Jimin não conseguia sentir nada.

Ele desejava permanecer inconsciente para sempre, não querendo encarar a realidade.

Porque, agora, ficou claro para ele quem era o Estrangulador de Busan.

🫰🏼 🫰🏼

C o n t i n u a...
⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉⑉

Oi, o que acharam desse capítulo? Jimin é muito cego, não acham? Eu ja teria suspeitado de Jungkook desde o começo? E sobre Hoseok, será que ele está abusando do irmão adotivo ou é apenas um mal entendido? Não irei responder a isso, até porque será importante para algumas coisas futura. E também deixei avisos no início. Vale lembrar que Hoseok também foi abusado pelo padre assim como JM e JK. Então.... ¯⁠\⁠_⁠(⁠ツ⁠)⁠_⁠/⁠¯

Sobre Jungkook, ele realmente acha que está ajudando as vítimas, que as está enviando para um bom lugar, por isso ele mata os que parece seu anjo Jimin e os veste de um jeito que representa a pureza. Para Jungkook ele esta ajudando essas pessoas a não se contaminar a voltar para o lugar que pertence aos anjos. Louco. Vai entender a mente de um sociopata.

Bem, eu estou me divertindo muito escrevendo essa história, então espero que vocês gostem também.

Coisas mais interessantes acontecerão em breve, então espere por elas. (⁠◠⁠‿⁠◕⁠)

NÃO É SAD FIC.

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