Capítulo 12
Roberta: É que às vezes eu me acostumo com a ideia e depois eu não me conformo. – explicou-se.
Lupita: Por quê?
Roberta: Não sei, não era para ser agora, eu não sei se estou preparada para ser mãe! Eu não quero ser como a minha mãe.
Lupita: Ai, Roberta! – abraça a amiga. – Um bebê sempre é uma benção. Pensa na carinha dele, no chorinho, na mãozinha dele segurando o teu dedo. – as duas já estavam chorando.
Roberta: Você tem razão Lupi! – sorrindo e enxugando as lágrimas. – Eu não vejo a hora de ver o rostinho do meu filho! – acariciando a barriga. – E seja o que Deus quiser!
Lupita: Estou orgulhosa de você! – se abraçam de novo. – Bom, eu já vou para o meu camarim. – levantou-se. – É melhor você dormir um pouco, ainda faltam quatro horas para o show!
Roberta: Tudo bem. – assente e Lupita sai. – É melhor a gente dormir bebê! – sorrindo e conversando com o filho. Tomou um banho e pouco tempo depois estava dormindo.
Mia, Giovanni, Miguel e Diego estavam conversando no camarim de Miguel, quando Lupita aparece.
Lupita: Oi pessoal! – sorriu.
- Oi Lupi!
Giovanni: Cara eu não vejo a hora de subir no palco e ver todo mundo delirando, todo mundo tirando fotos do papai aqui! – rebolando.
Diego: Se toca Giovanni. – dando um pedala no amigo, que cambaleia.
Giovanni: Ei cara, doeu! – passando a mão na cabeça.
Miguel: Já chega dessa veadagem! – disse com tédio. – Cadê a fofoletty Lupita?
Lupita: Eu estava no camarim dela agora pouco. – sentando ao lado de Mia.
Diego: E como ela está?
Lupita: Ela deve estar dormindo. – disse com um suspiro. – Melhor não acordar ela agora. – ele assentiu.
Diego: Tem razão, ela precisa descansar. – se levantou. – E eu vou fazer o mesmo, bye. – deu tchauzinho e saiu.
Giovanni: Caracas, eu estou com sede, vou pegar um refrigerante Miguel. – foi até o frigobar e o abriu.
Miguel: Pega ai. – rolou os olhos. – Só não acaba!
Giovanni: Qual é mané? – voltando com o refrigerante e dando um pedala em Miguel. – Deixa de ser pão duro! – todos riram e ficaram falando besteiras até um tempo.
Mais tarde, Roberta estava só de roupão, tinha acabado de sair do banho e já ia se arrumar para o show, quando Diego entra em seu camarim.
Roberta: O que faz aqui? – ergueu a sobrancelha.
Diego: Como assim o que faço aqui? Vim ver você! – disse obvio.
Roberta: Ótimo, já viu, agora se manda! – cruzou os braços.
Diego: Não mesmo. – respondeu calmo. – Seu humor está uma coisa de louco não concorda? Uma hora somos amigos, outra hora só não me mata porque não tem um revólver ao alcance. – ela deu de ombros. – Já comeu depois que chegamos?
Roberta: Não.
Diego: Como? – arregalou os olhos. – E você fala assim Roberta? – alvoroçado. – Não comeu nada hoje, além daquele cachorro quente!
Roberta: E daí? – perguntou, pacientemente.
Diego: E dai? – perplexo. – Roberta, você está grávida! Tem que comer de duas em duas horas.
Roberta: É? – sorriu ironicamente. – Te juro que não sabia Dieguinho! – riu debochada.
Diego: Roberta, eu não quero te irritar. – respirando fundo, procurando se acalmar. – Por isso eu vou pedir com toda a educação, coma!
Roberta: Eu não estou com vontade! – disse simples.
Diego: Eu vou comprar algo para comer entendeu? – ignorou o que ela tinha dito e saiu. Roberta rolou os olhos. Dez minutos depois ele regressa com uma tigelinha de salada de frutas e algumas barras de cereais. – Agora vai comer!
Roberta: Eu não vou comer isso! – deu de ombros. – Não estou com fome Diego!
Diego: Roberta, por favor, não é por mim e nem por você, é pelo meu filho que está ai dentro.
Roberta mordeu o lábio e se sentiu um pouco culpada. Diego tinha razão, que merda de mãe ela era?
Roberta: Ok! – assentiu e pegou a tigela de salada de frutas. – Eu como, mas não é porque você está pedindo. – deixou claro, ele a olhou satisfeito. – Vai ficar me olhando aí, igual idiota mesmo? – dando uma colherada na salada.
Diego: Sim!
Roberta: E por quê?
Diego: Para ter certeza de que você não vai jogar a comida fora. – sorrindo obvio.
Roberta: Tudo bem... – riu. – Faça o que quiser. – dando de ombros e voltando a comer a sua salada. Pouco tempo depois ela já estava cheia. – Ah chega, não aguento mais comer Diego!
Diego: Pelo menos não é? – ergueu a sobrancelha. – Se não estivesse aguentando de fome eu estaria bem desesperado! – rindo e fazendo-a rir também.
Roberta: Sério? – perguntou parando de rir.
Diego: Claro que sim! – se aproximando, ela engoliu o seco. – Me preocupo contigo, ainda mais agora. – se aproximando do rosto dela. Ele já estava quase a beijando quando a porta se abre.
Assistente: Meia hora para se preparar Roberta! – notando o clima. – Desculpem... Eu não queria interrompe-los. – murmurou constrangida.
Roberta: Imagina! – sorrindo falsamente e se afastando do loiro. – Não interrompeu nada.
Diego: Claro que interrompeu, eu ia beija-la... – pensou. – É afinal eu já estava de saída. – ia saindo.
Assistente: Espere! – o chamou. – Poderia me dar um autografo? – perguntou com um grande sorriso. – Sou sua fã! – sorriu insinuante e tirando um bloquinho e uma caneta do bolso.
Diego: Ah, claro que sim. – disse simpático, enquanto pegava o bloco e a caneta. – Qual é o seu nome?
Assistente: Olívia! – mordeu o lábio, tocando no ombro dele. Roberta olhava a cena, muito insatisfeita.
Diego: Prontinho, Olívia! – entregou o bloquinho e a caneta e lhe deu uma piscadela. Roberta estava fulminando de raiva.
Roberta: Como essazinha ousa dar em cima do meu homem?! E olha a cara de safado dele, ai que ódio! – pensou.
Olívia: Obrigada Diego! – mordeu a tampa da caneta e viu que Roberta estava lhe olhando com uma cara nada boa.
Diego: Imagina! Até mais. – saindo e deixando as duas sozinhas.
Olívia: E você? – deu um sorrisinho amarelo, tinha esquecido que os dois eram namorados e ficou um pouco sem graça. – Pode me dar um autógrafo? – estendeu o bloquinho, tentando ser simpática.
Roberta: Claro. – sorrindo de maneira falsa e rabiscando o maldito bloquinho. – Prontinho! – lhe entregou de volta.
Olivia: Obrigada Roberta! – olhando o autografo e guardando o bloquinho e a caneta. Roberta torceu o nariz em uma tentativa frustrada de sorrir. – Agora faltam vinte minutos para entrar hein? – deu um ultimo sorriso e saiu.
Roberta rolou os olhos e foi terminar de se arrumar.
A hora do show chegou e a RBD já estava quase entrando no palco.
Joe: Bom, é agora garotos! – disse apertando a mão de cada um e distribuindo os microfones. – Boa sorte para vocês!
- Valeu Joe! – eles disseram juntos, fazendo o homem sorrir.
Mia: É agora, amigos! – todos deram as mãos e soltaram no ar.
A RBD entra no palco, tirando vários gritos da plateia! Fãs enlouquecidos pulavam e gritavam sem parar. Começaram o show ao som de Lento e os fãs foram ao delírio quando Roberta começou a cantar aquela letra tão complicada. Todos gritavam e só se ouvia a voz do publico no lugar, os gritos eram tantos que abafavam até as vozes dos cantores. Eles ficaram impressionados, não esperavam encontrar um publico tão fanático.
Tinham luzes por todos os lados, realmente estava perfeito. Cantaram os vários sucessos da RBD para os milhares de fãs que se encontravam ali. Com o decorrer do show Roberta estava meio mal, entretanto continuava agitando muito e fazendo seu trabalho com perfeição. Depois de duas cansativas horas, o show enfim acabava deixando os fãs entristecidos.
Mais tarde, Joe, alguns produtores e a banda estavam comemorando o sucesso do show nos bastidores
Joe: Meus parabéns, realmente vocês se superaram! – dizia orgulhoso. – Foi o melhor show que eu já vi.
Diego: Obrigado rei, na verdade cantar é a nossa arte! – levantou a taça de champanhe para o alto em um brinde.
Joe: Isso se nota assistindo um concerto de vocês. – sorriu brindando com ele.
Roberta estava em um canto, se sentindo mal. Estava sentindo-se tonta e com uma pequena cólica. Já tinha ido ao banheiro disfarçadamente para vomitar, mas não amenizou nada o enjoou e mal estar que estava sentindo.
Mia: Robertinha! – se aproximou, vendo que Roberta estava pálida. – Roberta o que você tem? – preocupada.
Roberta: Nada. – fechou os olhos e tocou a barriga.
Mia: Roberta não mente, eu te conheço. – insistiu e Roberta a encarou, com o olhar perdido.
Roberta: Eu não sei Barbie! – com lágrimas. – Estou sentindo umas coisas estranhas.
Mia: Meu Deus!
Roberta: Ai. – fechou os olhos com força, sentindo uma leve pontada. – Ai Mia, eu estou com dor, pelo amor de Deus, chama o Diego! – se contorcendo em um fio de voz.
Mia: Ai meu Deus, Diego! – gritou, tentando fazer o loiro escutar no meio da musica alta. – DIEGO! – gritou e ele virou o pescoço em sua direção e correu até lá ao ver que Roberta estava se contorcendo ao lado dela.
Diego: O que houve Roberta?! – perguntou, sentando ao lado dela. Joe e os outros se aproximaram.
Roberta: Ai Diego... – apertou os olhos. – Está doendo muito, por favor, me ajuda!
Diego: Calma Roberta, vai ficar tudo bem. – tentando acalma-la. – DÁ PRA ALGUÉM CHAMAR UM MÉDICO ANTES QUE ELA PERCA O BEBÊ? – gritando com os outros, em desespero. – Vai ficar tudo bem meu amor. – tentou acalmá-la.
Joe: Se acalmem. – pediu. – Eu vou chamar uma ambulância agora mesmo!
Diego: Vai rápido! – desesperado. Joe se afastou.
Miguel: O que aconteceu Mia? – quis saber, Mia também chorava e estava deixando Miguel preocupado não só com Roberta, mas com ela também.
Mia: Eu não sei, eu vim falar com ela e ela estava toda estranha e começou a dizer que estava com dores. – chorando. – Ai Miguel, eu estou com medo! – com a mão no rosto.
Miguel: Calma Mia! – a abraçando.
Lupita se aproximou para tentar examinar a amiga, ainda não era uma médica formada e estava longe de ser, mas iria fazer o que podia, não queria que nada de mal acontecesse com o bebê e muito menos com Roberta.
Giovanni: Calma Chucky... – beijou a cabeça dela. – Vai ficar tudo bem!
Roberta estava sentada no colo de Diego chorando muito, ele passava a mão pela sua barriga, como se pudesse amenizar a dor dela.
Roberta: Ai Diego! – gemia.
Lupita: Calma Roberta, fica calma. – pediu, não podia examinar melhor, pois não tinha nenhum equipamento necessário. – Você não está sangrando, graças a Deus.
Roberta: Você acha? – receosa.
Lupita assentiu e Diego a abraçou mais forte, um tanto aliviado pela conclusão de Lupita.
Diego: Vai ficar tudo bem, meu amor. – cheirou sua bochecha e voltou a acariciar seu ventre.
Alguns minutos depois a ambulância já tinha levado Roberta e estavam todos no hospital.
Miguel: Sossega Diego!
Giovanni: É cara, se acalma. – observando Diego andar de um lado para outro.
Diego: Como quer que eu me acalme? – pôs a mão na cabeça. – A Roberta estava passando mal, se acontecer alguma coisa com o meu filho eu nem sei o que eu faço! – agoniado.
Miguel: Não vai acontecer nada cara, a Roberta e forte! – tentou tranquilizá-lo.
Diego: A Roberta é forte! – enfatizou. – O meu filho é só um feto que corre todo o tipo de risco!
Mia: Eu estou preocupada Mike! – fungou.
Miguel: Calma loirinha, não vai acontecer nada com a sua irmã! – a abraçou, fazendo-a deitar a cabeça no peito dele.
Mia: Espero que não! – deu um leve sorriso.
Diego: Eu não deveria deixá-la fazer o show, não deveria! – dizia pra si mesmo, se sentindo um pai de merda.
Giovanni: Diego! – foi para o lado dele. – Senta, toma um café, relaxa cara!
Diego: Não dá Giovanni! – grunhiu, observa o doutor se aproximar e vai até ele. – Doutor, por favor, me diz como ela está!
Doutor: Se acalma homem. – sorriu. – São amigos da senhorita Reverte?
Diego: Sim, e eu sou o namorado! – olhou o doutor aflito.
Doutor: Bom, então eu posso falar com você? – sorrindo da aflição dele.
Diego: Pode e pode falar tudo. – nervoso. – Não me esconda nada!
Doutor: Se acalme, ela está bem! – tranquilizou-o e Diego sorriu de leve, em seguida parou de sorrir.
Diego: Mas e o bebê? – preocupado. – O meu filho está bem?
Doutor: O bebê também está bem! O problema, meu rapaz, é que a gravidez dela é muito arriscada. – falou seriamente.
Diego: Eu não estou entendendo! – ergueu a sobrancelha. – O senhor está querendo dizer que podemos perder o bebê?
Doutor: Se não tomarem os devidos cuidados, é bem provável que isso aconteça sim! – assentiu com a cabeça
Diego: Ah doutor, não pode ser! – negou com a cabeça.
Doutor: Se acalme, nem todas as mulheres que tem a gravidez arriscada, perdem o bebê! – enfatizou. – É só ela ficar em repouso e, por favor, nada de shows!
Diego: Como sabe que cantamos? – confuso.
Doutor: Quem não os conhece por aqui? – sorrindo e parando de sorrir em seguida. – E também ela precisa se alimentar bem, nada de comidas gordurosas demais! Fazendo isso, não terá perigo nenhum.
Diego: Certo. – coçou a nuca, imaginando o que faria para que Roberta seguisse uma dieta dessas. – Posso vê-la?
Doutor: Bom, ela ainda está dormindo sob o efeito dos medicamentos, mas pode entrar! – Diego assentiu. – Ah, só mais uma coisa, provavelmente ela sentirá cólicas forte como essa quando fizer esforços, passar nervoso ou coisas do tipo, é bom se precaver... – Diego ouvia com atenção tudo o que o doutor falava.
Assim que o doutor se despediu ele entrou no quarto e a encontrou dormindo feito um anjo.
Diego: Meu amor. – tocou a mão dela. – Eu não vou deixar você perder o nosso filho, eu não posso permitir. – desceu a mão pela barriga ainda modesta da ruiva. – O papai não vai deixar nada acontecer com você filho! – prometeu com um leve sorriso. Roberta começou a se mexer na cama. – Meu amor? – acariciando os cabelos dela, que abriu os olhos, ainda muito sonolenta.
Roberta: Diego? – disse, assim que conseguiu enxerga-lo. – Eu perdi? – receosa.
Diego: Não. – beijou a mão dela. – Ele ainda está ai dentro. – sorrindo.
Roberta: Ai, Diego me abraça? – chorando aliviada.
Diego: Roberta, precisamos conversar sério. – a abraçando e cheirando seus cabelos.
Roberta: Sobre o que Diego? – se soltando dele e o olhando com curiosidade, ele olhava para os lados e ela já estava ficando nervosa. – Fala de uma vez, droga!
Diego: A sua gravidez é... – fechou os olhos. – É muito arriscada! Se você não se cuidar, nós podemos perdê-lo.
Roberta: Não Diego! – caindo no choro outra vez, ele suspirou e a abraçou novamente. – Eu não posso perder o meu bebê.
Diego: Não fica assim Roberta! – pediu com o coração apertado. – Se acalma.
Roberta: Como quer que eu me acalme? – ela o soltou e o olhou com os olhos vermelhos. – Se você acaba de me dizer que eu posso perder meu filho?!
Diego: Eu sei Roberta, eu estou muito abalado com toda essa situação! – explicou, tocando seu rosto. – Eu também não quero perde-lo! – pôs a franja dela atrás da orelha. – Mas você precisa se acalmar!
Roberta: Não posso me alterar não é? – ela assentiu.
Diego: Não! – sorrindo e beijando a testa dela.
Roberta: Vai... Diz aí, o que eu não posso fazer? – sorrindo de leve e enxugando as lágrimas.
Diego: Uma porção de coisas. – pensativo. – Não pode se alterar, não pode se esforçar nem um pouquinho. – fazendo gesto com os dedos. – Não pode comer besteiras... – enumerava.
Roberta: Nem cachorrão? – com um bico de chateação.
Diego: Nem cachorrão! – pincelou o nariz dela e sorriu do seu jeito de menina.
Parou de sorrir e foi se aproximando do rosto dela e ela não se afastava. Queria beija-lo. Ele roçou seus lábios nos dela e a beijou, um beijo desejado para ambos, um beijo terno e cheio de amor.
¨¨¨¨
Roberta recebeu alta no mesmo dia, afinal não tinha sofrido nada sério, Joe os levou para a casa de campo dele para que passassem os próximos dois dias. E sobre o beijo... Roberta pediu que Diego não a beijasse mais pelo bem dos dois, ele ficou um pouco chateado, mas concordou, afinal não queria deixá-la nervosa ou irritada.
Joe: Bom, a casa é essa. – disse assim que entraram. – É muito confortável, espero que gostem!
Mia: Ah Joe com certeza, essa casa é muito bonita! – disse olhando ao redor, encantada.
Roberta: Onde é o meu quarto? – perguntou, coçando a ponta do nariz.
Joe: Os dormitórios ficam por ali. – apontando a direção das escadas. – Pode escolher qualquer um! – piscou e ela assentiu, se abaixando para pegar a sua mala.
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