O mais interessante sobre a Paola é esse dom natural que ela tem de pegar a gente de jeito. E eu não estou falando da beleza e do poder de sedução que a transformou no patrimônio da comunidade sáfica do Pippaland. Eu me refiro à essa presença marcante que ela tem e todo o carisma que esbanja por aí, em todo lugar. Paola é uma força da natureza. Intensa, inteira... Com ela não existem meios termos, meios amigos, meios amores. Como ela mesma fala, não é oito nem oitenta, é oitocentos. Crua, genuína, visceral... Maravilhosa!

Ela se julga um espírito livre, mas não precisa de muito para saber que, no fundo, é apenas um bichinho acuado querendo encontrar um lugar para chamar de lar. Ao longo de sua jornada, ela erra... Nossa, como ela erra! Mas ela também acerta pra caramba. E quando ela acerta, meus amores, é em cheio. Impossível não se encantar, não sorrir de orelha a orelha, não se apaixonar.

Todo mundo merece ter uma Paola na vida. A minha é fictícia, mas sua existência faz toda a diferença. Eu me apaixonei por ela apenas algumas páginas depois de tê-la conhecido em Grande Amor. E quando notei que aparecia em outras histórias da Pippa, fiquei em êxtase e comecei a criar milhões de possibilidades para que ela pudesse dar o ar da graça em qualquer lugar. E foi assim que eu a roubei um pouco para mim, em uma adoção compulsória. Pippa não teve escolha, apenas aceitou e com isso fez de mim uma pessoa mais feliz, pois poder estar fazendo parte desse projeto enche o meu coração de alegria.

Real ou fictícia? Às vezes eu me perco nisso, porque para mim ela parece tão viva que chego a achar que estamos conversando de verdade quando ela aparece para contar algo. E foi assim que a danada se impôs e exigiu o seu lugar ao sol, pois não nasceu para ser coadjuvante.

Amores de Paola é muito mais do que uma coletânea de contos que se entrelaçam. É uma história cheia de humanidade, que nos provoca a refletir e nos ensina a enxergar a perfeição como algo relativo. Sim, porque apesar de, ao longo de sua jornada, nossa heroína errar mais que acertar, não acredito que depois de ler a história do início ao fim e ver o quanto ela cresceu, alguém tenha a capacidade de defini-la com algum adjetivo inferior ao "perfeito".

Boa leitura!

Linier Farias