Capítulo 20
Balançou a cabeça para espantar tais pensamentos e saiu do quarto da filha, foi para o quarto de seu filho que também era um quartinho de bebê muito lindo, bem decorado e mobiliado. Sorriu ao ver que estava tudo pronto para a chegada dos gêmeos, só faltava o principal, a mãe e os próprios gêmeos.
Revirou os olhos ao pensar nisso e fez a mesma coisa que fez no quarto de Lara, abriu todas as gavetas para olhar as roupinhas e via de tudo, fraldas, macaquinhos, blusinhas, sapatinhos, alguns bichinhos de pelúcia e outras diversas utilidades. Abriu a ultima gaveta e encontrou mamadeiras, chuquinhas, lenços umedecidos e também viu algo que chamou sua atenção O que um DVD estava fazendo na gaveta do seu filho?
Pegou o DVD, o abriu e leu o titulo que estava escrito de caneta azul, descobriu que era o DVD de uma das ultras de Roberta, observou a data e suspirou, era da semana passada e como sempre não estava presente no dia. Teve vontade de xingar até seus bisavós por isso, afinal sempre estava focado no trabalho, em coisas de importância mínima e sempre ausente na gravidez de Roberta.
Se levantou, decidido a assistir e seguiu para a sala com o DVD em mãos, tirou aquele filme idiota que de comedia não tinha nada e colocou o DVD, que logo começou a rodar. Sentou-se e apertou play, logo viu a perfeita silhueta de um bebê, sorriu emocionado, eles já estavam perfeitos, os bracinhos, as perninhas, até as mãozinhas dava de ver perfeitamente devido a tecnologia 3D a qual Roberta sempre preferia, olhou o rostinho de um dos bebês e sentiu uma lagrima escorrer.
Logo outra imagem se focou na tela, aquela com certeza era a garotinha, dava até para ver a partezinha dela, pois estava com as perninhas levantadas e com o pé na boca. Meu Deus! Aquilo era um milagre, sorria e chorava ao mesmo tempo, mal podia esperar para segurar aquelas duas coisinhas no colo.
Sentiu-se agoniado ao ver como os dois estavam apertados dentro da barriga da mãe, não era a toa que chutavam a todo o momento, competia espaço até nos mínimos movimentos. Logo um som forte foi ouvido e ele deduziu ser o coraçãozinho de um deles, sentiu uma emoção extraordinária ao ouvir aquilo.
Diego: Meus bebês. – sorrindo todo bobo, enquanto tocava na tela da TV. – O papai ama vocês, ama muito. – declarou com algumas lágrimas.
Logo o DVD acabou e ele desligou o aparelho tristemente, sentou no sofá e ficou olhando para o nada, tentando entender o porquê as coisas tinham que ser tão complicadas. Ouviu a campainha tocar e pensou na possibilidade de ser Roberta atrás daquela porta, mas suspirou ao ver que era a mãe.
Mabel: Oi filho! – cumprimentou com um beijinho e sorrindo carinhosa.
Diego: Oi mãe. – sorriu tristemente. – Entra. – abrindo espaço para ela entrar.
Mabel: O que aconteceu querido? – tocou o ombro dele. – Porque você e Roberta brigaram? – confusa, enquanto sentava no sofá.
Diego: Você já está sabendo? – sentando ao lado dela.
Mabel: Sim, liguei para o celular dela, a Alma atendeu e me falou. – contou, cruzando os braços. – Conta para a mamãe o que houve querido. – pediu e Diego contou tudo para a mãe que apenas o escutava compreensiva.
Diego: E foi isso, ela entrou bem na hora e viu quando aquela mulher estava praticamente me engolindo. – revirou os olhos ao lembrar-se daquela vadia. – Daí ficou muito irritada.
Mabel: Oh meu amor. – abraçando o filho de lado. – O bom de tudo isso é que você demitiu essa mulher de uma vez por todas.
Diego: Deveria ter feito isso antes. – colocando a mão no rosto. – Mas você sabe que não gosto de demitir ninguém, me sinto mal sabendo que tirei um emprego de uma pessoa que precisa, mas nesse caso eu não tive escolha! – justificou-se. – Ela passou dos limites! – bufou.
Mabel: Se ela vivia provocando e dando em cima de você desta forma, significa que não precisava tanto do trabalho. – consolou e ele assentiu.
Diego: Não me importa se ela precisa ou não, a cidade é enorme, com certeza arruma outro rapidinho. – mordeu o lábio. – Eu só não a quero mais perto de mim nem da Roberta!
Mabel: Tem razão filho, passar por esse tipo de chateação no estado da Robertinha é muito perigoso. – coçou a nuca, pensativa.
Diego: Se a Roberta estivesse passado mal, eu matava aquela mulher! – grunhiu irritado.
Mabel: Se acalma meu filho.
Diego: Acha que ela me perdoa? – perguntou receoso e com cara de choro.
Mabel: Mas é claro que sim meu amor. – sorrindo da expressão dele. – Ela apenas está nervosa por conta da gravidez, eu sei que ela vai querer ficar alguns dias sem ver você, mas depois passa. – piscou despreocupada.
Diego: Eu espero mesmo. – suspirou pensativo.
Mabel: Agora o que acha de um lanche? – sugeriu e ele sorriu de lado. – Aposto que não comeu nada certo? – sorriu enquanto ia em direção a cozinha e ficou fazendo companhia para o filho algumas horas, depois foi embora.
¨¨¨¨
Os dias foram passando, Roberta e Mia estavam cada dia mais perto de darem à luz, Roberta estava chorona, não podiam sequer dizer que ela era feia que já estava à beira das lagrimas, Mia ainda estava meio abatida por conta de sua depressão, Miguel sempre estava por perto, mas ela se recusava a aceitar sua ajuda.
Roberta e Diego ainda estavam "brigados", ou melhor, ela estava irritada com ele. O loiro telefonava, ia até ela, mas ela não queria vê-lo de jeito nenhum. Diego e Miguel viviam preocupados com as esposas e qualquer telefonema que recebiam já era motivo de preocupação, afinal as duas podiam entrar em trabalho de parto a qualquer momento, os dois estavam quase enlouquecendo.
Na mansão Colucci. Roberta e Mia haviam acabado de voltar da yoga, Alma insistiu para que as duas fizessem o exercício alegando que liberava o stress e deixava tanto elas como os bebês calmos. As duas estavam estabanadas no sofá, Marcelino e Lolly também faziam companhia.
Lolly: Mia? – indagou a cunhada. – Porque a barriga da Roberta é maior que a sua? – curiosa.
Marcelino: Porque a Roberta vai ter gêmeos e a Mia não! – respondeu, revirando os olhos. – Dã! – deu um pedala nela.
Lolly: Cala a boca seu idiota, que eu não te perguntei nada! – acariciando a barriga da cunhada. – Eu sei que a Roberta vai ter dois, ok? – com bico.
Roberta: Chega! – pediu com os olhos fechados. – Eu estou com dois bebês dentro de mim, prontos para nascerem e não preciso de duas vozes brigando no meu pé do ouvido.
Mia: Apoiada Roberts. – piscou, cansada. – Ai Arthur, por que você não nasce logo meu amor? – com a mão na barriga.
Marcelino: Roberta, como você colocou os gêmeos aí dentro? – perguntou com um sorrisinho pervertido.
Roberta: Pergunta para a sua mãe! – bufou, ainda com os olhos fechados. – Ela vai te explicar direitinho.
Marcelino: Não precisa eu perguntar pra ninguém, eu já sei como se fazem os bebês, sei que você e o Diego transaram por isso você ficou grávida. – com a mão na barriga de Roberta, a mesma abriu os olhos olhando incrédula para Marcelino.
Roberta: Como é que é? – o encarando perplexa. – Onde aprendeu isso menino? – Marcelino sorriu abertamente. – As escolas estão cada dia mais apressadas hein? – olhou Mia.
Mia: Isso é. – tentou sorrir. – Hunf, meu bebê está me espancando por dentro. – reclamou.
Roberta: Ai meu Deus, eu digo o mesmo Barbie. – se levantando com dificuldade, por causa da barriga. – Ai que dor nas costas! – com a mão nas costas. – Ai meus amores, vocês estão acabando com a mamãe! – com cara de choro. – Eu vou para o meu quarto, digam para levarem meu jantar lá em cima, por favor. – sai resmungando.
Lolly: Porque meu irmão não fica aqui com você Mia? – confusa.
Mia: É uma longa história baixinha. – sorrindo e acariciando os cabelos dela. – Qualquer dia eu te conto está bem? – piscou e Lolly assentiu.
Roberta estava tomando um banho relaxante, estava se sentindo esgotada e sentia os bebês chutarem a todo o momento, sabia que estava perto do parto e sentia medo de não estar com Diego quando chegasse a hora. Acariciava a barriga enquanto a água quente caia sobre seu corpo, sentia uma dor nas costas terrível, definitivamente não estava mais aguentando a gestação dupla.
Roberta: Se acalmem meus amores, por favor! – tentando acalmá-los com vontade de chorar. – Diego, meu amor! – chorosa. – Eu estou com muitas saudades. – mordeu o lábio e logo saiu do banho, se enxugou e colocou apenas uma calcinha e um sutiã, que era o que ela mais usava ultimamente, afinal se sentia muito mais confortável vestindo isso.
Sentou-se em uma poltrona bastante confortável que tinha em seu quarto e ficou pensando na vida, enquanto fazia carinho em seus bebês que estavam mais calminhos. Logo ouviu um barulho esquisito vindo da sacada, ficou com um pouco de medo, imagina se fosse um ladrão?! Ficou olhando apreensiva para a parede e quando criou coragem para levantar, se deparou com Diego na sua sacada, ele estava com uma calça social, uma blusa branca também social, com as mangas puxadas até o cotovelo e os cabelos completamente desagregados, era impressão ou tinha algumas folhinhas no cabelo dele?
Diego: Por favor... – se aproximando dela, receoso. – Não me mande embora de novo. – disse baixinho. – Eu quero falar contigo!
Roberta se deu conta que estava apenas de lingerie e tratou de se cobrir com o robe, que estava ao lado dela.
Roberta: Como você entrou aqui? – foi o que conseguiu dizer, enquanto se cobria melhor.
Diego: Como eu sempre entrei quando a gente namorava, pela nossa arvore. – se aproximou dela. – Eu não estou mais aguentando ficar longe de você, meu amor.
Roberta: Tem folhas no seu cabelo. – apontou, com vontade de rir.
Diego: Eu sei. – sorrindo fraco e tirando as folhas. – Mas isso não importa! – tocou a mão dela. – Me perdoa meu amor, volta pra mim! – pediu.
Roberta: Diego, eu não... – tocou a barriga, se sentindo um pouco zonza.
Diego: Sabe que sente minha falta! – a interrompeu. – Porque insiste em querer ficar longe de mim? – questionou, sem entender o comportamento da esposa. – Logo agora que os nossos bebês estão prestes a nascer. – ele pareceu confuso.
Roberta: Sabe o por que... – respirou fundo, tentando se manter em pé.
Diego: Eu te amo mais do que a minha própria vida! – tocou o rosto dela. – Te amo demais amor, você sabe disso. – beijou a testa dela e Roberta começou a perder o foco, se sentindo muito tonta. – Eu não aguento mais ficar te olhando por fotos! – mordeu o lábio, aturdido. – Quando sinto falta do teu corpo, tenho ficar me masturbando com aquela maldita revista a qual você foi capa! – confessou irritado consigo mesmo. – Eu jamais me imaginei fazendo amor com uma revista... – franziu a testa, bolado.
Roberta: Diego... – chamou chorosa com a mão na barriga, estava se sentindo mal, muito mal. – Diego eu estou passando mal. – se apoiou dele.
Diego: O que foi meu amor? – perguntou preocupado. Ela pôs a mão no rosto e logo perde os sentidos nos braços dele. – Roberta! – se desesperou, tentando acordá-la. – Meu Deus! – a pegou no colo e saiu do quarto como um furacão.
Alma ouviu o barulho e saiu rapidamente do seu quarto.
Alma: O que aconteceu... – vinha agoniada. – Diego, o que está fazendo aqui? – confusa ao ver o genro, em seguida arregalou os olhos ao ver Roberta desmaiada nos braços dele. – Meu Deus, minha filha! – desesperou-se.
Diego: Alma, eu vim conversar com ela e ela passou mal. – dizia tão agoniado quanto a sogra. – Acho que ela teve uma queda de pressão.
Alma: Coloque-a na minha cama, que vou ligar para a médica dela. – apontou a porta do quarto que estava aberta e Diego assentiu entrando, Alma foi ligar para a médica e depois de um tempinho regressa. – Querido nós temos que levá-la ao hospital, ela precisa ser medicada e logo! – entrou no quarto apressada em busca de sua bolsa.
Diego: Mas eles já vão nascer? – perguntou com os olhos arregalados.
Alma: Não sei. – observou ele pegando Roberta nos braços. – Tudo depende do que os médicos falarem!
Diego: Então vamos logo! – sorriu, com o coração aos pulos.
Alma assentiu e chamou Franco para acompanhá-los. Antes de saírem ela acalmou Mia, alegando que estava tudo bem com Roberta e qualquer coisa que sentisse era para ligar imediatamente.
Depois de um tempo de espera no hospital, a doutora de Roberta se aproxima deles.
Doutora: Alma. – chamou, sorrindo.
Alma: Doutora, graças a Deus! – se levantou, agoniada. – E então? Minha Roberta vai dar a luz? – perguntou, sem esconder sua preocupação.
Doutora: Não. – negou, olhando a prancheta. – A bolsa dela ainda não se rompeu, mas não vai demorar nada, realmente podem nascer a qualquer momento.
Diego: O que houve com ela? – perguntou, logo atrás de Alma.
Doutora: Ela teve uma queda de pressão, é algo bastante comum em finais de gestações gemelares. – o tranquilizou. – Mas nada que possa ser prejudicial à saúde, tanto dela quanto dos bebês. – enfatizou com um sorriso. Diego e Alma sentiram um baita alivio.
Alma: Podemos vê-la?
Doutora: Claro. – assentiu alegre. – Mas agora ela está dormindo, é melhor deixarem ela descansar um pouco. – sugeriu. – Podem entrar, mas sem fazer barulho.
Alma: Tudo bem. – assentiu com um sorriso, enquanto via a doutora se afastar. – Diego, eu posso ir sozinha primeiro? – pediu.
Diego: Añ? – confuso. – Claro, mas por quê?
Alma: Coisas de mãe, querido. – sorriu, tocando o ombro dela. – Nada contra você. – Diego sorriu de lado. – A propósito, onde está Franco?
Diego: Foi buscar um café. – coçou a nuca.
Alma: Muito bem, quando ele voltar diga que estou com Roberta no quarto e que não me demoro sim? – ele assentiu, enquanto sentava de novo, esfregando o rosto.
Depois de algum tempo, Alma regressa. Parecia bem mais tranquila.
Diego: Então? – a olhou. – Ela já acordou? – perguntou, se levantando.
Alma: Sim. – sorrindo. – Você pode entrar. – piscou.
Diego: Valeu. – disse todo animado, enquanto ia em direção ao quarto, mas Alma o chamou de novo. – O que?
Alma: Diego, pega leve com ela sim? – falou baixinho. – Está chorando muito, tentei fazê-la parar de chorar, mas não consegui. – explicou. – Espero que você consiga.
Diego: Mas porque ela está chorando? – com os olhos arregalados de preocupação.
Alma: É o que ela mais faz ultimamente. – riu, dando de ombros. – Mas é por conta da gravidez, a doutora disse que era super normal.
Diego: Menos mal. – sorriu mais despreocupado. – Eu vou ver o que posso fazer. – Alma assentiu e ele saiu.
Quando entrou no quarto dela a encontrou soluçando, com os olhos cheios de lágrimas. Ela o viu e chorou mais, Diego sorriu da carinha dela, sentou na beira da cama enquanto uma enfermeira a medicava e esperou a mulher sair para começar.
Diego: Meu amor, porque você está chorando? – tocando os cabelos dela que permanecia parada. – Está tudo bem. – beijou a mão dela.
Roberta: Eu não aguento mais! – falou aos prantos. – Eu não aguento mais essas dores no corpo, não aguento mais essa barriga enorme, eu quero os meus bebês mais ao mesmo tempo quero jogar tudo para o alto! – fungou.
Diego: Shii. – a abraçando. – Eu sei que é difícil, é por isso que Deus dá esse papel para as mulheres. – ela o encarou confusa. – Nós homens jamais conseguiríamos, se eu estivesse no seu lugar já estaria louco. – sorrindo e Roberta olhou para baixo. – Eu te amo. – disse, fazendo ela o encarar.
Roberta: Para Diego... – falou baixinho, sentindo a respiração falhar.
Diego: Olha nos meus olhos e diz que não quer voltar pra mim. – lhe obrigando a olhá-lo nos olhos, ela ficou muda. – Eu sei que é isso que você quer. – sorrindo. – Me escuta meu amor, eu jamais trocaria você por qualquer mulher que for, sou completamente apaixonado por você e você sabe disso muito bem. – falou, olhando nos olhos dela. – Esses últimos dias que fiquei sem ti foram os piores e mais angustiantes da minha vida, o jeito que eu arrumei para não enlouquecer foi me ocupando, adaptei toda a casa para a chegada dos nossos bebês, comprei um carro maior e também entreguei o Tino para a mamãe...
Roberta: Você fez o que? – o interrompeu, surpresa.
Diego: Eu adaptei...
Roberta: Não! – o interrompeu outra vez. – Isso eu entendi! – rolou os olhos. – Estou falando da última. – ergueu a sobrancelha e ele abaixou a cabeça.
Diego: Entreguei o Tino para a minha mãe. – suspirou pesadamente. – Você não disse que ele poderia fazer mal aos bebês, por conta dos pelos? – Roberta assentiu, receosa.
Roberta: Eu não esperava que você se livrasse do seu persa. – o analisou. – Você ama aquele gato. – sussurrou com a voz falha.
Diego: Mas amo mais você! – tocou o rosto dela. – Amo mais os meus filhos! – disse sorrindo. – Volta pra mim Roberta.
Roberta: Eu não deveria... – com bico de choro. – Mas eu não aguento mais ficar longe de ti. – declarou e Diego abriu um sorriso que mal cabia no rosto.
Diego: Isso quer dizer que... – não terminou de falar, pois ela o puxou e o beijou rapidamente. Ele correspondia com facilidade, sentia saudades daquela boca deliciosa, do cheiro e da voz dela, estavam cheios de saudades um do outro. – Eu te amo. – disse nas nuvens.
Roberta: Também te amo. – sorrindo apaixonada. – Muito! – o beijou de novo e ficaram um tempo se abraçando e acariciando. – Ele vai ficar bem? – perguntou com a cabeça encostada no peito dele.
Diego: Ele quem? – indagou confuso.
Roberta: O pulguento.
Diego: Desde quando se preocupa com ele? – disse divertido.
Roberta: Ah sei lá. – revirando os olhos, impaciente. – Só me responda.
Diego: Claro que vai meu amor. – cheirou os cabelos dela. – A mamãe me prometeu que vai cuidar dele como se fosse um membro da família e me explicou que gatos são desapegados, por isso eu não fiquei tão mal. – suspirou e ela lhe deu um selinho. – O que isso? – apontando um aparelhinho que tinha ao lado da cama.
Roberta: Hm... – se virou para olhar. – Eu não sei. – mordendo o lábio. Uma enfermeira entra e sorri ao vê-los.
Diego: Escuta... – olhou para a mulher. – O que é isso? – apontando.
Enfermeira: Ah, esse aparelhinho está medindo os batimentos dos bebês. – sorriu. – Olhem, aqui tem esses dois coraçõezinhos. – apontando um coraçãozinho vermelho e outro verde. – O vermelho é o do menino e o verde da menina. – explicou e Diego e Roberta sorriram bobos.
Diego: Mas não estão fortes demais? – preocupado.
Enfermeira: Não. – negou, colocando um antibiótico para Roberta que tomou fazendo careta. – É muito normal. – sorri. – Agora eu preciso ir, com licença. – sai.
Roberta: Não gosto de tomar remédios. – reclamou com bico.
Diego: Nota-se. – rindo e dando um selinho nela.
Dois dias depois, Miguel chega à mansão Colucci e quem o atende é Mia. Quando ela o vê fecha a porta, mas ele a detém com o pé.
Miguel: Espera Mia. – abrindo a porta, sem dificuldade. – Vamos conversar sim? – entrando.
Mia: Não tenho nada pra falar com você! – irritada. – Sai daqui! – apontando à porta.
Miguel: Eu não vou sair. – enfatizou, negando com a cabeça calmamente. – Mia, eu não acredito que ainda esteja fazendo esse tipo de coisa.
Mia: O que? – o encarando confusa. – Você enlouqueceu Miguel? – ergueu a sobrancelha. – O que está dizendo?
Miguel: Eu quero saber por que se recusa a fazer o que o doutor manda? – bufou. – Não vê que ele apenas quer o bem do nosso filho?
Mia: Ah agora você é o pai? – dando um risinho debochado. – Que irônico não? Uma hora você é o pai, outra não, depois volta a ser o pai de novo, o que é isso Miguel? – cruzou os braços. – Está jogando bumerangue com a sua vida ou o que? – perguntou sarcástica.
Miguel: Não brinque com isso Mia. – bufou impaciente. – Já pedi desculpas para você pelo que eu disse.
Mia: Mas eu não te desculpo! – enfatizou, com a mão na cabeça. – Sai daqui, está me deixando pior. – apontando a porta. – Você me deixa pior! – declarou, Miguel se sentiu extremamente mal com isso e suspirou pesadamente.
Miguel: Não diga isso Mia. – pediu com os olhos fechados. – Não tem noção de como eu me sinto mal quando você fala essas coisas.
Mia: Mas é a verdade! – bateu o pé. – Também não teve noção de como me machucou quanto disse que não era o pai do meu filho! – começando a chorar. – Sendo que foi o único homem pra mim!
Miguel: Eu falei sem pensar Mia, não tem noção de como me sinto mal por ter dito todas essas coisas pra você. – falou, também com lagrimas. – Me perdoa, por favor! – Mia negou com a cabeça e suspirou.
Mia: Eu posso até te perdoar Miguel, mas não vai ser agora. – negou com a cabeça, enxugando as lágrimas. – Agora se me dá licença eu vou dormir um pouco, estou com muito sono, não dormi nada de noite por que o bebê ficou chutando e não me deixou dormir. – deu um leve sorriso. – Eu sei que isso não te importa, mas eu não posso evitar falar, eu gosto de provocar você. – saiu com um sorrisinho falso.
Miguel colocou a mão na cabeça e deu um longo suspiro. Quando isso iria acabar? Saiu de seus devaneios quando lembrou que tinha que ligar para Diego. Discou os números e logo escuta a voz sonolenta do amigo.
Miguel: Já está dormindo meu caro? – rindo debochado. – Te acordei foi?
Diego: Que nada, eu não estava dormindo. – também rindo. – Mas conta aí, o que rolou lá?
Miguel: Amanhã mesmo vamos fechar o negócio mano! – disse alegre. – Deu tudo certo.
Diego: Está brincando? – perguntou, com os olhos brilhando.
Miguel: Que brincando o que! – disse entusiasmado. – O negocio já está mais do que fechado cara! – sentou-se no confortável sofá dos Colucci. – Amanhã cedo vamos fazer o maior negocio que a empresa já teve! – disse orgulhoso.
Diego: Não sabe como estou aliviado cara. – passou a mão no rosto. – Pensei que perderíamos mais esse. – suspirando aliviado.
Miguel: Eu também, aquele velho é duro na queda. – rolou os olhos. – Mas com um papinho ali e outro aqui consegui convencê-lo.
Diego: Valeu Miguel, te devo mais essa! – sorriu satisfeito.
Miguel: Que nada cara, como está a Roberta?
Diego: Está aqui, enfim conseguiu dormir... – suspirou, olhando a esposa em seu sono de pedra. – Os gêmeos estão chutando muito a minha princesa, ela já está muito incomodada.
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