20. Por quê?
_Por quê? - eu pergunto confusa. Porque ele teria desejo de fazer algo íntimo e estranho comigo.
_Eu não sei porque e não deveria estar sentindo nada disso, mas aconteceu. Há anos que eu não sentia qualquer interesse por uma mulher e agora estou sentindo por você. É isso! Me sinto muito atraído por você e sim, isso significa que quero sexo. - ele solta ficando agitado, Josh se levanta da cama como se não conseguisse ficar ao meu lado. A mistura de gosto na minha boca torna impossível entender o que ele está sentindo agora.
_Eu não queria ter feito isso. Não sei como fiz, me perdoa... - meus olhos se enchem d'água.
Debi disse que ela fez o namorado se apaixonar por ela porque estava sempre o provocando e Sara disse que bancou a difícil. Se elas fizeram alguma coisa para que os rapazes tivessem esse desejo por elas eu também deveria ter feito alguma coisa para que Josh tivesse esse tipo de sentimento por mim, só não sei o que é?
_Do que você está falando? - ele pergunta e parece surpreso e confuso.
_As meninas estavam dizendo o que fizeram para que seus companheiros se apaixonassem por elas, então, se elas fizeram...
_O que essas garotas têm falado pra você Tina? Não é bem assim que as coisas acontecem, caramba! Não! Você não fez nada, tá legal. Você não tem culpa. Você é tão linda e... Forte... E... Olhei para você algumas vezes, para o seu corpo e... Alguma coisa que estava morta aqui - ele aponta para cabeça - e aqui - ele muda seu próprio peito simplesmente acordou. Se houver um culpado, sou eu. - Josh se senta ao meu lado e passa seus dedos pelo meu rosto a carícia é leve, suave e gostaria que ele não se afastasse.
_Você se sentiria bem se nós fizéssemos...
_Você não tem ideia... - ele diz - só de beijar você... Tina...
A voz de Josh é um tipo de lamento, como se estivesse sofrendo, como se me desejar fosse um sofrimento. Eu sei que tenho sido um incômodo, um peso por todo esse tempo, mas ele têm me protegido, tem estado constantemente ao meu lado.
_Você pode me beijar se quiser... - eu digo baixinho.
Os lábios dele tocam os meus devagar e depois se enchem de desespero. O gosto de menta parece gelar a minha língua de tão intenso, ele se move até que esteja comigo sobre o seu corpo, sua língua e dentes passeam pelo pescoço e ombros e voltam para minha boca. Estou perdendo o controle do meu corpo, dos meus dons porque a eletricidade começou a se mover ao nosso redor. Isso é bom, o que ele está fazendo é tão bom... Até que para.
_Eu não deveria... Mas você é tudo o que eu mais quero nesse momento. - ele sussurra.
_Pode fazer o que quiser, só... Não me machuque, por favor.
_Tina... - ele súplica, mas volta a me beijar. Seus lábios encontram um dos meus seios e penso que irei morrer, ele se vira me jogando na cama. - Essa é a oferta mais tentadora que já me fizeram mas não. Não posso tocar em você, não dessa forma.
Depois de dizer isso Joshua se levanta e sai pela porta me deixando sozinha na cama. Confusa e em meio a tantos sentimentos novos perturbadores que demoro muito tempo para me recompor e recuperar qualquer tipo de equilíbrio que um dia eu tive. Tantas dúvidas permeiam minha mente.
Se ele me deseja tanto porque não fazer comigo o que quer?
Quando suas companheiras morrem os homens não podem ter outras pessoas?
Porque ele não pode me tocar dessa forma?
A frustração se alastra pela minha pele como erva daninha me corroendo por dentro. Demoro muito tempo para voltar a dormir e na manhã seguinte me sinto doente e fraca. As meninas querem saber o que aconteceu mas não consigo responder, me sinto envergonhada. Talvez tenha algo de errado comigo por isso Josh não pode me tocar.
Ele passa os próximos dias longe de mim, não dorme no quarto e eu me sinto triste, como se estivesse de luto, como se estivesse perdido alguma coisa. Minha mente diz que ele está com outra jovem que possa tocar.
Na última noite em que ficaremos no abrigo, Josh finalmente volta para a cama que dividimos, ele não me abraça, não fala comigo, não me toca. Apenas se deita o mais afastado que consegue e isso me faz chorar ruidosamente, mesmo que tente ficar em silêncio.
_Tina, o que você tem? - balanço a cabeça tentando conter o choro mas não consigo, estou sensível e magoada como nunca estive. - Tina, fala comigo, me diz o que aconteceu?
_Ela te fez bem? - pergunto entre o choro.
_Ela? Ela quem? Está perguntando de Era outra vez? - confusão eu sinto a confusão dele, o sentimento está claro, mas eu estou confusa.
_A mulher com quem esteve esses dias. - frustração, posso sentir, eu reconheço cada sentimento vindo dele não são mais sabores apenas, é como se eles chegassem até mim. Cada sentimento.
_Tina, não existe outra. Eu não beijei nenhuma outra mulher depois da morte de Era, nenhuma outra mulher além de você dividiu a cama comigo. Eu não tenho desejo por nenhuma outra mulher. É você Albertina, só você. Você é a única que consegue fazer isso comigo que me leva aos extremos, que tira meu chão. É você que me faz perder o controle e eu voltei porque me sinto cansado de lutar, eu não consigo lutar contra essa necessidade que parece me consumir. - ele responde e eu acredito em cada palavra porque sinto todos os seus sentimentos.
_ Por que não pode fazer sexo comigo? - se eu sou o problema quero saber.
_ Porque eu não quero me envolver, eu já fui traído, não quero ser traído outra vez. E você é tão jovem e pura... Nossa! Você é perfeita e se um dia me trair eu não sei se consigo voltar a ser quem sou.
_Eu nunca vou te trair Joshua, eu não sou capaz de mentir. Eu nunca minto, nunca menti e jamais mentirei, então, se você realmente me desejar, se isso for bom pra você, quero que reconsidere e faça o que quiser comigo, só não me machuque, por favor...
_Tina... - ele diz antes de beijar, Josh tira minhas roupas devagar, depois tira as suas e com cuidado une seu corpo ao meu, nós unindo, ligando nossos copos e um. Os nossos sons preenchem o quarto e toda insegurança que sentia se transforma em nada.
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