Capítulo 36 - "Força"
Retornando...
A Rachel acabou a parte da história naquela hora.
- Ficamos bem cantando naquele dia, parece que aquilo lavou nossas almas por completo. - ela explicou.
- Que bom… - a Aurora sorriu e lembrou de uma pergunta. - Como foi o nascimento do Rômulo.
- Foi bem engraçado! - ela olhou pro Zack que parecia que estava com uma áurea negra na sua cabeça. - O Zack se desesperou mais do que eu.
Todos olharam pra ele, que olhou pra todos e percebeu que a situação ficou bem engraçada.
- RACHEL! Isso era segredo entre nós! - ele falou gritando e chegando perto dela.
- Mas a mamãe e o papai também deveriam saber? - ela respondeu na cara fazendo ele ficar nervoso.
- E ainda me responde!
Os senhores não entendiam do nervosismo do garoto, enquanto a Aurora e o Tomás riam. Os dois foram pra cabana pra entrar, pra preparar o almoço.
Quando entraram na sala, eles viram que o Zack ainda falava do atrevimento da Ray por falar aquilo em voz alta, enquanto a Rachel ficava muda atrás dele.
Ela olhou pra trás, vendo os quatro vindo atrás.
- Durante a minha gravidez, foi tranquila nos primeiros meses enquanto a barriga não crescia. - Ele disse acariciando o seu ventre. - Só depois que teria que tomar cuidado.
- Pode relatar o que aconteceu Rachel? - o Tomás falou em seguida.
Ela concordou com a cabeça, abrindo a geladeira pra pegar comida. Viu o Zack entrando no quarto, minutos depois ele saiu com o Rômulo no seu colo dormindo.
….
Voltando...
1 mes depois…
Durante os meses que tenha se passado, a barriga da Ray já demonstrava estar com a barriga um pouco grande. Ela se via no espelho que tinha no armário, mas a barriga pouco parecia, mas ela sentia que o ser pequeno crescia nela.
Ela resolveu se sentar na cama, onde o Zack estava assistindo televisão que eles colocaram naquele quarto, vendo ele comendo pipoca enquanto assistia o filme que passava.
Ele estava com sua aparência antiga, com seu corpo totalmente coberto de faixas, viu que a Ray estava ansiosa se vendo no espelho, minutos depois ela chegou perto dele.
- Zack? - ela o chamou perguntando e ele virou pra escutar a sua pergunta. - Será que ele ou ela sabe que a gente é os pais dele? - ela falou se referindo a barriga dela.
- Que pergunta, Ray? Os bebês sabe identificar os tons de voz dos pais desde que nasce! - ele se registou tocando na barriga onde estava a sua mão. - Ele ou ela sabe que a gente vai ser pais dele?
- Estou insegura!
- Então vou te fazer ficar menos insegura! - ela olhou pra ele quando disse aquilo. - Eu te prome…
Os dois olharam chocados por um algo que chamou atenção dos dois, olharam pra barriga da Rachel.
- Ray… que foi isso? - ele olhou pra ela perguntando depois pra barriga.
- O bebê mexeu! Se mexeu pela primeira vez. - ela sorriu sentindo o mesmo movimento. - Ele gosta da gente Zack!
- Falar gosta me causa ânsia de vômito! - ele fez cara de nojo. - Talvez ele nos admira, melhor assim!
- Deve ser… - ela sorriu, o Zack se sentou melhor ao lado dela, para se sentir aquele movimento que o bebê fez antes, por coincidência ele fez novamente que era totalmente novo pra ele, sendo que ele viu o mesmo com a Aurora mas dessa vez, ele sendo pai. Aquilo era novo pra ele, sente um orgulho que seu filho ou filha o reconheça sendo pai e do mesmo jeito a Rachel sendo mãe.
- Será que vou ser uma boa mãe? - ela olhou pro Zack triste.
- Ray, não tente pensar no seu passado. - ele falou pra ela que tirou a mão da barriga. - Eu sei que uma mãe na sua cabeça foi uma pessoa totalmente irresponsável, mas não tente a se comparar a ela.
- O quê? - ela não entendeu o que ele quis dizer com aquilo.
- Você vai ser melhor mãe do que aquela mulher, Ray você cuidou de mim durante todos esses anos. Ninguém nunca cuidou de mim antes, você foi a primeira. - ele disse sincero pra ela. - Se você fez isso comigo, vai ser melhor pra essa criança.
- Sério? Eu posso ser?
- Eu já te admiro desde a primeira vez que me falou que nunca quis me julgar! Você leu um relatório sobre mim, mas não quis julgar pois não me conhecia profundamente. - ele respondeu e depois olhou pra barriga dela. - Não tenho certeza se serei um bom pai.
- Vai ser um bom pai, Zack! - ela respondeu do jeito mais reconfortante, se deitou olhando pro teto e ele a seguiu ela, deitando ao seu lado. - Se você sempre me protegeu desde que te conheci, na verdade você tentou me matar na primeira!
- HAHAHAHAH!!! Né que verdade. - ela escutou ele rir alto, que fez ela rir também.
- Depois disso, você sempre me protege! Eu não sei como isso começou, mas me senti confortada ao seu lado.
- É uma maneira bem brochante de dizer que gosta do meu jeito.
- Eu tento!
Os dois continuaram a conversa, esquecendo da televisão ligada, pra eles o assunto do bebê era totalmente novo pra vida deles.
….
5 meses depois…
Olhando a neve caindo, a loira olhava o ambiente frio e depois tocou sua barriga que tinha completado 9 meses naquele dia.
Usando um vestido azul turquesa cheio de detalhes verdes que a Joyce tinha comprado pra ela, assim como outros vestidos que ela tinha comprado pra ela. Ficava triste pois fazia muito tempo que não saía pra rua, mas era por bem maior.
O seu bebê, que agora ela sabia que era um menino graças a ajuda da amiga da Joyce que trouxe um aparelho pra saber do sexo, foi uma alegria quando descobriram que era um menino.
Ela foi se sentar na cama, olhando aquele tempo que piorou de um dia para outro, alisando sua barriga sentindo o bebê se mexer. Ela pegou o tricô e começou a tricotar quando ela se lembrava da Aurora fazendo aquilo.
Enquanto o Zack finaliza os quadros no estúdio. Por causa do inverno a loja estava fechada, seria um perigo mandar o quadro por um tempo assim, então decidiram que seria melhor fechar a loja.
Por medida de segurança, o nascimento do menino seria na casa pra ninguém perceber que ela teria um bebê. A Ray ficava ansiosa, mas ela não sabia como reagiria quando ela tivesse as primeiras dores do parto.
Se acalmar Ray, o bebê também sente quando a mãe está agitada.
- Pensando bem? - ela parou de tricotar, pra alisar a sua barriga. - Eu ainda nem escolhi o seu nome?
Ela pegou o livro de nomes e começou a procurar os nomes de meninos.
- O quê está fazendo, Ray? - ela viu o Zack entrando com uma toalha na mão enxugando elas.
- Estou procurando um nome pra ele. - ela respondeu. - Mas são tantos, que eu não sei que eu escolho.
- Não seria melhor escolher assim que olhar pra ele? - ele perguntou abrindo o armário pra pegar uma toalha.
- Não sei. - ela responde duvidosa. - Mas vamos tentar.
- Você que vai escolher o nome pra ele! - ele falou em seguida.
- Por que eu, Zack? - ela o perguntou, vendo ele pegar uma toalha e depois olhou pra ela.
- Se for eu!? - ele disse apontando pra si mesmo. - Seria bem capaz de eu dar um palavrão como nome pra ele! - ele respondeu saindo do quarto, a Rachel ficou pensando no que ele disse.
Seria melhor! Eu mesmo dar o nome pra ele.
…
Minutos depois…
Ela tinha acabado de tricotar, um par de luvinhas de cor vermelha. Na hora ela sentiu sede, se levantou pra ir pra cozinha.
Descendo a escada de cada vez pra tomar cuidado, ela foi beber água. Finalizando, ela sentiu um chute na barriga, ela alisou como costume que o seu bebê fazia sempre.
- Recentemente você está bem agitado? - ela ia chegar na porta quando sentiu mais um chute, dessa vez ela se escorou na porta pra se segurar, ela pegou de dor sentindo a dor na sua barriga. - Nossa!
Ela se recompôs pra entrar, mas foi quando sentiu líquido vazando pelos seus pés.
Não pode ser!
Ela respirou fundo, seguiu até a cama para se sentar com a dores que uma hora vinha e depois passava. Se sentando, fazendo escorar as suas costas na cabeceira da cama.
- Respira Ray… - ela disse pra si mesma. - ZACK!!!!! - ela deu um grito bem alto.
Minutos depois ele chegou correndo com a calça e com sua cabeça molhada e sem as suas faixas, viu o líquido no chão, ele sabia o que era, pois ele tinha visto isso na Aurora.
- Vai nascer! - ela disse respirando calmamente. - Vai chamar a Joyce rápido!
Ele saiu depressa dali, ela respirava mas depois vinha outra contração que a fazia gemer. Quando o Zack chegou rápido no quarto.
- Ela foi ligar pra amiga dela, o bebê teria que nascer logo hoje! - ele começou a se desesperar. - Claro! Eu sendo a pessoa com a menor paciência do mundo, que esse ser puxaria logo a mim!
- Ei, Zack? - ela o chamou pra perguntar, quando as contrações fizeram uma pausa.
- O quê?
- Você está mais desesperado do que eu, e olha que é eu que estou em trabalho de parto! - ela respondeu fazendo ele de trouxa.
- E isso é desculpa pra falar? - ele viu quando ela gemeu de dor e apertava os lençóis da cama.
- Ela vai demorar? - ela o perguntou e ele foi pra janela pra fechar, viu que a neve piorou.
- Ela não vai conseguir vir com isso, a neve está piorando! - ele disse, escutou a Ray gemer mais alto.
Ele viu ela vim pra frente, depois pra trás ofegante.
- Zack, não vou aguentar! Ele vai nascer a qualquer momento.
Ele pensou o que ele faria, pra fazer aquilo parar. Até que ele fez uma coisa, se sentou atrás dela, puxando pra prendem no seu peito enquanto encostou sua costa na cabeceira da cama.
- A única maneira que temos que fazer! - ela olhou pra ele sem entender. - Nós mesmo vamos fazer esse parto.
- Tem… certeza?
- Duvida de mim!? - ele a perguntou, segurando a barriga dela pra alisar, enquanto vinha uma contração.
- Nunca… - ela suspirou, fez um movimento para tirar a sua calcinha, ela sabia que o seu filho nasceria. - Agora… é minha… vez de trabalhar.
- Confio em você Ray! - ele respondeu vendo ela gemer mais alto enquanto apertava o seu braço pelas dores.
….
Enquanto isso com a Joyce.
A mulher estava agoniada esperando a sua amiga chegar, pra piorar a nevasca tinha piorado.
Meu Deus! Tomara que ela chega logo!
….
Minutos depois, ela viu a amiga chegar com a maleta, do seu lado estava o médico que também veio pra ajudar.
- Aonde ela está? - ela foi logo perguntando.
- A casa do lado, vamos logo! - ela disse chamando correndo, sendo seguida pelos dois que vinham.
Chegando na parte de trás, ela abriu a porta e foi direto pra porta de trás da loja, para que os dois entrassem. Ela entrou junto, na hora se escutava gritos da Rachel e depois calmaria.
Subindo as escadas, entraram no quarto vendo a Rachel suada e ofegante enquanto o Zack se esforçava pra manter ela sentada.
- Vamos logo! - respondeu o rapaz quando chegou perto da Ray ao mesmo tempo que a mulher, nessa hora o Zack rangeu de raiva fazendo os dois se afastarem.
- Você não vai ver a parte debaixo da Ray coisa nenhuma! Seu miserável, se ver eu te mato! - ele disse ameaçando, o médico sabia que alguns companheiros são bem ciumentos em relação ao parto.
A loira se acalmou durante a contração, pegou a cabeça do Zack pra que ele abaixasse a sua cabeça até o seu ombro.
- Se acalma… Zack… - ela disse ofegante.
- Não vou deixar… - ele disse apertando ela.
- Eles vieram… para ajudar! Tem… que deixar! - ela falou por fim.
Ele olhou pra ela bufando, depois suspirou. Aceitando que ele viesse pra que ele pudesse fazer o parto.
….
Passou muitos minutos, a Rachel estava desistindo, estava fazendo muita força mais parecia que cada vez mais não saia, ela estar ficando cansada. Era muito esforço pra o seu corpo aguentar.
- Ray não desista! - a Joyce disse pra motivar a loira, que tentava.
- Vamos Rachel! - disse o médico. - Falta pouco pra ele nascer.
- Não aguento… - ela respondeu com uma voz bem fraca.
O Zack chegou perto do seu ouvido, disse uma simples palavra.
- Força! - ela viu que ele também estava trabalhando pra ajudar ela se manter calma.
Ela respirou fundo, segurando os braços dele e gemeu forte e alto. Quando ela pensou em desistir, foi quando escutou um choro de bebê, olhou pra baixo e viu um pequeno brotinho no colo do rapaz.
O Zack olhava aquilo surpreendido, nem deu vontade de vomitar. Sentiu uma alegria vendo aquele menino mexendo os pequenos braços.
A Enfermeira pegou o bebê pra tirar o excesso de sangue dele, enquanto o médico fazia o trabalho pra fechar o local do parto.
A Rachel olhou a mulher trazendo o pequeno com pano cobrindo ele, ela estendeu as mãos e pegou no seu colo. A Joyce chorava de alegria.
- Ele é tão bonito! Muito obrigada pela ajuda - ela disse sorrindo para os médicos que ajudaram ela, quando via o bebê parar de se mexer, como se conhecesse em qual colo está. - Ele é parecido com… você Zack!
- Tirando o cabelo, ele é bem parecido comigo. - ele olhava quando viu a Rachel fazer o movimento pra colocar o pequeno pra amamentar, deixando ela mais tranquila quando ele pegou seu seio na boca e começou a se alimentar.
Se surpreendeu quando viu os olhos abrindo, cada um de uma cor diferente.
- Ele tem heterocromia, igual ao Zack! - ela disse chocada, depois olhou pro Zack que estava surpreso. - Isso não é genético, mas é raro de acontecer que um pai passe pro seu filho.
- Um azul, e um amarelo. - falou o garoto atrás dela com um grande orgulho em si mesmo. - Isso sim é o meu filho!
- Não é pra tanto Zack! Ele ter puxado para você não foi sorte. - respondeu a Joyce, os dois médicos ali começaram a rir da situação.
- Ei! Deixe eu curtir o meu momento, cacete! - ele disse bravo.
- Qual vai ser o nome dele!? - perguntou a senhora.
A Rachel olhou pro pequeno que não parava de olhar pra ela, se lembrou da única frase que o Zack falou naquele momento.
- Zack! Pega esse livrinho em cima da cabeceira!?
Ele pegou e deu pra ela, ela deitou em sua coxa, folheando até a letra R, lendo encontrou o nome.
- Achei! Sabia que estava aqui! - ela disse, ninguém entendeu o que ela quis dizer com aquilo. - Ele vai se chamar Rômulo, pois o significa "Força"!
O Zack se lembrou que aquela palavra foi ele que tinha acabado de falar, ela tinha se lembrado.
- Você se lembrou!?
- Eu não esqueceria, Zack! - ela respondeu feliz, enquanto ele abraçava ela vendo o filho amamentando.
A Joyce sorriu, vendo que aquele assassino tão perigoso, na verdade se tornou um pai diante de seus olhos.
….
Retornando...
A Rachel explicou feliz, se lembrando de cada momento do parto. Depois o Zack olhava o seu filho em seu colo.
- Aqui que terminamos que aconteceu com a gente.
- Isso sim que é história. - respondeu Aurora. - Mas o que vai acontecer agora?
- Vamos voltar hoje pra cidade, ainda temos que enfrentar o John.
- Mas vai ser perigoso. - respondeu Tomás.
- Por isso, quando saírem daqui! Você vai logo fazer o mandato pra prender ele. - respondeu a Rachel pegando o seu bebê no colo. - Enquanto voltaremos à noite, o tráfego é menor.
- Vai ser arriscado, tanto pra você e pro seus bebês! - disse a Aurora desesperada.
- Mas vai ser mais arriscado é por lado deles! - falou o Zack intervindo. - Ele que vai ter medo da gente, pois ele nunca vai querer mexer com um filho de um assassino em série.
- Na verdade, Zack! Seria melhor conceito, ser dois assassinos.
- Tirou as palavras de minha boca, Ray!
Com certeza aquilo era como uma despedida, a Aurora ficou triste pois aquele momento era uma despedida mas sabia que eles teriam que fazer aquilo. Tinha uma pessoa que teria que tomar conta.
Pois eles dois mudaram muito as suas personalidades para se tornarem o que são hoje.
....
Que lindo foi esse capítulo, quem gostou deixem seus comentários e votam. Até quarta
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