Capítulo 21

Miguel: Acha que ainda demora quanto tempo?

Diego: Cara, pelo jeito que as coisas estão, eles nascem essa semana mesmo. – abrindo um sorriso babão. 

Miguel: Mas a Roberta ainda não completou os nove meses cara. – coçando a cabeça, um tanto preocupado com a amiga. 

Diego: A doutora disse que provavelmente vão nascer prematuros, o que é normal na maioria dos casos de gêmeos. – admirando a ruiva.

Miguel: Quem diria, vão nascer primeiro que o Arthur. – sorrindo incrédulo. 

Diego: Provavelmente meu irmão. – assentiu. – Mas lembre-se que a Mia já está entrando no nono mês, você também tem que ficar esperto. – advertiu.

Miguel: É isso mesmo que estou fazendo. – dizia relaxado. – Vou ficar aqui na casa do Franco, mesmo que ela não queira. – dando um sorrisinho malicioso. 

Diego: Você não presta Miguel. – rindo. – Mas faça isso, não deixe ela sozinha.

Miguel: Pode deixar cara. – sorriu de lado. – Até amanhã, boa noite!

Diego: Boa noite, tchau! – desligam. 

Miguel olhou ao redor e viu Peter se aproximando, pediu para o homem lhe levar até o quarto que Franco tinha mandado arrumar para ele. Peter sorriu e o levou de bom grado. Mia ficaria uma fera, mas ele não sairia do seu lado.


Diego desliga o celular e sente um cutucão de leve no braço.

Diego: Ah você acordou é? – sorrindo e lhe dando um beijinho. 

Roberta: Sim. – sentando com dificuldade por conta da barriga. – Acordei com o toque do celular. – bocejou. – Eu posso saber que magnífico negócio é esse? – sorrindo fraco. 

Diego: Claro! – assentiu. – Amanhã vamos fechar um dos negócios mais importantes que a Maremis já teve! – pincelou o nariz dela. – Na verdade é uma campanha com Christian Dior. – com um sorriso enorme. – Ele vai lançar uma nova coleção e quer produzir o comercial com a gente. – todo alegre. 

Roberta: Nossa amor! – dando um belo sorriso. – Mas isso é maravilhoso! – lhe deu um beijinho. – É uma pena que seja esse idiota invejoso. – com bico insatisfeito. – Ele pensa que eu não sei que ele já copiou vários modelos exclusivos meu. – fez careta e Diego riu. – Não quero ele perto do meu amor.

Diego: Lindinha, ele nem vai vir. – deu de ombros. – Quem vai cuidar de tudo são os assessores da marca. – piscou.  

Roberta: Então sendo assim, meus parabéns. – dando outro beijinho nele. – Sabia que é o executivo mais sexy que existe? – mordendo o lábio. 

Diego: Não me provoca barrigudinha. – sorrindo abertamente. 

Roberta: Dá pra parar de me chamar de barrigudinha? – se virou irritada. – Eu te odeio Bustamante! – fez um bico. 

Diego: Onw você é a barrigudinha mais linda do mundo! – a puxando para um beijo.

Roberta: Idiota! – sorrindo e dando outro beijo nele, sem poder resistir. – Estou com sono. – bocejando. 

Diego: O que acha se dormirmos abraçadinhos? – sugeriu com os olhinhos brilhando.
Roberta: Não posso por causa da barriga. – revirou os olhos.  

Diego: De conchinha. – ergueu a sobrancelha, com um grande sorriso. 

Roberta: Ah, então tudo bem. – sorri, mordendo o lábio. Os dois namoram mais um pouquinho e logo adormecem de conchinha.

As três da madrugada, Roberta acorda sentindo uma leve pontada no baixo ventre.

Roberta: Ai, que foi isso? – resmungou baixinho, se sentando. – Droga, o que foi eu não sei... – levantando. – Mas doeu pra caramba. – colocando a mão na barriga. – Eu hein, perdi completamente o sono. – revirou os olhos e pegou uma folha de papel, precisava se distrair.


De manhã o despertador toca e Diego acorda preguiçoso e estranha de não ver Roberta ao seu lado, logo se desespera. 

Diego: Roberta! – chamou, se levantando e se alivia ao ouvir um estou aqui  vindo da sala. Vai até lá e a encontra debruçada no balcão de mármore, com uma folha em uma das mãos enquanto a outra mão acariciava a barriga. – Meu amor! – indo até ela preocupado e a ruiva o encara. – O que houve?

Roberta: Nada, eu só estou adiantando trabalho. – mordendo o lábio. – Olha o que eu desenhei. – entregando a folha. 

Diego: Não minta pra mim, eu te conheço... – suspirando e olhando a folha. 

Roberta: Não aconteceu nada demais. – deu de ombros. – De madrugada senti uma dor forte aqui. – colocando a mão bem embaixo da barriga. – E a menos de cinco minutos tive outra, mas dessa vez nas costas. – suspirando pesadamente. – Eu acho que é hoje... – soltou o ar, com a voz tremula. 

Diego: Você tem certeza? – perguntou com os olhos arregalados. – Vamos para o hospital agora mesmo!

Roberta: Não meu amor, se acalma. – sorrindo. – A doutora disse que eu poderia sentir de novo, igual da outra vez em que tive alarme falso. – ele assentiu, se recordando. – Então dessa vez só vou sair daqui quando estiverem em intervalos curtos, eu não vou fazer papel de idiota no hospital outra vez. – bufou. 

Diego: E de quanto tempo estão os intervalos? – perguntou, arqueando a sobrancelha. 

Roberta: Eu contei exatamente três horas e meia. – o olhou. 

Diego: Espera um pouquinho que vou desmarcar a reunião. – pegando o telefone. 

Roberta: Mas nem em pensamento! – tomando o telefone dele. – Você vai a essa reunião e vai fechar quantos negócios forem, não vai ser isso que vai lhe impedir. – negando com a cabeça, não iria permitir que ele perdesse essa oportunidade. 

Diego: Roberta! – arregalou os olhos. – Você está entrando em trabalho de parto. – disse agoniado. – Como vou te deixar sozinha? – perplexo. 

Roberta: Hey, eu não estou em trabalho de parto, pelo menos não ainda. – revirou os olhos. – Apenas senti duas contrações, coisa super normal em final de gravidez. – lembrou.

Diego: Não, eu não vou! – negava com a cabeça.

Roberta: Você vai, porra! – irritada. – Não irrite uma mulher grávida.

Diego: Tudo bem. – deu um sorrisinho amarelo. – Eu vou. – guardando o telefone. 

Roberta: Bom menino. – sorriu satisfeita, enquanto apertava a bochecha dele. 

Diego: Mas com uma condição. – Roberta o encarou com bico. – Mamãe e Alma ficam tomando conta de você enquanto eu estiver fora.

Roberta: Não... – com cara de choro. – Tudo menos isso! – desesperada.

Diego: Então eu vou ficar aqui, tomando conta de você. – cruzou os braços, sorrindo. 

Roberta: Tudo bem! – aloprou, irritada com a chantagem. – Eu fico com elas, mas se acontecer algo eu não serei a culpada. – enfatizou, Diego negou com a cabeça e telefonou para sua mãe, pediu para que ela ligasse para Alma e avisasse.

Dentro de mais ou menos meia hora, as duas chegam desesperadas.

Alma: Minha rainha! – dando um de seus abraços esmagadores na ruiva. – Como se sente? – tocando a barriga dela, que bufava. – Está doendo muito minha filha? – perguntou histérica. – SOCORRO, UMA AMBULÂNCIA! – Roberta e Diego riram do exagero da mulher.

Mabel: Do que estão rindo? – perguntou, perplexa. – Vão logo pegar as malas e vamos para o hospital agora mesmo!

Diego: Ei, se acalmem. – pediu, ainda rindo. – Roberta ainda está com longos intervalos, não está sentindo dores agora, mas eu preciso que cuidem dela, tenho que ir a uma reunião urgente, cujo ela praticamente me obrigou a ir. – revirando os olhos e a olhando. – E vocês conhecem o gênio dessa criatura, enfim... – deu de ombros. – Não tenho alternativa. 

Roberta: Eu não quero que fiquem babando em mim, pelo amor de Deus! – bufou. – Quero espaço. 

Alma: Contudo, temos que nos adiantar para o hospital. – se abanando. – A bolsa pode estourar a qualquer momento meu bem. – acariciando os cabelos dela. 

Roberta: Chega mamãe! – fez careta. – Eu vou ficar na minha casa até quando eu puder, quando não puder nós vamos, certo? – indagou e Alma e Mabel encararam Diego, que suspirou como se dissesse que não podia fazer nada. – E você vai logo! – apontando para ele. – Vai se atrasar.

Diego: Calma neném, se você está com TPP, não é culpa minha certo? – se defendeu, com bico. Alma, Roberta e Mabel se entreolharam confusas e ele resolveu explicar. – Tensão pré-parto. – traduziu dando um risinho e a ruiva o fuzilou com os olhos. – Bem é melhor eu ir nessa, não é? – deu um sorrisinho falso. – Mamãe, qualquer coisa, por favor, me liguem! – pediu olhando-as, elas assentiram. – Eu deixo tudo e venho correndo pra cá. – se aproximou de Roberta. – Tem certeza que vai ficar bem mi amor? – Roberta assentiu dando um sorrisinho fofo.

Roberta: Sim, não se preocupe, ok? – ele beijou as mãos dela, que sorriu. – Vai lá e fecha esse negócio com esse recalcado desse Christian Dior. – fez careta e piscou.  

Diego: Te amo. – sorriu. 

Roberta: Te amo. – sorriu, enquanto ele a beijou lentamente. – Volta logo. – mordeu o lábio.

Diego: Não se preocupe. – piscou e abaixou. – Desejem sorte para o papai! – dando um beijo na barriga dela que sorriu. Alma e Mabel olhavam a cena encantadas. – Tchau. – deu um selinho nela. – Tchau mãe, tchau Alma. – se despediu delas. – Não se esqueçam de me manter informado!

Mabel: Não se preocupe meu amor. – sorriu, enquanto o via sair. 

Roberta: Estou com fome. – anunciou. – Quem quer torradas? – sorriu entusiasmada.
Alma: Não se preocupe meu amor, mamãe vai fazer seu café. – se adiantou.

Roberta: Não! – enfatizou. – Eu vou fazer mamãe, gosto delas do meu jeito, queimadas embaixo... – explicou, indo para a cozinha. 

Alma: Roberta Alexandra! – repreendendo e indo atrás da filha. 

Mabel: Meu amor, escute a sua mãe... – resolveu se meter.

Roberta: Escutar minha mãe uma pinoia... – arregalou os olhos ao sentir uma contração bem mais forte que as outras. – Ai! – se apoiou na parede. – Ai merda! – fez um biquinho. 

Alma: Roberta? – se aproximou preocupada. – O que houve filha? – tocou os cabelos dela e Roberta não respondeu, apenas fechou os olhos, com força.

Roberta: AAAH! – gritou, deixando a mãe desesperada. – Mamãe... – choramingando assim que a contração foi embora. 

Alma: O que foi minha filha? – a abraçou.

Mabel: Sentiu uma contração querida? – perguntou e Roberta assentiu freneticamente com a cabeça.

Roberta: Ai doeu muito. – olhou as duas, ainda abraçado com Alma. – Doeu cem vezes mais do que as outras.

Alma: Relaxa meu amor, sabemos bem como é. – sorriu a acalmando. – Passou? – Roberta assentiu. – Senta aqui com a mamãe. – sentando no sofá e Roberta senta ao lado dela. – Mabel, pega um copo de água pra ela, por favor? – pediu e Mabel foi buscar a água rapidamente e logo se juntou a elas.

Mabel: Temos que marcar os intervalos. – pegando o celular. – Estão de quanto tempo querida?

Roberta: Uma hora e meia. – tomando água. – Ai meu Deus, doeu demais. – coçando a cabeça, nervosa. 

Alma: Não quer tomar um banho querida? – sugeriu, apertando a mão dela. 

Roberta assentiu e as duas foram com ela até o quarto do casal e a ajudaram a se despir, prepararam um banho relaxante de banheira para a ruiva e depois a ajudaram a entrar com todo o cuidado.

Roberta: E a Barbie mãe? – perguntou, molhando o rosto. – Está bem?

Alma: Está muito bem meu amor. – sorriu, esfregando as costas dela. – Te mandou um beijo. – sorriu. 

Roberta: É verdade que o Mike se abancou lá de vez? – sorrindo sapeca. 

Alma: Sim, como sabe? – franziu a testa. 

Roberta: Digamos que eu dei uns toques nele. – dando um mergulho. 

Mabel: Robertinha... – sorriu sem acreditar. – Foi você quem o convenceu? – segurando o riso. 

Roberta: Claro que sim, o Miguel quando quer consegue ser bem lentinho. – revirou os olhos. – Então dei uma ideia criativa para ele passar uns dias lá com vocês, talvez faça bem para os dois não é?

Alma: Talvez meu bem. – assentiu. 

Roberta terminou de se banhar com a ajuda das duas e saiu do banheiro enrolada em um roupão. Tinha que admitir que estava se sentindo bem melhor. Se sentou na cama e ficou pensativa.

Mabel: O que houve querida? – perguntou, ao notar o silêncio. – Está tão calada. – procurando algo confortável para ela vestir. 

Roberta: Será que amanhã eu já vou estar com os meus bebês no colo? – mordendo o lábio, pensativa. 

Alma: Claro que sim meu amor, talvez até hoje. – piscou, com um largo sorriso. 

Roberta sorriu e acariciou a barriga, foi quando sentiu novamente a maldita contração que desta vez estava ainda mais furiosa. 

Roberta: AAAI. – cerrou os punhos. – Tá doendo! – começando a chorar, assustada

Alma: Calma filhinha. – dizia com o coração apertado. – Já vai passar!

Mabel: Não é melhor ligarmos para o Diego Alma? – sugeriu com pena da nora. 

Roberta apertou a barriga e se debruçou na mesma, na tentativa de amenizar a contração, logo depois tudo foi embora, assim como veio. 

Roberta: Não precisa... – enxugando as lagrimas, respirando com dificuldade. – Já passou. – aliviada. – Meu Deus, se eu soubesse que doía assim eu preferiria adotar. – com bico. 

Mabel: Vai fazer cesariana querida? – estendendo a roupa para ela. 

Roberta: Não. – negou, pegando a roupa. – Vou ter os dois como Deus manda! – se levantando com a ajuda de Alma e vestindo o vestido de malha que Mabel escolheu. – Creio que vai doer muito, mas todo mundo consegue porque eu não? – as encarando. 

Alma: Mamãe se orgulha da sua coragem. – sorriu orgulhosa. – Sempre foi assim, desde pequenina. – apertando as bochechas. 

Roberta: Menos mamãe, por favor. – revirando os olhos. 

Mabel: Agora os intervalos diminuíram Alma. – avisou, olhando no relógio. – Foram para cinquenta e três minutos. – olhou as duas. – Quando estiver nos intervalos de quinze minutos nos vamos certo? – olhou Roberta.

Roberta: Fazer o que, não é? – disse, sem escolha. – Ah, eu odeio hospitais! – bufou. 

Mabel: E você queria dar a luz aonde? – cruzou os braços, rindo. 

Roberta: Aqui. – disse simples. – Na minha cama! – bateu na cama e Alma e Mabel arregalaram os olhos. – É brincadeira! – as encarando com careta. 

Alma: Ah Roberta! – pôs a mão na testa, aliviada. – Você não tem jeito meu bem.

Mabel: Pelo menos foi uma brincadeira. – disse negando com a cabeça. – Vamos terminar de se vestir mocinha e depois vamos ver um filme que eu vi ali nos DVDs do Dieguinho, que eu particularmente adoro. – piscou.

Roberta: É... – assentiu, achando a ideia interessante. – Talvez ver um filme seja uma boa ideia. – sorrindo. 

Alma e Mabel a ajudaram a terminar de se trocar e em seguida foram ver o tal filme.


Depois de algum tempo, Roberta já tinha sentido mais três contrações, seus intervalos estavam diminuindo, mas ela ainda se mantinha firme e forte. 

Mabel: Já liguei para doutora e ela disse que quando estivesse em um intervalo de três a quatro minutos, era para irmos para o hospital. – contou, guardando o telefone. 

Alma: Está de quanto tempo Mabel? – perguntou, segurando a mão da filha forte. 

Mabel: A última foi de quinze minutos. – olhando no celular. – E elas estão vindo cada vez com mais frequência.

Alma: Temos que ligar para o Diego meu amor. – encarando a filha. 

Roberta: Espera só mais um pouquinho mamãe. – disse com os olhos fechados. – Tem certeza que não é alarme falso? – encarando Mabel, que negou com a cabeça. 

Mabel: Não querida, a doutora disse que se fosse alarme falso já teria passado. – explicou sentando ao lado dela e a viu cerrando os olhos e apertando a mão da mãe com força. – Outra? – indagou preocupada.

Roberta: Ai isso dói demais! – choramingando. – Eu quero o meu pai! – mordendo o lábio. 

Alma: Ele já está seguindo para a capital. – tirando a franja do rosto dela. – Daqui a pouco ele chega. – a encarou. – Não morde o lábio Roberta! – advertiu. – Você vai acabar se ferindo.

Mabel: Agora diminuiu para seis. – olhando o relógio, preocupada. – Querida temos que ir! – apressou. – Não podemos correr riscos.

Roberta fez cara de choro, não queria ir para droga de hospital nenhum, mas sabia que as duas não desistiriam.

Roberta: Tudo bem. – sussurrou vencida. – Vamos. – assentiu.

Mabel: Vou buscar as coisinhas dos bebês e a sua mala. – sorrindo e indo em direção ao quarto. Roberta afogou as mãos no rosto, estava ficando com muito medo.

Alma: Está tudo bem meu amor. – sorrindo. – A mamãe vai ficar ao seu lado até o final.

Roberta: Eu te amo mãe. – chorando nervosa, agora entendia o que era o sofrimento de parir um filho e sua mãe não merecia suas travessuras. – Me desculpa pelo que eu falo e faço, mas eu sou assim e não faço por mal. – desabafou, Alma apenas sorriu e lhe deu um beijo na testa. 

Alma: É claro que sim meu amor. – assentiu.

Roberta: Ai minhas costas! – disse quando sentiu uma contração forte e rápida nas costas. – Nunca senti tanta dor, merda. – grunhiu. 

Mabel: Pronto, podemos ir. – regressou sorrindo com três bolsinhas nos ombros. 

Roberta levantou com a ajuda da mãe e da sogra, quando sentiu um liquido quente descer pelas suas pernas e uma contração dos infernos.

Roberta: AAAH! – gritou, cerrando os olhos. – Droga! 

Alma: Meu Deus, a bolsa estourou! – pôs a mão na boca, vendo o liquido amniótico correr pelas pernas da filha. – Vamos querida!

Mabel: Vamos rápido meu bem! – sorrindo excitada e junto com Alma ajudou Roberta a se erguer. 

Ao entrar no elevador a ruiva já estava chorando de dor, as pessoas do edifício a olhavam assustadas e ao mesmo tempo curiosas.

Roberta: O QUE FOI?! – berrou chorosa. – PERDERAM ALGUMA COISA? – indagou, se apoiando no ombro da mãe. – NUNCA VIRAM NINGUÉM PARIR? – gritando dentro do elevador ao notar os olhares curiosos. 

Alma: Querida não seja desagradável. – disse baixinho e Roberta deu de ombros, se concentrando em suas contrações. – Perdão gente, acontece que a minha filha vai dar a luz, então já viram não é? – sorrindo para as pessoas que entenderam. 

Logo a porta do elevador se abre direto no estacionamento, as três entraram no carro de Mabel e enquanto Alma e Roberta iam atrás, a loira guiava o carro em direção à saída.

Roberta: Ai mamãe, tá doendo! – chorando, com a mão na barriga. 

Alma: Se acalma meu amor. – dizia agoniada. – Eu vou ligar para o Diego. – pegando o celular e discando os números do genro, logo ele atende. 

Diego: Pronto Alma. – disse preocupado do outro lado da linha. – Tudo bem por aí?

Alma: Que rápido! – sorriu de lado, pois ele tinha atendido no primeiro toque. – Querido, estamos indo para a maternidade, a bolsa dela acabou de estourar e está sentindo muita dor. – contou, olhando a filha se contorcer ao seu lado.

Diego: Estou indo pra lá! – falou de pronto, com um sorriso. – Escuta, ela pode falar?

Alma: Sim, claro. Me deixa passar. – passa o celular. – Ele quer falar com você, filha. – Roberta pega o telefone rápido. 

Roberta: Oi Diego! – disse respirando rápido. 

Diego: Meu amor se acalma sim? – pediu sorrindo. – Vai ficar tudo bem, eu já vou te encontrar. – tratou de acalmá-la.

Roberta: Eu estou com medo. – chorando nervosa. – Eu quero você, vem logo!

Diego: Não chora meu bem, não tem porque chorar. – afrouxou a gravata. – Já vou te encontrar, eu te amo, não esquece!

Roberta: Eu também te amo. – sorri de leve e eles desligam. – Vai demorar muito pra chegar? – perguntou a Mabel.

Mabel: Não querida, já estamos perto. – tranquilizando-a e sorriu ao vê-la se aconchegar no colo de Alma.


Na empresa, Diego volta para a sala de reunião pálido. Todos olham pra ele.

Diego: Desculpem a interrupção. – pediu, dando um sorrisinho amarelo. – Infelizmente, eu vou precisar me ausentar.

Dante: Por quê? – o olhou, confuso. – Jamais se ausentou de nenhuma reunião, vai se ausentar logo nessa? – perplexo.

Diego: Meus filhos estão nascendo. – explicou rápido. – Eu não posso e não vou perder isso por nada no mundo. – mordeu o lábio.

Miguel: Já cara? – levantando e sorrindo abertamente. – Não creio. 

Diego: Pois é. – abrindo um sorriso imenso. – Preciso que fique no meu lugar, se incomodam? – encarando os empresários.  

– Claro que não, desejo sorte no nascimento dos seus filhos. – disse de pronto, de maneira despreocupada. – São quantos? – perguntou confuso.  

Diego: Dois. – sorriu, guardando suas pastas. – São gêmeos. – todo orgulhoso. – E muito obrigado. – assinando os papeis que Miguel lhe estendia. – Aqui estão os documentos necessários. – mostrou. – Agora é com você Miguel. – piscou. – Confio em ti.

Miguel: Vai lá cara. – batendo nas costas dele. – Boa sorte e assim que acabar aqui, eu vou correndo pra lá. – piscou. 

Diego: Valeu! – voltou a olhar os executivos. – E vocês me desculpem de novo! – sai como um furacão.

Diego sai da Maremis voado, antes de ir para a maternidade corre em casa para pegar sua câmera digital, precisava registrar tudo. Estava muito eufórico em saber que dentro de poucas horas se tornaria pai. Pegou tudo o que precisava e saiu rapidamente. Roberta precisava dele.


Enquanto isso no hospital. Roberta estava sendo preparada para o parto, esperneava, chorava e xingava todo mundo. 

Roberta: Eu quero morrer! – disse coçando a cabeça aperreada com as contrações. – Está doendo demais papai! – choramingando.

Martim: Se acalme minha filha e não fale besteiras. – disse segurando a mão dela. A ruiva relaxou quando a contração foi embora.

Roberta: Ah. – deitando a cabeça no travesseiro e fechando os olhos. – Desculpa por apertar sua mão desse jeito papai. – coçou o olho.

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