Capítulo 08 - Eventos do passado
Os dois que ainda continuavam na cama, eles não perceberam o Emanuel que tinha chegado na porta pra escutar a conversa deles.
- Ray… você não sabe o que vou lhe contar pois eu guardei isso pra mim mesmo, faz muito tempo! - ele olhou pra cima.
- Pode começar por onde se sente mais confortável! - ela alisava a sua cabeça e escutou ele suspirar. - Você acabou de ter uma recaída, não foi?
- …. - ele não respondeu mais aquele silêncio foi como sim pra Ray. - De onde devo começar! - ele tocou a mão na testa. - Tudo começou quando eu ainda era mais jovem…
- Qual a idade aproximadamente que você tinha?
- Acho que a idade que te conheci… - ele falou e viu ela confirmar com a cabeça.
- Entendo. Pode continuar…
- Bem… se lembra quando você leu aquele papel no prédio dizendo que eu tinha matado os donos do orfanato! - quando ele falou aquilo, a Ray se lembrou quando estava no andar do Eddie, ela confirmou com a cabeça e ele continuou a contar. - Depois disso eu fugi de lá do orfanato quando eu os matei, eu queria me sentir livre e ter a mesma sensação que foi roubada de mim antes. E principalmente aquela alegria que sentir matando eles!
- Se senti livre? Querer matar!?
- É…. - ele levantou a mão pra cima e sorriu psicopaticamente pra teto. - Eu queria aquilo, sentir aquele desespero nos olhares das pessoas me fez bastante feliz quando fiz a minha vingança.
- Entendo…
- Assim que eu fugi daquele lugar, acabei matando uma mulher que apareceu de carro - ele disse como se não fosse nada e o Emanuel ficou tremendo de medo, ele sabia que os psicopatas não têm sentimentos de piedade diante das vítimas.
Lembrando bem, ele é um Serial Killer, um dos piores que já existiu da atualidade. O Isaac Foster não demonstra amor e nem misericórdia diante das suas vítimas com seus feitos diante delas. Ele escutava aquilo, assim como a Rachel que é totalmente devota a ele assim como ele é pra ela. Ele tem só ela no seu mundo.
Mas ele deixou isso pra lá no momento e escutar mais da conversa dos dois.
- Eu fiquei naquele carro até o dia seguinte pois eu estava cansado por andar a noite toda, isso foi até o dia seguinte, quando um homem velho estranho apareceu, me chamou para casa dele e ele cuidou de mim. - ele suspirou mas de raiva. - Eu nem me lembro do nome dele, nem perguntei.
- Ele perguntou o seu!?
- Nem chegou a me perguntar! - ele falou em seguida. - Eu não entendo o que ele queria de mim!? Qual era o seu objetivo comigo de início? Estou bastante confuso?
A Ray não disse nada, só fica olhando ele que olhou a janela que tava fechada e pela vidraça dava pra ver a neve caindo.
- O que aconteceu!? - a Rachel perguntou.
- Não sei muito bem… - ele se sentou juntando com os joelhos deixando ela deixando meio levantada pelos ombros. - Ele tinha saído de manhã, mas no fim ele nunca chegava em casa.
- Já até imagino o que tenha acontecido! - a loira respondeu, se sentando e vendo ele colocar as mãos na cabeça.
- Ele me traiu! Ele me traiu… - o Zack falava ao mesmo tempo, rugindo de raiva. - Ele me deixou e morreu! Ele… foi bem fraco pra ser morto!
Ela abraçou ele que fez ele encostar a sua cabeça no seu peito.
- Algumas vezes Zack! Não soubemos os motivos e causas que aquelas pessoas são tiradas da gente na hora que elas morrem. - ela alisava a sua cabeça ouvindo ele rosnar de raiva.
- Acho que ele foi tirado de mim, só pode ser uma coisa Ray? - ele tirou a cabeça pra olhar pra ela. - Pra que eu continuasse sendo assassino! Isso que eu sempre fui…
- Mas pra mim você não é só isso Zack! - ele se surpreendeu e a olhou. - Imagina Zack? O que aconteceria se eu não tivesse naquele prédio? E naquele porão? E se você não tivesse entrado naquele lugar? Se a gente nunca se conhecesse? O que seria de nós dois?
O Emanuel ficou bem mais chocado com essas perguntas. Fazendo todo ambiente ficar quieto quando a frase do Zack pegou no final.
- O meu mundo seria totalmente sem graça. - ele sorriu. - Sabe Ray! Eu pensei que ficando naquele lugar, estava me fazendo feliz mas… - ele pegou sua pequena mão e avaliando ela. - Quando te conheci pela segunda vez…
- Já que a primeira você tentou me matar! – ela explicou sorrindo.
- HAHAHAHA! HEY RAY! ESTAVA ME DIVERTINDO COM SUA EXPRESSÃO! - ele ria se divertindo. - Mas de verdade… eu pensava que ninguém nunca iria me entender.
- Eu sei! - a Ray sorriu leve e acariciando as mãos queimadas dele. - Quando te conheci pela segunda vez, pensei que seria só uma pessoa que teria que ajudar pra sair daquele lugar, mas tive uma pequena lembrança quando eu recuperei a minha memória totalmente naquela noite.
- Qual é Ray!? - ele perguntou e virou o rosto de lado.
- Numa noite, antes de eu parar naquele porão. Eu ia dormir, eu não era uma pessoa muito de rezar e pedi pra o Deus! Mas naquele dia eu tava bem desesperada e então pedi um único desejo pra Deus que ele me desse um amigo! - ela juntou as mãos com sua mão fazendo ele a olhar. - Eu não ligava se a pessoa fosse homem ou mulher, criança ou adulto, normal ou um serial killer! E acabei que o meu simples desejo naquela noite se realizou. Eu nunca te contei isso antes! - ela sorriu se lembrando daquilo.
- Sabe! Fico até mas tranquilo com isso! - ele se deitou e viu que ela estava olhando pra ele confusa. - Esse tipo de ser "amigo", seja uma classificação que nos define, né?
- Sim… - ela sorriu e se deitou no seu peito. - Acho que o destino fez a gente se encontrar!? Se não fosse ele, não estaríamos vivos e nos divertindo Zack.
- Tem razão pequena! A minha vida era sempre a mesma coisa! Matar, matar e matar! - ele suspirou olhando o teto. - Pra falar a verdade! Eu estava bem cansado de fazer a mesma coisa, queria alguma coisa diferente…. - ele falava com bocejo, está com muito sonho. - Queria me divertir mais…
- E agora Zack… você só precisa descansar! Está muito cansado… - ela alisava a sua mão que ele pegou também e vendo ele abrir a boca de bocejo. - Boa noite…
- Noite… – e ela viu ele despencando de sonho.
Ela suspirou e se deitou vendo através da janela, a neve caindo.
Deus! Obrigada até hoje por ter me realizado esse desejo tão simples….
Assim que finalizou a sua mente, ela dormiu e o braço aonde ela estava deitada a abraçou de lado, a garota se aconchegou no seu peito feliz.
…..
Do lado de fora, o Emanuel se recompôs do motivo do Zack estava tão transtornado naquela hora foi um motivo do seu passado, entrou no quarto. Observou os dois dormindo como se fosse duas crianças, sorriu.
Pegou um lençol que estava na cama da Ray e colocou em cima dos dois, assim ficariam mais aquecidos. E depois fechou a cortina da janela pra deixar o ambiente escuro e por fim, saindo do quarto e fechando a porta.
Que tenham bons sonhos crianças….
……
Outro dia de tarde…
No estúdio…
O Zack estava em frente a um quadro, pintando que estava retratando uma cidade a noite. Na hora a Ray chega com um balde de água em mãos pra ele usar.
- Está aqui Zack! - ela avisou fazendo ele a olhar.
- Ray! - ela olhou com mais atenção pra ele, vindo lavar as mãos pra sair a tinta. - Vem aqui!
Ela foi até ele, vendo ele andar até os quadros que estavam virado de costa.
- Olha Ray que eu fiz. - ele virou a primeira pintura, ela focou e viu uma rua de beco sem saída.
- O que… - ela olhava surpresa até que reconheceu aquele lugar.
- Para de falar! Deixa eu virar as outras… - ele começou a virar as cinco restantes, a segunda era uma ala médica, a terceira um local cheio cheio de túmulos.
Foi aí que a Rachel se tocou, são as imagens do local do prédio aonde eles se encontraram. Ela abriu a boca de surpresa, se abraçando pois o trauma ainda persistia nela.
Vendo o quarto que era um local aonde tinha a cadeira elétrica, a quinta que era dentro de uma catedral e por fim, a sexta que era uma sala com um sofá e cheia de flores no chão.
- Zack!? É.... o prédio!
- Sim! - ele chegou bem perto dela dela e vendo o medo no olhar nela. - Ray! Se lembra de um ditado muito popular. "O que te traz medo pode te fortalecer no futuro"?
Ela se recompôs e ficou nas imagens de cada quadro. Olhou pra ele que sorriu, depois ela foi até cada um e vendo os detalhes de cada um deles.
Percebeu o que ele dizia era verdade, sobre o medo! Principalmente aquilo que é mostrado nos quadros.
- São bonitos… - ela falou vendo por outro ângulo.
- Viu! Te deixei feliz! - ele a abraçou de lado e viu ele olhar justamente pro primeiro quadro. - Aquele lugar eu nunca vou esquecer.
Ela fez um ato totalmente inesperado por ele, até mesmo Zack olhou pra ela surpreso, ela se virou de frente e o abraçou. Fazendo ela encostar a sua cabeça no tórax dele, ela suspirou feliz.
- Também nunca esquecerei daquele dia, mesmo se passar milhares de anos. - ela falou sorrindo, sentiu ele abraçando ela brincava com os fios de seu cabelo. - Zack! Você foi a melhor coisa que apareceu na minha vida.
- Digo a suas palavras as minhas. - ele se afastou e sorriu e foi no momento que a Joyce entrou com o Emanuel com uma cesta de roupa. - Agora vamos voltar ao trabalho.
…..
A noite….
O Emanuel estava ligando pra o seu amigo enquanto ele estava na cozinha.
- Alô? - falou um homem por trás do telefone. - Com quem eu falo?
- Não me reconhece mais, Victor? - falou Emanuel rindo e se sentou na mesa.
- Senhor Emanuel! A quanto tempo meu amigo!? Como vai?
- Estou bem! - ele falou abrindo um caderno de anotações. - Tenho uma notícia boa!
- Então solta aí! - disse o Victor.
- Tenho um acervos de novos quadros em exposição no seu museu! - ele escutou bater forte do lado da ligação, com certeza o seu amigo estava feliz.
- Isso sim é notícia e das boas! Estava bastante tempo que eu não fazia nenhuma renovação de quadros pra expor aqui no museu!
- Então… o pintor é um novato! - o Emanuel começou a falar, viu a Joyce vindo com uma caixinha na mão. - Mas ele ou ela é bastante tímidos, então se titula I.R!
- Sigla? Bastante curioso, digna de passagem. - ele riu e fez o Emanuel rir.
- Tenho certeza que vai gostar dos quadros.
- Qual é o nome do tema?
- Eles escolheram, "Vida ou Morte"! - o Emanuel escutou o seu amigo assoviar do outro lado.
- Gostei do tema! Assim como o nome que trás mistério e suspense. Quando vai ficar pronto?
- Com certeza! - senhor concordou com as palavras de Victor. - Acho que antes da primavera.
- Ok. - ele escutou ele parar de falar. - Eu anotei aqui, quando ficarem prontas me avisem pra eu mandar um caminhão pra pegar os quadros.
- Obrigado! Avisarei assim que puder! - ele desligou e olhou pra sua amiga. - Conseguimos Joyce.
- Que bom! - ela deu a caixinha pra ele. - Esse presente foi eu mesma que fiz. - ele abriu a caixinha e viu um carimbo que ela tinha feito. - Pra eles carimbaram no quadro.
- Porque não dar pessoalmente pra eles? - o senhor falou fazendo ela tremer de medo diante das palavras dele.
- Não sei se eles vão aceitar! - ela disse olhando pra caixinha.
- Então vamos descobrir.
…..
Chegando na entrada do Estúdio, os dois senhores pararam estáticos quando ouviram uma voz linda cantando de dentro do local.
Os dois se olharam e abriram a porta devagar e focaram na Rachel cantando sentada em cima da mesa, enquanto o Zack pintava um quadro feliz.
Viram o enfaixado abrir a voz pra acompanhar ela a cantar também.
- Você não me disse que eles cantavam também! - ela falou do seu lado surpresa.
- Pois eu não sabia que eles cantavam. - o Emanuel respondeu vendo que eles não estavam cantando música qualquer e sim, um concerto de ópera.
Fecharam os olhos pra escutar aquela preciosidade daquela música, quando ouviram eles pararem de cantar e abriram os olhos vendo os dois jovens olhando pra eles.
- Ora, ora, ora! - falou Zack bem de frente aos dois senhores que temerem o diante do assassino. - Qual motivo de me visitarem?
- Zack! Pare de assustar eles! - ela disse segurando a base de sua blusa moletom preto com mangas encurtadas pra pintar.
- Ray! Estava apenas me divertindo. - ele sorriu e riu depois voltando pro quadro. - Ver a cara de medo me trás inspiração pra criar novos quadros.
- Verdade… - a Ray concordou e depois se virou pra Emanuel e Joyce. - Porque estão aqui? Algum problema?
- É…. Que… e-eu… q-queria. - falou a Joyce em seguida com uma voz trêmula diante do que presenciou minutos antes.
- FALA LOGO MULHER! - escutou o Zack gritar de raiva e o pessoal viu que ele estava estressado. - Se não for objetiva e clara rápido, vou aí e rapidinho te faço falar.
- Ok…. - a Joyce falou meio ao medo e dando a caixinha pra loira na sua frente. - É um presente que eu fiz… vai te ajudar a carimbar os quadros.
Viu a pequena ir numa tinha vermelha, melando a tinta com o carimbo. Depois foi pra um dos quadros e carimbou do lado esquerdo pra baixo e saiu "I.R".
- Olha Zack! - a Ray chamou e fez ele olhar pra o quadro que ela tinha carimbado, as letras transmitia medo como escorria.
- Gostei! Trás sensação de medo pra quem olhar nossa assinatura. - ele foi continuar as pinturas. - Pode fazer isso em outros quadros Ray!?
- Sim! - ela começou indo fazer o que que ele pediu.
Os dois senhores viu que eles estavam felizes.
- Parece que eles gostaram do seu presente Joyce. - falou o Emanuel.
- Acho que sim. - ela sorriu sorriu e vendo os dois trabalharem nos quadros e ela viu em cima da mesa com as roupas dobradas que ela tinha trago.
Eles vão ter muito trabalho pra fazer. Mas vão fazer isso pra se divertir...
....
Oitavo capítulo lançado, que tenham gostado, deixem seus comentários e também as suas estrelas.
Até próximo capítulo
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