Capítulo 35

Roberta: Que bom, agora se me permitem eu estou indo nessa. 

Diego: Calma, por que a pressa? – falando no ouvidinho dela. 

Roberta: É que o Franco falou para eu passar lá na empresa dele. – arrepiada. – Lembra Barbie? Você também foi convocada.

Mia: Ah é verdade, temos que ir lá. – levantando e arrumando seus cabelos. – Papai chamou.

Diego: Tudo bem. – ele assentiu, apoiando os braços na mesa. – Então não esqueçam viu?

Mia e Lupita se despediram dele e saíram na frente, deixando-o sozinho com Roberta.

Roberta: Tchauzinho bebê. – sorrindo sexy. – Até mais. 

Diego: Não provoca Roberta. – sussurrou roucamente. 

Roberta: Não estou provocando. – sorrindo inocente. – Tudo bem, só um pouquinho.

Diego: Sei... – mordeu o lábio, tentando manter o controle. – É melhor você ir antes que eu perca o controle.

Roberta: Tem razão. – piscou e pegou sua bolsa.

Diego: Cadê o meu beijo? – Roberta sorri e dá um beijinho demorado no rosto dele. – Só isso? – bolado.

Roberta: Por enquanto sim! – sorri e sai. 

Diego: Ai meu Deus, eu ainda piro por causa dessa mulher! – pegando o telefone e discando. – Miguel?

Miguel: Fala cara! – se jogando no sofá. – E então?

Diego: Aprovadissímo parceiro!

Miguel: Os dois? – sorriu aliviado.

Diego: Mas é claro!

Miguel: Cara, eu nem sei como agradecer! – coçou a nuca. – Muito obrigado mesmo por essa força.

Diego: Que é isso cara, amanhã o Alejandro quer ver vocês dois as nove!

Miguel: Amanhã já? – empolgado.

Diego: Sim cara. – riu. – Tenho que desligar agora, quando eu chegar à gente conversa.

Miguel: Ok cara, e mais uma vez, obrigado. – suspirou, agradecido. 

Diego: De nada! – os dois se despedem e desligam. Diego voltou para suas obrigações, afinal estava cheio de trabalho.


¨¨¨¨

Franco: Nossa, estou impressionado, não acredito que se lembraram de vir! – rindo ao observar as duas atravessando a porta de seu escritório. 

Roberta: Muito engraçado coroa. – rolou os olhos sentando. – Vamos lá, manda ver. – Franco rolou os olhos, observando os modos da enteada.

Mia: Hello daddy !– sorriu, dando um beijinho no pai. 

Franco: Oi filha, pode sentar. – sentando e Mia fez o mesmo. 

Roberta: Eu já sentei. – mexendo num apetrecho de Franco.

Franco: Bom, vocês já estão bem crescidinhas e já tem diploma de moda para a minha sorte. – as olhava. – Acho que já estão aptas a ingressarem no ramo da moda.

Roberta: Obvio que eu estou. – sorriu abertamente. – Quer ver os meus desenhos? – perguntou, entregando a pasta. 

Franco: Claro. – pegando a pasta e a abrindo. 

Mia: Eu também trouxe daddy. – entregando para o pai, que olhava embasbacado aos desenhos de Roberta. 

Franco: Nossa Roberta, você tem muito bom gosto! – impressionado, afinal a menina não aparentava ligar muito para moda e afins. 

Mia: QUE? – arregalou os olhos. – Bom gosto? – riu. – Essa aí? 

Roberta: Pobre mortal, ela não sabe que a inveja faz mal. – assoviou, deixando Mia aborrecida.

Mia: Eu não estou com inveja de você! – disse claramente.  

Franco: Os seus também estão ótimos filha! – falou sorrindo, olhando os desenhos da filha.  

Mia: Jura daddy ? – falou empolgada, enquanto dava língua para Roberta.  

Franco: Eu adorei os desenhos de vocês! – assentiu, entregando as pastas a suas donas.

Roberta: O tecido de alguns dos meus desenhos teria que ser não lavado, por que os detalhes e acabamentos são com malha nobre. – enfatizou. 

Franco: Estou vendo que você entende muito do assunto filha. – a analisou.

Roberta: Claro, não aguentei aquele Hitler três anos da minha vida, presa naquela prisão de luxo para nada, eu tenho os meus conhecimentos no ramo. – gabou-se.

Franco: Que bom, eu me alegro muito. – achando graça. 

Mia: Ai daddy e eu? – reclamou com ciúmes.

Franco: Não se preocupe filha, você entende melhor de moda do que qualquer um. – piscou.

Roberta: Claro, ela morre por amor a moda. – rolou os olhos, afundando em sua cadeira.

Franco: Bom, as duas vão trabalhar aqui na empresa comigo, a partir de amanhã! – decretou.
- Amanhã? – berraram chocadas, em um uníssono.

Franco: Sim, por quê? – ergueu a sobrancelha.

Roberta: Por nada. – olhou Mia disfarçadamente e sorriu amarela. – É que a gente só se assustou um pouquinho, achamos que não seria agorinha, agorinha. – piscou.

Franco: Bom, mas é agorinha. – a imitou. – Então já podem ir ao RH preencherem as suas fichas, por que já estão contratadas! 

Mia: Agorinha, não é daddy ? – Franco assentiu, pacientemente. – Daddy, só uma perguntinha. – sorriu lindamente.

Franco: Diga Mia.

Mia: O que vem a ser RH? – Franco respirou fundo.

Roberta: Recursos humanos, burra! – respondeu, se levantando. 

Mia: Ah é, eu já sabia... – sorriu de forma amarela. 

Franco: Já chega, vão logo! – disse impaciente e as duas saem.

¨¨¨¨

Roberta: Barbie e agora? – resmungou a Mia, enquanto caminhavam até o RH. – O que vamos fazer? – apavorada. 

Mia: Não sei. – desentendida. – Roberta por que estamos nervosas? – confusa e Roberta lhe deu outro pedala. – Ai sua cafona! Doeu! – reclamou.

Roberta: Você é burra assim mesmo ou se faz? – colocando o indicador na cabeça.

Mia: Eu não sou burra Roberta! – retrucou magoada. 

Roberta: Claro, eu que sou. – ironizou. – Não vê que estamos em um baita problema?

Mia: Estamos?

Roberta: É claro estúpida! – grunhiu. – Não vê que acabamos de fechar contrato com a Maremis para a produção do próximo comercial?

Mia: E o que tem? – deu de ombros.

Roberta: Como o que tem Barbie? Vamos começar a gravar daqui a uma semana e como vamos gravar se estaremos trabalhando aqui? – a olhou, com um sorriso falso. 

Mia: Meu Deus! – pôs a mão na boca. – É mesmo! – murmurou. – Mas podemos fazer os dois juntos, é só pedir um dia de folga ao papai.

Roberta: Se fosse um dia apenas não é? E as fotos, pôsteres? São vários dias Mia! E também o Franco iria adorar saber que vamos fazer um comercial de cerveja!

Mia: E agora? – disse tão aperreada quanto Roberta.

Roberta: Vamos ter que convencê-lo, ou então enrolar mais um pouco essa nossa entrada no mundo da moda! – ergueu a sobrancelha.

Mia: Está brincando, eu sempre quis trabalhar com moda! – cruzou os braços. – Não vou adiar Roberta, nem morta!

Roberta: Então vamos fazer o seguinte: você vai convencê-lo a não implicar com o nosso comercial. – sugeriu.

Mia: Ai Roberta, por que eu?

Roberta: Ou você convence, ou damos o fora agora! – apontou o corredor.

Mia: Ai, tudo bem Roberta!

Roberta: Perfeito Barbie, perfeito. – assentiu. – Eu acho que é aqui. – batendo em uma porta. 

– Pois não? – sorrindo educadamente. 

Roberta: Aqui é o RH?

– Sim, entrem, por favor! – elas entraram e por fim se incorporaram nas empresas Colucci. 


Em outro lugar, Michelle estava em seu trabalho quando celular toca. Ela rolou os olhos e atendeu.

Michelle: O que você quer Erica? – disse, fechando os olhos. – Eu estou trabalhando.

Erica: Calma garota, você está usando drogas é? – disse com careta. – Sou eu, Erica a sua amiga de fé, sua irmã camarada. – balbuciou. 

Michelle: Fique sabendo que a minha amiga de fé, minha irmã camarada, morreu junto com o filho da Roberta! – enfatizou, deixando Erica aborrecida.

Erica: De novo essa ruiva estúpida? – disse entediada. – Gosta mais dela do que de mim é?

Michelle: Ela é muito legal e não merecia o que você fez! – sentou-se. – Você agiu muito mal Erica, isso é crime!

Erica: Não vamos falar sobre ela, vamos falar sobre você! – disse, tentando fazer a amiga se acalmar.

Michelle: O que tem eu, Erica?

Erica: Eu sei que está grávida e que esse filho é do Romeu! – suspirou. – Por que você não me disse isso antes?

Michelle: Que? – disse, como se Erica estivesse louca.  

Erica: Não adianta mentir pra mim, eu sei que é verdade. – rolou os olhos.

Michelle: Foi o imbecil do Romeu quem contou, não foi? – perguntou estressada, não sabia qual era a de Romeu, mas ele iria ouvi-la. 

Erica: Foi ele sim. – disse logo. – Não sabia que você estava escondendo isso a sete chaves, mas enfim.

Michelle: Erica, não se meta nisso, por favor! – pediu.

Erica: Calma, eu não vou me meter, só quero que saiba que se continuar me desprezando, eu vou acabar com o seu teatrinho de boa moça! – riu. – Acha que eu não sei o que você e Romeu estão tramando? Ora essa... Você está indo e eu voltando meu bem, te vejo a noite! – desliga.  

Michelle: Erica! – chamou, se levantando. – Erica! – bateu na mesa. – Droga!– desliga e atira o telefone longe.


À noite, Jose e Roberta conversavam, enquanto viam um filme. Roberta tinha explicado toda a situação com o comercial e a contratação delas na marca Colucci.

Jose: Entendi, mas o que tem a ver a opinião do Franco? – deu de ombros. – Que eu saiba nunca se importou com a opinião do velho.

Roberta: Não Jose! – dizia, com um leve risinho. – Eu não estou me importando com a opinião do marido da minha mãe, você sabe que não, eu nunca me importei e nem vou me importar. – Jose a olhava, confusa. – Agora eu estou me importando com a opinião do meu chefe! – soltou o ar. – É isso que ele é agora, afinal eu não fiquei quatro anos na faculdade, estudando como uma louca e ainda aguentando aquele Hitler do Pascoal naquela prisão de luxo para ser demitida na primeira semana.

Jose: Pensando bem você tem toda razão gatinha. – bateu nas costas da ruiva. – Boa sorte!

Roberta: Valeu. – coçou a nuca. – E a sua cliente? Estava em forma?

Jose: Em forma de barril, vou dar um duro danado ali. – as duas gargalharam e ficaram conversando abobrinhas.


No dia seguinte, pela de manhã, Mia e Roberta já estavam preparadas para trabalhar. Mia vestia um terninho rosa, uma calça preta e um scarpen rosa, Roberta vestia um terninho preto, calça preta e scarpen preto, estavam observando Franco tomar café na piscina.

Roberta: Vai logo lá, Barbie! – empurrou Mia de maneira impaciente.  

Mia: Ai Roberta e se ele não deixar? – temerosa, ainda olhando o pai.

Roberta: Se vira Mia, você meteu a gente nessa confusão, vai logo! – empurrando ela novamente.

Mia fez careta e foi até o pai, Roberta ficou observando de onde estavam.

Franco: Bom dia filha! – sorriu ao vê-la. – Olha só, minha pequena executiva!– observando a roupa da filha, com orgulho. 

Mia: Obrigada daddy, eu sei que eu sou linda. – olhando para longe e viu Roberta a repreendendo. – Hm, papai podemos conversar?

Franco: Claro filha... Sente-se e tome café comigo! – disse dobrando o jornal.

Mia: Eu já tomei café. – disse estendendo a mão. 

Franco: Então fala. – ele a olhava. – Sou todo ouvido. 

Mia: É que eu e as meninas da banda... – olhando as mãos. – É que... Bem... Nós... – Roberta olhava como se dissesse para ela continuar. – Ai pai é difícil falar. – fez uma expressão chorosa, Franco a olhava encabulado.

Roberta: Nem sei por que eu ainda perco o meu tempo! – resmungou baixinho, indo até lá.  

Franco: Nossa quanta elegância. – observando a roupa da ruiva, que se aproximava. – Está muito bem. – elogiou. 

Roberta: Valeu. – sorriu, se colocando ao lado de Mia. – Escuta Franco, nós precisamos conversar. – dando uma leve tapinha nas costas do padrasto.

Franco: Claro, sente-se. – as duas sentam. – Estão me deixando preocupado. 

Roberta: Não se preocupe, não é nada grave. – o acalmou, antes que o pobre velho tivesse um enfarto. – Como o único neurônio bailarino da Mia não funcionou mais uma vez, eu me vejo obrigada a salvá-la.

Franco: Do que estão falando? – dizia boiando.

Roberta: Acontece que eu, Mia e a Lupita, vamos fazer um comercial de cerveja. – disse de uma vez.

Franco: Que? – fez careta. 

Roberta: Isso aí. – assentiu. – Achamos melhor te avisar, por que você agora é nosso chefe.

Franco: Pra que empresa? – cruzou os braços.

Roberta: Vamos fazer pela Maremis, para uma cervejaria Alemã. – respondeu, coçando o nariz.

Franco: Como vai ser esse comercial?

Roberta: Ainda não sabemos. – deu de ombros. – Mas vamos fazer e precisamos que o senhor não se meta na nossa carreira. – o olhou e ele estava um tanto chocado.

Franco: Bom, por mim tudo bem. – disse as encarando.

Mia: O senhor não vai se opor? – disse, abrindo um sorriso feliz.

Franco: Não vejo razão para me opor. – deu de ombros. – Vocês já são maiores e vacinadas, façam o que quiser! Só não se animem a fazer loucuras adoidadas como duas débeis mentais.

Mia: Pode deixar daddy. – foi abraçar o pai. – Teankio 

Roberta: Valeu Franco. – dando um murinho básico no ombro de Franco. – Agora vamos Barbie, estamos atrasadas! – levantando. 

Mia: Ate mais daddy. – se despediram de Franco e saíram.

Franco: Elas tão crescendo mesmo. – sorrindo enquanto tomava seu suco e as observava sair. 


Roberta: Doeu alguma coisa descerebrada? – resmungou, ligando o carro. 

Mia: Ai Roberta, eu não sabia que meu pai reagiria tão bem poxa. – reclamava, olhando as unhas. – Eu queria prepara-lo primeiro, sou muito cautelosa.

Roberta: Você é muito é idiota! – deu a ré, Mia a olhava com irritação. A ruiva arrancou e as duas saíram rumo ao primeiro dia de trabalho.


¨¨¨¨

Miguel: Acorda Giovanni! – cutucando o rapaz, que dormia com um anjo. 

Giovanni: Não mamãe, eu não quero ir para a escola, lá me chamam de macaco prego. – reclamou, sonhando. 

Miguel: ACORDA! – chacoalhando ele. – Macaco prego é? – riu.

Giovanni: O que foi Miguel?! – disse abrindo os olhos, preguiçoso. – Me deixa dormir, porra.

Miguel: Vamos para a empresa! – o descobrindo.

Diego: Cadê o Tomás? – disse aparecendo na porta.

Miguel: Já foi para a faculdade. – respondeu e olhou Giovanni. – E você, acorda logo! – rolou os olhos.

Giovanni: Está bem. – reclamou, enquanto levantava.

Miguel: Vamos cuidar que estamos atrasados! – coçou a nuca. 

Diego: Toma banho no meu quarto, enquanto o Giovanni toma no outro. – Miguel assentiu e foi tomar seu banho, enquanto Diego foi tratar de fazer algo para tomarem café. 

Assim que terminaram de se arrumar, foram pra empresa. Alejandro entrevistou os dois e achou o currículo de ambos interessantes, decidiu contratá-los para a alegria dos rapazes. 


¨¨¨¨

Uma semana depois estavam todos em uma praia de Acapulco, onde seria gravado o comercial. As meninas conversavam com outras pessoas que estavam por ali, até que Diego chega com um homem que era mais afeminado que todas elas juntas.

Roberta: E esse quem é? – apontou ao sujeito.

Diego: O produtor e diretor do comercial, Pierre Leôncio. – se virou para o homem. – Pierre, essas são Mia, Roberta e Lupita. – apresentou.

Pierre: Prazer amadas. – disse dando uma volta ao redor delas. Elas sorriram, de maneira amarela.

Lupita: Ele que vai dizer o que vamos fazer? – olhou Diego, o loiro assentiu e as três suspiraram, seria um longo dia.


Do outro lado. 

Felipe: Oi Miguel. – se aproximou, sorrindo falso. Miguel sorriu da mesma forma. – Como vai?

Miguel: Vou indo e você? – perguntou, dando pouquíssima importância para como ele estava.  

Felipe: Mal. – coçou a nuca. – Escuta cara, eu queria pedir desculpas pelo que eu disse a você naquele dia no quiosque.

Miguel: Tudo bem, sem problemas. – deu de ombros. – O que faz por aqui?

Felipe: Sou o fotógrafo do comercial. – contou, mostrando sua câmera.

Miguel: Ah é verdade. – viu Mia se aproximando, sozinha. – Agora eu preciso fazer umas coisas, até logo. – se afasta de Felipe e vai até Mia, que mexia em seu celular, distraída. – Podemos conversar? 

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