Capítulo 9
Giovanni: Está guardando o carro, por quê? Está com saudades dele é? – deu um sorrisinho safado.
Roberta: Ai Giovanni, me poupe das suas idiotices por Deus, eu preciso falar com Diego. – explicou.
Diego: Pode falar. – chegando. – Sou todo ouvido! – se apoiando no batente da porta.
Roberta sentiu um arrepio, depois que descobrira que estava grávida ainda não tinha tido nenhum contato com ele, nem sua voz ouviu. Queria abraça-lo, beija-lo. Queria que ele dissesse que tudo estava bem e que tudo daria certo. Porém sabia que isso não era possível, pelo menos as duas primeiras vontades.
Roberta: Precisamos falar Bustamante. É muito sério. – estava tensa.
Diego: O que houve Roberta? – se aproximou dela. – Está tensa. Você está bem? –preocupado.
Roberta: Mais ou menos, vem Diego! – puxando ele.
Diego: Tem que ser particular? – ele deu um sorriso. – É tão sério assim? – disse com uma pontinha de esperança.
Roberta: É mais do que sério. – bufou. – É importante Diego.
Diego: Ok! – assentiu. – Gente, só um minuto. – todos assentiram. Mia deu um sorrisinho disfarçado a Roberta, lhe desejando boa sorte.
Giovanni: Nesse mato tem coelho! – disse assim que eles saíram, com um sorrindo safado. – Vou na cozinha buscar algo para beber, já volto. – saiu e quando ia se aproximando da cozinha, viu um sujeito chegando, bem alvoroçado.
– Roberta! – chamou.
Giovanni: Qual é? – olhando estranhamente, ao sujeito. – Quem é você meu chapa?
– Sou Felipe Albuquerque. – rolou os olhos. – Eu estou procurando a Roberta.
Giovanni: A Roberta está no jardim com o namorado dela. – deu um sorrisinho debochado.
Felipe: Como é? Com o Diego? – confuso.
Giovanni: E você conhece outro?
Felipe: Quer saber cabelo de arco íris? – o olhou com uma careta. – Vai tomar no cu!
Giovanni: Eita meu jovem! – deu um pulo. – Educação existe viu?! – perplexo, mas Felipe já tinha saído furioso.
¨¨¨¨
Diego: E então? – confuso. – Pode falar. – parou olhando-a nos olhos.
Roberta: Bom é que... – fechou os olhos. – É que eu não sei por onde começar sinceramente. – abaixando a cabeça.
Diego: Fala amor. – segurando o queixo dela e levantando a cabeça para ela o olhar nos olhos. – É sobre nós dois?
Roberta: Não. – se enrolou. – Quer dizer, é! – ele a olhava sem entender. – Ai Diego eu estou muito nervosa. – suando frio.
Diego: Eu já sei meu amor não precisa ficar assim. – ele tocou o queixo dela.
Roberta: Como? – franziu a sobrancelha.
Diego: Eu já sei do que se trata. – disse calmamente, pincelando o nariz dela.
Roberta: Droga, a Mabel deu com a língua nos dentes. – pensou. – Diego eu falei pra ela não abrir a boca. – disse, rolando os olhos.
Diego: Ela quem? – a olhou estranhamente. – Está falando do que Roberta?
Roberta: Do que a Mabel disse. – confusa.
Diego: Ninguém me disse nada amor. – negando com a cabeça.
Roberta: Não? – disse aliviada em partes. – Então como sabe do que eu vou falar?
Diego: Eu sei que me chamou aqui pra dizer que me perdoa. – deu um sorriso cheio de felicidade.
Roberta: Não Diego... – Diego não a deixou terminar e a beijou, um beijo cheio de saudade e paixão, Roberta retribuía o beijo. Mas quando percebeu o que estava fazendo separou-se dele. – Para Diego! – o empurrando.
Diego: Porque amor? – abraçando-a
Roberta: Eu não te chamei aqui pra isso. – olhando-o e viu a expressão e o sorriso dele murcharem.
Diego: Não? – entristecido. – E porque então? – franziu os olhos.
Roberta: Eu... Eu... Hm. – gaguejando. – Droga, por que está sendo tão difícil falar pra ele? – pensou.
Diego: Fala Roberta! – impaciente.
Roberta: Eu estou grávida! – berrou. Diego ficou amarelo e arregalou os olhos.
Diego: Como? Como assim?
Roberta: É isso que você ouviu. – suspirou. – Eu estou esperando um filho seu! – nervosa.
Diego: Repete, por favor! – sorrindo com os olhinhos brilhando, não estava acreditando que aquilo estava acontecendo.
Roberta: Ai Diego, eu não vou repetir! – ergueu a sobrancelha ao ver que ele parecia feliz. – Você ouviu! – não pode evitar um sorriso.
Diego: Amor, eu te amo! – sem resistir, voltou a beija-la, ele a encostou em uma árvore e acariciou os cabelos dela, mas...
Felipe: Atrapalho? – disse, tentando esconder ao máximo sua insatisfação.
Roberta e Diego pararam o beijo e o encaram, Diego fechou a cara, que diabos Felipe estava fazendo ali?
Diego: Algum problema? – o olhou sério. – Está perdido ou o que?
Felipe: O que você está fazendo com esse cara Roberta? – o ignorou.
Diego: Não está vendo? – rolou os olhos. – Roberta e eu estávamos nos beijando. – disse enquanto abraçava Roberta por trás. – Estávamos comemorando!
Felipe: Comemorando o que? – cruzou os braços.
Diego: Isso não te interessa! – sorrindo debochado.
Felipe: Escuta aqui playboy, a conversa ainda não chegou ao curral. – se irritando e indo pra cima de Diego. Roberta que ainda não tinha falado nada resolveu separar a futura briga.
Roberta: Já chega os dois! – entrando no meio dos dois. – Felipe o que está fazendo aqui?
Felipe: Eu vim te ver. – sorrindo obvio.
Diego: Mas é você é muito cara de pau! – bravo.
Felipe: Fala Roberta! – ainda olhando a ruiva. – O que estava comemorando com esse cara?
Diego: A chegada do nosso bebê! – sorrindo de orelha a orelha.
Felipe: O que?! – começou a rir, como se Diego tivesse contado a mais engraçada das piadas. – Roberta, do que esse cara está falando? Ele bebeu o que?
Roberta: Felipe, eu vou ter um bebê com o Diego. – disse sem entender o motivo do riso.
Diego: Ouviu? – ergueu a sobrancelha. – Ela vai ter um filho comigo.
Felipe: Ah, por favor. – arregalou os olhos ainda rindo. – Isso é uma brincadeira e de muito mau gosto, conta outra playboy! – gargalhando. Diego e Roberta apenas olhavam a cena estáticos.
Roberta: Qual é o motivo da graça? – perguntou séria.
Felipe: Roberta, vocês não estão falando sério não é? – parando de sorrir. – Fala sério.
Roberta: É serio sim Felipe. Jamais brincaria com uma coisa dessas. – acariciando a barriga. – Eu vou ter um bebê! – sorriu por fim.
Diego: Meu filho! – abraçando Roberta por trás e acariciando a barriga dela.
Felipe: Isso não pode ser! – em choque. – Vocês não estavam separados?
Roberta: Eu creio que estou com mais ou menos três meses. – pôs a mão no bolso da saia jeans. – Logo vou ao médico para saber com clareza.
Diego: Três meses amor? – surpreso e por fim entendendo o comportamento tão estranho da ruiva.
Roberta: Já disse para não me chamar de amor! – o olhou séria. Felipe sorriu satisfeito.
Felipe: Do que adianta ela estar carregando um filho seu, se não te ama e nem quer saber de você? – riu e Diego o fuzilou com os olhos.
Diego: Sai daqui! – bravo. – Sai daqui, senão eu vou quebrar a sua cara.
Felipe: Eu não tenho medo de você. – indo para cima dele.
Roberta: Já chega! – separando-os novamente. – Felipe, por favor, depois conversamos.
Felipe: Ok, Roberta. – olhou Diego com raiva. – Só vou porque você está pedindo. – beijou o rosto de Roberta e saiu. Diego o viu sair e olhou Roberta.
Diego: Porque falou daquele jeito? – olhando-a nos olhos.
Roberta: Não estou entendendo. – desviando o olhar e voltando a olhar para o chão.
Diego: Porque diz para eu não te chamar de amor? Não me ama mais? Realmente não sente mais nada por mim?
Roberta: Eu queria não sentir. – o olhou novamente. – Mas não consigo parar de pensar em você nem um minutinho. – fazendo um "c" com os dedos.
Diego: Casa comigo então? – disse a abraçando e colando seu corpo ao dele.
Roberta: Não! – arregalou os olhos. – Você está maluco Diego?!
Diego: Por que maluco? – ele negou com a cabeça. – Você está grávida Roberta e eu quero assumir você e o meu filho.
Roberta: Eu sei Diego, mas eu não quero me casar com você por obrigação e sim por amor. – passou a mão no rosto.
Diego: Então casa comigo por amor Roberta! – a olhou nos olhos roçando os seus lábios aos dela. – Por todo o amor que você sente por mim e eu por você, pelo nosso bebê! – sorrindo esperançoso.
Roberta: Eu gostaria. – o olhou, sem poder esconder a vontade que tinha de casar. – Mas não Diego! – negou com a cabeça e separou-se dele. – Não posso esquecer o que você fez! – ele a olhou entristecido. – Mas olha... Podemos dar uma trégua de brigas, ok?!
Diego: Me perdoa? – pediu novamente.
Roberta: Não! – deixou claro. – Uma trégua não tem nada a ver com perdão ou reconciliação. – ele suspirou. – Somos amigos? Pelo bebê?
Diego: Sim. – sorrindo amarelo, mas tinha que admitir que tinha mais chances como amigo, do que como inimigo dela. – Pelo bebê. – os dois sorriram. – Meu Deus eu nem acredito que vou ser papai! – disse ainda nas nuvens com a noticia. Ajoelhou-se e começou a falar com o bebê, ou melhor, com a barriga de Roberta, que sorria. – Filho, aqui é o papai. – imitando uma voz de bebê. – O papai mais babão do mundo! – os dois riram.
Roberta: Diego? – chamou e ele a olhou. – Você está mesmo feliz?
Diego: É claro. – se levantando. – Por quê? Você não está? – perguntou preocupado.
Roberta: Eu só estou um pouco receosa. – mordeu o lábio. – Não posso evitar sentir medo.
Diego: Não precisa sentir medo. – pôs o cabelo dela atrás da orelha. – Eu estou aqui e não vou te abandonar. – abraçando-a e dando um beijo na testa dela. – Eu te amo, não se esquece disso.
Roberta: Eu não vou esquecer. – disse baixinho, com os olhos fechados. – Vamos entrar?
Diego: Sim, já devem estar esperando a gente. – a abraçou de lado e saíram muito felizes.
¨¨¨¨
Giovanni: E ainda me mandou toma no cu! – contava revoltado aos amigos a forma que Felipe tinha lhe tratado.
Miguel: Que mal educado! – fazia careta.
Mia: Eu nunca vi esse tal Felipe por aqui! – pensativa. – Será que é algum ladrão? – arregalou os olhos.
Lupita: Ai gente vai ver ele é algum amigo da Roberta. – dando de ombros.
Giovanni: Mas ele me mandou tomar naquele lugar e eu não vou deixar isso barato! – com um grande bico. Roberta e Diego chegaram. – Até que enfim chegaram, vocês acreditam que aquilo chamado Felipe me mandou tomar no... – observou a expressão feliz dos amigos. – O que foi se reconciliaram? – confuso.
Roberta: Não. – disse calmamente, indo se sentar. – Não nos reconciliamos.
Giovanni: Então?
Mia: Roberta você contou? – disse segurando o sorriso.
Roberta: Sim. – assentiu sorrindo.
Mia: Meus parabéns Diego! – abraçando o amigo. – Estou muito feliz!
Miguel: É cara parabéns, uma noticia dessas é pra levantar defunto! – apertou a mão dele e lhe deu um abraço.
Diego: Muito obrigada, eu estou mais do que feliz! – passou a mão nos cabelos. – Não esperava por isso.
Giovanni: Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – berrou bravo. – Eu estou voando aqui e ainda me mandaram tomar no cu, cadê o respeito por mim?!
Diego: É simples meu caro. – disse o acalmando.
Giovanni: O que é simples? – bufou.
Diego: Eu vou ser papai! – disse gritando para quem quisesse ouvir. – Papai!
Giovanni: Como é que é? – chocado. – Você engravidou a Chucky?
Roberta: Não, ele engravidou a Dercy Gonçalves. – piscou. – Sabe aquela velhinha que falava um monte de palavrões? Que até já morreu. – arregalou os olhos.
Diego: Calma Roberta! – rindo. – Giovanni, claro que é com a Roberta! – com um sorriso bobo
Roberta: Pergunta idiota, tolerância ZERO! – piscou.
Giovanni: Desculpem, é que eu me assustei, cara meus parabéns! – abraçando o amigo. – Diego Bustamante vai ser papai! – disse rindo. – Não dá pra acreditar.
Roberta: O Diego não fez o bebê sozinho. – olhando seus anéis.
Giovanni: Desculpa Roberta. – sentou ao lado dela e a abraçou de lado. – Meus parabéns, você vai colocar o Diego para ser babá, já merece os parabéns dobrado! – beijou o rosto dela, fazendo-a rir. Diego rolou os olhos.
Roberta: Valeu arco-íris! – deu um pedala nele. – O que foi Lupi? – observando que Lupita estava chorando no canto da sala.
Lupita: Ai Roberta, você vai ser mãe e ainda me pergunta o que foi? – chorando e abraçando a amiga. – Parabéns amiga, que esse bebezinho nasça cheio de saúde.
Roberta: Valeu, mas não chora gatita, eu estou sensível demais e eu vou acabar chorando também!
Lupita: Mas eu estou chorando de felicidade! – sorrindo em meio às lágrimas. Roberta lhe deu um beijo na testa e a abraçou de novo.
Roberta: Bom, vamos ensaiar?!
- Vamos! – todos disseram em um uníssono.
Felipe chegou em casa puto da vida, entrou no quarto já quebrando tudo.
Felipe: Não! – jogando os travesseiros no chão de maneira agressiva. – A Roberta não pode estar grávida daquele mané. – dizendo pra si mesmo. – Poderia engravidar de um filho meu, mas o dele ela não pode ter! – rapidamente pegou o telefone, precisava ligar pra única pessoa que o entendia. – Alô? Romeu? Felipe aqui.
Romeu: Fala cara! – sorriu, enrolando-se na toalha.
Felipe: Romeu, eu preciso falar com você cara, vem para aquele endereço que eu te dei na casa dos Colucci. – andando de um lado para outro.
Romeu: Tem que ser agora? – fez careta.
Felipe: Sim! – berrou. – Agora!
Romeu: Está bem Felipe. – desligaram.
Romeu: Cara, eu já estou aqui. – disse entrando no quarto de Felipe pouco tempo depois.
Felipe: Fala cara! – abraçando o amigo.
Romeu: Porque me chamou aqui com tanta urgência? – confuso.
Felipe: Cara, eu estou puto de raiva, você nem acredita o que o Diego fez pra segurar a Roberta com ele... – irado de raiva.
Romeu: Calma cara! – o acalmou. – Respira... – tocou seu ombro. – Agora pode falar. O que o Diego fez?
Felipe: Aquele playboy de uma figa engravidou a Roberta! – vermelho de raiva, Romeu se chocou. – VOCÊ SABE O QUE ISSO SIGNIFICA PRO MEU PLANO? ISSO DESTRÓI TUDO PORRA! – gritando e jogando alguns perfumes no chão.
Romeu: Calma cara. – tapou os ouvidos. – Fala baixo que eu não sou surdo! – com careta. – Quer dizer que a ruiva está prenha é?
Felipe: Não... – se fazendo de besta.
Romeu: Você não acabou de falar brother? – demonstrando o quão idiota era.
Felipe: É claro que está otário! – lhe deu um tapa na nuca. – E esse bebê é do Diego!
Romeu: Claro que é dele. – rolou os olhos. – Era ele quem fodia com ela. – obvio. – Ou você queria que fosse seu? Não, ou melhor, dos churros da dona Florinda? Imagina só cara... Vai Diego, enfia esses churros todinho, isso, mas com cuidado, foi a dona Florinda que os fez. – brincou.
Felipe: Cala a boca! – gritou. – Eu te chamei aqui pra me ajudar e não atrapalhar falando bobagens.
Romeu: E o que quer que eu faça? – sem entender.
Felipe: Eu não sei, mas eu vou pensar em alguma coisa.
Romeu: Cara, porque essa preocupação? – deu de ombros. – Deixa ela ter o bebê dela em paz.
Felipe: Não está vendo que com o filho do Bustamante dentro dela ela não vai querer nem acordo comigo?! – falando alto, quase gritando.
Romeu: E para quê esse interesse repentino na Roberta? – olhando o amigo, bolado. – Ela é gostosa pra caralho, mas eu nunca te vi assim por garota nenhuma.
Felipe: Eu quero transar com a Roberta. – cuspiu. – Satisfeito?
Romeu: Bem, eu acredito que você vai precisar de muita paciência. – levantou as mãos.
Felipe: E por quê?
Romeu: Cara, ela está grávida! – rindo. – Quer motivo maior?
Felipe: E nisso que eu preciso dar um jeito. – pensativo.
Romeu: E também se o Diego souber que você andou cutucando o filho dele dentro da mina, ele vai te matar! – rindo da cara de Felipe.
Felipe: Eu não tenho medo daquele playboy! – disse sério e Romeu parou de rir.
Romeu: Se eu fosse você, não diria isso. – coçando a nuca. – Ele é bom de briga, meu primo diz que ele já praticou várias aulas de artes marciais e sabe lutar... – Felipe o interrompeu.
Felipe: Eu não quero saber se ele é bom de briga! – disse estupefato. – Eu quero a Roberta!
Romeu: Mas...
Felipe: Mas o caralho! Eu vou pensar em qualquer coisa, antes que seja tarde e você vai me ajudar. – olhou o amigo.
Romeu: E como eu posso te ajudar? – confuso. – Não acho que tenha algo que eu possa fazer.
Felipe: É claro que tem, mas eu não sei ainda. – pensativo. – Vou pensar em alguma coisa.
Romeu: E porque me chamou?
Felipe: Porque eu queria conversar, e também eu mando e você obedece! – deixou claro e Romeu riu, irônico. – Mas me diz, como está com a loirinha? Mia não é?
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