Capítulo 18

Roberta: Por que sim, não tem um motivo! Eu estou me sentindo, totalmente o contrário do que eu sou! Essa não sou eu Jose.

Jose: Como assim. – arregalou os olhos. – Me explica!

Roberta: Eu nunca fiquei nessa deprê por causa de nenhum estúpido, só o Diego me deixa assim.

Jose: Sempre que você termina com o Diego, fica mal Roberta.

Roberta: Pois é, mas dessa vez fui muito fraca Jose! – olhou as mãos e Jose a olhou, querendo entender. – Diego e eu transamos em Los Angeles.

Jose: O QUE? – arregalou os olhos.

Roberta: Isso mesmo. – disse pensativa.

Jose: Roberta! – disse com um sorriso incrédulo. – É assim que você diz que querer esquecer o Diego?

Roberta: Jose, nada de sermão na boa! – passou a mão no rosto. – Eu sei o que eu faço e não preciso de sermão agora, pior ainda de você que não é nenhuma flor que se cheire.

Jose: Tudo bem. – disse com um risinho. – Mas me diz... Porque transou com ele?

Roberta: Porque eu quis, me excitei e rolou! – falou com certa tranquilidade.

Jose: E você fala isso assim, tranquila? – apoiando a cabeça nas mãos. – Eu aposto que ele te forçou não é? – grunhiu.

Roberta: Não, eu que pedi pra ele transar comigo. – falou, olhando seu pôster dos Ramones.

Jose: Roberta é sério, eu não sei o que você quer gatinha! – disse aos risos. – Você quer ficar com o Felipe ou não? – a ruiva pareceu pensar por alguns momentos, para em seguida responder.

Roberta: Quero sim! – assentiu, chocando as mãos na cama, de uma forma decidida.

Jose: Mas e o Diego?

Roberta: Que se dane o bonequinho! – se levantou. – Ele nem se lembrou de mim na hora de deitar com aquela prostituta de quinta!

Jose: Roberta, mas e o seu filho?

Roberta: O que tem ele?

Jose: Você não vai... – fazendo gestos com as mãos. 

Roberta: Por enquanto ainda não, o que você acha que eu sou? – deu um pedala na amiga, fazendo-a rir. Jose jogou pipoca nela e as duas caíram na cama.



No dia seguinte, pela manhã.

Roberta: Bom dia! – disse roubando a torrada de Mia.

Mia: Devolve sua caminhoneira! – disse, com um bico.

Roberta: Não estou com a mínima vontade Barbie. – sorrindo cínica e comendo a torrada com gosto. – Nossa como essa sua geleia é ruim Mia. – fez careta, devolvendo.

Mia: Agora eu não quero mais. – fez careta. – Que nojo. – voltando a dar atenção para sua revista.

Alma: O que deu em você Roberta? – perguntou com um sorriso, enquanto se servia de mais suco.

Roberta: Comigo? – perguntou com um risinho. – Nadinha! Porque mãezinha querida?

Alma: Você acordando assim, dando bom dia e tudo é no mínimo estranho! – riu.

Roberta: Nada a ver, não posso ficar de bom humor?! – piscou.

Franco: Temos que agradecer. – limpando os lábios com o guardanapo. – Pelo menos não está com aquele humor dos diabos como nos outros dias.

Roberta: Fica na sua coroa. – resmungou. Franco arregalou os olhos, indignado.

Franco: Escute aqui mocinha... – Roberta o interrompe.

Roberta: Ah foi mal. – deu um sorrisinho falso. – Esqueci que a terceira idade não tem mais nenhum senso de humor! – debochou.

Alma: Roberta! – a repreendendo e sorrindo sem graça ao marido.

Jose: Bom dia pessoas! – disse chegando e sentando ao lado de Roberta. Todos sorriram. – Nossa família, que alegria é essa?! 

Franco: Nada demais meu amor! – disse ainda bicudo. – Como dormiu?

Jose: Muito bem pai, obrigada!

Mia: OMG! – berrou olhando a revista. – Olhem isso! – mostrando a foto.

Alma: O que Mia? – pegando a revista e vendo a matéria que Mia apontava. – Meu Deus, que coisa. – pôs a mão na boca. – Roberta, o que me diz disso? – mostrando à ruiva. 

Roberta: Digo que eu fiz essa filha de uma égua beijar o chão! – pegou a revista e vendo que era sobre a surra que ela tinha dado na amante de Diego, não evitou gargalhar. – Olha gatita! – mostrou para Jose.

Jose: Está ótimo! – gargalhando. – Eu sabia que ia ficar bom, mas nem tanto! – chocou suas mãos a de Roberta.

Alma: Ai eu acho que vou desmaiar. – se abanou, exagerada. – Que escândalo meu Deus.

Franco: Calma meu amor! – a segurando.

Roberta: Ai que horror. – observando o exagero da mãe e o esforço que o pobre Franco fazia para manter Alma no lugar. – Pra mim já deu! Eu vou tomar meu café na piscina. – se levantou.

Jose: Eu vou com você Roberta! – também levantou, aos risos.

Roberta: Vamos. – sorriu. – Cândida? – chamou a empregada que se aproximou. – Você pode levar duas fatias grossas de bolo de chocolate, um copo grande de suco de melão, três fatias grossas de pão com muita manteiga e muito queijo e presunto e um cafezinho? – a mulher assentiu assustada. – Só isso. – deu um sorrisinho e todos arregalaram os olhos e olharam Roberta. 

Alma: Roberta meu amor, não pode comer tudo isso minha rainha!

Roberta: E porque mamãe? – cruzou os braços. – Agora além de querer me manter prisioneira no quarto, ainda quer me impedir de comer também?

Alma: Não é isso meu amor, você pode fazer o que quiser, mas tem que se alimentar bem.

Roberta: E não é o que eu estou fazendo? – sorrindo para Cândida, como se dissesse o que ainda faz aqui mulher?

Alma: Não é esse tipo de alimentação saudável! Não estou falando de quantidade e sim de qualidade. – ergueu a sobrancelha.

Roberta: Ai mamãe, por favor! – rolou os olhos. – Não estou com tanto bom humor assim, para ficar ouvindo seus sermões, fui. – piscou e saiu junto com Jose.

Franco: Essas duas! – balançando a cabeça negativamente. 


¨¨¨¨

Giovanni: Olhem só isso. – mostrando a revista para os amigos.

Miguel: Nossa, eu sabia que a matéria ia ficar grande, mas não imaginei que fosse tanto! – gargalhando.

Diego: Cara, a Roberta é muito barraqueira! – olhava a foto, negando com a cabeça.

Giovanni: É, mas a barraqueira te deixa doidinho não é? – ergueu a sobrancelha, em um sorrisinho malicioso.

Diego: Eu? – deu um sorrisinho debochado. – Eu vou esquecê-la! – falou decidido. – Não tinha motivo para ela ter feito esse circo.

Miguel: Mas Diego, me responde aqui. – disse ainda sem entender o que levou Roberta a se enfurecer tanto. – Porque a Roberta bateu na Erica?

Diego: Porque ela viu a Erica me beijando. – coçou a nuca.

Giovanni: E isso não é motivo o bastante?

Diego: Mas ela tem que pensar que o nosso bebê corre risco e isso depende dela! – olhou os amigos.

Miguel: Temos que cuidar bem dela, porque senão ela pode perder. – disse pensativo. – Nós conhecemos a Roberta muito bem e sabemos que ela não gosta de seguir regras.

Diego: Não me interessa que ela não goste de seguir regras, ela vai fazer tudo o que o médico mandou! – disse sério.

Giovanni: Boa sorte com a Chucky! – mordendo uma torrada de maneira despreocupada. – Cara, mas foi uma surra e tanto não acham? – olhando a foto.

Miguel: Pois é cara, a Roberta é bem brava! – os dois riem e o telefone toca.

Diego: Eu atendo. – se levantando. – Alô?

Tomás: E ai cara!

Diego: Fala Tomás! – sorriu, sentando no braço do sofá. – O que aconteceu pra estar acordado a essa hora da manhã? – debochou.

Tomás: Nem vem com as suas zoações Diego. – rolou os olhos. – Estou fazendo a minha mala, vou voltar para a capital mais cedo.

Diego: E por quê? – confuso. – Estava todo animado para passar uns dias com a família Gandía aí no interior.

Tomás: Aqui eu fico muito preso, quase não tem festas. – reclamou. – Muito chato. Eu volto, mas a Pilar vai ficar mais uns dias.

Diego: Entendi, e então quando volta? 

Tomás: Amanhã.

Diego: E aonde vai ficar? – deu um sorrisinho abafado.

Tomás: Como aonde? – bufou. – Aí na sua casa, é claro!

Diego: Você está pensando que minha casa é hotel? – debochou, com um risinho. – Já não bastam os malas do Miguel e do Giovanni aqui! 

Tomás: Ah Diego, não me importa viu? – ergueu a sobrancelha. – Eu vou ficar ai, eles que saiam. – zoando. – Cara falando sério agora, é verdade que Roberta está grávida?

Diego: Aham, porque a pergunta?

Tomás: Saiu em todas as revistas, está na internet e também saiu a surra que ela deu na mina da boate! – rindo.

Diego: Ela poderia ter perdido o bebê Tomás! – disse sem achar nenhuma graça e estava a fim de matar a pessoa que chamou a imprensa para cobrir a tal festa.

Tomás: Escuta, eu vou ter que desligar, mas eu quero saber essa historia quando eu voltar viu?

Diego: Certo, tchau! – desligou antes que Tomás falasse algo. – Tomás não aguentou passar nem uma semana com o Pascoal. – debochou, rindo. – Está voltando amanhã.

Miguel: Poxa e eu pensando que ele tinha ligado para dizer que vai levar a mala do Romeu de volta para o inferno de onde o trouxe! – dizia frustrado, todos riram. – Vocês acreditam que aquele cara estava abraçando a minha loirinha? – insatisfeito.

Diego: Nem fala. – suspirou e voltaram a tomar café.


Michelle acordou com um grito agudo e irritado ecoando pela casa, levantou assustada e foi até a sala.

Michelle: O que foi Erica? – falou assustada.

Erica: Olha isso. – entregando a revista. Michelle pegou a revista e começou a rir alto ao ver o que estava ali. – É assim que você se diz minha amiga Michelle? – com raiva. 

Michelle: Está muito bom! – rolando de rir e notou a cara de morte que a amiga fazia. – Quer dizer, nem saiu tão bom assim não é? – disfarçando.

Erica: Ai aquela ruiva idiota vai me pagar! – soltando fumaça pelo nariz.

Michelle: Erica você não vai poder sair de casa tão cedo! – ainda rindo.

Erica: PARA DE RIR PORRA! – berrou furiosa. 

Michelle: Desculpa. – parando de rir, imediatamente.

Erica: Agora me diz, como está o meu rosto? – perguntou.

Michelle: Tira essa coisa da cara. – tirando os enormes óculos de sol da cara de Erica e gargalhou. A morena a encarou, furiosa. – Não dá pra olhar pra você e não rir Erica! 

Erica: E agora Mi? – perguntou preocupada, voltando a pôr os óculos. – Eu tenho que estar linda para sair com o Diego!

Michelle: Daqui que ele te ligue já vai ter sarado. – deduziu, observando a amiga.

Erica: Você acha? – sorriu esperançosa.

Michelle: Claro, você já vai ter noventa anos e ele vai te ligar para vocês irem juntos para o asilo. – rindo e voltando a olhar a revista, Erica cruzou os braços e bufou insatisfeita. – Essa revista esculachou com você Erica.

Erica: Tudo por culpa da maldita da Roberta! – socou a almofada. – Ai que ódio dela.

Michelle: Calma, o que você queria você já conseguiu, que é sair com o Diego na boa. – Erica sorriu abertamente. – Agora o que temos que fazer é dar um jeito nesses seus hematomas não é?

Erica: Tem razão, me ajuda a disfarçar? Depois saímos para tomar café. – Michelle assentiu e foi buscar um estojo de maquiagem.


Na casa dos Colucci, Cândida vinha trazendo a enorme bandeja de Roberta com dificuldade.

Cândida: Aqui está Roberta. – disse depositando a enorme bandeja na mesa.

Roberta: Valeu Candinha linda. – apertando as bochechas de mulher.

Cândida: De nada. – sorrindo e se afastando.

Jose: Roberta, você realmente vai comer tudo isso? – olhando para a bandeja repleta de comida.

Roberta: Não eu vou jogar para o alto e brincar de aparar. – rolou os olhos, mordendo uma fatia de bolo. – É claro que vou comer Jose. – a olhando. – E você, não vai comer não?

Jose: Vou, mas não isso tudo. – esticou a mão para pegar uma xícara e acabou roçando no seio de Roberta sem querer, a ruiva deu um gritinho dolorido. – O que foi Roberta? – perguntou preocupada.

Roberta: Meus seios estão doendo muito. – tocou-os de leve e fez careta.

Jose: Menos mal. – aliviada. – Pensei que estava com aquelas dores outra vez. Mas isso é normal durante a gravidez, não? – perguntou confusa.

Roberta: Pior que é. – assentiu dando outra mordida no bolo. – Estou vendo que eu vou ter que aguentar muita coisa! – disse boca cheia.

Jose: Não se preocupe, vamos superar juntas! – bateu de leve no ombro dela e a ruiva sorriu. – Mas me diz Roberta, quando vai descobrir o sexo do bebê?

Roberta: Logo. – disse com um sorriso entusiasmado. – Mas eu tenho quase certeza que é um garotão. – acariciando a barriga.

Jose: Por quê?

Roberta: Não sei, eu sinto. – disse tomando um gole de seu café.

Jose: Se for uma menininha eu posso te dar um murro? – Roberta arregalou os olhos e depois riu.

Roberta: Cala a boca! – lhe deu um leve empurrão. – Ele está dentro de mim e isso é o bastante para saber se é um menino ou uma menina. E se eu digo que é um menino é porque é!

Jose: Eu ainda acho que é uma garotinha. – deu de ombros e Roberta rolou os olhos.
Roberta: Pense o que quiser. – Jose riu e as duas tomaram café animadamente.



Felipe e Romeu tomavam café em uma cafeteria.

Romeu: Cara dá pra me explicar o que você tem? – observando o sorriso avoado de Felipe. – Viu o passarinho verde foi?

Felipe: Não, vi o passarinho vermelho mesmo! – ainda sorrindo.

Romeu: Você ainda não me falou como foi com a Roberta. – disse comendo seu croissant.

Felipe: Eu a beijei! – falou e Romeu arregalou os olhos.

Romeu: Sério cara? – perguntou entusiasmado e Felipe afirmou com a cabeça. – E depois?

Felipe: Eu pedi pra ela ficar comigo. – disse se achando.

Romeu: Mesmo grávida? – impressionado, Felipe assentiu, tomando um gole de seu suco. – Mas ela não vai poder fazer sexo com você, grávida de outro!

Felipe: Eu tenho tudo sob controle. – piscou.

Romeu: O que você está tramando hein cara? – quis saber.

Felipe: Eu não vou falar! – disse com careta. – Cuida dos seus assuntos.

Romeu: Porque não quer falar? – perguntou bolado. 

Felipe: Porque eu não estou com a mínima vontade. – disse sorrindo debochado e pegando o celular do bolso.

Romeu: Vai ligar pra quem? Se é que eu posso saber, não é? – irônico.

Felipe: Erica Sanches, minha aliada! – discou os números e pôs seu tijolo no ouvido. – Alô?

Erica: Quem fala?

Felipe: Seu pai, aquele velho inútil. – disse negando com a cabeça. Não era possível que Erica não tivesse salvo seu número.

Erica: Papai quanto tempo! – arregalou os olhos, com um grande sorriso. – Mas sua voz está estranha viu? – ergueu a sobrancelha.

Felipe: Sou eu sua quadrúpede. – grunhiu, sem paciência. – Felipe!

Erica: Se bem que eu estava achando estranho. – olhou as unhas. – Meu pai já morreu mesmo.

Felipe: Eu não quero saber do seu pai, quero saber se conseguiu algo. – rolou os olhos. – Conseguiu ou não?

Erica: Claro que consegui. – respondeu animada.

Felipe: Sério? – arregalou os olhos. – O que você conseguiu?

Erica: Eu vou sair com o Diego! – dizia nas nuvens. – Ele vai me ligar para marcar qualquer dia.

Felipe: Ótimo, faça isso o mais rápido possível! – falou satisfeito. – Eu pedi para ficar com a Roberta e ela está pensando, tenho certeza que vai ceder.

Erica: Nossa. – chocada. – Que rápido! – disse pensativa, até que aquela ruiva maluca era bem vadiazinha. – Espero que tenhamos sorte gato! 

Felipe: Agora tenho que desligar. – disse com um sorrisinho. – O que acha de nos vermos para comemorar o progresso? – perguntou malicioso. – Sabe não é?

Erica: Ui adorei a ideia. – disse safada. – No seu ou no meu?

Felipe: No seu! – rolou os olhos. – Estou morando com o meu tio.

Erica: Daqui a duas horas eu posso te receber!

Felipe: Ok então me espere dentro de duas horas! – desligou.

Romeu: Felipe, já começou com suas vagabundagens não é? – comentou negando com a cabeça.

Felipe: Enquanto a Roberta não der pra mim, eu como a Erica mesmo! – gargalhando e fazendo Romeu rir junto com ele. 


¨¨¨¨

Diego: Com licença? – disse entrando no escritório de Alejandro.

Alejandro: Filho! – sorriu ao vê-lo. – Chegou cedo! – abraçando Diego.

Diego: É, a gente faz o que pode não é? – sorridente.

Alejandro: Espero que tenha gostado do cargo.

Diego: Adorei! – sentou-se. – Serei um ótimo diretor administrativo.

Alejandro: Fico muito feliz de ouvir isso. – também se sentou. – Já sabe quem vai ser o novo fotógrafo não? – perguntou um tanto receoso.

Diego: Não faço à mínima. – dando de ombros.

Alejandro: Meu sobrinho, Felipe.

Diego: O QUE? – arregalou os olhos, se levantando. 

Alejandro: Meu sobrinho Felipe vai fotografar.

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