Capítulo 33
Ao chegar à sala, sua mãe lhe abraça com força. Roberta sorriu, também a abraçando forte. Aquele era um abraço de puro alivio.
Alma: Eu disse que daria tudo certo meu amor. – sorriu com os olhos molhados. – Não disse? – a soltou, tocando seus ombros.
Roberta: Sim mamãe. – fechou os olhos com força. – Meu anjinho já está bem. – sorriu aliviada e notou que algo estava estranho. – Que caras são essas? – observou que Alejandro derramava algumas lagrimas e Mabel o consolava falando algumas frases em tom baixo, cujo ela era incapaz de ouvir.
Diego: Felipe está morto. – contou e ela arregalou os olhos, em choque.
Roberta: O que? – foi a única coisa que conseguiu falar, ficou um momento em silêncio digerindo a noticia inesperada. – Como assim ele está morto?
Miguel: Levou um tiro da polícia no estomago e depois a Érica atirou duas vezes na cabeça dele. – Roberta ficou completamente amarela. – Ela já está presa novamente.
Felipe estava mesmo morto? Era uma coisa inacreditável e por incrível que pareça ela estava triste em saber disso. Felipe era uma pessoa sem escrúpulos e imoral, entretanto ele tinha uma vida inteira pela frente. Era bonito, era um excelente fotografo e tinha tudo para se dar bem na vida. Por um momento se sentiu culpada pelo fim dele. Se Felipe não estivesse se apaixonado por ela, talvez não estivesse envolvido em nada dessa sujeirada, e talvez ainda estivesse vivo.
Roberta: Eu sinto muito Alejandro. – falou com uma lagrima, de pura pena. – Eu não desejaria um fim desses para ninguém, nem pra ele. – tocou o ombro do homem.
Alejandro: Não se preocupe Roberta. – suspirou, pesadamente. – Felipe morreu porque procurou por isso. – fungou, enxugando as lagrimas. – E nós não podemos fazer mais nada, a não ser guardar apenas as boas lembranças que ele deixou. – todos assentiram em concordância, esperando que Alejandro não sofresse tanto.
¨¨¨¨
Um mês se passou voando e em seu ultimo sábado estavam todos na igreja, celebrando ao casamento de Lupita e Giovanni.
Padre: Guadalupe, você aceita João Mendes López como seu legitimo esposo? E promete amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, para todo o sempre até que a morte os separe?
Lupita: Sim. – respondeu, chorando emocionada.
Padre: João, você aceita Guadalupe Fernandez como sua legitima esposa? E promete amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, para todo o sempre até que a morte os separe?
Giovanni: Sim, seu padre. – assentiu com um sorriso imenso no rosto.
Assim que foram abençoadas pelo padre, os dois trocaram as alianças que foram levadas por Lara.
Padre: O que Deus uniu o homem não separa. – olhou os dois. – Eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. – os dois sorriram e se beijaram perante os aplausos de todos.
Lupita chorava emocionada, enfim seu dia tinha chegado e estava imensamente feliz. Os dois se viraram para descer do altar e sorriram a todos.
Giovanni: UHUUUUL! – berrou e puxou Lupita para outro beijo, assim que separaram, dançou estranhamente para fora da igreja.
Luiza: Joãozinho meu filho! – enxugando as lagrimas com um lenço, assim que estavam na porta da capela. – Eu estou tão emocionada! – lhe deu um beijo no rosto. – Meus parabéns!
Giovanni: Valeu mãe. – piscou. – Logo você terá netos! – deu um sorrisinho malicioso, fazendo a esposa corar.
Cosme: Esse é meu filho! – batendo nas costas do filho, orgulhoso. – Quem diria meu filho se casando! – sorriu e cumprimentou Lupita. – Não podia escolher uma noiva melhor. – deu um abraço na nora.
Lupita: Ah seu Cosme. – sorriu envergonhada. – O que é isso? – os amigos se aproximaram e ela acenou.
Roberta: Enfim Lupe! – abraçou a amiga forte. – Meus parabéns gatinha! – sorriu apertando o nariz dela. – Bem vinda ao time das senhoras.
Lupita: Obrigada Roberta. – sorriu negando com a cabeça.
Diego: Eita cara! – sorriu. – Aqui está a sua coleira. – tirando do paletó uma pequena coleira de cachorro.
Giovanni: Agora eu estou amarrado até o pescoço. – fez bico de choro, pegando a coleira e enrolando em si mesmo. Lupita fez uma careta e deu um pedala nele. – Mas como você sempre diz... – a puxou e a abraçou por trás.
– Estamos na melhor coleira do mundo. – falaram juntos, arrancando risos das duas.
Mais tarde, na recepção do casamento, todos estavam bebendo. Diego já estava mais para lá do que para cá. Coisa que estava irritando Roberta.
Roberta: Diego, na boa já está bom de beber não acha? – o olhando, séria.
Diego: Por que meu amorzinho? – fechou a cara e soluçou.
Roberta: Que merda, você sabe que eu não gosto quando bebe assim. – cruzou os braços, insatisfeita.
Diego: Me dá um beijinho anda... – deu um beijo nela, que se afastou. – Gatinha. – tentou abraçá-la outra vez.
Roberta: Saí pra lá Diego! – afastou-se dele. – Eu vou ao banheiro. – avisou e se levantou.
Diego: Ela está irritada. – rindo e abraçando Tomás. – Está com raiva porque eu estou um pouquinho bêbado.
Tomás: Vai atrás dela. – riu, observando a situação.
Diego: Até que é uma boa ideia. – sorriu e bateu nas costas do amigo, se levantou meio cambaleando e saiu.
Pilar: Ele está mesmo bêbado? – franziu o cenho.
Tomás: Não... – ironizou, negando com a cabeça. – Imagina, não está nadinha. – riu, fazendo-a rir também.
No banheiro, Roberta estava acabando de retocar a maquiagem e aproveitou para fazer xixi. Quando saiu da cabine, Diego a esperava do lado de fora.
Roberta: Diego? – o olhou estranhamente. – Que merda está fazendo no banheiro feminino? – bufou.
Diego: Vim te pedir perdão meu amorzinho. – se ajoelhou desajeitado. – Me perdoe. – abraçando as pernas dela.
Roberta: Diego, já chega! – bufou entre dentes. – Levanta já daí, anda! – o ajudou a se levantar e ele a beijou sem aviso. – Diego...
Diego: Qual é o problema meu amor? – perguntou e desceu o beijo para o pescoço dela, ele estava fedendo a álcool, mas mesmo assim a excitava demais.
Roberta: Diego... – sussurrou quase sem voz, quando ele a carregou novamente para dentro da cabine e trancou a pequena portinha. – Diego, aqui não! – arregalou os olhos.
Diego: Vai ser rapidinho, ninguém vai ver... – ele a levantou e a fez entrelaçar suas pernas na sua cintura, levantou seu vestido que era curto e abriu o zíper da calça, puxando seu membro duro para fora.
Roberta: Diego, eu não quero transar, cacete! – o loiro afastou sua calcinha e a penetrou com força, arrancando um gemido alto da ruiva. A dor foi dilacerante, afinal ela não estava molhada.
Diego: É claro que quer bebê... – dando fortes estocadas nela. – Ah! – não aguentou e fechou os olhos, apertando a coxa dela. – Que delicia meu bem, você sempre está pronta pra isso.
Roberta: Ai droga! – mordeu o lábio, com lagrimas. – Está machucando, ah! – colocando a cabeça na curva do pescoço dele, o pior era que não podia negar que aquilo era delicioso em qualquer situação, mesmo lhe machucando ela não conseguia achar ruim. – Oh. – beijou o pescoço dele. – Não para. – gemeu. Diego sorriu cachorro e a penetrou por alguns minutos, antes de sair de dentro da esposa e gozar no chão. – O que? – fez careta, e ele olhava para o chão sonolento. – Diego? – o olhou. – É sério que você vai me deixar assim?
Diego: Eu fui ótimo não é? – a abraçou, completamente sonolento.
Roberta: Eu não gozei seu idiota! – batendo nele, que quase cai no chão. – Seu imbecil!
Diego: Desculpa neném... – fez um biquinho. – Eu estou meio bêbado. – abotoando o zíper da calça e cambaleando.
Roberta: Você é um estúpido! – arrumando sua calcinha. – Que merda eu odeio quando você bebe Diego! – arrumando o vestido. – Vamos embora!
Diego: Está bem. – sorriu sozinho. – Eu te amo amor. – a abraçando enquanto saiam da apertada cabine.
Roberta: Se me agarrar de novo, eu dou um chute tão forte no seu saco que vão ter que amputar! – ameaçou nervosa, enquanto saiam do banheiro. – Fique aqui na frente que eu vou buscar os gêmeos! – enfatizou e saiu.
Diego: Mas ela bem que gostou. – riu e soluçou, caindo no chão.
Roberta pegou os gêmeos e se despediu dos noivos, colocou os filhos na cadeirinha do carro e depois ajudou Diego a sentar no banco do carona. Estava cuidando de três crianças. Isso mesmo, três crianças, pois quando Diego bebia, ele virava um moleque pirracento.
Dudu: Mamãe, o papai tá bêbado? – rindo enquanto observava o pai resmungar de algo. – Ele tá engraçado.
Roberta: Sim está, o seu pai é um idiota! – rolou os olhos, ainda irritada por ter sido deixada na mão por aquele imbecil.
Diego: Filhinho, o papai só está um pouquinho alterado. – dando uma risada. – Só um pouquinho! – fazendo um c com o dedo em sinal de pequeno.
Roberta rolou os olhos e acelerou o carro. Diego precisava tomar um banho, urgente!
No dia seguinte. Mia e Miguel estavam almoçando, como tinham chegado tarde do casamento dos amigos, acordaram tarde e resolveram pedir comida. Mia não estava comendo, apenas observava os dois comerem e fazia companhia.
Miguel: Ué, loirinha? – a olhou, confuso. – Você não vai comer? – ela negou sorrindo. – Mas eu pedi seu prato preferido... Frango ao molho de agrião.
Mia: Desculpa caipira. – disse com o biquinho. – Acontece que eu estou com o estomago embrulhado.
Miguel: De novo? – perguntou, preocupado. – Você tem que ir ao médico amor. – levando uma garfada a boca.
Mia: Eu já fui. – sorrindo abertamente. – E nós dois temos que conversar.
Arthur: Tomate mamãe! – pediu apontando a travessa de salada.
Mia: Aqui, meu pequeno vegetariano. – sorriu e colocou duas rodelas de tomate no prato do pequeno.
Miguel: Conversar sobre o que? – a encarando, sem entender.
Mia: Depois Miguel... – disse olhando as unhas, pensativa. – Depois. – Miguel deu de ombros e voltou a comer.
Depois do almoço, colocaram o filho para jogar vídeo game e Miguel foi conversar com Mia que estava na cozinha, já que era domingo, a empregada não tinha ido. O que a obrigava a lavar a louça do almoço.
Miguel: Loirinha... – sorriu, a abraçando por trás. – Podemos conversar agora? – Mia se virou e sorriu abertamente para ele.
Mia: Podemos. – deu um longo suspiro. – É melhor se sentar caipira. – apontando uma cadeira.
Miguel: Nossa, é tão importante assim? – ela assentiu com a cabeça.
Mia: Eu queria deixar pra te contar no nosso aniversário de casamento, mas vai demorar muito e eu não aguento de ansiedade. – sentando na frente dele e segurando sua mão. – Bem gatinho...
Miguel: É grave? – a interrompeu, preocupado.
Mia: Não. – riu. – A verdade é que nós vamos ter outro filho. – olhando as mãos. – Eu engravidei de novo Miguel.
Miguel estava perplexo, seu queixo caiu levemente e seus olhos pareciam duas bolas de ping-pong de tão arregalados. E isso preocupou Mia.
Miguel: Como? – atordoado.
Mia: É isso mesmo, eu estou grávida. – receosa. – Você não gostou de saber? – Miguel a encarou e depois abriu o melhor dos sorrisos.
Miguel: Meu Deus loirinha! – sorridente. – Você tem certeza disso? – ela assentiu rapidamente com a cabeça. – É maravilhoso meu amor! – lhe beijou e a ergueu do chão, rodando-a no ar.
Mia: Miguel, eu vou ficar tonta, seu louco! – gargalhando.
Miguel: Eu te amo! – espalhando selinhos pelo rosto dela, que sorria. – Te amo!
Mia: Eu também! – com algumas lagrimas. – Pensei que não iria gostar, sei lá, o Arthur ainda é tão pequeno.
Miguel: Sabe que eu sempre vou estar ao seu lado! – enxugando as lagrimas da esposa. – Você é a mulher da minha vida Mia! – tocou o rosto dela, com carinho. – Eu sempre vou te amar, e tudo o que vier de você vai ser motivo de felicidade para mim. – ela agora chorava sem parar. – Meu amor. – sorrindo emocionado.
Mia: Eu também te amo, meu caipira fora de moda! – fez um coraçãozinho com as mãos e o beijou.
Os dois sorriram alegres e depois chamaram Arthur para conversar sobre a chegada do novo irmãozinho. O pequeno ficou muito feliz com a noticia e agradeceu os pais pelo irmão.
Roberta e Diego também almoçavam enquanto ouviam a tediosa musiquinha que Lara cantava. Diego estava morrendo de vontade de rir, Roberta comia quieta, procurando ignorar, já que Lara ficava com raiva quando diziam que ela cantava mal.
Lara: Meu lanchinho, meu lanchinho, vou comer, vou comer ! – balançava a cabeça de um lado para outro. – Pra ficar fortinha, pra ficar fortinha, e crescer, e crescer ! – batendo a colher no prato, realmente não tinha puxado nada para os pais a respeito de cantar bem.
Roberta: Lara, já chega de cantar! – rolou os olhos, sem paciência.
Lara: Mas porque mamãe? – perguntou com careta.
Roberta: Porque é hora de comer e não de cantar. – disse simples.
Dudu: Já terminei mamãe. – mostrando o prato quase vazio. – Posso brincar? – perguntou com carinha de anjo.
Roberta: Pode. – bagunçou os cabelinhos lisos. – Escova os dentinhos do jeito que a mamãe ensinou e lava as mãos. – sorriu e o menino foi em direção ao banheiro.
Lara: Eu quero brincar também mamãe. – disse, batendo a colher no prato.
Roberta: Termina de comer, que você vai. – levando outra garfada a boca. – Hm amor, de onde é esse filé? – o encarou.
Diego: Da macarena. – tomando um gole de suco. – Gostou? – sorrindo de lado.
Roberta: Adorei. – sorriu. – É delicioso, guarda o número.
Lara: Mamãe, eu já. – afastou o prato e Roberta viu que ela tinha comido pouco.
Roberta: Come mais um pouquinho meu bebê. – a encarou e ela fez que não com a cabeça. – Tudo bem, vai escovar os dentes! – rolou os olhos e Lara saiu toda alegre.
Diego: Minha cabeça vai explodir. – fechou os olhos com força.
Roberta: Ninguém mandou você ser um pinguço. – dando de ombros. – Você é tão imbecil que não dá valor ao que eu falo. – negou com a cabeça. – É isso que dá.
Diego: Que é isso amorzinho? – fez um bico e Roberta riu, negando com a cabeça. – Eu vou tomar outro analgésico. – se levanta e o telefone toca. – Eu atendo bebê. – ela assentiu e ele atendeu ao telefone. – Oi. – atendeu com a mão na cabeça.
Miguel: DIEGO, EU VOU SER PAI! – berrou do outro lado da linha e Diego se retesou.
Diego: Puta que pariu, minha cabeça! – fechou os olhos e afastou um pouco o telefone do ouvido.
Miguel: O que? – franziu a testa. – Está com dor de cabeça? – confuso. – Foi mal cara.
Diego: Sim, mas isso não importa velho. – disse coçando o olho. – É serio que vai ter outro moleque?
Miguel: Sim cara, a Mia acabou de me dizer. – com um grande sorriso. – Hoje à noite vamos sair para comemorar, avisa para a Roberta certo?
Diego: Claro, e vamos sair para onde?
Miguel: Ainda não sei. – coçou a nuca. – Eu vou ver e depois te ligo para avisar.
Diego: Parabéns parceiro. – sorrindo animado.
Miguel: Valeu cara, daqui a pouco eu ligo. – desligou.
Roberta: Era o Miguel? – arqueando a sobrancelha e Diego assentiu. – O que ele queria? – bebendo um gole de suco.
Diego: Dizer que a Mia está grávida de novo. – disse tranquilamente e Roberta cuspiu o suco.
Roberta: O QUE? – perguntou com os olhos arregalados. – É sério? – Diego assentiu. – Mas que ótimo! – sorrindo.
Diego: Ele disse que nós vamos sair para comemorar hoje, daqui a pouco ele liga avisando para onde iremos.
Roberta: Por mim tudo bem. – deu de ombros e voltou a comer, logo o telefone toca de novo.
Diego: O cara é rápido. – riu e foi atender ao telefone. – Oi.
Mabel: Meu filho é você? – perguntou, de maneira rápida.
Diego: Sim, sou eu mãe. – confuso. – Por quê?
Mabel: Diego, seu pai está aqui em casa e quer conversar com nós dois. – suspirou pesadamente. – Pode vir agora?
Diego: Claro, mãe. – falou, sem entender. – Eu estou chegando aí em vinte minutos!
Mabel: Tudo bem, meu filho! – sorriu de lado. – Te esperamos! – desliga.
Diego: Meu amor, eu vou sair. – disse indo em direção ao quarto deles.
Roberta: E para onde você vai? – perguntou confusa.
Diego: Mamãe disse que o meu pai quer conversar com a gente, eu não entendi direito, mas eu tenho que ir. – volta com a carteira e a chave do carro.
Roberta: Tudo bem, cuidado amor! – sorriu enquanto ele lhe dava um selinho demorado.
Diego: Qualquer coisa fala com o Miguel se ele ligar e combina tudo sim? – ela assentiu e ele deu um beijo nos filhos e saiu.
Ao chegar à casa da mãe, toca a campainha e ela mesma o atende com um sorriso no rosto. Deu um beijo na mãe, entrou e viu seu pai sentado no sofá, quieto. Apenas observando ao redor.
Diego: Papai! – se aproximando. – O que houve? O que significa tudo isso? – León os olhou e abaixou a cabeça, Diego encarou a mãe.
Mabel: Eu também não sei. – olhou Diego. – Ele disse que só falaria algo quando você chegasse. – desceu o olhar para Léon.
Diego: Então pode falar papai. – mordeu o lábio.
León: Bem, eu os chamei porque eu queria do fundo da minha alma pedir perdão a vocês dois por tudo o que eu lhes fiz. – falou, com várias lagrimas no rosto.
Diego: Papai... – tentou falar, mas León o interrompe.
León: Não meu filho. – sorri amargurado. – O que eu fiz com vocês dois não tem nome, fui um péssimo pai e um péssimo marido para você Mabel. – olhou a ex-mulher. – Mas a vida é passageira e nos arrependemos de muitas coisas que fizemos e sabemos que não terá mais volta. – Diego o encarava com os olhos mareados. – Quando você nasceu eu sequer fui te visitar na maternidade. – pensativo. – Sabe por quê? Porque eu estava enfurnado em uma sala de reunião, querendo subir de cargo. – sorriu sem vontade. – Quando você estava maior, me pedia para brincar contigo e eu nunca podia, pelo mesmo motivo. – suspirou. – Quando você era adolescente se rebelou e eu achei ruim, comecei a ter obsessão para que você tornasse o caminho da política, mesmo sabendo que sua paixão era a música. Paguei aquela mulher para ir para a cama com você sem me importar com seus sentimentos ou se iria sofrer com isso, eu apenas fiz. – murmurou. – Tentei destruir você. – chorando. – Tentei destruir meu próprio filho, queria que você fosse um fracassado para que viesse para o meu lado. – soluçou. – Até que um dia você me deu as costas e dessa vez eu realmente merecia. Eu tinha mexido na sua maior ferida meu filho. Eu mexi com Roberta, tentei prejudicá-la e foi aí que você se revelou muito mais corajoso do que eu pensava. Eu me orgulho em saber que você foi tão homem para defender e cuidar da mulher que você ama e eu não fui homem suficiente para cuidar e defender o meu próprio filho. – pôs a mão no rosto desesperado. – Me perdoe Diego!
Diego: Papai... – chorando. – Está tudo bem, é claro que eu te perdoo pai. – o abraça. - Você é meu pai e eu te amo!
León: Isso é serio meu filho? – o encarou.
Diego: Claro que sim pai. – sorriu e enxugou as lágrimas. – Apesar de tudo, você cuidou de mim toda a vida, me salvava das minhas enrascadas, me ajudava quando eu pedia sua ajuda. – tocou o ombro do pai. – E por isso eu sei que sempre vai estar no meu coração. – León sorriu iluminado, ouvir aquilo do filho era maravilhoso demais. – Eu sou pai agora, eu sei como é difícil criar os filhos... Não que isso justifique seus atos, mas é muito difícil e agora eu entendo certas atitudes suas. Muitas delas você fazia pensando ser o melhor pra mim. – sorriu abertamente. – E o meu perdão, o senhor não precisa nem pedir, ele já é seu.
León: Obrigado meu filho! – abraçou o filho novamente, bem forte. – Eu te amo muito Diego!
Diego: Eu também te amo pai. – sorriu em meio a lagrimas. León se virou para Mabel que estava emocionada observando a cena.
León: E você Mabel? – sorriu de canto. – Será que pode dar o seu perdão a esse pobre velho?
Mabel: É claro que sim León! – sorriu de lado e lhe deu um abraço apertado. – Por mim tudo isso está esquecido. – tocou seu ombro, ele sorriu e os encarou.
León: Obrigado Mabel. – apertou a mão dela. – Bem, meu filho. – enxugando os olhos e voltando a olhar Diego. – Agora que eu já tenho o seu perdão e o perdão da sua mãe, eu já posso ir tranquilo.
Diego: Ir para onde papai? – perguntou confuso.
León: Eu arrumei um emprego em uma empresa de empacotamento em Monterrey e vou precisar me mudar pra lá. – sorrindo e tocando no rosto do filho. – Mas eu quero que saiba que sempre que você precisar de mim, eu deixarei tudo e virei ao seu encontro meu filho. – Diego sorriu, com lágrimas. – É o melhor pra mim, eu sei que nada vai mudar o que o passado deixou, mas eu espero que melhore muito. – soltou o ar. – Ficar fora um tempo vai ser bom para mim e pra vocês também. – deu mais um abraço nele.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top