Capítulo 32

Erica: Quem ri agora hein? – arqueou a sobrancelha e se aproximou dele. – HAHAHA! – o imitou.

Felipe: Minha mão está coçando para meter a porrada nessa menininha marrenta! – com a mão no rosto. – Eu vou ligar para o desgraçado do seu pai para marcar logo a data da troca, porque eu não estou te aguentando mais! – saiu impaciente. 

Erica: Você realmente vale muita grana, senão já tinha entrado na bala. – sorriu perversa e Lara começou a pular. 

Lara: Eu quero! – sorriu com os olhinhos brilhando e estendendo a mãozinha. – Me dá bala, eu gosto de bala de morango! – Erica fechou os olhos e respirou fundo para não acertar aquela pestinha com um lindo tapa. Voltou a dar banho nela e depois foi botar uma fralda descartável super mal botada. – Não é assim que a minha mamãe coloca e não é essa fraldinha que eu uso. – negou com um bico. – É a da Minnie baby! – explicou.

Erica: Que se exploda! – berrou sem paciência. – Dane-se a Minnie baby! – morrendo de vontade de estrangular aquele individuo que não calava a boca. – E cala a boca! – bufou. – Vai dormir desgraça!

Lara: Eu quero tetê da mamãe. – coçando o olhinho sonolenta. – Só consigo dormir com a minha mamãe. – com bico de choro. 

Erica: A vadia da Roberta não está aqui! – disse rolando os olhos, já era a milésima vez que falava essa frase naquele dia. 

Lara: O que é vadia? – franziu a testa, curiosa.

Erica: Quem rouba namorado. – sorriu perversa. – Ela roubou meu namorado, sabia?

Lara: Não é verdade! – cruzou os bracinhos. – Minha mamãe não roubou seu namorado, ele está ali! – apontou Felipe, que estava no telefone. 

Erica: Seu pai era o meu namorado! – enfatizou com uma piscadela e Lara arregalou os olhinhos. 

Lara: Mentirosa! – fez careta para a loira. – Meu papai é namorado da minha mãe! – disse briguenta. – Eu não gosto de você! – tapando os ouvidos. – EU QUERO A MINHA MÃE! – gritou de maneira aguda, começando suas birras.

Erica: Vai se ferrar! – rolou os olhos, sem paciência e se levantou, indo até Felipe. – E então?

Felipe: Shii. – pôs o indicador nos lábios. – Está chamando!


Roberta já estava completamente desesperada, Felipe não tinha mais ligado e já estava escuro. A ruiva estava angustiada, não tinha vontade de comer e a única coisa que queria era sua filha. Diego e os outros já tinham conseguido o dinheiro do resgate e tudo estava em uma mala, apenas aguardando a ligação de Felipe. Ligação essa que não acontecia.

Diego: Meu amor, dorme um pouco! – dizia enquanto ela o abraçava com força, sentia as lagrimas da esposa molhando seu ombro e se sentia muito mal. 

Roberta: Eu quero meu bebê. – falou aos soluços. – Essa é a hora de ela mamar, deve estar pedindo tetê. – dizia desesperada.

Diego: Sim. – sorrindo de leve e tocando o queixo dela. – E eu prometo pra você que amanhã mesmo a nossa filha vai estar aqui, eu vou trazer a nossa princesinha de volta. – fazendo ela lhe olhar. – Entendeu? 

Roberta: Promete meu amor? – pediu com lagrimas. – Eu não aguento mais essa tortura! – com as mãos no rosto. 

Diego: Eu prometo! – beijou a testa dela. 

Alma: Roberta meu amor. – se aproximou da filha. – Come um pouquinho filhinha. – pediu preocupada. – Você não comeu nada o dia inteiro.

Roberta: Eu não vou comer nada enquanto minha filha não voltar pra mim. – enxugou as lagrimas. – Não insiste mãe. – o telefone toca, fazendo-a se levantar. – Droga! – ia atender, mas Diego a impediu.

Diego: Deixa que eu atendo. – piscou e pegou o telefone. – Alô. 

Felipe: E então priminho? – riu de maneira irônica. – Conseguiu o meu dinheiro?

Diego: Sim. – disse seco. – É só marcar onde e quando. – enfatizou roucamente, estava muito preocupado com Lara. 

Felipe: Mas que coisa boa! – comemorou. – Eu acho bom que o dinheiro esteja certo, se estiver faltando um centavo eu vou cobrar. – debochado.

Diego: Onde está minha filha? – apertou a nuca. 

Felipe: Sua pestinha já está dormindo, graças ao diabo. – sorriu perverso. 

Diego: Lave sua boca para falar da minha filha. – ergueu a sobrancelha. – Ande diga logo onde será o local da troca!

Felipe: Eu até queria esperar até amanhã, mas sua filha é uma encapetada! – esbravejou. – Eu não aguento mais um minuto com essa criança chata, hoje as duas da manhã, no parque Devier. – decretou. – Me espere perto da fonte velha.

Diego: Tudo bem. – suspirou nervoso. 

Felipe: Vá sozinho e não se esqueça, nada de policia! – enfatizou. – Faça tudo o que eu disser que sua filha não correrá riscos. – desligou.

Roberta: O que ele disse? – perguntou assim que Diego bateu o telefone. – Fala amor!

Diego: Vou buscar a nossa filha às duas da madrugada. – disse por fim. 

Roberta: Eu vou com você! – disse decidida.

Diego: Não meu amor, não é uma boa ideia. – negou com a cabeça. 

Roberta: Que se dane! – bufou. – É a minha filha caramba! – andando de um lado para outro.  

Mabel: Querida, realmente não é uma boa ideia você ir. – a olhou, sorrindo de leve.

Miguel: Mas você também não pode ir sozinho Diego. – olhou o loiro, cruzando os braços.  

Diego: Eu tenho que ir sozinho. – suspirou, fechando os olhos. – Se ele fizer alguma coisa com a minha filha, eu o mato lá mesmo.

Alejandro: Mesmo assim filho, podemos ir e ficar de longe observando o movimento, se ele armar para cima de você, nós invadimos o cerco. – explicou.

León: Eu também vou! – pulou de onde estava. – E ninguém vai me impedir! – disse sério, encarando Alejandro. 

Diego: Tudo bem. – assentiu vencido. – Mas fiquem bem longe. – afrouxou as mangas da blusa e as subiu um pouco mais. – Não quero que a Lara corra nenhum risco.

Miguel: Então vamos nos preparar. – sorriu.


À meia-noite, já estavam todos prontos, apenas esperando dar o horário.

Alejandro: Vamos pessoal? – se levantou, olhando no relógio. – Temos que chegar o mais cedo possível. 

Diego: Vamos sim, a maleta já está comigo! – pegou a maleta de dinheiro. – Vamos em carros separados para não levantar suspeita.

Roberta: Meu amor. – se aproximou dele e o abraçou com força. – Cuidado, por favor! – pediu, cheirando o seu pescoço. – Trás a nossa filhinha de volta pra mim. – com lágrimas. 

Diego: Eu vou trazer minha vida. – sorriu e lhe beijou. – Eu te amo. – beijou a mão dela.

Roberta: Também te amo. – sorriu levemente, eles se despediram e saíram.


Depois de um tempo, chegam ao parque Devier. Era um lugar enorme, com muitas arvores, gramados e um grande lago que cortava o local, sempre ia andar de bicicleta e caminhar com Roberta aos domingos por ali. Entretanto, à noite aquele lugar era apavorante, não tinha um ser vivo sequer por ali e as poucas pessoas que apareciam eram barra pesada. 

Diego se aproximou da fonte velha, por enquanto nem sinal de Felipe. Em uma distancia considerável estavam León, Miguel e Alejandro, atentos a qualquer movimento suspeito. Depois de um tempo, uma perua bem velha para ali por perto. Diego sentiu um nó na garganta, estava muito ansioso para ver a carinha da filha novamente.

Felipe: Ali está o playboy. – apontou, estacionando a perua e olhando ao redor para ver se a policia estava por perto. 

Erica: Está lindo como sempre... – comentou, o olhando de maneira maliciosa. – Uma delicia!

Felipe: Você quer levar um tiro na cara? – disse suave apontando a arma para o rosto dela.  

Erica: O que é isso Felipe? – disse temerosa. – Você está drogado é? – com os olhos arregalados. 

Felipe: Se falar mais alguma coisa a respeito desse cara, eu te mato entendeu? – sorriu doente. – Não admito que minha mulher fique desejando outro homem na minha cara! – ela assentiu prontamente e ele guardou a arma. – Muito bem! – olhou ao redor. – A barra está limpa, pega a pirralha!

Erica abriu a porta do carro e saiu, pegou a pequena que ainda tinha os olhos molhados e os olhava assustada. De longe, Lara avistou o pai.

Lara: PAPAI! – gritou toda alegre. Diego ouviu a vozinha dela e deu um belo sorriso.

Diego: Minha filha! – sorriu aliviado ao ver que ela parecia estar bem. 

Felipe: Tapa a boca dessa desgraça! – grunhiu e Erica pôs a mão na boquinha dela e Lara lhe mordeu. 

Erica: Ai porra! – bufou. – Não me morde, senão o Felipe vai atirar em você! – apontou e Lara arregalou os olhinhos. Erica tapou novamente a sua boca e ela não mordeu mais. 

Felipe: Playboy! – disse debochado enquanto se aproximava de Diego. – Quem diria nós nos encontrarmos novamente!

Diego observou Felipe e viu que estava bem diferente de antes, quando era um galã. Agora estava mais magro e com uma aparência mais velha, seus olhos tinham uma expressão cansada e ele tinha a barba por fazer. 

Em seguida encarou Erica, ela estava igual, mas o tom loiro de seu cabelo estava desbotado e estava com uma aparência descuidada, ainda assim continuava muito bonita e atraente, nada que uma ida ao salão de beleza não resolvesse. Lara pulava no colo dela, tentando descer.

Diego: Devolva a minha filha Felipe! – pediu, sem tirar os olhos da filha. 

Felipe: Primeiro o dinheiro, depois a pirralha! – sorriu debochado. 

Diego: Aqui estão os seus dólares. – pegou a mala que estava escondida dentro da fonte, que por ser muito velha não tinha água. – Agora me dê a minha bebê, por favor. – temeroso por Felipe estar armado, com a sua filha muito próxima. 

Felipe: Você não avisou ninguém sobre essa nossa brincadeirinha não é? – arqueou a sobrancelha. 

Diego: Não. – engoliu o seco. – Se eu estivesse avisado já estariam aqui não acham? – ergueu a sobrancelha e Felipe o olhou de forma doente.

Felipe: Jogue a droga da mala! – falou apressado. Diego suspirou e jogou a mala para ele, que a pegou e a abriu. Realmente, estava lotada de dinheiro.

Diego: Agora devolva a minha filha. – repetiu, de forma paciente. 

Felipe: Playboy... – sorriu o analisando. – Conseguiu não é? – Diego o olhou meio deslocado, precisava pegar a sua filha. – Você conseguiu ficar com ela. – cerrou os punhos. – Casou, tiveram filhos, felicidade, sorrisos... – sussurrava com raiva. – E eu? – seus olhos subiram. – Eu estava apodrecendo, mofando naquela porra de cela! – gritou engatilhando a arma. – Tudo por culpa, adivinha de quem? – riu irônico. – DE VOCÊS! –Diego gelou ao ver o que ele fazia. – Eu não acho justo que vocês sejam felizes e eu não. – apontou a arma para Lara, Diego arregalou os olhos. – Vocês não merecem uma criança depois de tudo o que me fizeram!

Diego: Felipe! – gritou desesperado. – Não faz nada com ela! – dizia cauteloso. – Ela não tem culpa de nada do que aconteceu! – estendeu as mãos. – Por favor, ela é só um bebê.

Felipe: Não me importa! – gritou irritado. – Eu não ligo se ela é um bebê, afinal eu matei um que ainda nem tinha nascido, por que não posso matar essa? – sorriu perverso. 

Diego: Não! – sentindo o desespero tomar conta de seu corpo. – Felipe! 

Lara: Papai... – chorando com a mãozinha na boca e quando Diego a viu chorando, não pensou em nada, voou em cima de Erica e pegou sua filha no colo. 

Antes que Felipe pudesse atirar, sentiu alguém lhe puxando e recebendo um soco em seguida, a arma voou longe. León tinha o acertado em cheio. 

Diego: Calma meu amor. – beijando a cabecinha da filha, que chorava. – O papai está aqui com você! – a abraçou com força. 

Miguel: Está tudo bem cara? – disse enquanto segurava Erica. 

Diego: Graças a Deus sim. – sorriu.

Alejandro: Que vergonha Felipe! – dizia decepcionado. – Nunca pensei que você pudesse chegar a esse ponto! – negando com a cabeça. – Oprimir uma criança, por vingança!

Felipe: Cala a boca seu velho desgraçado! – resmungou, com raiva. – Você sempre preferiu esse mauricinho a mim!

Alejandro: Seu pai deve estar decepcionado lá em cima. – refletiu.

Felipe: Dane-se! – cuspiu, sem se importar. – Me larga! – tentou se soltar e logo as sirenes começaram a soar.

León: Nós ativamos a policia. – sorriu, segurando Felipe com força. – Estavam a algumas quadras daqui.

Diego: Valeu pai. – sorriu agradecido e León suspirou satisfeito. 

Felipe: Essa não! – se debateu e se soltou de León, pegou a arma e começou a atirar, Diego se abaixou e ficou por cima da filha para protegê-la dos disparos. A policia disparava também e todos se protegiam como podiam. – Seus infelizes, não vão me levar de volta para aquela prisão! – gritou. – Eu prefiro morrer! – disparava contra a policia. 

Policial: Se entregue Albuquerque! – dizia pelo megafone. – É o melhor que faz! 

Felipe: Nunca! – continuou disparando, até sentir uma ardência dolorosa no estomago, tinha sido atingido. – Malditos! – sussurrou e caiu no chão. Os tiros se cessaram e os policiais se aproximaram.

Erica: Felipe! – correu até ele. – Droga! – negou com a cabeça, sem acreditar.

Felipe: Estou livre. – sussurrou, enquanto cuspia sangue. 

Erica: DESGRAÇADO! – gritou furiosa. – VOCÊ NÃO VAI MORRER E ME FAZER PAGAR SOZINHA POR TUDO ISSO!

Felipe: Vai à merda imbecil. – disse seco. – Eu nunca te amei, nunca gostei de você... – já estava meio tonto. – Só fiquei com você, porque também queria se vingar e era minha cúmplice. – debochou, fazendo Erica se roer de ódio. – Você é a mulherzinha mais baixa que eu já vi. – riu, com a boca cheia de sangue. 

Erica: Eu te odeio Felipe! – dizia com ódio. – Te odeio desgraçado!

Felipe: Que seja, eu também te odeio. – sorriu, sem dar a mínima. – Nos vemos no inferno Erica. 

Erica: Se manda desgraçado! – antes que pudessem impedi-la, pegou a arma e apontou para a cabeça dele. – Adeus! – atirou duas vezes na cabeça dele, matando-o na hora. 

Todos olharam a cena perplexos, sem acreditar no que tinham visto. Diego tapou os olhinhos de Lara e impediu a filha de ver tudo aquilo. Dois policiais imobilizaram Erica e a algemaram.

Policial: Não tente resistir, senhorita Sanchez. – diziam a algemando. – Terá muito tempo para pensar no que fez. – a arrastando até a viatura. – Mandem chamar o IML. – olhou Felipe morto e negou com a cabeça. 

Alejandro se aproximou do corpo do sobrinho e começou a chorar copiosamente.

Miguel: Relaxa Alejandro. – bateu nas costas dele e evitando olhar o corpo. – Aconteceu o que tinha que acontecer. 

Alejandro: Que fim você foi arrumar Felipe. – dizia com lamuria. – Tinha tudo para se dar bem na vida.

Miguel: Estava nas mãos dele. – comentou com as mãos no bolso. – Ele mesmo optou por esse caminho.

Alejandro: Era um excelente fotografo. – lembrou, negando com a cabeça. – E no fundo era um bom menino, apenas não sabia controlar suas emoções, tampouco seus atos. – fez o sinal da cruz. – Que Deus o perdoe. – Miguel apenas o abraçou e os dois foram em direção a Diego.

Lara: Papai, eu quero a mamãe. – chorando e coçando os olhinhos. 

Diego: O papai já vai te levar para a mamãe, gatinha. – dizia aliviado enquanto abraçava a filha forte. – O papai te ama muito meu amor.

Lara: A Lara também ama o papai. – sorriu e apoiou a cabecinha no ombro do pai, estava morrendo de sono. – Eu vou dormir tá? – enxugando os olhinhos.

Diego: Dorme. – sorrindo aliviado, enquanto caminhava até Miguel. – Onde está o meu pai? – perguntou ao amigo. 

Miguel: Está conversando com o policial. – apontou. – Ele se machucou um pouco.

Diego: Como assim se machucou? – preocupou-se de pronto. – Onde ele está? – o procurou com os olhos e logo o encontro sentado em uma das viaturas enquanto um dos policiais fazia um curativo. Aproximou-se e passou pelo corpo de Felipe, estava horrendo. Negou com a cabeça e foi em direção ao pai. – Papai, o que aconteceu?

León: Nada demais meu filho. – sorriu de leve. – Não se preocupe. – fez uma careta enquanto, passavam água oxigenada no ferimento. – Foi apenas um tiro de raspão. – olhando o braço sangrando. 

Diego: Tem certeza papai? – preocupado. 

León: Claro que sim! – sorriu despreocupado. – E a minha neta, como está? – olhando a criança dormindo no colo dele. 

Diego: Ela está bem, graças a Deus. – sorriu e olhou a filha novamente. – Papai obrigado por vir, obrigado por se expor ao perigo pela minha filha. – agradeceu e Léon sorriu, se sentindo ótimo por ouvir tais palavras. Alejandro e Miguel se aproximaram. – Obrigado a vocês também, eu nunca vou esquecer isso. – eles sorriram.

Policial: Aqui está o seu dinheiro, senhor Bustamante. – se aproximou e entregou a mala. – E não se preocupe, pois essa moça não vai mais incomodá-lo! – garantiu.

Diego: Eu espero mesmo. – disse firme. – Agora eu vou levar minha filha para casa. – sorriu. – Muito obrigado por virem até aqui. – o policial assentiu. 

León: Obrigado. – agradeceu ao policial pelo curativo e se levantou. – Eu vou ter que voltar para a sua casa meu filho. – disse sem jeito. – Com toda essa confusão, acabou que eu não me mudei.

Diego: Claro pai. – assentiu com um sorriso. – Vamos? – León assentiu. 

Miguel: Vou no carro do Alejandro com ele. – apontou e Diego notou o padrasto abatido.  

Diego: Eu sinto muito pelo Felipe, Ale. – disse, tocando o ombro dele. – Sinto muito por ter visto isso, não tinha necessidade.

Alejandro: Não se preocupe. – tentou sorrir. – Eu também sinto muito, filho.  

Diego apenas sorriu de leve e foi para o seu carro, precisava levar Lara para casa.


Em casa, Roberta continuava sentindo um aperto muito forte em seu peito. Abraçava a boneca da filha com força, queria puxar os cabelos e gritar todo o desespero que estava sentindo, já tinha tomado calmantes e nada resolvia sua angustia. Foi até o quarto do filho e viu que ele dormia calmamente, acariciou os cabelinhos dele e o pequeno se mexeu e resmungou um pouco. Pobrezinho, com toda essa situação, mal teve tempo de dar atenção a ele.

Roberta: Meu amorzinho... – sussurrou com lagrimas. – Você a sua irmã, são as coisas mais importantes para a mamãe. – beijou a mãozinha dele. – Se eu perder algum de vocês eu tenho certeza que eu morro. – com cuidado deitou ao lado dele e ficou ali, pensando em toda aquela situação.


Diego abriu a porta da sala com Lara no colo, a pequena ainda dormia. Todos sorriram e vieram em sua direção, muito aliviados pela menina estar de volta.

Alma: Graças a Deus! – limpou as lagrimas que derramava e deu um beijo na costinha da neta.

Diego: Onde está a Roberta? – perguntou cansado. 

Mia: Ela foi ao quarto do Dudu. – sorriu de lado, aliviada por ver que todos estavam bem.


Diego assentiu e foi até o quarto do filho, abriu a porta devagar e a viu ali, com lagrimas nos olhos.

Diego: Roberta. – chamou e ela o encarou, quando viu sua pequena no colo dele, sentiu como se um camelo estivesse saído de suas costas e sorriu enquanto chorava. – Ela está bem. – também sorriu. 

Roberta: Meu amor, você conseguiu! – correndo até o marido e pegando a filha no colo, ela acordou, sentiu o cheiro da mãe e viu que estava no quarto do irmão. 

Lara: Mamãe! – sorrindo, ainda sonolenta. – O papai foi me buscar! – sentindo o abraço da mãe.  

Roberta: Está tudo bem agora meu amor. – a abraçando com força. – A mamãe e o papai estão aqui com você, e o maninho também. – fechou os olhos.

Lara: Nino! – o chamou alto, para que ele acordasse, Eduardo acordou aos poucos. – Acorda Dudu! – dizia pulando no colo da mãe, como se quisesse descer. Roberta a pôs no chão. 

Dudu: Lara! – sorriu e se levantou, os dois se abraçaram com força, arrancando sorriso e suspiros bobos dos pais. – Onde você tava? – perguntou soltando a irmã. 

Lara: Na casinha feia e suja. – falou com carinha de nojo. – Eles eram chatos, eu não gostava deles mamãe! – se virando para a mãe e pedindo colo outra vez. – Lá não tinha o meu shampoo e nem minha fraldinha da Minnie baby. – com bico. Roberta riu e agradeceu a Deus trilhões de vezes por sua filha estar bem, beijou a cabecinha dela e sorria do que ela dizia, junto com Diego. – Ela não sabia trocar minhas fraldinhas. – reclamava. – E lá não cheirava a chiclete! – cruzando os bracinhos. 

Roberta: Oh coisa linda da mamãe! – a abraçando de novo, com força e sentando na cama, chamando o filho para perto. – Você e o seu irmão são as coisinhas mais lindas da vida da mamãe! – fazendo cocegas nos dois, que riam. – São a minha vida. – os abraçou.  

Diego: Está tudo bem agora. – se abaixou e deu um selinho nela, feliz e aliviado por ter resolvido tudo. 

Roberta: Obrigado meu amor. – sorriu, tocando o rosto dele. – Obrigada por ter trago a nossa filha de volta.

Diego: É a minha obrigação cuidar da minha família. – beijou a testa dela. – E eu vou fazer isso até o ultimo dia da minha vida. – beijou os filhos. – O papai ama vocês.

Após um tempo curtindo um ao outro, os dois decidiram botar os pequenos na cama. Roberta deu um banho na filha e depois a amamentou após muitos pedidos pela "tetê" como todas as noites. Por um momento chegou a pensar que nunca mais fosse ver, pior ainda amamentar sua bebê, mas graças a Deus ela estava bem e estava na proteção de seus braços. 

Lara dormiu e a mãe a colocou na cama, lhe deu um beijinho de boa noite e saiu. Passou no quarto de Eduardo e viu que e ele ainda conversava com Arthur que também estava por ali, afinal o loirinho dormia no quarto de Lara antes dela chegar e agora teria que dormir com o amiguinho.

Roberta: Já chega de conversa mocinhos, já está na hora de dormir. – os dois deitaram, rapidamente. 

Dudu: Mas mamãe... – reclamou, com carinha de pidão.  

Roberta: Já está na hora filhinho. – os cobriu direito. – Já são quase cinco da manhã. – explicou e deu um beijinho nele. – Boa noite meu amor. – piscou e também deu um beijinho em Arthur. – Boa noite, fofinho. – sorriu. – É para dormirem hein? – saiu e os dois voltaram a conversar.

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