A sobrevivência

Capítulo 4

— A sobrevivência

Zack

– Eu não sei.. é por isso que eu preciso de você! Você sabe pensar melhor que eu!

É notório que eu praticamente preciso da Rachel, ela é mais do que útil pra mim.

Não demora muito e já está noite, esta noite está escura demais por não ter a luz do luar, tampouco uma lua cheia.

– Vamos preparar o jantar. Temos que sobreviver…

– Sobreviver? Não estamos naquele prédio doido, estamos livres para vivermos.

Rachel me observava atentamente em cada palavra que acabei de pronunciar, e isso me deixou um pouco apreensivo, pois acabei citando o tal prédio dos infernos, onde fizemos a promessa.

– Você está certo. E mudou um pouco também.

– Nós mudamos, Ray.

Ray

Ainda bem que na casa tem comida, então preparei um jantar para nós dois. Os mantimentos devem durar por algumas semanas, quando acabar teremos que comprar mais comidas, ou então teremos que ir até a cidade dar um jeito de conseguir comida.

Durante o jantar, resolvi avisar ao Zack sobre as nossas condições.

– Zack, temos que ir até a cidade comprar mantimentos. – avisei, pegando a jarra de água para encher o meu copo. – Mas não agora, só estou avisando logo.

– É mais fácil roubar. – Zack fala, ainda comendo o que tem no seu prato. – Não temos dinheiro, não temos escolhas, então só nos resta roubar.

Roubar? Isso passou bem longe do que eu esperava, se bem que é a única solução.

– Okey. Ainda tem uma boa quantidade de comida na despensa. Quando fomos para a cidade teremos que ter cuidado e andar disfarçados.

– Verdade, eu não pensei nisso.

Após o jantar fiquei assistindo alguns programas da TV, principalmente as notícias. De acordo com uma reportagem interessante sobre o nosso caso, a polícia está procurando pelo assassino que fugiu da prisão, e procurando por mim também que fugi da clínica psiquiatra.

Por enquanto é bom ficarmos longe da cidade por um tempo, até que esqueçam sobre nós, mas vamos ter que ir a cidade de qualquer forma, pois não vamos poder ficar aqui o resto das nossas vidas.

Escutei um barulho assustador lá fora, acabei ficando com medo. Desliguei a TV e reparei que o Zack não está por perto, o que me deixou preocupada.

Olhei pela janela o lado de fora, e vejo um vulto negro passando, até que me espantei com uns batidos na porta.

– Quem está aí? – pergunto receosa, pensando em não abrir a porta e me esconder.

– RAY, ABRE A PORTA!

É a voz do Zack, então tratei de abrir a porta imediatamente.

– Aonde estava!? Zack, o que houve?

– Eu saí pra pegar lenhas e acender a fogueira. Mas você vai fazer isso.

Zack me entregou a lenha que havia pegado, e fui acender a lareira. Ele deve ter feito isso por causa da noite que está fria, mesmo que tenha medo do fogo.

Ajeitei as lenhas na lareira, acendi um fósforo e joguei na madeira, assim acendendo a fogueira, enquanto o Zack me observava de longe com a sua insegurança em relação ao fogo.

– Pronto. Está tudo bem. Agora vamos ficar aquecidos. – falei a ele, só para deixá-lo tranquilo.

– Você está com sono, pequena, vamos dormir.

Assenti, seguindo ele até o banheiro para escovar os dentes antes de irmos dormir.

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