A segunda fuga
Capítulo 21
— A segunda fuga
Após Mary ter descoberto que o possível assassino que os policiais da outra cidade estão procurando há anos possa ser o Isaac Foster, ela descobre que o Zack é realmente esse assassino. Porém, Mary fica na dúvida de ajudá-lo ou não, afinal, como todo ser humano normal ficou medo, e sem saber o que fazer.
Até que decidiu ajudar o Zack por causa da Ray, e antes que os policiais entrassem na sala fazendo a vistoria pelo local, Mary estava levando ele numa cadeira de rodas para fora do prédio do hospital sem que ninguém percebesse. Zack voltou para a cabana, e ficou lá por uma semana esperando Ray voltar.
O estado de Ray foi melhorando a cada dia, recebeu alta depois de uma semana completa, o susto que Rachel deu foi muito tenso, mas ela se recuperou bem rápido.
Agora, o que será que vai acontecer com esses dois e mais o bebê?
…
Zack
Pelo que sei, já se passaram uma semana que estou me escondendo da polícia toda vez que avisto uma viatura fazendo rondas por essa parte, nesse momento só estou preocupado com a demora da Ray.
Queria não ter que chegar a esse nível, parece que agora estão me querendo mais morto do que vivo.
Nunca imaginei que minhas consequências fosse resultar em mais um problema, não só pra mim, mas pra Ray também.
Essa culpa é minha!
Estava deitado no sofá da sala com os olhos fechados, a única coisa que escuto é o som das ondas do mar e a brisa balançando as cortinas da janela.
De repente escutei passos de pessoas andando, abri os olhos e olhei ao redor ainda deitado, fiquei curioso e então me levantei, ninguém vem aqui e isso é muito estranho.
Olhei pra fora por uma das janelas e nada. Voltei a fazer o que estava fazendo, senti a presença de alguém me observando, olhei para minha foice que estava um pouco longe de mim, me levantei normalmente e fui até a direção da minha arma.
– Surpresa, Zack!!
Escutei essa voz angelical, e logo me espanto com a Ray vindo na minha direção, pulando em cima de mim apesar de estar bem grandinha, e aparei ela no meu colo e lhe abracei forte, pois senti muito a falta dela.
– Ray! – falei enquanto lhe abraçava. – Não me assusta assim!! Eu podia ter acabado te matado!!!
– E qual seria o problema? Só você pode me matar mesmo.
– Ah minha, Ray... cadê o moleque?
– Está na casa de Mary, chegamos quase agora e vim direto aqui ver como você estava.
– Acho que a gente vai ter que mudar de cidade de novo.
– Eu sei…. estão procurando por você…. está nos jornais, noticiários televisivos. Que bom que esteja bem e aqui.
Sentamos na sala e conversamos sobre tudo que está acontecendo por minha causa. Eu fiz o impossível para me controlar naquele prédio cheio de outras pessoas, mas o monstro que existe em mim é mais forte que eu e acabei matando aquele desgraçado doutor.
Até que consegui me controlar, porém não foi o suficiente.
…
Ray
Assim que cheguei fui direto para a cabana ver como Zack estava. Depois que descobrir que a policia desta cidade e da cidade anterior em que nós fugimos está aqui também à procura dele e possivelmente a mim também.
Percebi que o Zack é um monstro extremamente feroz e impiedoso, isso deve ter motivado os policiais a pegar esse monstro de qualquer forma possível.
Apesar de ser um humano, Zack não é um humano normal, e sim um humano com habilidades incríveis, e com uma resistência surpreendente.
Pra minha sorte ele estava bem, nos abraçamos e quase ele me mata com o susto que eu dei nele. No caso, não teria problema nenhum com isso, a nossa promessa é que somente ele pode me "matar".
Não pude deixar de perceber que tem muitas viaturas da polícia nesta cidade, há boatos que um tal Serial Killer está à solta por aí, ou seja, nesta cidadezinha.
– Zack, temos que ir embora daqui, a gente não pode arriscar de permanecer aqui.
– Tem razão… e para onde iríamos?
– Não sei.
– Então pense logo.
Sinceramente eu não sabia pra onde ir, fiquei pensando e pensando, será que existe algum lugar onde possamos ter total paz?
Na verdade, a única coisa que nos resta é viver fugindo e se escondendo da sociedade. Só assim é que vai ser mais fácil.
– Tive uma ideia, mas não é muito boa.
– Que seja!
...
Mariana
Assim que cheguei em minha casa, a Rachel foi em direção a cabana ver se o Isaac está bem.
Levei o bebê para o quarto do Liu. Depois eu fiquei pensando até que finalmente eu entendi o porquê a Rachel não quis registrá-lo, o sobrenome Foster ia chamar atenção das autoridades, e assim iriam descobrir que um assassino em série teve um primogênito.
Que situação! E agora eu estou envolvida nisso tudo, será que eles vão desconfiar de mim e vir me matar?
Fiquei angustiada com isso, por um momento eu pensei que podia morrer a qualquer segundo.
Depois que Rachel foi ver como Isaac estava, eles ficaram o dia todo sem vir aqui e tive que cuidar do bebê, não reclamo, pois eu gostei de ficar cuidando do bebê e do meu filho também.
[...]
De madrugada, quando me levantei para ir ver o meu filho e o bebê, me assustei ao ver Zack e a Ray olhando o berço onde o bebê deles estava.
Quase que eu gritava com o susto, mas fui interrompida com um sinal de silêncio da Rachel.
Eu os chamei para fora do quarto, mas o Isaac continuou no quarto com aquela enorme foice, o que me deixou muito receosa.
Rachel me levou até a sala, e assim pudemos conversar.
– Não se preocupe, não vamos fazer nada. – disse ela tentando me tranquilizar.
– Co-como entraram aqui? – perguntei intrigada.
– Pela janela. – Ray responde como se não fosse nada de mais. – Vim lhe avisar que eu e Zack vamos embora, temos que fugir… Quero lhe agradecer por tudo que fizeste por nós dois, acredito que já sabe a verdade sobre nós.
– Sim, eu descobri tudo. Aqueles polícias disseram que vão matá-lo assim que encontrarem. – falei a ela. – Só não entendo porque você está na companhia de um assassino como ele.
Ela abaixa a cabeça e fica pensando, eu realmente estou interessada em saber a verdade sobre esses dois.
– Somos assassinos. – ela disse, e fiquei mais espantada ainda. Minha respiração começou a ficar mais pesada, o medo me invadiu. – Por favor... não entregue o Zack… e nem a mim…
Me levantei do sofá saindo do lado dela, nessa hora eu fiquei com muito medo.
Assassinos sempre agem quando menos esperamos.
Pensei em ir até a cozinha e pegar uma faca para poder me defender de alguma tentativa deles.
Dei uns passos pra trás e me esbarro em alguém, olho pra ver quem era e é ele, o famoso assassino Isaac Foster, sorrindo psicopatamente com aquela arma apoiada em seu ombro.
– Aonde pensa que vai? – ele fala de modo intimidador, me assustando.
Fiquei sem saber o que fazer, a única coisa que eu fiz foi respirar fundo, talvez seja o meu último suspiro.
– Por favor, Mary. – disse Rachel, vindo até mim. – Não nos entregue as autoridades, nós vamos embora e nunca mais vai nos ver novamente.
– Foi um erro. Foi um erro ter ajudado vocês. Agora não só vocês, mas eu também posso ser presa e sentenciada a morte. – falei aflita com a situação tensa.
– Não vai. – disse o Zack indo para a porta da varanda. – Isso eu garanto.
– Vamos cuidar de tudo para você não ter problemas por nossa causa, a única coisa que vou lhe pedir é que cuide do meu bebê. – Rachel falou com as mãos juntas e seus olhos oceânicos começaram a lacrimejar.
Fiquei pensativa com o pedido, afinal o pequeno ser é inocente e esses dois não vão poder cuidar dele.
Reparei que o Zack e a Ray ficaram me olhando esperançosos, na esperança de obter a resposta desejada. Tentei ficar mais calma, e então coloquei umas condições a eles.
– Tudo bem, mas tenho umas condições. – falei me aproximando da Ray. – Não mate minha família e nunca mais voltem!
A Rachel se desmanchou em lágrimas, o Isaac a abraçou de lado, e ela logo se rendeu ao abraço para se confortar.
– Não sei quando, mas nós vamos voltar sim. – disse o Isaac com a Rachel chorando em seus braços. – Não podemos abandonar o nosso pequeno.
– Se esse é o problema, então….. podem vir visitá-lo…. quando quiserem…. mas vou criar ele como se fosse meu filho. – falei autoritária, e pausadamente por estar tensa. – Vocês vão ser apenas tios.
– Não. – disse o Isaac se alterando. – Sou o pai dele, não tio!
– Zack, ela está certa, fique calmo, não queremos acordar ninguém. Mary nós concordamos, não se preocupe, não tenho certeza se vamos voltar aqui, mas pode ter certeza que vamos fazer o impossível pra ver nosso filho. – disse Rachel, e assim entramos num acordo.
– Tudo bem. – concordo, e logo pergunto curiosa. – E para onde vão fugir?
– Não interessa….. – Zack ia falar, mas é interrompido pela Ray.
– Vamos pra bem longe. – Ray disse segurando Zack pela mão.
– Okey.. vou ajudar vocês, venham comigo. – falei indo para o quintal.
Eu levei eles até o porão da casa; tinha algumas roupas e acessórios pra eles, essas coisas eram minhas mas não usava faz tempo e só estava empurrando aqui em baixo.
Ajudei a Rachel a cortar o seu longo cabelo loiro. Zack trocou sua vestimentas e Ray também. Confesso que fiquei impressionada por eles estarem bem armados.
Agora eles estão indo embora, com um visual bem diferente e assim dificultar que alguém os reconheça (foto de capa).
– Espera! – exclamou a Ray antes de entrar na camionete, e veio em minha direção na varanda da minha casa do lado de fora. – Como vai chamá-lo?
Eu sempre quis um segundo filho ou filha, e com o bebê da Rachel posso considerá-lo como meu filho, nomeá-lo com o nome que eu havia planejando.
– Vai se chamar Jeffrey Alan Woods. – respondi, pois já estava decidida que se tivesse um filho o seu nome seria assim.
– Jeff? – Ray fica pensativa ao pronunciar um apelido ao nome. – Está bem, muito obrigada, Mary. – ela disse me abraçando, eu retribui o abraço e ela logo vai indo embora.
Fiquei olhando a camionete com os dois indo embora, até que eles somem da minha vista. Entrei para dentro de casa e fiquei muito pensativa.
– Algum problema? – pergunta meu marido, Peter, descendo as escadas vindo até o sofá onde estava refletindo. – Você está bem, Mariana?
– Sim, Peter, estou bem, mas agora temos um novo membro na família Woods. – falei a ele me aconchegando em seu abraço.
– Já imaginava. O que aconteceu com os dois?
– Foram procurar um rumo na vida, e talvez voltem.
– Ah sim.. então o novo Woods chegou na hora certa, você estava planejando mais um filho.
– Verdade.. nosso Jeffrey chegou de um jeito bem inesperado.
Rimos e depois fomos dormir, pois já era muito tarde da madrugada.
Só espero não ter problemas com o Jeffrey.
[...]
Com o passar dos anos, Jeff foi crescendo com a família Woods.
Mariana e Peter cuidavam de Jeffrey como se ele fosse realmente o próprio filho do casal, mesmo sabendo que Jeffrey é filho de outro casal.
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