Uma possível paixão?
Capítulo 8
— Uma possível paixão?
Zack
Assim que deixamos a casa com o corpo sem vida no meio da sala, fomos para a praça que fica em frente a residência com nossas malas, deixamos no chão e nos sentamos num banco.
Já era madrugada, eu e a Ray não sabemos para onde irmos, ficamos um bom tempo ali refletindo sobre o que fazer...
De repente escuto um barulho, e rapidamente veio até nós três homens que tentaram roubar o colar da Rachel. Eu reagi rápido apontando a foice em direção a eles, deixando-os surpresos.
Percebi que a Ray caiu ao meu lado com o susto, fiquei preocupado com ela e irritado com os imbecis.
– Ray, tá tudo bem com você? – eu perguntei preocupado com ela, vendo-a se levantar logo, e ficando atrás de mim.
– Tô bem… – ela confirmou que estava bem, e segurando o pingente do colar no pescoço.
– Vocês querem brincar, não é? Pois bem, vamos brincar!!!! – eu disse dando uma boa risada, e me preparando para a diversão. Mas, um dos homens continuou ali parado, enquanto os outros saíram correndo. – Eu vou lhe dá 3 segundos para tentar escapar! – eu disse a ele, me preparando para atacá-lo.
Quando de repente ele tira o capuz do casaco revelando seu rosto, e olha pra mim sem demonstrar medo.
– Isaac Foster! O famoso assassino em série! – ele disse olhando pra mim, mas eu não o reconheci.
– Zack, você o conhece? – a Rachel me perguntou, ainda atrás de mim.
Olhando bem pra cara dele, até que acabei lembrando.
– Esse é o meu ex-companheiro de cela! – eu disse, colocando a foice no meu ombro.
– É bom te ver de novo Isaac….. quer dizer, Zack! Se é assim que você prefere. – o meu ex-companheiro de cela disse, e ficou desconfiado pra mim com a Rachel. – O que vocês tão fazendo aqui?
– Não sabemos pra onde ir... – o respondi olhando ao redor, ficando preocupado com a situação.
Nesse momento a Ray sai de trás de mim, e fica ao meu lado, olhando o cara conversar comigo.
– Olá! Eu sou Woody Thompson! – ele disse se apresentando a Rachel, o que me deixou encimado.
– Sou Rachel Gardner. – a mesma diz se apresentando também, sem sair do meu lado.
– Chega de papo furado!! Temos que ir, venha Ray!! – eu disse sem querer conversar, andando para uma direção qualquer.
– Pra onde vamos, Zack!? – a Ray perguntou, enquanto vinha me seguindo.
– Não sei… Apenas vamos! – eu disse andando pela praça, chegando a uma rua.
– Eu posso ajudar vocês! – o Woody disse a nós, então paramos de andar olhando para trás.
Nós viramos em direção a ele, vimos que vinha carregando as nossas malas e vindo conosco.
– Vai nos ajudar, Woody? – Rachel perguntou a ele, desacreditada.
– Sim! Vou ajudar vocês em forma de agradecimento ao Zack por não ter tirado a minha vida! – ele disse convicto de sua atitude, demonstrando confiança.
– Continue assim mesmo! – digo a ele, olhando-o de modo intimidador com a foice apoiada no meu ombro.
– Certo, Zack! – ele disse, e saí andando. – Venham comigo, daqui a três quarteirões tem um apartamento abandonado, lá tem vários outros ladrões e ex-presidiarios que se refugiam lá.
– Vamos de carro, assim vai ser mais rápido do que ir andando. – a Rachel falou, indo na direção que deixamos o carro.
– Vocês tem um carro? – Woody pergunta surpreso.
– Sim. Nós roubamos. – Rachel o responde, indo em direção ao local onde deixamos o veículo.
…
Ray
Chegando ao lugar onde o Woody disse, vejo que é um apartamento em péssimo estado.
É um pouco distante da cidade, sendo um ótimo lugar para se esconder. Indo devagar no carro em movimento, procuro onde estacionar.
– Rachel, se está procurando onde estacionar, é bem ali a diante. – Woody disse a mim, indicando o lugar para estacionar.
Fui indo até chegar atrás do prédio, saímos do veículo e Woody e Zack pegam as malas, mas não vejo a arma de Zack.
– Zack, você vai deixar a foice no carro?
– Depois eu volto pra buscar. Vamos.
– Okey!
Já no prédio, observo que têm pouca movimentação, estão dormindo pelo horário, os outros estão conferindo o que roubaram nessa noite.
Indo para um elevador, o Woody pressiona o botão para o 5° andar. Subindo, eu e Zack olhamos um pra cara do outro, acho que nos lembramos do prédio antigo em que nós fugimos de lá.
No corredor tem várias portas de alguns outros quartos, entramos no último quarto. Olhando para o local vejo que está meio sujo, e não tem nada além de um colchão velho no chão.
– Bom... não é um hotel cinco estrelas, mas dá pra viver aqui… – disse o Woody, deixando as malas no canto e indo embora.
– Esse lugar é PÉSSIMO!!!!!! – Zack disse muito irritado, sem acreditar nas condições precárias.
– Tenha calma, Zack! Só vamos ficar aqui por alguns dias, logo voltaremos para nossa casa. – eu disse a ele, tentando acalmá-lo.
– Espero que sim, Ray. – ele falou, já quase calmo, apenas me olhando.
Saímos do quarto e fomos até o carro novamente para pegar a foice de Zack, essa arma é indispensável pra ele.
Segurando bem firme a mão um do outro descemos no elevador, parece que estamos descendo aquele prédio cheio de assassinos que com a ajuda de nós dois juntos conseguimos sair de lá.
Fechando o carro, e indo embora, de um modo bem rápido Zack me levanta e me põe em cima capô do carro, e vem até perto de mim ficando de frente ao meu rosto, colocando suas mãos nas minhas coxas e seu rosto bem perto do meu pescoço.
– Ah, Ray…. você não sabe o quanto eu te desejo… – ele disse elevando suas mãos até minha cintura, e falando bem baixinho. – eu vou esperar por você…. vou lhe esperar…. não queria falar agora, mas você está se tornando uma mulher tão linda...
Nessa hora fiquei sem reação alguma, fiquei até surpresa com sua confissão.
Me esperar pra quê?
Ele olha no fundo dos meus olhos, e nossos rostos se aproximam, num piscar de olhos sinto seus lábios encontrarem os meus, dando início a um beijo afetuoso.
É incrível como isso aconteceu, essa atitude é tanto dele quanto minha.
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