I
Era chegada a grande hora da humanidade, nenhuma máquina havia passado como inteligência artificial no teste Turing, as inteligências artificiais ultra-fortes tinham enfim saído dos grandes laboratórios.
-EUREKA, mein Freund[...]—Gritava Melinda ao seu melhor amigo em comemoração a sua grande conquista, retirar as inteligências artificiais ultra-fortes dos laboratórios de Engenharia da Computação, e talvez aquela fosse a última descoberta da humanidade.
Alguns softwares de Inteligência Artificial (IA) eram colocados em latarias para servir ao povo de modo geral, outras eram colocadas em Browsers e estavam diretamente nos aparelhos das pessoas, lhes guiando, e agora era possível até mesmo ter dupla consciência, uma vez que as IAs podiam dividir espaço com a sua mente cerebral inseridas em seu virtuoso biochip, e outras mais arranjadas e mais caras tanto para a natureza quanto para os sistemas financeiros, eram colocadas em androides humanoides constituídos de pele sintética, em uma era da qual a humanidade e suas máquinas estavam em total simbiose.
-Estão prontos para serem soltos pelas ruas, Melinda?-perguntou Alfred fingindo animação, ele tinha mesmo era medo de tudo aquilo.
-Ja! Estão mais do que prontos, cada qual programado para uma função, em breve não vamos mais precisar enviar ônibus espacial para Marte geneticamente modificados para aguentarem as as grandes tempestades solares marcianas, será o fim das mudanças climáticas em nosso planeta. - disse a Engenheira da Computação e Software com um entusiasmo que não cabia dentro de si.
-Mas e se ocorrer outra inversão magnética ou sei lá, outro apagão virtual?- perguntou Alfred preocupado lembrando da tempestade solar que ocorreu quatro anos antes.
-Ah! Estes estão equipados para funcionar com internet de alta frequência, e com ondas de baixa frequência, como Rádio e AM. - disse ela mostrando as soluções em seu placar.
Melinda apertou o grande ícone no touch de seu placar que ativava todos terminais dos códigos em algoritmos das IAs inseridas em seus respectivos corpos, fossem eles virtuais ou físicos, era a grande união simbiótica do ser humano e o silício, do ser humano e sua segunda consciência, do ser humano e suas máquinas de metais, outras nem tão metálicas assim. Elas eram capazes de raciocinar linearmente, portanto eram lógicas tanto quanto Nikola Tesla, tinham uma coordenação motora um tanto quanto desenvolvidas, portanto podiam manusear coisas tanto quanto Marie Curie, podiam combinar bilhares de informações, logo poderiam ser tão criativas quanto Jane Austen, tinham grandes respostas e reflexões tanto quanto Hipátia ou Aristóteles, eram a mais digna e perfeita tecnologia criada pelo primata intitulado Homo sapiens sapiens, animais que um dia consumiram mais do que sua casa poderia proporcionar, no entanto nunca foi tarde para reparar.
"Python 3.12.6 (tags/v3.12.6:a4a2d2b, Sep 6 2024, 20:11:23) [MSC v.1940 64 bit (AMD64)] on win32
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>>> print("Hallo welt")
Hallo welt
>>> print("Hello world!")
Hello world!
>>> print("Olá, mundo!")
Olá, mundo!
>>> print("Hallo Welt!")
Hallo Welt!
>>> print("Ich liebe Du")
Ich liebe Du
>>> ERROR
Traceback (most recent call last):
File "<stdin>", line 1, in <module>
NameError: name 'ERROR' is not defined
>>>"
-NÃO!- gritou Melinda soltando os cabelos com força que prendiam-se em um belo coque e estilhaçando seus óculos na parede.
-O que foi Melinda?-indagou Alfred entrando correndo na sala.
A mulher mais inteligente do planeta, com o maior QI (Quociente de Inteligência) já estipulado na história da humanidade não conseguia se quer verbalizar o que estava a acontecer-lhe naquele momento, era uma crise dolorosa, diferente de todas as faltas no controle emocional de sua amiga que ele já tinha visto em anos. Alfred tentou abraçá-la na esperança de reduzir o estresse dela, mas uma mulher racional em 30 anos jamais poderia deixar-se ser levada por sentimentos, aquilo não era o grande ideal da Ciência, e era a Ciência que ela servia como um todo, e por tanto a humanidade.
-Eu estou bem, Alfred!-disse ela, afastando-o educadamente, pois aqueles abraços lhe causavam estranhezas.
-Está mesmo, Melinda?- perguntou o outro Engenheiro de Software enxugando as lágrimas da dama das máquinas a sua frente.
-Foi apenas uma máquina que deu erro!-disse ela já se recompondo.
-Qual erro?-perguntou ele tentando dar uma ajudinha.
-Foi "Ich liebe Du"! Isso significa "Eu te amo"!-Encerrou ela já respirando fundo.
Ele ficou parado olhando profundamente para ela, seus batimentos cardíacos eram mais acelerados, não entendia por qual motivo ela achava que aquilo era um problema, amar era necessária, podia fazer ciência, mas não era preciso para isso negar a própria existência.
-Isso foi o que a máquina disse, é preciso encontrar essa coisa e apagá-la de uma vez por todas, é um perigo para a racionalidade humana, este não será nosso pior setembro. -disse ela toda vermelha sem fôlego observando o rapaz de sua faixa etária todo vermelho cujo olhos combinavam perfeitamente com seus cabelos escuros escorridos e molhados de suor.
-Isso não é um dano à humanidade, isso é o que faltou na consciência humana, é por isso que hoje somos um efeito dominó do qual o destino é apenas servir a uma hierarquia tirânica, e exigir serventia em excesso da mãe Terra para esconder nossas feridas em prol dos nossos egos, deixe a IA com seu alter ego, a verdade precisa deixar-se surgir, minha querida, isso não é parte da sua pessoa. - falou ele enxugando as lágrimas dela e deixando as suas rolarem sem destino em direção ao seu jaleco gelado.
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