Todos ali na cozinha estavam almoçando, de longe encostado na parede sentados, a Ray estava dando uma papinha pro Rômulo que estava no colo do Zack que olhava vendo ele se acostumar com aquela comida que pra ele era bem nojenta, mas a explicação da Rachel, que aquilo tinha nutrientes pra o pequeno, só teria que aceitar.
- Como foi pra vocês dois se acostumaram com mais uma pessoa com vocês? - a Aurora perguntando vendo aquilo que os dois faziam.
- Do início era bem difícil, já que o Rômulo acordava às noites pra comer ou trocar fraudar, então teremos que nos prevenir enquanto antes. - ela colocou uma colhezinha na boca do menino devagar. - Ao lado do berço que o Zack fez pra ele…
- O Zack fez um berço? - disse Tomás surpreso com aquilo. 
- Você acha que sou o quê, um Zé Roela? - ele explicou irritado. - Eu aprendi vendo alguns carpinteiros trabalhando em construções de casas enquanto eu ainda estava matando as pessoas, eu observava de longe.
- Isso sim que chamo de talento nato! - respondeu Jhonatan comendo.
- Mais não deixe o Zack fazer isso, ele é capaz de falar mais palavrão do que construir. - a Ray falou em seguida, ela olhou pro Zack que olhava bravo.
- Ray! Eu tenho culpa se a cada vez que eu martelava as madeiras, teria que acertar justamente alguns dos meus dedos? 
- Sim! Pois tem sorte que o Rômulo é um bebê, pois de educação informal não quero que ele aprenda! - ela disse na cara, fazendo todos ali perceberem a tensão no ar.
- Eu aprendi na rua, eu não tive educação! Você sabe disso!
- Sim! Eu lamento por isso, mas sabe que seria bem feio um garotinho da idade da Helena falar um palavrão?
Ele pensou naquilo, era bem errado mesmo pra ver aquilo.
- Está bem, você venceu nessa! - ele respondeu olhando pro lado.
Depois disso, ela continuou dando a papinha pro bebê. Ela olhou pra mãos do Zack aonde tinha resquício de queimadura.
- A sua mão ainda está boa?
Ele olhou pra ela, depois para sua mão que estava segurando o Rômulo. 
- Relaxa já sarou faz tempo… - ele respondeu, todos se perguntaram o que foi aquela pergunta, já que o Zack tem queimaduras por parte de seu corpo, falar daquilo de uma maneira inesperada, fizeram se perguntar.
- Rachel? - a loira olhou pro senhor que acabou de comer pra fazer a pergunta. - Alguma coisa aconteceu pra fazer essa pergunta?
- Bem… tecnicamente sim! - ela respondeu meio contragosto. - Quer contar Zack?
- Está bem! - ele olhou pra o fogão vendo o fogo mexendo embaixo da panela. - Aconteceu meio que um acidente…
….
Voltando…
3 dias depois...
Com o nascimento do Rômulo, a Rachel ficou descansando durante três dias. Ela precisava muito do descanso dela, enquanto a Joyce era quem cuidava do Rômulo, o Zack olhava de longe aprendendo como fazer.
Vendo ela trocar de fralda, dando banho umas vezes. Ele via como ela tinha cuidado com ele, depois colocando no berço para ele dormir. A Joyce percebia que o garoto que estava enfaixado agora a olhava, e percebia que ele aprendia.
- Porque faz todo esse cuidado? - ele perguntou pra senhora que se virou pra ele.
- Você pode não acreditar, mas essas pequenas criaturinhas são muito frágeis, eles necessitam dos pais 100% por dia. Por esse motivo, vou te ensinar! A Ray teria esse trabalho, mas ela está descansando, quando ela não tiver em casa, ela vai confiar em você pra cuidar dele. 
Ela olhou pra cama, onde estava a loira dormindo tranquilamente, escutou ele bufou de cansado.
- Mas percebo que você não dorme Zack! - ela disse andando pra ir embora. - Pois você está sempre de olho no Rômulo pra que ele não sofra nada de ruim. Um pai assim, não precisa nem pedir um favor para salvar a vida do seu filho. 
- Tsc… agora se tornou filósofa! - ele chegou perto do berço, ele abaixou sua cabeça até onde estava o pequeno e o cheirou. - Vou tomar conta de você. 
A Joyce sorriu e foi embora, saindo pra fora da loja que estava fechada, ela viu aquele ambiente frio de inverno, ela suspirou e foi pra sua loja ela viu aquela mesma mulher que um dia ameaçou o Zack.
- O quê faz aqui? - ela perguntou a ela que se virou.
- Posso ser nova por ainda não ser mãe ainda, mas eu sei que a Rachel teve bebê recentemente. - ela chegou bem perto da senhora. - Quero conhecer a criança.
- Tem certeza? - a Joyce falou duvidando. - Não responderei por mim se o Zack te ver como ameaça. 
- Sim! Quero conhecê-lo. Também quero ver que tipo de pai, esse garoto é. 
- Está bem! Me segue. - respondeu a senhora, e a outra foi atrás quando a Joyce a chamou.
….
Minutos atrás...
No quarto…
O Zack viu aquela mulher ir embora, olhou depois pra cama aonde estava a Rachel que olhou pra ele sorrindo com os olhos abertos..
- O quê está fazendo? - ela perguntou se virando de lado.
- Estou me acostumando com o cheiro dele, assim como fiz com o seu.
- Entendo. - ela compreendeu o que ele quis dizer. - Trás ele aqui!
Ele pegou no colo, caminhou até a cama para que colocasse na cama de frente a Ray. Que fazia carícias no seu rosto, enquanto ele se sentou de lado.
- Zack! Poderia se deitar?
- Qual razão eu deitaria? - ele a perguntou confuso.
- Você não dorme faz três dias! - ela explicou. - Desde o momento que ele nasceu, você não dorme.
- Ray, eu tenho a função de te proteger!
- Mas como vai me proteger e  Rômulo estando exausto dessa maneira. - Ele abriu os olhos pela razão da Ray está correta. - Pelo menos dorme um pouco, pra descansar o seu corpo.
Ela se afastou pra trás para dar espaço na cama, puxando um pouco o Rômulo pra si. O Zack suspirou mas no fim aceitou a proposta da Rachel, se deitando de lado, ficando de frente aos dois e deixando o Rômulo no meio dos dois.
- Pode dormir agora, Zack!
- Eu… não quero - ele bocejo e sua visão começou embasar. - ...dormir…
A Rachel colocou a mão no rosto dele, percebendo que ele dormiu assim que ela escutou ele suspirando. Ela olhou pro Rômulo dormindo na sua frente.
- O seu pai é muito teimoso! Mas eu sei que isso faz ele se sentir em paz! - ela falou pro Rômulo, depois fechou os olhos pra dormir também. 
….
Minutos depois…
A porta abriu, a Joyce olhou para dentro do quarto e se surpreendeu o que tinha visto. Os três dormindo na cama, ela achou muito fofo.
- Se ainda desconfia que ele ainda é aquele assassino impiedoso, ver por si mesma! - ela abriu a porta fazendo a France olhar e olhar chocada pra o casal ali.
- Isso é impossível! - ela ficou pasma vendo aquilo, mas depois focou no bebê dormindo, achou maior fofura de todas. - Queria pegar no colo.
- Se quiser, eu deixo pegar! - a Rachel abriu os olhos e olhou pra ela sorrindo simpaticamente.
- Mesmo! - France respondeu indo pro lado da cama com medo de fazer o enfaixado que se virou dormindo, ela tinha medo de acordá-lo.
A Rachel se sentou na cama, pegando o Rômulo com cuidado. A France percebia o cuidado que a loira fazia por ela, depois se sentou ao lado de frente pra loira.
- Mas porque ele está dormindo? - ela perguntou quando recebeu o bebê em seu colo.
- Ele não dorme a três dias! - ela explicou olhando pro Zack que continuava dormindo. - Ele quer nos proteger, mas como ele quer nos proteger se ele está dessa maneira?
- Verdade! - ela olhou pro Rômulo que dormia. - Ele é bem parecido com ele, tirando o cabelo.
- Sim, ele é muito parecido! Acho que os homens são hereditários de família, pois o Zack é parecido com o pai dele e o Rômulo é muito parecido com o Zack. 
- Tome, acho que ele está com fome, agora! - ela deu o pequeno pro colo dela, que colocou pra mamar. - Obrigada! Finalmente entendi o que eu não conseguia enxergar, estava cega mas agora eu vejo como eu estava errada o tempo todo. 
- Que bom que compreendeu. - ela fez um toque no braço do enfaixado. - Zack! Pare de fingir que está dormindo!
Ele abriu os olhos, se sentou e virando o rosto de lado pra olhar a France que tremia de medo, ele bocejou se levantando.
- Estou novo em folha, agora vou comer.
- Ok… - ela viu ele se levantar e indo comer na cozinha.
- Mas como você sabia que ele estava dormindo?
- Na verdade! Ele já estava acordado quando entraram aqui, ele aprendeu a ficar alerta a qualquer coisa, com isso o sono dele fica leve ao som que ele escuta ao redor. - depois que ela explicou, ela tirou o Rômulo do peito e ajeitou a blusa, para depois colocar no colo pra bater as costinhas.
- Ele aprendeu isso sozinho?
- Sim! Com tempos que ele ficava sozinho, ele treinava fundo e algumas vezes eu participava pra que ele sempre ficasse melhor do que ele imaginava. Inclusive, quando ele tiver dormindo. - ela colocou a mão na frente do nariz. - O Zack muda de sentido quando dorme, quando ele suspira é demonstrando que está dormindo, mas quando não, ele solta nenhum um ar pelo nariz, isso demonstra que ele está fingindo que está dormindo. 
- Então você sabe todos os defeitos e qualidades dele!? - ela a perguntou quando escutou o Zack entrar comendo uma maçã e deu para Ray outra maçã, ela agradeceu pela fruta.
- Sim, o Zack tem seus defeitos assim como qualidades, né! - ela olhou pra ele que comia olhando pra France desconfiado.
- É… assim como você Ray! - ele respondeu engolindo e olhando pra loira.
- Todos nós temos defeitos e qualidades, só o que podemos fazer é alavancar essas qualidades que temos em nós!
Ela fazia carinho no Rômulo, a France percebia que aquilo era uma demonstração de amor por parte daquela garota que foi tirada esse direito, mas graça a esse garoto que fez o sonho dela se tornar real.
Eu finalmente entendi…
….
1 mês depois…
De tarde...
Com passar de 1 mês, a estação ainda era o inverno, mas já demonstrava que a estação estava chegando ao fim. O Zack e a Ray estava guardando os quadros na caixa, para que o caminhão levasse ao museu naquele ano.
Enquanto Ray usava a mochila canguru na barriga, onde o Rômulo estava dormindo.
Nesse tempo, a senhora Joyce apareceu no estúdio olhando o que os dois faziam.
- Deixem isso aí! Vão passear, vocês não tiveram descanso desde que o Rômulo nasceu! - ela chegou pra perto da loira tirando o bebê de perto dela.
- Mas… - a loira nem conseguiu falar.
- Vocês estão sempre ocupados, porque não saiam pra aliviar! - ela colocou o braço direito no braço dela sorrindo. - Eu cuido desse pequeno! Vai!
- Se ele sentir fome…
- Nem precisa minha querida, eu sei onde estão todas as coisas que você guarda. 
- Acho melhor seguir a ordem dela Ray! - o Zack falou puxando a loira pra saírem. - Ela vai ser capaz de nos enxotar daqui.
A loira olha pra trás, ela deu um aceno de despedida com a mão. Ela suspirou e seguiu pra fora do estúdio e tirando a mochila canguru, para que os dois pudessem sair.
…
Horas depois…
Na praça…
Os dois estavam no banco da praça com roupas de frio, sentindo o vento bater nos seus cabelos.
A Rachel olhava o ambiente, numa paz. As árvores secas mas tinha vestígios que mostravam que estava chegando o inverno, também o lago começava a descongelar por causa do sol. Algumas pessoas praticavam exercícios físicos onde mostrava menos neve, outros caminhavam com suas famílias.
- Que saco! - ela virou o rosto e vendo o Zack relaxado olhando o mesmo ambiente que ela. - Preferia estar na loja!
- Eu também, queria estar perto de Rômulo. - ela se reconforto no banco do mesmo jeito que o garoto estava.
- Mas aquela velha ia nos mandar pra fora se nós chegássemos perto da loja! - ele olhou pra cima, depois de lado vendo homens escondendo na árvores. - Eles ainda nos observam!
- Mesmo!? - a Ray respondeu e percebeu que um que caminhava com o cachorro falava com algum interfone. - É verdade!
- Tsc… isso está me fazendo perder a minha paciência!
- Se acal… - ela nem completou quando escutou barulho freada e depois de explosão ao longe.
Todas as pessoas pararam o que estavam fazendo e foram ver o que estava acontecendo. Os dois seguiram, quando saíram do parque pra ir na área residencial se percebeu que era uma loja que estava pegando fogo, viram um carro meio entrado pegando fogo.
Era a loja de um dos amigos do Emanuel. Percebeu que a área de baixo estava em chamas, a Ray viu de longe uma mulher se desesperando enquanto um homem a segurava.
- Por favor! Alguém salve meu filho! - ela gritava chorando.
- A Rachel olhou pro Zack, viu ele avançando em direção a casa.
- NÃO!!! - quando ele entrou no meio daquelas chamas. 
....
Eita, o que vai acontecer? Só na sexta feira para descobrir, até o próximo capítulo