Eu estava sentado na ponta da minha cama pensando no desastre da aula de poções.

Não fazia sentido, Potter, eu o odeio, estar apaixonado por ele é simplesmente impossível.

Meus pensamentos foram interrompidos por dois idiotas entrando no quarto as gargalhadas. Pansy e Blaise.

— Então quer dizer que o principe da sonserina está apaixonado pelo menino de ouro. - Pansy se sentou ao meu lado com um sorriso zombeteiro.

— Se pensar bem isso já era previsível, todo esse ódio era tensão sexual. — Blaise cruzou os braços e ergueu uma sombrancelha.

— Ah cala a boca. - bufo irritado, que droga, eu não gosto do Potter.

Pansy ri que nem uma hiena.

Me jogo na cama e coloco um travesseiro no rosto.

Por que? Não faz o mínimo sentindo.

Depois de expulsar os dois do dormitório me joguei de novo na cama.

Já cansado do silêncio que deixava meus pensamentos vagarem para Potter decidi andar pelo castelo para poder me ocupar com alguma coisa.

Quando percebi já estava a caminho da torre de astronomia, eu gostava de passar meu tempo lá, observar as estrelas, isso era relaxante.

Quando adentrei a sala já tinha alguém lá, Harry Potter.

Ele parecia não ter notado minha presença, porque continuava observando as estrelas.

— Potter... — chamei sua atenção.

— Malfoy...

Eu não sabia o porquê de ter começado a falar com Potter, mas agora tinha que continuar.

— Isso tudo é uma droga.

— Hogwarts toda já deve saber. - Harry comentou.

Ficamos por um tempo em silêncio observando as estrelas até eu decidi quebrar o silêncio.

— Qual a sua favorita? — Perguntei me referindo as constelações.

— Canis major. — Respondeu depois de um tempo, ainda sem desviar o olhar das estrelas.

— Por que? — Perguntei, e logo me arrependi, eu sabia o porquê.

Silêncio.

— Desculpe. — falei rapidamente.

Harry finalmente olhou para mim.

Nos encaramos, eu não sabia a quanto tempo fiquei encarando aqueles olhos Incrivelmente verdes.

Potter começa a se aproximar, comecei a ir para trás até ficar contra a parede, ainda me encarando Harry parou na minha frente, nossas respirações se misturando, e então me beijou.

Eu travei.

Não sabia como reagir, me espanto com o contato, mas logo retribui o beijo.

Tudo começou a embaçar.

Acordei atordoado, era um sonho, onde eu beijava Harry Potter.

Seria errado eu ter gostado?

Não, eu não gostei.

Mas parecia tão real, foi tão intenso...

Eu não parecia ter dormido nada, me sentei na cama, ainda faltava um tempo para o café, então deixei minha mente vagar para o sonho.

Quando desci para o salão principal com Pansy e Blaise, passei meu olhos pelas quatro mesas, parando meu olhar em certo moreno de olhos verdes.

Potter parecia ter dormido mal, ele olhava fixamente para sua comida, de vez em quando acenando a cabeça para algo que Weasel falava.

Parecendo perceber meu olhar sobre ele, Harry levantou os olhos de seu café e olhou diretamente para mim, sustentamos o olhar até Blaise rir e me puxar para a nossa mesa.

Pov Harry

— Harry, tá prestando atenção? — Diz Ron me dando uma cotovelada.

— Urhum — Murmurei, eu não dormi nada, sonhei com algo envolvendo Beijar Malfoy na torre de astronomia, isso não saia da minha cabeça.

Eu havia gostado, eu não deveria ter gostado, era Draco Malfoy, não faz sentido...

— Você aceita ser padrinho do meu filho com a Hermione?

— Urhum... Pera, o quê?!

— Esquece Harry, não é nada, estamos atrasados para a aula — Hermione falou corada.

Me levantei acompanhando Rony e Mione para a aula de história de magia.

As palavras do prof. Binns eram um zumbido irritante no fundo da minha mente, eu não conseguia pensar em outra coisa se não o meu sonho, ele parecia tão real. Era normal se sentir nervoso com isso? Era normal sentir isso por... Malfoy?

Não! Isso é um absurdo, ridículo. Entre qualquer pessoa que eu gostaria de sonhar beijando, Malfoy é o último da lista, não, ele nem está na lista.

Senti um olhar sobre mim, passei meu olhar pela sala, e engoli em seco ao perceber que Draco olhava para mim de forma intensa.

Por que esse olhar me afetava tanto? Me deixava... tímido? Não, devo estar com sono, só isso.

Sem conseguir sustentar o olhar desviei meu olhar para o pergaminho sem nada escrito, senti minhas bochechas queimarem, que merda está acontecendo?

Olhei em direção da cabeleira loira, ele já não me olhava, e isso me incomodou, Merlin, que porra está acontecendo comigo?

Semanas se passaram, e os sonhos continuavam, cada vez mais intensos, eu não aguentava ter que tomar banhos gelados todas manhãs por causa desses sonhos idiotas.

A cada dia ficava mais difícil não olhar para Malfoy, como não reparar naquelas linhas refinadas, seu sorriso que me deixava atordoado, seus cabelos loiros que pareciam brilhar contra o sol, eles pareciam tão macios... Merda, Draco parou de falar com os sonserinos e passou a me olhar.

Merda, merda, merda.

Me perdi naqueles olhos de prata derretida, Merlin aqueles olhos...

— Harry, tá tudo bem? — Hermione me chamou.

— Hm — Minha amiga me olhava de forma preocupada colocando uma mão no meu ombro — Eu, bem sim. Por quê?

— Ultimamente você tem estado meio distante, Ron disse que você não tem dormido bem — Ela hesitou — você está tendo visões?

— Er... Não, não. Não mesmo, eu tô bem Mione. Só estou tendo pesadelos, nada demais — a tranquilizei — vamos para a aula, cadê o Rony?

— Ele foi ao banheiro, você não ouviu? - Neguei com a cabeça — É, você está muito desligado. Vamos?

O resto do dia se passou assim, eu não aguentava mais, eu vou ter que falar com Malfoy.

Avistei Draco indo sozinho para a sala, falei para Hermione ir na frente, e fui em direção ao loiro.

— Malfoy, eu preciso falar com você, — me concentrei para não me perder nos olhos do loiro — vou estar na torre de astronomia a meia noite. — sai o mais rápido possível adentrando a sala de Defesa contra a arte das trevas.

Nota da autora: Oii gente! Espero que estejam gostando. Aceito qualquer crítica construtiva, ainda estou no início.