Ocasiões

Capítulo 15

— Ocasiões

Ray

Acompanhando a Mary até a sua cabana onde vou passar a morar com Zack, quase perto da praia vi uma cabana coberta por folhas de palmeiras e palhas de coqueiro.

A brisa suave do vento, o vento com o cheiro do mar, esse lugar é maravilhoso.

Do lado de dentro da cabana é bem simples com somente três cômodos; sala, cozinha, um quarto junto com um banheiro. Por dentro as paredes são de madeira e o teto é de telhas, por fora só se vê as palhas e as palmeiras dando aspecto de uma simples cabana.

Mary foi embora depois de ter mostrado o local pra nós, ela disse para que aparecesse amanhã no seu local de trabalho para um café da manhã.

Percebi que Zack está meio desanimado, ele tentou fazer de tudo para que nós continuássemos morando no lugar de antes. Mas já não dava pra gente continuar daquele jeito. Tínhamos que mudar de vida.

– O que achou do nosso novo lar? – eu perguntei a ele, tentando animá-lo.

– Parece ser chato… – ele respondeu.

– Veja pelo lado bom... ninguém vai suspeitar de nós aqui, podemos sair sem se preocupar com nada, e não precisamos nos disfarçar. – eu disse a ele, massageando seus ombros.

– Huuum... desde que eu esteja com você... não me importo com nada…. – ele fala, mostrando estar relaxado.

– Vamos fazer uma coisa que só nós dois juntos podemos fazer? – eu perguntei, sorrindo de modo bem tranquila.

– Quer brincar? – ele pergunta gostando da ideia.

– Não… vamos assaltar e matar! – eu disse a ele, engatilhando um revólver.

– Uau! Bem melhor assim! – ele disse pegando a foice da camionete.

Durante a noite saímos escondidos, vimos de longe a pequena cidadezinha e alguns locais fechados. Um homem que passava na rua deserta foi surpreendido por Zack, e sem ter reação alguma num só golpe ele caiu ao chão sem vida com uma perfuração em seu peito, enquanto eu continuei a andar até o final da rua.

Chegando lá encontro a parte central, acho que é o centro da cidade onde circulam mais pessoas e tem mais movimentação.

Retornando a cabana com algumas coisas que pegamos para nos manter pelos próximos dias, vejo que tem uma placa dizendo: [Precisa-se de pessoas para trabalhar]

Não sei quanto ao Zack, mas eu vou me candidatar a vaga, e pra minha sorte é onde a Mary trabalha sendo garçonete.

Comemos a comida que tínhamos pegado rondando a cidade escondidos, depois procuramos um lugar bem escondido na cabana e escondemos as armas e o dinheiro que ainda temos guardado todo esse tempo, não temos gastos com quase nada mas é bom que tenhamos esse dinheiro.

– Agora sim podemos aproveitar o momento! – disse o Zack vindo até mim, me abraçando e beijando.

– Com toda certeza. – eu disse a ele.

Retirei minhas roupas ficando apenas com as peças de baixo, e fui até o lado de fora, olhei para as ondas e fui caminhando até a água.

Quando de repente escuto uma correria atrás de mim,é o Zack que me levantou em seu colo e foi correndo comigo em seus braços até a praia.

– Vamos, Ray!

E nos jogamos na água, mergulhamos e nadamos juntos aproveitando aquela imensidão de água ao nosso redor, aquilo ia ser a nossa nova aventura a partir de agora.

Já faz um tempo que eu e Zack estamos nos relacionando, isso só nos aproximou mais ainda, no decorrer desse período percebi que ele mudou muito depois que eu conversei sobre seu atos impulsivos naquele dia.

Suas caçadas e matanças se tornaram apenas precisas quando necessário.

Só espero que ele não repita o inevitável de matar as pessoas que nos ajudam.

FlashBack_Rachel_on

Uma semana depois do Zack ter matado o Woody, Ágata, Dayse, Joe, Piter, fui procurar saber o motivo de Zack ter os assassinado. Sei que é normal dele ser um assassino, mas não entendo o porquê de ter matado as pessoas que nos ajudaram e jamais nos fariam nada que ameaçasse a nós.

O encontrei vindo no meio floresta, enquanto eu estava na varanda com alguns livros da biblioteca que não devolvi.

Estava meio sujo de manchas de sangue com sua foice em seu ombro, já estava quase anoitecendo, o dia todo estava nublado por causa do inverno que está chegando, como já imaginava ele fugiu de novo da polícia, mas dessa vez com raspões de tiro em seu braço esquerdo e na perna direita.

Enquanto fazia os curativos de seus ferimentos, eu resolvi conversar com ele sobre esse assunto. 

– Zack….. que tal me contar por quê matou nossos amigos…..

– De novo? Eu já disse que nada me importa a não ser você…

– Só quero entender o seu lado…. eu achei desnecessário o que fez…

– Ah… não quero mais falar sobre isso!

– Tá bom… então quando nós tivermos pessoas que nos ajudam mate elas de novo sem pensar!

– CACETE!! Eu não pude me controlar! Eles estavam tão felizes que….. agi por instinto…

– Nossa… mas não passou pela sua cabeça de evitar? Eles não nos ameaçavam… e nem nada..

Nesse momento ele fica apenas olhando para frente pensativo, é provável que ele não consiga se conter.

– Eu entendo… Zack.. sempre que for agir assim… tente se controlar pelo menos com as pessoas que confiamos… faça isso por mim… e verás um bom resultado.

– Resultado?

– Sim! Vai ver no futuro que vamos ser recompensados com um bom resultado, igual de quando o Woody ajudou você  a fugir da prisão e você teve um bom resultado da parte dele com o dinheiro e um lugar onde ficamos por alguns dias quando não tínhamos pra onde ir.

Acho que ele ficou em choque com a minha explicação.

Será que ficou arrependido?

Bom, pelo menos a partir de agora ele está ciente de seus atos.

Me levantei para guardar a maleta com medicamentos e curativos, quando de repente ele me puxa de volta e caio em cima dele que estava assentado no chão da varanda, ele é sempre bruto.

– Odeio quando está certa e tem razão, mas é útil….

Desde esta conversa comecei a ver a diferença.

FlashBack_Rachel_off

Zack

Tudo que eu fazia de livre e espontânea vontade até agora fazendo do meu jeito, parece que perdeu o sentido depois que a Rachel conversou comigo naquele dia. Ela só quer o bem pra nós dois. Me arrepender do que fiz com nossos supostos "amigos". Não vai dar em nada, e não é o meu tipo.

Talvez eu tenha que ser mais recíproco depois de tudo que ela fez, não só por ela mas por nós dois. Parando pra pensar melhor ela sempre pensou em nós dois.

Nossa intimidade e afeto um com o outro se tornou cada vez mais forte.

Saindo da praia todo molhado, durante a noite fomos indo para a cabana, ela pula em minhas costas e eu a seguro, essa praia é deserta e pelo visto não tem muitos moradores por perto, da onde nossa cabana está a próxima é bem distante e não tem ninguém.

Como de costume quase toda noite a gente brinca um com o outro, brincadeiras do tipo eróticas, e com o tempo fomos perdendo a vergonha de nós mesmos, ela começou a se soltar mais, e sempre me provoca me deixando louco e extasiado.

Deitei-a na cama, mesmo que nós estejamos molhados e com areia nos pés, começo a lhe dá um beijo bem sedento e sussurro em  seu ouvido coisas que a deixa muito extasiada também.

– e… eu prefiro você molhada….

– ãhhh…..

Sem muita demora a gente já está gemendo alto e se divertindo.

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