Capítulo 05 - Preconceito e hostilidade
Com a nova renovação aquele estúdio tão sem vida, como se tivesse morto faz muito tempo, o vento frio que vinha pela janela trouxe um ar mais tranquilo pra todos ali.
- Agora sim estou com muita vontade de pintar! - ele foi pra frente do quadro, tirando o seu casaco de frio e jogando no chão e encurtando as mangas da camisa e depois pegou algumas tintas pra abrir e as melando com seus dedos com algumas cores.
O Emanuel nunca viu aquele tipo de pintura a dedo, isso é muito raro de encontrar em uma pessoa daquele tipo de talento hoje em dia, como ele está sem aquelas suas ataduras pode muito bem ajudar nas artes e mexendo nas tintas como se soubesse que cor daria.
A Ray foi pra perto dele e se encantou o que viu naquela tela, o Emanuel foi pra ver o que ele estava vendo e se surpreendeu quando viu a figura de uma noite de lua vermelha e viu expressão de felicidade espantada no olhar do enfaixado.
- VIU! É ASSIM QUE É ARTE NA MINHA VISÃO DE SANGUE! - ele apontou com dedo sujo.
- É Zack! Muito bonito mesmo! - a Ray falou concordando com a cabeça e que fez o maior do seu lado ficar bastante feliz. - Zack!? Está com vontade de fazer mais?
- ESTOU RAY! QUERO FAZER ESSE LUGAR SE TORNAR BONITO E MOSTRAR TAMBÉM AO DESESPERO!
Ela concordou e pegando mais uma tela pra que o Zack colocasse no lugar, o Zack pegou e colocou no outro lado pra que a tinta secasse e já foi produzindo outro desenho.
Ele é surpreendente! Está cheio de surpresas. Um garoto que tem um talento escondido é que torna o mundo um lugar mais misterioso.
Quem imaginaria?
Olhou depois a outra produção de outro quadro, ele esta produzindo uma matilha de vários lobos em cima de uma pedra e o jeito que pintava e molhava a mão em um balde de água que tinha no chão pra tirar o resto da tinta e melar novamente com outros tipos de cores.
- Vou deixar você curtirem o espaço! - o senhor falou saindo dali e deixando os dois curtirem as pinturas. - Pelo menos ele está se divertindo tirando a parte que ele não está matando ninguém. - ele disse num sussurro bem baixo.
Ele descia as escadas e ia pra sua loja pra abrir.
Chegando na vitrine da loja e virando a placa de aberta e foi indo pro seu lugar pra finalmente se sentar.
- Nossa! Parece que fiz uma maratona! - ele olhava pela vitrine da loja e as pessoas passando felizes, ele finalmente pode sorrir, pois aquelas pinturas pode impressionar muito algumas pessoas quando escutou um sino bater.
Ele olhou pra entrada e tinha uma senhora, com sua roupa de frio e chegando perto sorrindo.
- Oi Emanuel! Bom dia.
- Bom dia Joyce! - ele respondeu, na verdade a Joyce era vizinha de loja ao lado do seu aonde vendia bijuterias e roupas.
- Como está? - ela chegou perto sendo simpática. - Vendeu alguns dos quadros?
- Infelizmente não! - ele olhou cabisbaixo, pois pensando melhor, aqueles quadros pareciam que não chamava mais atenção. - Mas finalmente encontrei um novo pintor.
- Aleluia! - ela jogou os braços pro céu agradecendo a Deus. - Assim você pode pagar as suas dívidas contra o John!
- Sim! Pra minha alegria, ele já começou a pintar hoje!
- Que b… - ela foi interrompida por uma voz que veio da cozinha e parou no lado de dentro da loja.
- Senhor Emanuel! Aonde fica uma garrafa… - quando a Ray apareceu e parou de falar quando viu a mulher na loja olhando surpresa pra aquela garota de olhos azuis.
- É… - nem o Emanuel conseguiu falar quando outra voz apareceu atrás da Rachel.
- Ray! Aonde você deixou a minha foice? - ele saiu todo sujo de tinta vermelha e olhou pra nova pessoa naquela loja e todos ficaram mudo.
Mas a Joyce viu a tinta vermelha e já pensou que alguma coisa horrível tinha acontecido pois ela começou dar passos pra trás.
- Espera Joyce! Tenta se acalma… - O Emanuel tentava falar mas não adiantou depois do grito da mulher
- AAAAAHHHH…. - a mulher nem conseguiu gritar direito, pois a sua boca foi tapada pelo mão do Zack que correu pra ela não gritar. -..... - ela tentou tirar a mão melada de vermelha e causando desmaio na hora da mulher ao chão.
- EITA! HEY, RAY! Eu não tive culpa dessa vez! - ele apontou pra mulher desmaiada.
- Verdade, Zack! - a Ray viu a senhora desmaiada.
- É minha culpa! - falou o Emanuel que segurava a cabeça pra pensar o que ia fazer depois. - O que eu faço agora?
- Tente falar com ela com calma. - respondeu a Ray e virando a placa pra "Fechado" e voltando pra onde estava o Zack pois naquela posição ninguém conseguia ver aonde eles estavam pela vitrine. - E Zack! A Sua foice está encostada na porta de fundos.
- Já vou lá! - ele saiu e depois a loira vez levantando as mãos pra que o Emanuel pra se virar e seguiu pra cozinha.
….
Minutos depois…
Do chão a Joyce acordou, se levanta pra ficar sentada, depois ficou totalmente alerta olhando pro os lados e tocou seu rosto que estava sujo de tinta e ficou toda desesperada.
- Joyce tenha calma! - ele se abaixou e sentando no chão. – Eu não te levei pro quarto pois estou com pouca idade e carregar peso pode prejudicar as minhas costas.
- En...entendo! - ela olhava pro os lados e procurado o responsável por seu medo. - Aonde ele está?
- Vem comigo!? - ele se levantou e deu a mão pra ela que meio relutou. - Pode confiar! Eu não vou mentir, vou lhe contar do motivos que eles estão aqui.
….
Chegando perto da entrada do estúdio, ela se escutou risadas e muita conversa.
Quando entraram olharam que os dois estavam completamente sujos de tinta. Deixando os dois senhores completamente surpresos.
- É assim Zack!? Dessa cor! - ela pintava com os dedos.
- Sim! Cuidado, pode borrar e sai da borda da pintura! - ele explicava, foi aí que a Joyce entendeu, ele estava sujo não de sangue e sim de tinta.
- Oi Senhor Emanuel. - ela escutou a Ray falar e o Emanuel sorriu pois viu a garota sair de perto e deixando o maior pintar. - Quem é essa mulher que nos viu na entrada?
- E depois gritou? - falou Zack em seguida em nem olhando pra os três e só focando na pintura.
- Essa é a minha amiga! Ela era a esposa do meu melhor amigo! - a Ray compreendeu que os dois se conheciam muito. - Ela se chama Joyce.
- Prazer! - respondeu a loira se curvou como modo de ser simpática. - Me chamo Rachel Garden e aquele ali é…
- Isaac Foster! - ela respondeu e isso chamou atenção do Zack pra olhar pra mulher. - Não tem como não conhecer o tão famoso assassino em série!
- Nossa! Agora sou famoso? - respondeu o garoto sorrindo.
- Deve ser Zack! Faz muito tempo que não vejo notícias de jornais pela televisão, mas deve ser isso que estão falando sobre você. - ela voltou e começou ajudar ele a pintar.
- Espera aí! - a senhora falou de repente e se virou pro seu amigo. - Você me falou que tinha achado um novo pintor! Não me diga que é ele!? - ela apontou pra o Zack que rugiu de ameaça fazendo ela se encolher.
- Sim! Estava me referindo a ele! - o Emanuel respondeu vendo que o Zack bufou de raiva e depois voltou a pintar. - Olhe os quadros que ele fez em alguns minutos.
Ele olhou pro lado e ela olhou também, ficou surpresa pelas belezas que ela viu retratado em cada figura, não acreditava que tinha sido ele que tinha feito tudo aquilo. Viu a Ray ajudando ele nas pinturas, ele falando em que parte retratava.
- Zack! Quero uma cenas de terror agora! - a Ray falou quando ele limpava as mãos e depois pegou o quadro que tinha pintado, uma linda floresta, depois pegando.
- Está me desafiando Ray?
- Sim…
- HAHAHAHA! ISSO ME ANIMOU! - ele falou divertido e deixando um quadro e pegando outro e colocou no tripé, melando as mãos de tinta de um mais escuro e começou a pintar. - Vamos ver se você sabe o que estou retratando.
- Senhorita Rachel! - a Ray se virou quando escutou se chamada.
- Sim! - ela respondeu limpava a sua mão em outro balde de água que ela tinha trazido minutos antes deles chegarem.
- Eu percebi que as pinturas não tem assinatura!? - ele perguntou e agora a Ray percebeu que era verdade e teria que ter uma assinatura.
- Tem dois problemas! - ela falou mostrando dois dedos. - O Zack não pode colocar o nome pois não sabe nem ler e escrever, mas mesmo assim não podemos colocar pois pode associar ao assassino! O que ele é de verdade! - ela disse explicando. - E segundo eu não posso colocar o meu pois vão logo me procurar e vai começar a confusão pela minha procura novamente, né Zack!?
- Sim Ray! - ele respondeu e mexeu na mecha de seu cabelo contra o antebraço para tirar o suor e voltou a pintar. - As lógicas da Ray pode ser uma coisa doida, mas dá pra ver que é verdade!
- Posso dar... a minha opinião! - ela levantou a mão de leve com medo da opinião do Zack.
- Pode! - a Ray respondeu.
- Vocês poderiam só colocar uma sigla do seus nomes! Se não quiserem está tudo bem. - ela tentou se justificar.
A Ray tocou com o dedo no queixo em pensamentos e depois olhou pro Zack que olhava nossa conversa e depois voltou pra pintura.
Uma sigla do nossos nomes? Pode ser de grande ajuda!
- Eu pensei em ser I.R. - a loira falou de imediato. - Já que existe muitas pessoas com a letra I ou com a letra R! Seria bom tentar disfarçar! (A figura em cima é o exemplo)
….
Retornando...
A Ray que amamentava o Rômulo escutou o grito da Aurora e fazendo ela parar de contar a história.
- NÃO ACREDITO! - a mulher se virou pro Tomás que não estava entendendo nada. - Tomás! Eles são os famosos I.R, o pintor que fez quadros maravilhosos naquela exposição de arte.
- Do jeito que gritou, até me lembrei agora! - o delegado olhou pro os dois que estava olhando pra eles. - Quem imaginaria que aqueles quadros tão magníficos que vendeu milhões e milhões tinha sido feito por você Zack?
- A idéia da Ray, mostrar um talento que o Zack tinha e que ninguém sabia vim a tona. - A Aurora respondeu sorrindo.
- Sim! Aurora! - a Ray respondeu educadamente quando sentiu que o Rômulo não mamava mais. - Os quadros todo foram feitos por Zack e ficamos milionários sem ninguém souber da nossa existência, só a dona Joyce sabe disso.
Ela respondeu e viu o Zack pegando no bebê no colo depois ajeitou a sua blusa, enquanto o maior ia fazendo massagem bebê, depois a Rachel ajeitava as roupas que estavam bagunçada.
- voltando a história… - ela falou feliz vendo o pequeno arrotar no colo do enfaixado.
….
Voltando a história...
Enquanto a Ray teve aquela idéia o senhor percebeu que os dois queriam ficar sozinhos no seu lugar particular.
- Verdade, senhorita Rachel. - o Emanuel respondeu sorrindo e depois foi puxando a dona Joyce pra saírem dali. - É melhor deixar os dois, você não vai querer estressar o jovem assassino, né!
- Sim, com certeza! - a senhora falou de imediato e saindo daquele estúdio de criação.
….
Chegando na loja novamente, ele viu que ela parou na entrada da loja e olhou pra escada aonde levaria lá pra cima.
- Porquê você os resgatou? Não seria melhor prender ele? - ela perguntou e depois olhou pro Emanuel.
- Eu faria isso… mas… - ele olhou pra frente e vendo a loja. - Eu ia chamar a polícia, só que a senhorita Rachel implorou por ajuda, o meu avô sempre me ensinou que nunca se deve negar ajuda pra uma pessoa, até mesma aquela pessoa ser nossa inimiga.
- Mas ele é completamente o inimigo da sociedade! - ela disse seria e apontando. - Viu como ele é, um homem com feições cobertas de queimaduras, usando as faixas fica completamente assustadoras.
- Mas aquela garota consegue fazer ele ficar calmo! - ele se virou sério pra Joyce que ficou surpresa. - Você não percebeu que ele não te atacou, só se tiver algum motivo pra que quiser atacar.
- Mas…
- O que Brendan sempre disse pra mim e pra você sobre preconceito? - ele falou dando a última palavra.
- Arf… Agora chegamos no Brendan pra entrar no meio de nossa conversa. - ela sorriu e se lembrou das palavras que ele falava e recitou com sua voz. - "Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento. É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento crítico ou lógico."
- Isso! E o preconceito é resultado da ignorância das pessoas que se prendem às suas ideias pré-concebidas, desprezando outros pontos de vista, por exemplo. Na maioria dos casos, as atitudes preconceituosas podem ser manifestadas com raiva e hostilidade. - ele respondeu pra que ela concluísse. - Você foi hostil com ele.
- Peraí! Pra começo de conversa! Fui hostil pois ele é um Serial Killer que está sendo procurado pela poli…
- Se ele é o "tal" assassino em série! Então porque ele não nos matou? - ele a perguntou fazendo ficar muda e começando a pensar direito. - Ele só te tratou mal pois você foi hostil com ele.
- Não acredito que estou começando a considerar as pessoas que ele já matou! - ela tocou com a mão em sua cabeça.
- É um sentimento meio confuso de compreender o que a gente não entende. - ele foi do do seu lado. - Agora! Eles dois querem me ajudar pelo que eu fiz aos dois.
- Tem essa possibilidade! Se eles conseguirem vender essas obras em um museu, imagina quanto dinheiro ele vai conseguir arrecadar?
- Também pensei nessa possibilidade, por isso ninguém deve saber quem está produzindo esses quadros! - ele disse suspirando. - Por isso! Vamos manter isso em segredo entre nós quatro! Ok!?
……
No estúdio...
A Ray olhava pro Zack continuando pintar aquele quadro, ela estava bastante curiosa pra saber o que ele pintava. Resolveu ir pra loja ficar com o Emanuel.
- Zack! - ela chamou fazendo ele olhar. - Vou ficar lá com o seu Emanuel! Ele pode estar precisando de ajuda.
- Ok… - ela voltou a pintar. - ...mas não demora!
- Sim...
Ela saiu do quarto, indo pra escadas. Minutos depois, ela chegou na cozinha, pois de última hora ela resolveu escovar os dentes.
Vou ter que fazer o Zack parar de pintar pra que ele escova os seus dentes.
Quando ela ia passar pelo mini corredor que ia pra loja ela escutou uma conversa, olhou de relance e viu os mesmos três homens na entrada da floresta.
….
O Emanuel estava na loja, esperando se vinha um freguês. Depois que ele teve uma conversa com a Joyce, depois disso ela foi pra sua loja e ele voltou pra sua.
Quando ele viu o John entrar com seus seguranças do seu lado.
- Bom dia! - ele cumprimentou feliz.
- Olá Emanuel. - ele disse sério olhando os quadros. - Nossa! Que imagens sem vida.
- Me desculpe senhor! Eles são os únicos que o meu amigo tinha feito no seu leito de morte.
- Infelizmente, isso não vai pagar a dívida que me deve! - ele falou avaliando.
- Sobre o pagamento, em breve pagarei. - o senhor falou e isso fez o John ficar sério e com raiva.
- É mesmo!? - ele estalou os dedos e os seguranças começaram a pegar os quadros.
- O que você está fazendo? - ele disse e vendo os dois homens pegaram os quadros.
- Isso...
....
Eita, vai ser uma grande confusão. Quem não sabe dos dias de postagem, são segunda, quarta e sexta! Então tenham uma boa leitura.
Deixem seus comentários e votam.
Até próximo capítulo
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