Depois dou nome ao capítulo


Enquanto o final de ano não chegava, comigo morrendo aos poucos (de ansiedade por causa da viagem, né), tínhamos o dia-a-dia para realizar, fossem coisas rotineiras, fossem coisas novas que íamos compartilhando.

Início de dezembro daquele ano, a ansiedade só fazia aumentar. Era uma ansiedade gostosa de sentir. Me lembro que comprei roupas novas com o 13°, um perfume que nunca podia porque pra mim, oitenta reais fazia falta, consegui uma mochila bonita numa lojinha do camelódromo, boné, alguns itens de higiene e meio que deixei tudo organizado, porque faz parte do "carma", né.

Com passagens aéreas compradas, foquei somente no positivismo com aquele meu eu virginiano gritando forte dentro de mim:

"não se empolga demais"

E ao mesmo tempo, gritava:

"deixa tudo pronto, porque arrumar mala de última hora é coisa de gente relaxada"

Ai, foi só pensar na palavra "relaxada" que imediatamente meu cérebro ligou a um certo aquariano que vive de boa e sempre diz: "nada que não é para acontecer, vai acontecer..."

— Pelo menos a mochila, tu já comprou?

— Naaa, deixa mais pra frente.

— Dia vinte tá chegando. Eu já tenho tudo pronto.

— Mas hoje é dia quatro.

— Antônio Marcos da Silva Wolf!

Ele larga o mouse, o teclado, a nota, para de olhar o monitor, arregala os olhos e fica sério

— Senhor! — ele quase bate continência.

— Hoje, tu vai comigo onde comprei a mochila. Precisa comprar um tênis, camiseta, protetor solar e... e... mais um monte de coisa da lista que fiz.

Me levanto e puxo o papelzinho do bolso de trás da minha calça. Estou enfezado com ele, esse despreocupado!

Mas a peste tenta sair pela tangente pela milésima vez:

— Nossa, que bunda... hoje cedo eu tive que olhar discretamente pra essa abundância toda...

— Credo, guarda essa tara pra mais tarde, bem mais tarde quando tiver todas essas coisas — vou lendo, mas tenho certeza de que quando eu parar, ele não vai lembrar de meia dúzia de coisas. —... entendeu?

— Porque tu leu tudo se podia me dar a listinha?

— Affs... — eu suspiro — pra você perder? Ai, olha essa mesa! Ajeita isso, sabe que o seu Tadeu tá vindo meio direto aqui. Cadê a Giovana?

— Tá de atestado hoje, foi no médico de mulher.

— Como que tu sabe?

— Ela passou no whats.

Pronto. Eu fico MUITO puto. Entrego a lista pra ele, com meu melhor olhar: "se perder esse papel, te soco".

Sento-me em minha cadeira, viro para o meu monitor, faço pose de Suzana Vieira, linda e arrogante, não dou trela que é pra ele compreender que estou com ciúmes, mas que nunca irei confessar isso.

Quatro perguntas ficam presas na goela, mas minha pose não desmancha.

— Vander, tá com ciúme porque ela me mandou um zap zap? — de burro, ele não tem nada. — Não precisa ficar assim, né.

— 1. Porque ela tem o teu número?

— Ela pediu. É nossa colega. Não tem problema nenhum.

— 2. Porque ela não tem o MEU número?

— Ah daí não sei.

— 3. O que vocês ficam conversando?

— É a primeira vez que ela me manda mensagem.

— 4. Você não tem ciúme de mim?

— Pô... claro né Vander. Até hoje não posso ouvir o nome Rodrigo. Oh meu pretinho, eu gosto só de você, jamais ia aprontar contigo. Te juro.

Nem consegui perguntar mais nada... tadinho. Ele me mostra o celular com a mensagem da menina:

"b dia colega, na parte da manhã, tenho preventivo, avisa o Vander tá, bjss"

Peraí! Bjss?

Tá, não posso fazer uma cena.

Somos colegas.

Se não fossemos colegas, eu precisaria confiar nele.

Ele tem bom caráter.

Chega disso que minha beleza está cansando.

E já que ele é meu, ou seja, tem dono, eu provoco um pouquinho pra ver o quão atiçado ele aguenta trabalhar.

— Vou te maltratar na cama hoje. — Falo enquanto uso o lixeiro dele pra apontar um lápis (que nem uso porque tenho lapiseira). — Pra você não esquecer que é só meu...

— Ai... caralho... — ele quase sussurra. Fica vermelho igual Rony Weasley quando Hermione se assusta com o hipogrifo e aperta a mão dele. — Sou só teu... puta merda... não faz isso que o tonzinho "acorda"...

— Mesmo? Posso falar uma coisa, mas promete que vai se comportar? Tem câmera na nossa sala... — nós estamos carecas de saber disso — saudade de mamar esse pau gostoso... quero gemer muito quando essa rola grossa tiver aqui ó...

Coloco o dedo sobre meus lábios e dou um sorriso pra ele que engole a saliva com dificuldade... nessa hora sua pele fica muito, mas muito mais carmim.

— Quer um cafezinho? Vou lá buscar as notas...

— Aham... — sorriso de safado acaba comigo.

.

A tarde a companheira que foi a "médico de mulher" vulgo ginecologista, vem trabalhar com uma cara faceira e eu não fico muito feliz. Não quero saber o que se passou com ela. Preferia se pudesse colocar um protetor auricular pra nem ouvir o motivo daquele sorriso. Meu ciúmes já passou, pra quem quer saber e, também eu não tô bravo com ela!

— Ei Giovana — Antônio tentando parecer interessado no estado de saúde da moça — Porque só pediu meu número e não o do Vander?

Cabeçudo.  Porque meu Deus, porque ele é uma matraca?

— Hã? — ela fica sem reação, porque com certeza é uma coisa boba — Mas eu tenho o número do Vander, porque?

— Porque ele...

— Ah! Como que foi o exame? — eu corto com um sorriso "sincero" estilo Rochelle quando perde os ticket alimentação na frente dazinimigas e o Antônio recebe um olhar chamado: "calaaaaado".

— Ih Vander, é aquela situação, colega. Tô tri acostumada, o médico era um homem, mas um homem gato, gente... tô vendo tudo colorido até agora. — ela fala sorrindo e completa para me deixar com a fuça no chão — E não precisa ciúme, porque eu sei muuuuito bem que vocês são namorados tá. Nem pra disfarçar, vocês dois prestam.

Calou nossa boca mesmo, mas não adianta, tô bravo ainda.

— Como que você soube?

— O nome dela é Valdemar. — ele responde e segura a risada. — Seus indecentes... pensa que não vejo os olhares de vez em quando? Especialmente do "lobinho", que o senhor, seu Vander chama ele sem perceber tá. Agora quero um café, pode ir buscando.

Ela me intimida. Olha que nojo! Mas eu vou e quando retorno tem uma trufinha da Cacau Show na minha mesa e uma na mesa do Wolf. Chamei de reconciliação de final de ano. Tô de boas com ela, mas como bom virginiano, sempre com um pé atrás.

— Olha, a minha é branca, eu comento.

Antônio nem responde, mas morde a sua que é de chocolate ao leite, me olha com carinha de pedinchão e quem precisa pensar em controle sou eu.

.

Quando desço da sua moto, pela primeira vez, ele faz a seguinte cena na rua: me puxa pra cima do meio fio da calçada e beija, um beijo de novela, um "delito", um "crime" ou uma demonstração de paixão. Finaliza com um beijinho e uma sopradinha com bafo da bala de gengibre que lhe ofereci, já que tive que chupar essas coisas a semana toda.

— Tô pronto pra sofrer na mão desse namorado gostoso e diabinho que eu tenho. — Não se pode bater em pessoas com covinhas, especialmente se elas aparecem quando o sorriso é para nós.

Mas precisa ser punido... porque me chamou de diabinho. Afinal, preciso de um motivo pra torturar o bicho ruivo.

Acabo com a risadinha dele já no chuveiro quando me ajoelho pra lavar todo o seu aparato. Danado, teimoso e desobediente que não adianta pedir, ele vai e se raspa quase todoooooo. Ui que ódio. Eu amo pentelho e Antônio, odeia ficar peludo. Só por isso, deixo ele bem duro e finjo que só estou lavando sua virilha. O pau chega estar estalando, o coitado. Nem a baba que se forma na ponta, não tiro com a língua, passo a esponja com sabonete que é pra ele reclamar mesmo.

— Coloca na boca... só um pouquinho assim... — ele ofega — Vander...

— Não... eu sou diabinho, né — mais esponja e sabonete no pau que tá mega duro. E depois do banho, ele deita bem quietinho, eu deito sobre seu corpo pra gente ficar se beijando estilo namoradinho, como se fosse sobre uma toalha estendida perto da lagoa fazendo piquenique.

— Quatro vezes mais apaixonado. — ele confessa

— Me mostra... — eu sussurro e ele aceita o desafio.

— Com emoção ou sem emoção?

Socorro, vou enfartar com essa pergunta.

— Com emoção é claro. — porque sou dessas.

Wolf tem uma pegada agressiva na cama, me coloca de quatro sem muita lenga-lenga e mete a cara na minha bunda que ele separa com as mãos. Dá pra sentir a língua percorrendo mais ou menos do saco até o início das minhas costas. Tesão mesmo, é quando ele para ali naquele lugarzinho e me penetra com a língua, fode gostoso, abrindo com os dedos...

— Puta merda... tesão nesse cuzinho? — ele pergunta da maneira mais vulgar que jamais teve coragem antes. E eu??? Já tô de quatro. Então me desmancho. — Hum...

A língua vai e vem, entra e saí, ele geme quando chupa meu cuzinho, eu mordo a fronha literalmente, gemo baixinho. Na verdade me controlo pra não gritar quando ele serpenteia com a ponta a língua e dá beijinho ali.

— Chupa mais... tá gostoso... — cadê a vergonha (que nunca tive)?

— Assim...? — Dá pra sentir o tesão dele só pela voz dengosa — Morro de tesão nessa bunda... só minha.

Gente, eu preciso dizer que quando o boy mete fundo o dedo e torce virando pra frente na direção da bexiga dá um tesão desgraçado? Pois dá.

E quando o boy usa a rola durona e bate com ela no meio do rego? Dá vontade de pedir em casamento.

E quando ele mete só a cabeça e tira? Dá vontade de bater na cara DELE.

— Antônio! Coloca todinho — amacio a voz porque ele tá meio lobo-mau hoje. Depois se debruça nas minhas costas, esfrega o pau entre minhas nádegas, beija meus ombros e minha orelha, onde ele cochicha que tá com um "tesão fodido".

— Dá pra fazer aquele lance?

Hum, agora que me vingo. Ele tá pedindo um boquete.

— Pode fazer... — vou mostrar como não é fácil entender um Antônio Wolf, imitando-o — vai por na minha bundinha assim? Ou me empino?

— Aquela paradinha... lá

— Wolf, especifica.

— Tu falou de manhã. Lá... na boca.

— ... — Ai como tô bandido!

— Uma mamada no meu pau.

Uau. Não espero o pedido oficial quando é pra chupar o namorado. Adoro aquela coisa grossa que dá trabalho pra chupar, mas que é uma delícia. Faço muito ruído, masturbo ele no processo, engulo, deixo-o brincar de foder minha boca e depois ele me cata. Um franguinho assado básico é a melhor posição com Wolf, porque amo olhar sua cara corada extreme level. Assim a gente se beija muito e não perco nenhuma reação da carinha de prazer que ele faz. E quando goza, geralmente abafa seu gemido mais alto com um beijo, espera eu gozar pra parar de bombar dentro e depois, é só sorrisos, abraços e apelidos dengosos.

— Delícia...

— O quê? — pergunto, porque a palavra saiu aleatória da boca dele.

— Você inteiro. Hoje de novo matei a vontade de lamber tua pele.

É cedo pra falar em amor. Estamos curtindo a paixão, paixão jovem que não temos pressa para que amadureça.

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Olha eu em pleno meio dia postanduuuu. Essa semana achei que não conseguiria, pois estou fazendo serão extra. Socorro tem serviço pra mais de metrô sô. Beijos e até loguinho.

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