Capítulo 6
Diego: Não, não tem problema, fica calma sim? – a tranquilizou e deu um beijo na testa dela.
Roberta: Promete que não vai me abandonar? – olhando pra ele. – Que não vai me deixar sozinha?
Diego: Claro que eu prometo meu amor, eu nunca vou te abandonar... – sorriu. – Você é a mulher da minha vida. – enfatizou, tocando o queixo dela. – Nunca mais pensa isso, ok?
Roberta assentiu e os dois ficaram um tempinho a mais no box, se beijando e sentindo a água cair sobre seus corpos.
Diego: Acho melhor você ficar em casa hoje meu bem. – disse mais tarde, já vestindo o seu paletó. – Está molinha demais parar ir trabalhar. – sorriu a ela, que passava um creme em seu corpo.
Roberta: Eu estou bem. – suspirou. – Mas realmente não estou disposta, não dormi nada a noite e meus olhos meio que estão fechando sozinhos.
Diego: Então dorme meu bem. – pediu, não gostava quando a ruiva perdia a noite de sono.
Roberta: Vou mesmo, mas antes vou fazer o seu café da manhã. – sorriu, empolgada. – Termina de se arrumar que eu te espero lá fora. – vestiu seu robe e saiu.
Diego: Faz um suco! – gritando, apavorado. Se tinha uma coisa que ele simplesmente odiava, era o café de Roberta. – Ai meu Deus.
Enquanto isso, Miguel e Mia estavam tomando café animadamente, como todos os dias.
Miguel: E então? – perguntou, olhando a esposa. – Quando vai fazer o ultrassom para descobrirmos o sexo do nosso filho?
Mia: Ah, acho que vai ser na próxima semana. – sorrindo empolgada, enquanto comia uma torrada. – Ai Miguel, eu tenho certeza que vai ser uma menina. – sorrindo de orelha à orelha.
Miguel: Claro que não! – fez careta. – Vai ser um garoto! – tomando um gole de suco.
Mia: Miguel cala a boca! – rindo e lhe dando um leve tapinha nos ombros. – Se for uma menina, você vai ser meu escravo durante um mês! – decretou.
Miguel: Eu já sou seu escravo. – disse, franzindo a testa. – Se não fosse a Vera, até comida eu seria obrigado a fazer! – Mia fez bico e ele sorriu. – Enfim, se for menino você vai lavar todas as minhas meias e minhas cuecas, durante um mês! – gargalhou.
Mia: Claro que não! – protestou com os olhos arregalados.
Miguel: Então se for menina, eu também não vou ser seu escravo. – dando de ombros.
Mia: Ai, tudo bem Miguel! – revirou os olhos, enfadada. – Mas só uma semana!
Miguel: Um mês! – a olhou de esgoela. – Você disse que eu seria o seu escravo durante um mês, então você vai fazer o que eu digo durante um mês também.
Mia: Hunf. – soprou a franja. – Tudo bem Miguel! – olhando o relógio. – Olha as horas, você já está atrasado!
Miguel: Eita é verdade. – se levantando. – Até mais amor. – dá um beijinho nela. – Te amo! – vai andando e quase tropeça na minúscula cadela de Mia. – Sai da frente Polly! – bufou e a cadelinha correu em direção a dona.
Mia: Cuidado com a minha cadela Miguel! – aloprou, enquanto ele saia rindo. – Caipira grosso! – pegou a cachorrinha no colo. – Vem com a mamãe Polly! – arrumando o lacinho dela.
¨¨¨¨
Roberta: Amor, sabe o que eu estava pensando? – indagou, enquanto tomavam café. Diego a olhou enquanto tomava um gole de suco. – Que nós podíamos colocar os gêmeos em quartos separados, juntos em um quarto corre risco de um chorar e o outro acabar chorando junto. – preocupada. – É bom que eles já se acostumam a ficar sozinhos, mas por outro lado eu li em uma revista que tem que ficar no mesmo berço, de preferência abraçadinhos para relembrar o ambiente do útero... O que você acha?
Diego: Não sei amor, faz o que você achar que é melhor. – dando um sorrisinho e voltando a ler seu jornal.
Roberta: Eu queria saber o sexo antes de nascer e você? – sorrindo e acariciando a barriga.
Diego: Você que sabe amor... – entretido no jornal.
Roberta: Diego, eu quero saber o que você acha, porque eu tenho que decidir tudo sozinha?
Diego: Não será porque você quis engravidar sozinha? – ironizou, mudando a página do jornal.
Roberta: Ah, mas isso não quer dizer que eu tenho que carregar toda a responsabilidade sozinha! – irritou-se.
Diego: Não estou dizendo isso.
Roberta: Tudo bem Diego. – bufou. – Se não quer participar da minha gravidez, eu não vou ficar em cima de você te obrigando. – ele ia falar algo, quando o seu celular toca.
Diego: Só um minuto. – pediu e ela dá de ombros. – Pronto. – pausa. – Ah, oi Iolanda. – pausa. – Bem sim e você? – Roberta ergueu a sobrancelha e ele notou que ela parecia aborrecida. – Olha, depois nos falamos certo? – desliga.
Roberta: Será que eu posso saber quem é Iolanda? – olhando para ele seriamente.
Diego: Iolanda é uma moça que quer trabalhar na empresa. – suspirou, guardando o celular.
Roberta: Nossa, que candidata mais esquisita não é? – cruzou os braços. – Ligando à uma hora dessas da manhã e ainda por cima para o seu celular. – Diego estava calado. – O certo seria ela ligar para a empresa e não para você! – disse cansada.
Diego: Roberta, eu não estou a fim de discutir com você há essa hora. – se levanta e tenta dar um beijo nela, que vira a cara.
Roberta: Tudo bem. – se levantou, de cabeça baixa. – Vai lá se encontrar com a Iolanda. – sorriu amarga.
Diego: Roberta... – tentou chamá-la, mas ela foi para o quarto o deixando com cara de tacho. – Droga! – olhou no relógio o viu que já estava atrasado, resolveu deixá-la esfriar a cabeça e saiu.
Roberta deitou na cama e começou chorar agarrada ao travesseiro do marido, sentia o cheiro masculino e gostoso, merda, porque estava desse jeito? Fora só um mero telefonema, não podia se sentir assim, mas também já deveria saber o quão sensível ficava quando está grávida, era assim da primeira vez, porque agora teria que ser diferente? Entretanto estava se sentindo insegura demais. Depois de um tempo chorando, agarrou no sono por fim, estava exausta.
Mais tarde, na Maremis. O elevador se abre e por ele sai uma bela loira.
Kate: Pois não? – sorriu simpática, assim que a moça se aproximou. – Em que posso ajuda-lá?
– Sou Iolanda, gostaria de falar com o Diego. – ergueu a sobrancelha, arrumando melhor a bolsa.
Kate: Posso saber o assunto? – indagou.
Iolanda: Assunto profissional não é minha filha?! – retrucou grossa. Kate e Natália se impressionaram com tamanha grosseria.
Kate: Desculpe. – pegando o telefone e interfonando para a sala de seu chefe. – Alô, Diego, a senhorita Iolanda... – com cara de desentendida. – Iolanda de que?
Iolanda: Iolanda Navarro. – bufou.
Kate: Iolanda Navarro, está aqui fora e deseja vê-lo. – sorriu falsamente à mulher. – Pode recebê-la? – pausa. – Claro. – desliga. – A senhorita pode me acompanhar.
Iolanda: Eu sei o caminho. – a olhando com desdém. – Com licença! – sai.
Natália: Eita mulherzinha grossa e mal educada hein? – riu debochada. – Você viu o cabelo dela? Que horror! – zombou aos risos. – Parece miojo refogado. – com careta. – Achei que ela estava muito arrumada para quem veio tratar de negócios, mas se ela sonha que vai roubar o marido da minha diva, vai precisar comprar um espelho urgente para enxergar o quanto é horrível, que nojo!
Kate caiu na gargalhada. Natália era um papagaio, mas dessa vez tinha concordar com ela.
¨¨¨¨
Diego: Iolanda. – disse assim que a moça entrou. – Que bom que chegou. – sorriu.
Iolanda: Pois é Diego. – dando dois beijinhos no rosto dele. – Você está mais lindo que no outro dia.
Diego: Obrigado, você também está ótima. – sorriu.
Tinha conhecido Iolanda nos tempos de colégio, enquanto trabalhava no açougue dos pais de Giovanni, ela era bem alegre e divertida, lembrava que tivera que mentir para ela dizendo que era pobre, pois Iolanda não gostava de playboys.
Lembrava também que ela tinha terminado com ele por culpa de Roberta, enquanto ele tentava roubar suas chaves de dentro da blusa da ruiva. Obviamente foi um grande mal entendido, mas ela entendeu que eles estavam em uma situação sexual.
Os dois se reencontraram em um restaurante três dias atrás e ela lhe contou sua situação financeira, ele decidiu ajuda-la a conseguir um emprego na Maremis e era isso que estava fazendo.
Iolanda Navarro
Iolanda: Como você sabe eu fiz tudo o que você me pediu, mandei meu currículo e tudo o que precisava.
Diego: Sim e pelo que me informaram o seu currículo foi aprovado. – analisou e ela sorriu, empolgada. – Aqui, diz que você fez um ano de contabilidade certo? – ela assentiu e ele começou a explicar o que ela faria dentro da empresa. Depois que terminou, ela fica o olhando, como se quisesse perguntar algo. – Alguma duvida? – sorrindo simpático.
Iolanda: Uma. – sorrindo e tomando um pouco de água.
Diego: Pois pode falar.
Iolanda: Você está namorando? – mordendo o lábio inferior.
Diego: E porque isso agora? – confuso, ela apenas sorriu. – Esse assunto não tem nada a ver. – dando de ombros. – Mas eu respondo com todo o prazer. – sorriu e ela o olhou com o olhar iluminado. – Eu sou casado há um ano. – bebendo um gole de água e pôde ver a expressão feliz dela se fechar.
Iolanda: Ah, é casado? – dando meio sorriso azedo. – Que bom.
Diego: Pelo que parece você não ficou nada satisfeita em saber que eu me casei. – disse se levantando.
Iolanda: Imagina, mas quem é ela? – curiosa. – Quero saber se é bonita. – dando um risinho debochado. Diego pegou um porta retratos que estava quase na frente de Iolanda, nele tinha uma foto dele, abraçando Roberta por trás. – Você é casado com a Roberta? – com os olhos arregalados.
Diego: Sim, por quê?
Iolanda: Você é o pai dos gêmeos dela? – perguntou pálida.
Diego: Claro que sim, se eu sou marido dela não sou? – com cara de obvio. – Mas enfim, a minha vida particular não importa não é? – Iolanda assentiu, engolindo o seco. – Falando nisso, eu também queria pedir para você parar de ligar para o meu celular, a Roberta está começando a pensar besteira. – coçou a nuca, Iolanda assentiu contrariada. – Agora vamos tratar de assuntos do nosso interesse, trabalho. – enfatizou e ela deu um sorrisinho debochado.
Diego era um gato e ao vê-lo outra vez, dias atrás, tinha lhe acendido um fogo interior que estava ardendo desde então. Precisava dele e não dava à mínima se ele estava casado e também não se importava se ele seria pai.
Roberta estava dormindo de maneira manhosa, quando sente seu celular vibrar entre as cobertas.
Roberta: Ai essa não. – chorosa e apalpando a cama em busca do aparelho. Olhou para o lado e viu que já eram duas da tarde, como tinha dormido! – Alô! – atendeu sem sequer ver quem era.
Jose: Roberta! – disse tensa do outro lado da linha. – Aconteceu uma coisa muito séria. – atordoada.
Roberta: Calma Jose, relaxa. – pediu, tentando acalmá-la. – O que passou?
Jose: A Márcia morreu Roberta! – informou e Roberta pode perceber que ela estava chorando.
Roberta: Nossa, eu sinto muito Jose. – incrédula. – E como está o Téo? – se levantando.
Jose: Até que ele não está tão mal. – disse olhando o noivo de longe. – Mas eu tenho certeza que no fundo está sofrendo, eu sei que não está sendo nada fácil. Eu sei o que é não ter mãe.
Roberta: Mas cá entre nós Jose, faz muito tempo que o Téo também não sabe o que é isso. – dizia lamentada pelo amigo. – A mãe dele não colaborava em nada para ter o carinho do filho. – ouviu apenas os suspiros de Jose, como concordância. – E como ela morreu?
Jose: Teve mais uma crise e depois um ataque do coração. – contou, entristecida. – Foi agora pouco, ainda estamos no hospital, acabamos de receber a noticia. – soluçando.
Roberta: Que hospital?
Jose: No hospital central. – respondeu, passando a mão no rosto. – Estamos esperando a liberação do corpo.
Roberta: Estou chegando aí, gatinha. – desliga e se troca rapidamente, em seguida sai.
Enquanto estava no elevador decidiu ligar para avisar Miguel, afinal Téo era muito amigo do moreno. Miguel por sua vez ficou em choque.
Miguel: Como assim Roberta? – ergueu a sobrancelha. – E o Téo, como está? – espantado com a péssima noticia. – Tudo bem, eu estou indo para lá imediatamente, a Mia está com você?
Roberta: Não, eu não fui à empresa hoje, mas enfim, eu te vejo lá.
Miguel: Certo, eu estou chegando. – desliga, se levanta apressado, pega sua carteira e as chaves do seu carro e sai.
No caminho do elevador encontra Diego, que estava distraído tomando um mate.
Diego: Ei, calma aí irmão. – espantado com a pressa de Miguel. – O que ouve? –preocupado.
Miguel: Você não está sabendo? – franziu a testa, confuso.
Diego: Sabendo de que? – tomando mais um gole do seu matezinho. – Está tudo bem com a Mia?
Miguel: Sim, com ela está tudo bem. – disse de pronto. – O que aconteceu é que a mãe do Téo acabou de morrer.
Diego: Sério? – ergueu a sobrancelha.
Miguel: É cara, a Roberta acabou de me ligar para avisar. – batendo nas costas dele. – Tenho que ir pra lá dar uma força ao Téo.
Diego: E por que ela não ligou pra mim? – sem entender o motivo de Roberta não ter lhe ligado.
Miguel: Não sei cara, pergunta pra ela depois, eu estou indo agora. – apontou o elevador.
Diego: Espera Miguel! – chamou. – Eu vou com você! – Miguel assentiu. – Só vou pegar as chaves do meu carro e... – é interrompido.
Miguel: Não precisa. – rolou os olhos apressado. – Eu estou com as minhas aqui, vem comigo! – Diego assentiu e os dois saíram apressados.
¨¨¨¨
Roberta: Jose. – disse se aproximando da amiga, assim que chegou. – Onde estão o Téo e o seu Gustavo? – disse procurando Téo e o pai dele.
Jose: O corpo já foi liberado, eles estão assinando alguns documentos, ai Roberta... – chorando. – Eu gostava tanto da Márcia.
Roberta: Calma gatita... – a abraça. – Eu sei que perder uma pessoa que a gente gosta é muito difícil. – Jose assentia, enquanto chorava. – Eu fui a primeira que cheguei?
Jose: Não. – negou com a cabeça. – A Mia já está por aqui, eu fui ligar para avisar ao Miguel, mas estava tão nervosa que esqueci que ele estava na empresa e acabei ligando pra ela, também veio correndo pra cá.
Roberta: E onde ela está? – confusa.
Jose: Ah, ela está bem ali... – apontando e viu que Mia não estava mais. – Eu hein, ela estava bem ali. – apontou. – Enfim deve estar por qualquer lugar. – passando a mão no rosto. – Ainda tenho que avisar aos amigos do Téo.
Roberta: Eu já liguei para o Miguel, Giovanni e os outros... – é interrompida.
Diego: Menos pra mim. – chegando por trás dela. Roberta revira os olhos impaciente.
Roberta: E você já não está aqui? – disse, sem se importar, ainda estava muito irritada com ele.
Diego: Se estou aqui foi por que o Miguel me avisou. – enfatizou.
Roberta: Ai vem o Téo. – ignora Diego e vai ao encontro do amigo. – Téo, meus pêsames. – dá um abraço apertado nele. – Eu sinto muito, muito mesmo cara.
Téo: Obrigado Roberta. – sorriu tristemente e todos lhe dão os pêsames, tanto para ele como para o seu pai. – Fico feliz de saber que estão todos ao meu lado.
Miguel: Sempre cara. – tocou os ombros dele. – O Giovanni e o Tomás já estão a caminho, eles se atrasaram um pouquinho. – explicou e Téo assentiu. – Bem, eu vou avisar a Mia... – é interrompido.
Jose: Eu já avisei Miguel, liguei pra ela antes de todos achando que conseguiria falar com você. – Miguel assentiu. – Sinceramente não sei onde ela se meteu, mas ela já está aqui.
Miguel: Sendo assim eu vou atrás dela, com licença. – todos assentem e ele esbarra com Lupita que chega, toda de branco. Miguel sorri para ela e sai.
Lupita: Oi pessoal. – cumprimentou, dando um sorrisinho de leve. – Fiquei sabendo agora pouco pelo doutor Lourenço, mas meu plantão só acabou agora. – explicou. – Téo, eu sinto muito pela sua mãe. – dá um abraço nele. – Senhor Gustavo, meus mais sinceros pêsames. – dá um abraço apertado no homem.
Gustavo: Obrigado menina, é bom saber que meu filho tem amigos tão companheiros. – sorriu murcho. – Obrigado a todos, a funerária já levou o corpo.
Téo: Vão ao velório? – perguntou receoso.
Roberta: Claro cara, nós não vamos deixar você sozinho. – acariciando as costas dele em um ato de companheirismo. – Pode contar com a gente. – dá um beijo no rosto dele. Diego estava se mordendo de ciúmes.
Diego: É cara. – separando os dois. – Estamos com você! – abraçando a mulher.
Roberta: Dá para me soltar? – bufou. – Está me apertando. – se solta dele, com esforço.
Gustavo: Bom, nós esperaremos por vocês na capela. – sorriu agradecido. – Agora temos muitas coisas pra resolver. – abraçou o filho pelos ombros. – Obrigado mais uma vez pelo apoio. – os dois se retiram.
Roberta: Você não vai gatinha? – perguntou confusa, ao ver que Jose não se movia.
Jose: Não. – negou. – É melhor eu deixá-los um pouco a sós. – enxugou as lágrimas. – Eu preciso ficar sozinha também, dá licença. – sai.
Miguel: Meu Deus, onde a Mia se meteu? – regressou preocupado. – Eu vou procurar ela por aqui! – foi por outro lado.
Lupita: Eu vou com você Miguel, eu conheço todo o hospital, eu posso te ajudar.
Miguel: Certo Lupe, então vamos que eu quero saber onde essa garota se meteu. – bufou e os dois viraram o corredor, sumindo das vistas.
Roberta: Eu vou também! – vai caminhando, mas Diego a puxa. – Me solta porra! – irritada.
Diego: Você vai me explicar por que está fingindo que eu não existo hein? – bufou, insatisfeito. – Porque está me tratando assim?
Roberta: Você ainda pergunta? – cruzou os braços de maneira irônica. – Por que não vai procurar a tal Iolanda e me deixa em paz?! – se soltou, mas ele a pegou de novo.
Diego: Meu amor, eu não tenho nada com essa mulher. – passou a mão nos cabelos.
Roberta: Você pode não ter Diego, mas está querendo! – se soltou de novo, só que dessa vez ele não a segurou. – Vê se me erra viu?! – sai reclamando.
Diego: Ótimo, por culpa de uma besteira dessas a Roberta não quer me olhar! – bufou, negando com a cabeça. – Que saco! – chuta uma cadeira.
Miguel e Lupita ainda estavam procurando Mia, até que Lupita a encontra.
Lupita: Olha ela ali Miguel. – apontando a loira que conversava animadamente com um médico. Miguel fechou a expressão ao ver quem era.
Miguel: Paulo. – grunhiu e foi até lá irritado. – Olá senhora Arango?
Mia: Oi Miguel. – sorrindo. – O que faz aqui?
Miguel: O que você deveria estar fazendo, apoiando o Téo. – disse óbvio.
Mia: Meu Deus, é verdade! – pôs a mão na boca. – Esqueci completamente do Téo! – negou com a cabeça. – Onde ele está?
Miguel: Já foi embora. – respondeu, olhando Paulo de esgoela.
Paulo: Oi Miguel. – cumprimentou, por fim. – Não precisa se irritar, não estávamos fazendo nada demais. – sorrindo debochado.
Miguel: Eu não estou irritado Paulo. – respondeu no mesmo tom. – Eu só estava preocupado com a minha esposa, que por sinal está grávida. – ergueu a sobrancelha.
Paulo era vizinho deles desde que se mudaram. Era casado, entretanto a esposa descobriu as diversas traições por parte dele e se divorciaram. Desde que isso aconteceu, o homem vivia de papinhos para cima e para baixo com Mia, o que deixava Miguel completamente irritado, sabia que aquele sujeito era afim dela. Era um excelente médico, verdade seja dita.
Paulo Ernesto
Paulo: Claro. – assentiu com a mão no maxilar. – Sendo assim, desculpe.
Mia: Miguel, que grosseria! – completamente sem graça, Miguel rolou os olhos. – Desculpe Paulo, o Miguel só está nervoso pelo que aconteceu com o amigo dele. – se explicou.
Paulo: Sem problemas. – deu de ombros. – Sabe que eu sou da paz. – Mia sorriu, ainda envergonhada. – Até logo Mia. – deu um beijo no rosto dela e saiu.
Miguel: Eu sou da paz. – imitando Paulo. – E aquele travesti que ele espancou no réveillon? E o seu Júlio?
Mia: Miguel! – o repreendeu, irritada. – Já chega, isso foi um momento de ira.
Miguel: Dá pra parar de defender esse cara e me explicar por que estava aqui e não apoiando o Téo?
Mia: Acontece que eu senti um enjoou e fui ao banheiro, quando saí vi o Paulo, ele perguntou se estava tudo bem, me ofereceu um analgésico e ficamos conversando. – deu de ombros. – SOMENTE Miguel. – enfatizou. – Eu não entendo por que está tão nervoso.
Miguel: Mia. – com os olhos apertados, se controlando. – Vamos logo, ainda temos um funeral para acompanhar.
Mia: Claro. – suspira e saí com o marido e Lupita que olhava tudo quieta.
Mais tarde, todos se encontravam na capela onde estava sendo velada Márcia.
Téo: É mamãe... – dizia pensativo. – Agora a senhora vai ficar ao lado do Inácio eternamente e longe de mim. – suspirou com lágrimas, tocando o caixão da mãe. – Adeus. – sai e vai para perto do pai, que conversava com algumas pessoas.
Do outro lado.
Lupita: Que cara é essa Roberta? – perguntou, sorrindo da cara que a amiga fazia. – Está tudo bem?
Roberta: Os gêmeos estão chutando muito. – franziu a sobrancelha, sorrindo. – Ah meus amores, agora não. – dizia apelativa. – Porque vocês não vão dormir e deixam a mamãe quietinha pelo menos hoje? – acariciando a barriga.
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